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História Fuckin Perfect - Capitulo 16


Escrita por: PriyTaisho

Notas do Autor


Frio, frio, friooooooooooooooooooooooooooo T-T
Quarta vai ter atualização <3
Me desculpem a demora, é que eu não sou ligada aqui no social e.e Vou tentar mudar isso!
Boa leitura! *-*

Capítulo 16 - Capitulo 16


Kikyou... Havia me elogiado?

Sem sarcasmos, ou qualquer outro comentário ofensivo?

Pisquei algumas vezes, tentando compreender o que tinha acontecido.

– O que foi isso? – murmurei.

No dia seguinte...

Assim que meu despertador tocou, levantei-me como sempre e fiz tudo o que fazia normalmente. Encarei uma calça jeans clara, e uma regata branca com um coração preto que estava em cima da cama.

Respirei fundo e peguei a calça, sabendo que aquelas eram as roupas mais normais que agora existiam no meu guarda-roupa. Vesti as peças o mais rápido que pude... Não sem antes começar a sambar no quarto, tentando colocar a calça jeans que é bem mais apertada do que as que eu costumo usar.

Ainda descalça fui até o banheiro e soltei meu cabelo, que ontem estava maravilhosamente bonito e hoje... Nem tanto. Tentei bagunçar minha nova franja e meu cabelo, da mesma maneira que Jack havia ensinado.

– Não ficou igual... – murmurei virando o rosto para um lado, enquanto me encarava. – Ainda não... Ah nunca vou conseguir. – abaixei a cabeça desistindo.

Voltei para o meu quarto e quase engasguei ao ver a hora, estava mais que atrasada. Coloquei um par de Sneakers cinza, peguei minha bolsa, e saí correndo escada abaixo. Nem me preocupei em dar bom dia aos meus familiares, que estavam tomando café eles nunca me respondiam mesmo.

Fui praticamente correndo para o colégio, e quando cheguei no mesmo, muitas pessoas já estavam lá. Droga, atrasada.

Quando notei que algumas pessoas começaram a me encarar, abaixei a cabeça e fui para a sala sentindo minhas bochechas corarem.

Kikyou Pov’s:

E se...

– Você viu a sua irmãzinha, Kikyou? – olhei para Kagura que estava se encarando no espelho do banheiro, enquanto retocava um batom cor de rosa, que não combinava com ela.

– Eu vi que esse seu batom, é horrível. – desconversei passando a mão em minha franja, que tinha um ou dois fios em pé.

– Não troque de assunto. – ela mexeu nos cabelos. – Você não viu a mudança? Aff... Eu simplesmente não suporto essas sem estilo que...

– Cala a boca Kagura. – a encarei. – Cuidamos de Kagome depois, agora... Tenho que me preparar para a audição. – decretei virando-me para encara-la. – Virarei a doce bela, enquanto o Inuyasha será o meu príncipe. – falei futilmente.

– O que te faz garantir que o Inuyasha irá pegar o papel principal? – ela me encarou com um sorriso de canto.

– Você nunca viu Inuyasha ser ele mesmo... – Respondi abrindo minha bolsa que estava em cima da pia, e tirando lá de dentro um rímel. – Eu só tive essa chance, porque ouvi atrás da porta, porque se não... Ah, nunca teria descoberto isso.

– E o que te garante que ele vai fazer a audição? – ela perguntou enquanto eu começava a aplicar máscara nos meus cílios.

– Kagome. – sorri de canto.

Kikyou Pov’s Of.

You with the sad eyes

Don't be discouraged

Oh i realize

It's hard to take courage

In a world full of people

You can lose sight of it all

And the darkness inside you

Can make you feel so small

Você, com seus olhos tristes,

Não fique desanimado

Oh, eu imagino

Que é difícil criar coragem

Num mundo cheio de gente

Você pode perder a visão de tudo,

E a escuridão dentro de você

Pode fazê-lo se sentir tão insignificante...

– Hey! – Levantei meu rosto com o susto. Eu tinha entrado na sala, ido para o meu lugar e enfiado meu rosto contra a mochila, para que pelo menos não visse as pessoas me encarando. – O que você tá fazendo? – Sango me perguntou confusa. – Garota levanta a cabeça, ouvi ótimos comentários sobre você e que... – e então começou a tagarelar alguma coisa, que não prestei tanta atenção, já que notei o olhar do Inuyasha. Ele tinha os olhos levemente arregalados e corou quando viu que eu estava olhando pra ele, corei também apenas por reflexo, ou seilá o que. Ele iria vir falar conosco, mas o professor entrou na sala, mandando todos se sentarem.

