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História Fuckin Perfect - Capitulo 18


Escrita por: PriyTaisho

Notas do Autor


GENTE, eu tenho ficado tão, mas tãaaaaaaaaaaaaaaaao empolgada com os reviews de vocês <3 Obrigada mesmo,do fundo do coração!
Espero que vocês gostem.
Boa leitura.

Capítulo 18 - Capitulo 18


Estas semanas sin verte

Me parecieron años

Tanto te quise besar

Que me duelen los labios

Essas semanas sem ver você

Pareceram anos

Eu quis te beijar tanto

Que me doem os lábios

x--x

– PARA COM ISSO!-Inuyasha gritava me segurando pelos ombros. -VOCÊ É PERFEITA PRA CARALHO PRA MIM!

Apenas sentia a necessidade de chorar, enquanto colocava a cabeça na curva do pescoço de Inuyasha e sentia o mesmo rodear os braços ao redor de mim e depois de um tempo, ele passou a acariciar os meus cabelos murmurando algumas palavras de consolo. Eu precisava disso.

Alguns minutos depois, eu já estava mais calma, mas ainda assim continuava a ser quase que embalada pelo dono dos olhos dourados.

Eu realmente o amava? Amar é se sentir tão bem, como se esse momento fosse uma das partes que faltava para que eu pudesse me sentir completa? É sentir como se o coração fosse explodir a cada momento em que eu sentia as mãos de Inuyasha em meus cabelos?

Eu não queria sair dali. Queria continuar sentindo as caricias dele mesmo que não chorasse mais, mesmo que não houvesse mais o que chorar.

– Inuyasha... – murmurei, mas ele me interrompeu de novo.

– Depois te explico tudo. – aconcheguei minha cabeça em seu ombro, sentindo meus olhos pesarem. - Vamos sair daqui. - virou o rosto de modo que conseguisse me encarar. – Temos que cuidar desse corte e... Bem acho que você está confusa em relação ao que eu disse antes, certo?

Assenti, enquanto me afastava dele. Sem encara-lo limpei meu rosto com as mãos, sentindo o pulso cortado doer ao movimentar a mão. Percebi que ele havia se levantado e eu me preparava para fazer o mesmo, quando vi uma mão estendida em minha direção. Encarei-a por um momento e depois meu olhar se cruzou com o de Inuyasha, enquanto eu aceitava a ajuda que ele me propunha.

Não tinha ideia da onde iria, de como ficaria ou de quem encontraria... Apenas tinha a certeza de que ficaria segura ao lado dele, de alguma forma intrigante e... O que ele estava fazendo aqui em casa?

– Inuyasha, o que você veio fazer aqui? - perguntei assim que ele passou o braço por cima dos meus ombros e começou a me guiar para fora do quarto.

Senti que ele havia ficado tenso por um minuto tão breve que cheguei a duvidar se existiu alguma tensão por algum momento.

– Vamos logo, Kagome. - desconversou sem me encarar, fazendo com que descêssemos as escadas mais rápido e passássemos pela porta da frente que estava aberta. Ele fez com que eu fosse até um carro preto, que até o momento estava parado do outro lado da rua e fez com que eu entrasse do lado do passageiro aguardando até que eu fechasse a porta e colocasse o cinto, antes de entrar pelo lado do motorista.

– A porta. Quem abriu a porta para você? - perguntei confusa, pelo que me lembre Kaede havia saído para fazer compras, meus pais... Bem não sei deles e Kikyou estava no quarto trancada, mas essa não fazia questão de abrir a porta para ninguém... Ainda mais que a campainha não havia sido tocada e... - Inuyasha, me responde!

– Se você relaxar eu te conto tudo. - apertou o volante fechando os olhos. - Só espera um pouco, por favor. - abriu-os e em seguida me encarou como se pudesse ler a minha alma.

– Você disse que me ama... - murmurei confusa sentindo minha cabeça latejar um pouco. - Eu... Eu não entendo...

– Apenas espere Kagome, espere.

