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História Fuckin Perfect - Capitulo 17


Escrita por: PriyTaisho

Notas do Autor


Cheeeeeeeeeeeeeent, quanto comentário legal *-* Vou responder todos agorinha mesmo!
Espero que vocês gostem.
Boa Leitura.

Capítulo 17 - Capitulo 17


Existem momentos, onde você não consegue suportar tudo sozinho e então... Desaba.

(...) Você acaba se prendendo de mais, reprimindo emoções demais. Não chora para se fazer de forte, se faz de cubo de gelo ou vive tentando fazer as pessoas sorrirem, gargalharem e se sentirem bem, mesmo que você esteja um caco por dentro. (...)

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“O sofrimento precisa ser superado, e o único meio de superá-lo é suportando-o. - Carl Gustav Jung”.

Afastei-me do microfone, e os encarei. Ellen me olhava seriamente, igualmente ao seu irmão que tinha um pequeno sorriso de canto.

– Aguarde ansiosamente por nossa decisão, Kagome. – ela repetiu o que tinha dito. – E viu, até que não foi tão difícil assim. – piscou dando um sorriso e se levantando, começando a recolher as coisas que estavam na mesa.

– Verdade. – concordei passando a mão pelos cabelos nervosamente. – E-Eu er... Já vou. – anunciei encontrando o olhar de Naraku sobre mim. Corei e comecei a ir em passos rápidos em direção a saída, passando por eles sem encara-los.

Estranhei os corredores estarem vazios, mas segundos depois me lembrei de que não haveria mais aulas depois do intervalo por conta das audições, ou seja, muita gente já havia ido para casa. Sango certamente estaria me esperando... A questão é:

Onde?

Respirei fundo, cogitando em perguntar sobre o paradeiro da mesma a duas garotas que passaram por mim e eu iria falar com as mesmas, antes de perceber o olhar enviesado que me mandaram.

Continuei caminhando em busca de Sango, sem prestar muita atenção. As lembranças de Inuyasha cantando voltaram para minha cabeça com força total, fazendo meu coração disparar.

– I wasn't there the morning, You got off your knees. But i'm on my way, on my way. – cantarolei sem perceber. – Eu não acredito que decorei a letra… - murmurei frustrada, enquanto seguia em direção ao pátio principal. Os olhos dourados dele possuíam um brilho diferente, estavam felizes e contagiantes... Tão... Lindo.

Sem perceber acabei dando um sorriso.

– Olha, Olha o que achamos aqui. – Ouvi a voz de Kikyou e tratei de apressar o passo, mas senti meu braço ser puxado. – Não fuja, temos algo a tratar com você. – declarou me encarando seriamente.

– Não tenho nada a...

– Cala a boca. – Kagura apareceu do lado dela, colocando um sorriso sínico nos lábios pintados de vermelho. – Pequena Kagome... Achando mesmo que vai conseguir nos colocar pra trás?

– Quê? – a encarei sentindo o aperto em meu braço se afrouxar.

– Você quer roubar o Inuyasha de mim, admita. – Kikyou falou superiormente, embora seus olhos estivessem vazios. - Tenho dó de você. – e então me soltou dando um sorrisinho sarcástico. – Não acha mesmo que vai conseguir um lugar como Bela, não é?

– Feia desse jeito. – Kagura bagunçou e puxou meus cabelos. – Com esses óculos ridículos e esses dentes horríveis. – e então pegou meus óculos os jogando longe.

– Me solta. – tentei empurra-la, mas ela apenas deu risada empurrando-me com força contra um armário. – Por quê? Porque comigo? Nunca fiz nada a vocês...

– Você me irrita. – respondeu ela como se fosse à coisa mais normal, enquanto arranhava lentamente meu rosto. – Uma coitada sem atitudes, não merece ganhar posto algum aqui. Você é ridícula Kagome, olhe para si mesma. Acha que pode mudar? Que pode ser aceita? Nem ao menos seus pais gostam de você. Acha realmente que outros gostariam de uma... Escória? Você é fraca Kagome, FRACA! Uma imbecil, que está tentando inutilmente mudar. Desista. – Eu estava chorando. Droga. Kagura tinha razão... Eu nunca poderia ser aceita... - É Kagome, você é uma pobre coitada... Deveria se colocar em seu lugar e não tentar atravessar o caminho dos outros.