– Senhorita Taiji, a menos que queira dizer a todos nós qual é a raiz quadrada de PI, eu acho que seria melhor você se sentar e ficar em silêncio.

– Raiz quadrada de quê? – ela me olhou assustada, enquanto sentava-se. – Calei... – murmurou quando o professor arqueou uma sobrancelha para ela. O olhar dele vagou até mim e me analisou percebendo as diferenças para em seguida perceber que eu... Sou eu.

Virou-se para o quadro e começou a passar alguns exercícios, alegando que eram praticamente iguais aos da aula passada. Claro que, grande parte da sala protestou, dizendo que não sabiam como resolve-los, e houve alguns (Lê-se Miroku e Inuyasha), que pediram para que o professor passasse a matéria do sono, onde todos encostariam as cabeças na mesa e dormiriam até o final do primeiro tempo. Sango elevou a voz, dizendo que aprovava a ideia, o que resultou no dobro de exercícios para os três.

– O QUÊ? – minha amiga perguntou indignada. – Professor é tudo culpa do Miroku!

– MAS O QUÊ? – O Moreno se levantou apontando para ela, ele estava do outro lado da sala. – Eu não te obriguei a apoiar meu argumento, Sangozinha.

– CALA A BOCA HOUSHI! – Sango pegou o estojo e jogou. O mesmo acertou bem em cheio a cara do Miroku.

– JÁ PENSOU EM SER JOGADORA DE VÔLEI? – Ele gritou com a mão no rosto. – Você tem uma enorme força... Ser lutadora até seria uma boa, em vez de ficar agitando Pompons.

– CALA A BOCA MIROKU! – E então Sango pegou a primeira coisa que viu (a mochila) e jogou na direção dele, que abaixando-se desviou por pouco da bolsa voadora, que acertou na...

– AAAAAA! – Kagura gritou no chão.

Kikyou estava com ela, e ficou com a boca meio aberta mantendo os olhos arregalados pela surpresa. Minha irmã estava um pouco mais pálida do que o normal, mas nada que chamasse tanta atenção.

– QUE ISSO! – ela gritou quando mais bolsas começaram a voar pela sala. As pessoas tinham achado engraçado o que Sango tinha feito?

– Bolsas SANGO, Você tinha que iniciar a uma GUERRA DE BOLSAS?! – Miroku gritou enquanto cambaleava, já que foi atingido por uma bolsa Pink, que eu reconheci de algum lugar...

– MEU ESPELHO! – Yura gritou indignada.

– Meu Deus... – murmurei encolhendo-me, em meio aquela tragédia toda. Vi Inuyasha dando risada, enquanto acertava mais algumas pessoas com diversas bolsas.

Pelo que entendi existiam duas regras:

Pegar qualquer tipo de bolsa e sair tacando em todo mundo.

E a segunda:

Se defender dos tiros livres.

– VOCÊ NÃO VAI OS MANDAR PARAR?! – Kikyou gritou antes de ser atingida em cheio por uma mochila preta, que fez com que ela batesse a cabeça na parede e mesmo desorientada, tivesse de abaixar para não ser acertada novamente. – SE MEXE!

– PAREM JÁ ALUNOS DO TERCEIRO ANO! – Ele gritou tentando ter alguma pose. Acho que um pássaro teria mais atenção nossa do que ele. E então, quando ele percebeu que gritar não surtiria efeito nenhum, saiu da sala revoltado.

Alguns muitos minutos depois...

–... Giz de lousa, papel, lápis, cadernos, estojos, sapatos, apagadores, canetas, tampas, apontadores, presilhas de cabelo, garrafinhas d’agua, brilho labial, pontas de lápis, pessoas, mesas, cadeiras... Bem, os três penúltimos não, mas vocês tinham mesmo que fazer guerra de BOLSAS? – O diretor Myuga perguntava indignado, ele estava sentado em cima da mesa do professor que no momento não estava na sala. – Galera, vocês sabem que o professor que saiu daqui, está muito nervoso com a turma de vocês, não é?

– Sim... – todos murmuramos.

– Quem começou toda essa confusão? – perguntou ele suspirando.