Narradora Pov's:

Sesshomaru havia subido as escadas rapidamente atrás do irmão. Ele não via? Não percebia que essa atitude exagerada iria jogar pelos ares tudo o que tinham planejado? Melhor, o que ele tinha planejado juntamente com Rin?

Quer dizer... Ele apenas havia feito a Nakamura ouvi-lo por horas e opinar em suas atitudes e aquilo também servira como motivo para que ele passasse mais tempo ao lado da mesma, mas isso eram meros detalhes... Bem insignificantes.

Encontrou uma garota morena escorada no batente da porta de um dos quartos, ela observava tudo silenciosamente pendendo a cabeça para o lado e por diversas vezes estreitando os olhos de forma confusa, outras compreensivas a seu ver. Suas roupas eram simples constituídas apenas por uma regata cor de rosa, um short jeans e uma sapatilha da mesma cor que a blusa.

Kikyou parecia sorrir melancolicamente antes de se virar e encara-lo. A surpresa era visível nos olhos cinzentos e o cenho da moça automaticamente se franziu, antes que ela tomasse a postura rígida de sempre.

– O que faz aqui, Sesshomaru? - perguntou começando a andar em direção a ele. - Quem te deixou entrar? - o tom de voz era baixo, cauteloso.

– A culpa de tudo isso é sua. - o Taisho mais velho declarou ignorando a pergunta da mesma. - Está feliz com o que fez? Com o que vem fazendo por todos esses dezesseis anos?

Kikyou continuou o encarando sem deixar que seu olhar vacilasse. Sabia que se entregasse por um momento Sesshomaru descobriria tudo o que estava se passando em sua mente em um piscar de olhos e era exatamente isso que a fazia ter certa antipatia em relação a ele.

Não existia um livro intrigante o suficiente que Sesshomaru não conseguisse desvendar. E esse livro no caso, seria ela.

– Se eu te disser que não, o que você me diz? - desafiou olhando-o de cima a baixo. Na verdade, apenas queria fugir do olhar frio que lhe era direcionado, nem que fosse por um mero segundo.

– Que você precisa de um psicólogo. - Sesshomaru rebateu.

– Então acho que estou falando com a pessoa certa, não? - Kikyou olhou por cima do ombro e passou por ele. - Se quer continuar essa conversa venha comigo, mas se quiser atrapalha-los... Bem, fique a vontade.

Não queria admitir, mas a Higurashi tinha razão principalmente depois que o mesmo espiou pela porta do quarto e viu o casal abraçado de forma bastante acolhedora.

– Mas que garota filha da... - conteve o restante do palavrão e decidiu por fim seguir Kikyou, para onde quer que ela estivesse indo. - Só não termino de xinga-la porque minha mãe me faria comer sabão. - acrescentou para si mesmo.

Balançou a cabeça negativamente e se voltou para o caminho que antes percorrera até chegar ali. Encontrou a garota próxima a porta e ela indicou que ela deveria sair junto com ele.

– Um café. - explicou. - Apenas um café, Sesshomaru. - repetiu firmemente. - Hoje eu... Eu ouvi algo que me intrigou e tem uma pessoa que provavelmente vai me encontrar naquele café, mas de qualquer forma acho que você pode ajudar.

– Não venha tentar bancar uma de boazinha. - Sesshomaru disse impassivelmente, havia percebido uma brecha na resistência de Kikyou. - Quem é essa pessoa?

– Eu... Não sei. - Kikyou o encarou e saiu da casa, o deixando sozinho. Como ela não sabia quem seria a tal pessoa que marcara de encontrar no tal café?

Revirou os olhos enquanto saia da casa e fechava a porta, só descobriria se fosse atrás de Kikyou... Aquilo lhe daria uma grande dor de cabeça.

Kikyou andava rápido e o fato de ter escolhido um tênis ajudava ainda mais na ação. Os cabelos negros balançavam conforme a mesma andava. Possivelmente a franja já estava bagunçada, ela não estava se importando pela primeira vez... Talvez nunca tivesse se importado inteiramente sabia que era vaidosa desde pequena, mas aquilo já havia se tornado uma obsessão não sua, mas de Amaya.