– Chega Kagura. – Kikyou se pronunciou friamente. – Não vale a pena. – e então saiu à frente sem olhar para trás.

– Pense no que eu disse. – Kagura me deu três tapinhas no rosto. – Vai facilitar um pouco, a sua vida. E não se esqueça, de que para não ser pisada você deve sair da frente dos que são melhores do que você. Pois sempre irá ficar pra baixo, não importa o quanto tente mudar essa condição. – completou antes de jogar os cabelos e sair atrás da outra.

Eu simplesmente chorei

Tudo que eu tinha chegou ao fim do penhasco

Foi perigoso

No fundo você sabe que é verdade. Que nunca vai ser aceita, por mais que mude. Nem ao menos seus amigos e nem Sesshomaru conseguem te ajudar, porque você é fraca! Olhe, nem ao menos tentou revidar! É uma garota fraca! FRACA! Vai fazer com que todos eles desistam de você... Até mesmo o próprio Inuyasha, que você descobriu sentir algo a mais. Irão esquecer-se de você. E passará a ser apenas um nada.

– Não... – murmurei atordoada, esquecendo-me de que procurava Sango e saindo correndo do colégio. Minha visão estava embaçada por conta das lagrimas, a falta dos óculos devia estar ajudando nisso.

Percorri as ruas sem prestar atenção, minha mente estava confusa, embaralhada. Não estava tudo bem? Eu não estava me recuperando? Por que essa reação agora? POR QUÊ?!

– SAÍ DA FRENTE GAROTA! – um cara gritou freando o carro bruscamente, que por pouco não me atingiu. Eu estava tão alienada que nem ao menos notei que estava atravessando a rua, sem prestar.

– M-Me desculpe! – exclamei sentindo minhas pernas tremerem, antes de voltar a correr. Passei a mão em meus cabelos, tropeçando em algo que não pude notar.

Fugindo... Como uma covarde.

Quando cheguei a frente a minha casa, esbarrei em uma mulher que não conhecia. Ela me encarou surpresa, seu rosto era parecido com o de alguém que eu conhecia. Por exceção aos olhos, a intensidade do azul presente neles eram... Parecidos com os meus.

Ela parecia querer dizer algo, mas apressei-me em entrar em casa fechando a porta e correndo escadas a cima para o meu quarto, trancando a porta do mesmo em seguida antes de escorregar pela porta até o chão.

Em um mundo em que está chovendo

(Oh oh oh)Eu caminhei sem um guarda-chuva

Apenas seguindo seus olhos, aqueles olhos

– Kikyou, tenho que te contar algo! – Kagome desceu as escadas rapidamente, encontrando a irmã sentada no sofá lixando as unhas.

– Não me importo com nada que tenha a dizer. – levantou-se decidida, deixando a lixa em cima do sofá. – Não fale comigo Kagome, eu já te disse isso!

– Mas...

– Quando você vai prestar atenção, hein garota? – Amaya adentrou a sala . Estava bem vestida e maquiada. – Já para o seu quarto!

– Mas mãe...

– Já disse que não gosto que me chame assim. – A mulher cortou. – Fora daqui.

“Eu não gosto de você!”, “Você tem potencial!”, “Fique longe de mim!”, “Me deixe te ajudar!”, “Covarde!”, “Você pode!”, “Escória!”, “Sua família te odeia!”, “Rejeitada!”, “Inútil!”, “Coitada!”, “Deslocada!”, “Fraca!”...

– PARA! CHEGA! – Gritei tentando fazer com que minha própria consciência parasse de me torturar. – Para... Para... Para... PARA! – os pensamentos continuavam martirizando-me. Eu não estava forte, não tinha conseguido obter nem ao menos um pouco de confiança. No primeiro baque, havia desmoronado como várias peças de dominó quando enfileiradas. Com um mínimo toque...