– Foi eu. – Sango se levantou, ela estava determinada.

– E eu também. – Miroku fez o mesmo.

– Claro que eu também estou no meio disso, velho Myuga. – Inuyasha declarou se levantando com um sorriso de canto.

– Sempre está, Senhor Taisho. – o diretor respondeu suspirando.

E então uma série de “Eu também” começou a preencher a sala. Vários alunos estavam também se manifestando, assumindo assim parte da culpa. No final, somente três pessoas estavam sentadas e em silencio.

Eu, Kikyou, Kagura e Yura.

– Eu também. – pronunciei-me levantando-me. Mesmo que eu houvesse apenas desviado na intenção de não ser atingida, meus amigos estavam ali. Eu não deveria deixa-los passar por tudo isso sozinhos.

Todos me encararam surpresos. Mantive meu olhar no diretor, que parecia incrédulo.

– E eu também. – aquilo sim me surpreendeu. Kikyou havia levantado e estava confiante. Ela tinha sido um dos alvos principais naquela “guerra”, sendo acertada diversas vezes.

– Kikyou? – Kagura exclamou incrédula. – Você...

– Sou tão culpada quanto qualquer um. – rebateu. – Se você não se acha culpada Kagura, apenas não se meta.

– Quebraram nossas maquiagens, que estavam dentro das bolsas! – Yura falou perplexa. – E você ainda se acha culpada?

– Não se metam. – minha irmã disse duramente, e lançou um olhar estranho em minha direção, antes de se virar novamente para o diretor.

– I-Irmãs Higurashi, juntas em alguma coisa? – ele murmurou perplexo. – O que vocês aprontaram? – perguntou.

– Uma... Guerra de bolsas. – Sango respondeu confusa.

– Feh, diga logo qual vai ser nosso castigo. – Inuyasha resmungou.

– Não posso castigar praticamente a turma toda... – o diretor começou.

– O QUÊ? – Kagura levantou-se irritada. – Quebraram as minhas maquiagens, as minhas caríssimas MAQUIAGENS!

– Maquiagens não fazem parte do material escolar. – Sango se pronunciou, fazendo uma careta.

– Cala a boca. – a morena rebateu.

– Devo concordar com a senhorita Taiji. – Myuga falou numa calma indescritível. – Sinto muito por suas maquiagens, mas você mesma terá de repô-las.

– O QUÊ?

– Pare de gritar! – Kikyou falou estressada. – Não vai adiantar ficar gritando, ele já disse o que acha.

Kagura olhou para ela de mal grado e se sentou cruzando os braços.

– Bem, como não posso aplicar um castigo que envolva uma suspensão, por motivos maiores... – o diretor suspirou. – Vocês irão ajudar na montagem e criação dos cenários que teremos para o musical, que como todos já sabem será realizado aqui no nosso colégio. E por favor, tentem ficar em paz. – completou levantando-se.

– Pode deixar velho... Diretor Myuga-san. – Miroku falou com um sorriso amarelo.

O diretor nada disse, apenas saiu da sala. Pouco a pouco os alunos voltaram ao seu normal, comemorando pela “não punição” e dizendo que seria moleza ajudar no preparativo do musical... O musical... Ah, como pude me esquecer dele?

AAAAAA, eu terei mesmo de ir me apresentar? Ma-Mas...

– Estranho... – Sango murmurou tirando-me dos meus devaneios. – Por que será que a Kikyou quis receber uma punição? Hein? Kagome e você também, nem ao menos estava no meio de toda aquela confusão e...

– Eu não iria me sentir bem, sabendo que não apoiei vocês. – respondi deixando meu olhar vagar para Kikyou, que estava com uma expressão irritada, enquanto Kagura e Yura falavam freneticamente.

– Obrigada. – ela falou animadamente. – O que foi?

– Só estou achando Kikyou... Estranha. – confessei virando-me para encarar minha amiga.

– Não é só você. – confessou. – O que vocês estão cochichando aí, hein? – perguntou para Miroku e Inuyasha que estavam se aproximando de nós e que trocavam cochichos.

– Nada, oras. – Miroku falou fingindo-se de indignado. – Adorei o seu novo estilo, Kagome-chan. – falou sorrindo.

– E-E-E-Eu... – Inuyasha começou a gaguejar e Miroku lhe deu um tapa nas costas, que fez com que ele cambaleasse e viesse parar na minha frente. –Vo-Vo-Você ficou muito linda assim, Kagome-Chan. – murmurou corando.