Se ela não houvesse insistido tanto, não tivesse lhe pressionado tanto teria se tornado uma pessoa melhor?

Virou a esquina e continuou andando automaticamente, sua mente agora lhe mostrava as imagens da irmã chorando desolada em um canto do quarto. Era a culpada, mas não sentia tanta culpa assim.

Mira que el miedo nos hizo

Cometer estupideces

Nos dejó sordos y ciegos

Tantas veces

Veja que o medo nos fez

Cometer idiotices

Nos deixou surdos e cegos

Tantas vezes

 

Diminuíram a velocidade quando avistaram o café, que possuía algumas mesas na calçada e tinha um clima jovem e descontraído. Adentraram e Kikyou rapidamente encontrou a mulher que havia visto discutir com sua mãe há algumas horas atrás. Não sabia como ela se chamava, mas sabia que podia confiar na desconhecida e sentia que ela iria e também poderia explicar muitas das suas duvidas.

 

A mulher estava distraída com o queixo apoiado em uma das mãos enquanto observava a rua, e apesar de inexpressiva sua face era angelical.

Respirou fundo e viu Sesshomaru franzir o cenho enquanto se aproximava da mesa, recebendo a atenção dos orbes azuis.

– Olá. - o sotaque italiano se fez presente.

– Obrigada por vir. - Kikyou falou educadamente assustando Sesshomaru, que a observou puxar uma cadeira e se sentar em frente a mulher. Ela se parecia com Kikyou, mas também se parecia imensamente com Kagome. Era uma mistura das duas e aquilo estava deixando seu cérebro embaralhado. - Me chamo Kikyou Higurashi e...

– Você tem uma irmã. - a mulher afirmou. - Me desculpe a falta de educação bambina, mas eu realmente preciso saber.

– Como você se chama? - Sesshomaru intrometeu-se na conversa, enquanto puxava uma cadeira para se juntar as duas. - Sou Sesshomaru Taisho.

– Isabelle. - a mulher o encarou e em seguida Kikyou. - Me chamo Isabelle Higurashi.

– Higurashi? - Kikyou arregalou os olhos não contendo a surpresa. - Se você é uma Higurashi então...

– Sou irmã de Amaya. - Isabelle completou com um sorriso triste. - Agora... Por que me pediu que viesse aqui? - arqueou uma sobrancelha. Aquele ato a fez parecer muito com Kikyou.

– Eu não sabia que tinha uma tia... - Kikyou murmurou confusa. - Eu ouvi a sua discursão com a minha mãe. - declarou após alguns segundos. - Você.... Disse que queria a sua filha... E que minha mãe estava com ela. - abaixou o olhar.

Filha? Aquela mulher tinha uma filha e ela estava com Amaya? Como isso poderia ser possível? Um sequestro talvez?

Mas as duas Higurashi's eram idênticas, com exceção dos olhos, mas ainda assim... Tinham de ser irmãs! Ou seria possível... Não. Nenhuma possibilidade plausível passou pela mente do Taisho.

– Como isso é possível? - Sesshomaru murmurou pensativo. - Kagome e Kikyou são idênticas, deve haver algum equivoco e...

– Não existe equivoco algum. - Isabelle disse duramente. - Sua madre está com uma filha minha, há quasi diciassette anni(dezessete anos). Fugiu com ela d'Italia na primeira oportunidade, lei è pazza!(ela está louca!), disse que eu havia perdido minha ragazza e que estava confundido as coisas... Mas tenho provas...

– E como Amaya ficou com a sua filha? - Sesshomaru perguntou sentindo que aquela poderia ser uma salvação para o sofrimento de Kagome, se ao menos soubesse qual das duas garotas era filha da mulher que estava em sua frente....