Alguém me leve embora

Alguém me leve embora

Alguém me leve embora

Alguém me leve embora

Porque eu não consigo aguentar essa dor

– É a lógica de que se auto machucar, é a mesma coisa que aceitar que os outros te firam e que você não quer de alguma maneira enfrentar isso diretamente, assim se machucando para ter uma dor que sobrepõe a que lhe foi infligida. (...).

As palavras continuavam a serem gritadas em minha mente, eu já não estava aguentando mais. Engatinhei, sem forças para me por de pé, até minha cômoda. Abri a gaveta da mesma e depois de retirar algumas agendas, pude ver a embalagem branca.

Uma dor que sobrepõe a que lhe foi infligida.

Eu não devia. Não podia. Mas me recordar da única vez em que a lâmina havia sido desferida contra a minha pele, me dando uma dor... Única, que esvaziou momentaneamente meus pensamentos me pareceu tão... Atraente.
Peguei a pequena embalagem e a retirei, revelando a gilete. Quando eu a tinha guardado há tempos atrás, fora na intenção de joga-la fora e não ter mais nada parecido próximo a mim nesses momentos. E eu havia esquecido a sua existência... Até o momento.

Ainda com as mãos tremendo, e com a mente embaralhada aproximei a lamina de meu pulso. Sem perceber eu já havia feito. Sentindo o corte e um filete de sangue começar a escorrer pelo meu pulso esquerdo. A dor continuava a mesma, e os gritos tinham parado... Embora houvessem se transformado em sussurros agoniantes.

Novamente passei a chorar, minha mão estava ensanguentada e meu dedo havia sido cortado pela pressão que eu havia imposto ao segurar a gilete. Era tão complicado, como se todos os meus demônios interiores estivessem se aflorando. Gritando e exigindo que eu aceitasse o que era e que... Desse um fim a mim mesma.

Assustei-me com esse pensamento. Levando a mão a boca assustada, enquanto olhava para os lados em busca de algo que provavelmente não existia. Entrelacei meus dedos em meus cabelos e os puxei/baguncei de forma deliberada, tentando raciocinar de alguma maneira.

Por quê? Por que eu havia sucumbido a isso de novo?

(...)- Isso nunca foi e nunca vai ser uma maneira de se sentir melhor, quando sentir essa necessidade de aliviar essa dor, venha falar comigo nem que esteja de pijamas e pantufas, ok?

– Sesshomaru... – murmurei entrecortadamente enquanto me forçava a levantar e procurar meu telefone celular no meio dos meus materiais.

Parece, parece que está tudo bem

Meu coração balançado está me erguendo

(Oh oh oh) Em um mundo cheio de escuridão

Eu corri sem nenhum medo

Apenas seguindo seus olhos, aqueles olhos

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Inuyasha Pov’s:

Eu estava deitado na minha cama, encarando os exercícios de Sociologia. Realmente assistir o “Menino de Pijama listrado”, foi frustrante. Ainda não acredito no final! Mas... Tentar filosofar em cima do filme não é fácil não.

– Os alemães atacavam os judeus... – murmurei enquanto escrevia. – Porque achavam que eles tinham o poder de tomar totalmente o país e... – concentração, muita concentração pra encontrar a maldita palavra que havia sumido...

– INUYASHA! – Sesshomaru abriu a porta brutalmente, quase me fazendo atravessar o caderno com o lápis.

– QUER ME MATAR SEU MALDITO?! – Gritei sentindo meu coração querendo dar uma visita ao meu cérebro através da minha garganta. – Você não devia estar no serviço?

– Estou de folga hoje. – ele respondeu. – Kagome!

– Que aconteceu? – Eu já tinha me colocado de pé. – O QUE ACONTECEU SESSHOMARU?!

– Temos que ir pra casa dela. AGORA. – Sesshomaru me respondeu seriamente, enquanto saía do meu quarto começando a correr para fora da casa. Claro, que eu (mesmo descalço), comecei a correr atrás dele.

As piores começaram a passar em minha cabeça, enquanto Sesshomaru dirigia feito louco até a casa da Higurashi. De alguma forma ele sabia o endereço. Meu coração estava apertado e minha mão apertava fortemente o banco do carro.