Vou derreter, vou derreter.

Senti minhas bochechas ardendo e por um momento cogitei a ideia de estar com febre, mas ai desisti porque quem tem febre sente frio, não é?

– O-O-O... – respirei fundo. Ele estava tão perto... – Obrigada. – completei em um fio de voz.

– Daqui a pouco teremos uma erupção. – Miroku comentou para Sango, que assentiu enquanto dava risada.

– Por que essa prova é um... ESTOURO! – minha amiga falou debochadamente.

– Feh, calem a boca. – Inuyasha resmungou se afastando.

Passamos o restante da aula conversando, até que deu a hora do intervalo. De alguma maneira ninja, consegui escapar dos olhares de todo mundo e me infiltrei no auditório sem ser vista. Pelas informações gerais, aquele seria o horário em que as audições começariam, e seria assim até o final do período de aulas.

Sentei-me em uma das cadeiras que poderiam me dar visão total de todo o palco, mas que não me fariam ser notada, a menos que olhassem bem.

– Aquele cara não vai participar das audições? – Naraku perguntou adentrando a sala. Ao lado dele estava Ellen, que tinha em mãos uma caderneta como sempre, estava usando roupas... Diferentes. Novamente seu chapéu de joker listrado, um nekkie hippie, uma jaqueta de couro que ia até a sua cintura, uma blusa justa que na parte de cima era preta e depois ficava roxa, sapatos de salto branco com polainas pretas, shorts com suspensórios que tinham um taco de baiseball pendurado e luvas de motoqueiro. O cabelo loiro estava mais cacheado e confuso do que nunca, como se ela não tivesse se dado ao trabalho de arrumá-lo.

Talvez fosse um estilo novo, não?

– Não. – ela deu ombros e jogou um pouco de cabelo por cima dos ombros. – Satoru, é incrivelmente... Inflexível quanto a isso.

– Por quê? – o moreno perguntou franzindo o cenho.

– Ele disse que escolher as pessoas e etc. é por nossa conta. – a loira respondeu indignada, enquanto descia as escadas em passos duros. – Ele trata da parte “pesada”, Aff. Cara convencido. Acredita que ele tentou tocar na caderneta?

– Ele não teme a morte. – o Kageyama falou rindo e acompanhando a irmã. – Será que as pessoas vão demorar de vir?

– Já tem gente aqui. – Ayame surgiu no palco e acenou para eles. – Aqui está a lista com as pessoas inscritas. – e então jogou uma prancheta para Ellen.

– Mande-os vir para a plateia. – Ellen falou concentrada. – Só deixe o Taisho nos bastidores, quero que ele se apresente primeiro. – declarou olhando para a ruiva, que assentiu.

– Preferencia pelo Taisho? – Naraku perguntou dando risada, enquanto se sentava.

– Não. – a loira revirou os olhos. – Mas o sobrenome dele me lembra de alguém.

– Você sempre tem essa impressão. – declarou sentando-se. Várias pessoas já estavam pulando o palco e indo se sentar na plateia.

Engraçado, eu também tenho essa impressão...

Vi muitos rostos conhecidos, cochichando algo enquanto davam risada e etc. Sango estava ao lado do Miroku e de vez em quando olhava em volta, como se procurasse alguém. Algum tempo depois, tudo ficou em silencio.

Ellen e Naraku estavam bastante concentrados e Inuyasha adentrou o palco, com uma guitarra em mãos.

– Você vai cantar o quê? – Ela perguntou encarando-o.

– Uma música de minha própria autoria. – ele respondeu posicionando-se.

– E sobre o que ela se trata? – Naraku perguntou, enquanto a irmã anotava algumas coisas.

– É sobre uma pessoa especial pra mim. – Inuyasha respondeu sorrindo de canto. – Ela... Não sabe ainda, mas eu vou estar ao lado dela... Mesmo que ela não queira.

– Pode começar.

Ele começou a tocar e meu coração se acelerou. Sabe aqueles momentos em que você sente que uma música é... Tocante?

Como se houvesse sido feita exatamente para você. Como se as palavras descrevessem sua vida.

Como se a música fosse uma declaração muda...