Isabelle baixou o olhar e fixou alguns guardanapos que estavam sobre a mesa, estava fragilizada. Aquela garota a sua frente poderia ser sua filha ou poderia ser a filha de Amaya... Queria tanto poder ter certeza de que ela era sua bambina para poder abraça-la com todas as forças e tentar recuperar todos os anos perdidos, todos os anos em que chorara e que rezara insistentemente para poder encontrar sua principessa. Sentia os olhos arderem, sentia enorme compaixão por Kikyou sem ao menos conhecê-la, mas aquela outra menina dos olhos marejados e azuis iguais aos seus também preenchia sua mente e fazia com que seu coração de mãe se apertasse. O que será que havia acontecido com ela? Por que chorava? Por que estava transtornada? Por que existia tanta dor em seus olhos? E a outra irmã? Essa possuía uma dor diferente. Sua postura era rígida, seu rosto era coberto por uma máscara de futilidade e seus olhos acinzentados eram iguais aos de Pierre...

– Eu... Sou uma atriz Italiana e na época em que tive minhas filhas eu...

– Filhas? - Sesshomaru, que antes achava que estava conseguindo montar alguma estratégia para descobrir "qual era a Higurashi não filha da Amaya" ficou confuso novamente. - Você não disse que havia tido uma só?

Isabelle respirou fundo e suspirou pesadamente em seguida, teria uma longa história a contar...

– HEY SEU BRANQUELO DE MEIA TIGELA!

Kikyou despertou-se do transe que estava e olhou para a porta do estabelecimento, franzindo o cenho logo em seguida. Aquela era... Ellen?

Ellen estava usando uma fantasia de coelho. Dessa vez, a garota se superara. Com orelhinhas num capuz e direito a um rabinho peludo. Porém, a fantasia era de veludo marrom e colada ao corpo, o que era quase normal. Com um short também de veludo marrom e botas largas pretas. Sem óculos e com os cabelos curtos cacheados, ela parecia bem mais fofa do que de costume.

– O que ela faz aqui? - franziu o cenho confusa, ainda mais por ela estar indo na direção em que eles estavam.

– Tá surdo? - a garota encarou Sesshomaru, que teve de olhar para os lados pensando que ela estaria falando com outra pessoa. Da onde ele conhecia aquela... Coelhinha? - Eu to falando com você! Não olhe para os lados como se não me conhecesse.

– Eu realmente não te conheço. - o Taisho reprimiu uma risada. - Deve estar me confundido com alguém e...

– Não mesmo!

– Você a conhece? - Kikyou perguntou assustada.

– Não! - Sesshomaru replicou. - Nunca vi essa garota em toda a minha vida.

– Olha aqui engomadinho... Não pera, você não tá vestindo terno hoje. - A Kageyama colocou uma das mãos na cintura e pendeu a cabeça para o lado. - Mas mesmo assim você não pode mudar essa seu rosto, eu te conheço Taisho! É impossível de te confundir com alguém.

– Mas você está sim se confundindo, Coelhinha. - ele começou a rir e tomou um cascudo. - HEY!

– Não me chame assim! - Ellen tinha as bochechas um tanto coradas. - Ande logo Taisho, temos coisas a resolver e...

– Que coisas pra resolver sua maluca? - Sesshomaru se levantou e a encarou estreitando os olhos. - Nunca te vi na minha vida!

– Não se faça de idiota, seu IDIOTA! - ela o cutucou. - Cadê a lógica em você ficar agindo como se não me conhecesse?

– Porque não tem LÓGICA! - Sesshomaru revirou os olhos. - Eu estou discutindo com uma garota vestida de coelha, que insiste em dizer que me conhece! Acho que a maldita lógica deve ter fugido quando te viu!

– Ou ela não foi com a sua cara. - Ellen lhe mostrou a língua num ato infantil. - E não fale mal da minha roupa. - e em seguida lhe deu um tapa no ombro.

– Para de ficar me batendo sua coisa! - lhe deu um peteleco.