– O que aconteceu com ela? – perguntei enquanto saía do carro.

– Se cortou... De novo. – Meu irmão respondeu tocando a campainha. – INUYASHA! – gritou quando eu abri a porta bruscamente, não importando-me com as boas maneiras agora.

Subi as escadas e invadi o quarto de Kagome, encontrando a mesma em um canto chorando com o rosto entre os joelhos aquilo me partiu o coração.

– Kagome... – murmurei aproximando da mesma e abaixando-me até poder tocar-lhe o queixo e faze-la me encarar. – Não chora mais... Por favor... – os olhos azuis estavam tão tristes.

– Você... Não devia estar aqui. – ela murmurou com a voz tremula. – Volte para a Kikyou Inuyasha... Me deixa... Eu já não aguento mais tudo isso, não aguento mais ser apenas a que sofre a que sempre saí por baixo. Eu quero me isolar... Desistir de tudo isso, não dá, não dá mais... Eu não consigo.

– Para Kagome. Você pode, eu vou te ajudar. – falei tentando toca-la.

– NÃO! PARA VOCÊ! – encolheu-se e eu pude ver de o corte em seu pulso. – Para de tentar ajudar uma causa perdida, eu não posso Inuyasha... Você não pode me salvar de mim mesma! Eu não consigo me adaptar. Não sou perfeita, não consigo salvar o meu próprio mundo, não consigo ME aceitar! Eu não...

– PARA COM ISSO KAGOME! – Gritei segurando-a pelos ombros e a sacudindo para tira-la do transe em que havia entrado. – VOCÊ É PERFEITA PRA CARALHO PRA MIM!

– Inuyasha... – os olhos azuis demonstravam confusão, embora ainda estivessem banhados pelas lágrimas. – O que...

– Eu te amo. – falei aproximando-me dela. – Sempre te amei. Não faça isso consigo mesma, por favor... Não tenha ideia do quanto eu sofro ao ver a sua dor. – segurei sua mão e entrelacei seus dedos aos meus. – Eu não ligo pra sua aparência. – limpei uma das lagrimas que passou a escorrer pelo rosto da mesma delicadamente. – Eu me importo com o seu interior, com você.

– E-Eu... – ela parecia ter esquecido de tudo o que estava dizendo. Pude sentir sua mão tremendo.

– Eu vou te proteger... – murmurei aproximando meus lábios inconscientemente dos dela. – Vou segurar o seu mundo, vou te fazer feliz. Sei que demorei muito tempo para te contar isso, que eu não estava do seu lado para te proteger, mas agora eu quero fazer tudo isso. Me perdoe por não ter chegado a tempo, por não ter evitado tantas lagrimas...

– N-Não foi sua culpa... – Kagome falou. Senti sua respiração se chocando levemente contra a minha.

– Só me deixe te fazer acreditar Kagome. – rocei meus lábios aos dela, sentindo meu coração disparar. – Eu estou com você.

– I-Inuyasha...

– Eu te amo tanto. – declarei me sentindo feliz por finalmente poder dizer aquilo, mesmo que nessa situação. – Me deixa te mostrar isso. – e então a beijei. Sei que foi um ato precipitado, mas sabem há quanto tempo estou esperando por isso?

Kagome estava surpresa e de inicio não retribuiu, mas depois começou a ceder timidamente enlaçando seus braços em meu pescoço, enquanto eu acariciava seu rosto delicadamente. Provavelmente esse era o primeiro beijo dela. Esse pensamento me deixou feliz, pois se dependesse de mim eu seria o único a beija-la, sempre.

– Inuyasha...

– Xii... – sorri ao ver as bochechas dela corarem. – Vai ficar tudo bem. – e então Kagome me abraçou recomeçando a chorar, não de forma deprimida e sim de uma maneira que extravasava tudo que ela estava sentindo, não somente dos acontecimentos de agora... Mas sim de anos há trás.

Mesmo se o mundo girar em volta de mim e me renegar (oh oh oh oh)

Eu não terei mais medo agora, porque você está ao meu lado

 


Notas Finais


Continua... Mereço reviews??


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