I wasn't there the moment

You first learnt to breathe

But i'm on my way, on my way

I wasn't there the morning

You got off your knees

But i'm on my way, on my way

Eu não estava lá no momento

Em que você aprendeu a respirar

Mas eu estou a caminho, a caminho

Eu não estava lá na manhã

Em que você se ajoelhou

Mas eu estou a caminho, a caminho.

 

– Ai... – murmurei.

– Me desculpe. – ouvi a voz de Inuyasha Taisho. Capitão do time de futebol, olhos dourados, cabelos prateados e longos, orelhinhas no topo da cabeça, um Hanyou e atual... Namorado da Kikyou. – Se machucou? – perguntou ele estendendo a mão em minha direção, para me ajudar a levantar.

Peguei em sua mão e aquele gesto me fez corar.

– N... Não. – respondi encarando aquelas orbes douradas.

– Me desculpe mais uma vez, Kagome. Eu estava andando distraído. – disse ele sorrindo. Senti minhas pernas bambearem, apenas com aquele sorriso.

– Eu estava andando de cabeça baixa... A culpa foi minha. – falei.

– A culpa foi minha e pronto, Kagome. – disse ele mais uma vez. E eu fiquei impressionada por ele conhecer o meu nome. – Nos vemos depois, Ok? – completou.

– O. Ok. – murmurei mais impressionada ainda.

Mordi o lábio inferior. Eu estava me enganando. DROGA, a música não era pra mim. Para Kagome, Para!

Lay down

And come alive in all you've found, All you're meant to be

For now

Wait until the morning light

Close our eyes to see

Just close your eyes to see

Descanse

E venha viva em tudo o que você encontrou, tudo o que você está destinada a ser

Por agora

Aguarde até a luz da manhã

Feche nossos olhos para ver

Apenas feche seus olhos para ver

 

– Me deixe ser seu amigo, conquistar a sua confiança. – O olhar de Inuyasha parecia brilhar em expectativa.

– E se você não conseguir? – murmurei. – E se conseguir, e me magoar? – perguntei temerosa.

Ele me abraçou, aquilo me deixou sem reação, eu não sabia o que fazer. Ninguém tinha me abraçado, com tanto carinho. Fora a Sango.

– Eu te prometo que vou conseguir, e que nunca vou lhe machucar. – ele murmurou. – Amiga. – sorriu soltando do abraço.

– Colega. – murmurei dando um mínimo sorriso, isso fez com que o dele aumentasse mais.

Os olhos dourados brilhavam, expressando seus verdadeiros sentimentos pela tal pessoa... Tal pessoa, ela provavelmente seria uma sortuda por ter alguém como ele apaixonado por ela...Apaixonado por ela.

Talvez seja Kikyou... Ou qualquer outra garota do colégio... Talvez seja alguém que ninguém conhece, um amor de internet talvez?

A tear must have formed in my eye

When you had your first kiss

But I'm on my way, on my way

So leave a space deep inside

for everything I'll miss

Cause I'm on my way, on my way

Uma lágrima deve ter se formado em meu olho

Quando você deu o seu primeiro beijo

Mas eu estou a caminho, a caminho

Então deixe um espaço bem dentro de você

Para tudo o que eu vou perder

Porque eu estou a caminho, a caminho

– Er... – o moço coçou a nuca tentando encontrar uma desculpa. – Geralmente a porta abre e fecha assim, por conta dos ventos.

– Vento... – murmurei sem acreditar. Notei que quase havia beijado o ex-namorado da minha irmã.

Por quê? Por que estou lembrando disso, como se a música estivesse tentando descrever esses momentos?

Eu não devia estar me iludindo, não devia sentir algo se aquecendo dentro de mim e fazendo com que uma pequena voz no meu interior ficasse gritando que eu estava apaixonada pelo Inuyasha. Não! Não posso.

É errado.

Mas por que eu não consigo me convencer disso?

Lay down

And come alive in all you've found

All you're meant to be

For now

Wait until the morning light

Close our eyes to see

Just close your eyes to see

Descanse

E venha viva em tudo o que você encontrou

Tudo o que você está destinada a ser

Por agora

Aguarde até a luz da manhã

Feche nossos olhos para ver

Apenas feche seus olhos para ver

 

– Cansei dessa sua mania imbecil de ficar indo atrás da Kagome. – começou Kikyou apontando um dedo para ele. – Eu sou sua namorada, EU! Você me trata como se fossemos estranhos Inuyasha, nós ficávamos mais tempos juntos quando “FICAVAMOS”. Acha que eu sou alguma babaca? – e então seu tom de voz começou a aumentar. – Eu não quero você de jeito nenhum perto daquela imbecil que é a minha irmã. NÃO QUERO!

– Ui e você acha que manda em alguma merda? – Inuyasha retrucou começando a perder a paciência. – Eu cansei de você Kikyou. Na verdade nem sei direito porque eu comecei essa merda de namoro... Ah, sei sim e não, não foi por sua causa acredite nisso. Você é fútil, mimada, ignorante, vulgar, fora que é uma imbecil oferecida. Você está me deixando louco, eu não aguento mais essa porra de Inuzinho pra cá, Inuzinho pra lá. E nem tente falar nada da Kagome ela é INFINITAMENTE melhor que você! Doce, gentil e todos aqueles outros adjetivos que encantam as pessoas. E ninguém sabe disso, porque você sabe sua egoísta. Você tem inveja dela, inveja porque ela é tudo o que você não pode ser. E então saí por ai humilhando-a e acabando com a autoestima dela. Quer saber, você é apenas uma pobre coitada. – acrescentou com desprezo.

And when you feel no saving grace

Well I'm on my way, on my way

And when you're bound to second place

Well I'm on my way, on my way

So don't believe it's all in vain

Cause I'm on my way, on my way

The light at the end is worth the pain,

Cause I'm on my way, on my way

E quando você sente que não há salvação

Bem, eu estou a caminho, a caminho

E quando você está a caminho do segundo lugar

Bem, eu estou a caminho, a caminho

Então não acredite que tudo isso é em vão

Porque eu estou a caminho, a caminho.

A luz no final vale a pena a dor

Porque eu estou a caminho, a caminho

 

– Não é nada. - respondi em outro sussurro.

– Não tente me fazer de idiota. - ele falou com uma ponta de raiva em sua voz. - O que aconteceu?

– Nada que te interesse. - respondi novamente, sem fita-lo. Inuyasha rapidamente levantou meu rosto e disse: - Se não é nada, porque tem sangue nos seus pulsos? E por que não me olha nos olhos?

– Por favor... - falei com a voz tremula. - Me esquece, vai ficar com a Kikyou, eu vou ficar bem...

– Kagome droga, para com isso. - ele falou frustrado. - Você não confia em mim?

– Confiar, não significa que tenho que te contar tudo. - respondi em outro murmúrio tremulo.

– Você se cortou, não é? - ele perguntou após um momento em que ficamos em silencio. - VOCÊ SE CORTOU! - gritou inconformado. - Kagome, você é louca? Por que fez isso?

– NÃO ME CHAME DE LOUCA! - gritei dando um passo para longe dele. - Não, eu não sou louca, não sou... - murmurei transtornada. - Foi à primeira vez, Inuyasha, a primeira...

– Kagome... - ele murmurou. - Por quê?...

– ME DEIXA! - gritei sentindo as lágrimas escorrem pelo meu rosto.

Talvez pra ele eu fosse somente uma louca.

Eu não poderia ama-lo, não... Eu tenho que me privar disso também. É.

Eu não sou perfeita para o Inuyasha, nunca vou ser. Vamos Kagome, seja realista! No mínimo ele namoraria uma super. Modelo, e não uma semi depressiva que tem de fazer terapia para se sentir bem.

E aqui estou eu, novamente me subjugando. Sesshomaru me disse que esse era um problema que eu devia começar a reparar, mas como fazer isso se eu estou jogando a realidade na minha própria cara para evitar decepções?

Eu não posso amar o Inuyasha e tenho que por isso na minha cabeça, da onde essa ideia maluca nunca deveria ter surgido.

Inuyasha cantou os últimos versos, e eu senti meus olhos ardendo enquanto apertava fortemente um dos braços da cadeira em que eu me encontrava.

– Parabéns. – Ellen falou em um tom impressionado. – Obrigada por se apresentar, aguarde os resultados ansiosamente. – e então anotou algo numa folha.

Ele assentiu e voltou para os bastidores, ou talvez tenha ido embora.

Pouco a pouco todos foram se apresentando, e sendo dispensados. Os “jurados”, sempre diziam para aguardarem os resultados ansiosamente, dando um certo incentivo.

Houve momentos em que a loira segurou o taco de beisebol, dizendo que iria quebrar o crânio “de quem não estava calando a maldita boca”, ela realmente teria feito isso se Naraku não a tivesse segurado diversas vezes.

– Ka.Go.Me. – A loira cantarolou virando-se diretamente para onde eu estava. – Não fique surpresa, nós havíamos te visto desde a hora em que entrou aqui. – esclareceu.

– Somos muito analisadores. – Naraku falou fazendo o mesmo que ela. – Pretende se apresentar?

– Por que não comentaram nada? – perguntei confusa, só restávamos nós três no auditório.

– Se você não tinha se pronunciado, provavelmente quisesse apenas observar. – ele respondeu dando ombros.

– Ou quisesse se apresentar somente para nós. – a loira piscou. – E aí, qual vai ser?

– E-Eu não sei...

– Sabe que não será obrigada a nada, mas seria legal ter uma participação sua. - Naraku falou gentilmente.

– Vamos, ora, você não tem nada a perder e eu não sou uma plateia intimidadora. Deixa eu te contar um segredo: as pessoas acham que eu sou maluca. - e então deu risada.

– E você ainda acha que não é? - o moreno perguntou frustrado.

– Sou feliz, é diferente. - a loira rebateu.

"– Cadê aquela garota determinada, que aceitou mudar? – Sesshomaru falou. – Aquela que chegou aqui praticamente acabada e que agora até usa regatas, aquela garota que sofria e ainda sobre Bullying, mas que a cada momento está superando isso pouco a pouco?

A moça que está parada na minha frente, e que tem uma fisionomia totalmente diferente de antes, mesmo que não tenha percebido. Você vai se tornar uma vencedora... Apenas acredite mais em você, a aparência só vai te ajudar a se sentir melhor. Mas o que mais importa é o que tem dentro de você.

– Obrigada. – foi tudo o que eu disse. Sesshomaru estava certo e eu tentaria fazer a audição... Tentaria. – Eu só espero não ter nenhum tipo de fobia quando subir em um palco. – estreitei os olhos.

– Se você tiver alguma fobia, esqueça que está em um palco e se imagine em algum lugar calmo e que te deixe com vontade de cantar. – ele piscou. – E eu espero, que você volte para cá com mais essa vitória semana que vem."

Lembrei-me das palavras do Sesshomaru. Eu havia dito a ele que tentaria e com toda a certeza ele se sentiria ou diria que eu estava desistindo novamente. E eu não quero isso.

– E-Eu... Eu vou. - gaguejei.

– Você vai o quê? - Naraku incentivou-me. - Diga com todas as palavras.

– Eu... Eu vou me apresentar. - falei firmemente. - Eu vou.

– C’mon girl, c’mon, c’mon. – Ellen cantou dando risada. – Não se preocupe.

– O-Ok. – engoli em seco e comecei a passar pelas cadeiras, seguindo em direção ao palco. Meu corpo estava tremendo, nunca tinha me apresentado assim, na frente de tantas pessoas (duas pessoas já é muito para mim, que nunca se apresentou nem em frente ao espelho).

– O que pretende cantar, gracinha? – perguntou Naraku, fazendo com que eu corasse. – AI! – exclamou quando Ellen bateu nele.

– A menina já está tímida, e você fica de gracinha, seu imbecil? – rosnou ela. – O que irá cantar e qual o seu nome? – completou amavelmente.

– E-Eu vou cantar Belive in me, da Demi Lovato. – respondi no automático. – E me chamo Kagome Higurashi.

*

*

*

Narradora Pov’s:

A mulher sentia-se eufórica, confusa, com medo e com diversos sentimentos que estavam mais do que embaralhados dentro de si mesma.

Estava ali. Como tantas vezes havia sonhado e agora mal sabia o que fazer.

Tocou a campainha.

Os cabelos negros caiam como cascatas sobre os ombros, que estavam cobertos por uma blusa de mangas branca. Ela se vestia elegantemente, mesmo que tentasse manter certa simplicidade.

A porta se abriu e a mulher de cabelos medianos arregalou os olhos. Era como se olhar no espelho, as duas eram idênticas... Copias quase que perfeitas, com exceção dos olhos, ah... Esses demonstravam de alguma maneira, a alma das duas.

– Vim buscar a minha Bambina. – disse com um tom extremamente carregado pelo sotaque italiano.


Notas Finais


Continua... Mereço reviews?
Jájá eu respondo os reviews <3333333


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