Isabelle riu com a cena. O homem que estava sério até segundos atrás discutia com uma garota com roupa engraçada, ou melhor, desconhecida para ela. Seria uma nova tendência que ainda não havia chegado à Itália?

– Eu vou te matar... - Ellen estreitou os olhos ameaçadoramente.

– Não, não vai. - Sesshomaru rebateu. - Vai matar outro Taisho, eu nem te conheço!

A Kageyama respirou fundo e fechou a mão em um punho, para em seguida apontar um dedo em frente ao rosto de Sesshomaru.

– Você vai se virar sozinho, alone, solo, e solitário com toda a papelada que iriamos resolver naquela droga de colégio. - e então deu meia volta e então marchou para fora do estabelecimento.

– É melhor você avisar pro seu amigo que vai fazer isso, sua doida! - Sesshomaru falou alto o bastante para que ela escutasse, para em seguida se sentar novamente. - Er... A onde estávamos?

Isabelle balançou a cabeça levemente e deu um minimo sorriso.

– Prestem muita atenção. - pediu. - Irei contar o que aconteceu há dezesseis anos atrás...

Flash Back:

Isabelle encarava-se em frente ao espelho com um sorriso imenso. Já estava com nove meses de gestação, suas meninas logo nasceriam mal via a hora disso acontecer.

Algumas madeixas de seus cabelos caiam por cima dos ombros, os olhos azuis brilhavam e os lábios que estavam com um batom vinho tinham um sorriso imenso. Se havia uma fase da vida em que considerara maravilhosa, esta havia sido quando estava grávida.

– Tom non sa quello che ha perso con la scelta delle imprese familiari. (Tom não sabe o que perdeu ao optar pelos negócios de família). - falou para si mesma, era como um ritual que a fazia para esquecer-se do noivo que a abandonara gravida. O moreno de olhos acinzentados havia partido o coração, mas não o seu orgulho e quando o mesmo quis "voltar", após quatro meses e a Higurashi, nem ao menos permitiu sua entrada nos jardins da casa. Orgulho e delicadeza eram suas características principais... Ninguém ousava discordar disso.

– Ainda continua fazendo isso? – outra mulher entrou o quarto. Ela possuía uma postura mais fina e os cabelos iam até um pouco abaixo dos ombros. Andava com as cortas eretas e apesar de também estar grávida de nove meses, não recusava sapatinhos de saltos baixos e quando não os usava, optava por sapatilhas. –Quando si superare questo, Isabelle? (Quando irá superar isso, Isabelle?) - murmurou cruzando os braços e encarando-a displicentemente.

– O parlare italiano o essere tranquillo, Amaya. (Ou fala italiano ou fique quieta, Amaya.). - Isabelle rebateu encarando-a. - Anche in gravidanza cessa di avere la lingua impertinente. (Nem mesmo gravida deixa de ter a lingua atrevida.).

– Almeno io sono incinta e ho un marito. (Pelo menos estou grávida e tenho um marido.) -Amaya disse aproximando-se de Isabelle e pegando a escova de suas mãos, começando a pentear os cabelos da irmã.– Io non sono un ... Solitario. (Não sou uma... Solitária.).

– Preferisco essere solo di compagni maschi, essendo spirito solitario come te. (Prefiro ser sozinha de companhias masculinas, a ser solitária de espirito como você.). – Afastou-se e virou-se para encara-la. – Fino ad allora. (Até depois.). - e então saiu do quarto, deixando a outra sozinha.

Era sempre assim, Amaya a provocava e ela sempre revidava. Antes ficavam aos berros como adolescentes com hormônios a flor da pele, mas com o passar do tempo "trocavam" alfinetadas como se estivessem conversando sobre banalidades.

 

Pausa.

 

– Então quer dizer que você e Amaya engravidaram... Ao mesmo tempo? - Sesshomaru perguntou. Sem querer ele estava agindo como se estivesse realmente trabalhando, mesmo que parte do seu inconsciente gritasse que ele deveria relaxar e não ficar tentando resolver casos como um detetive do FBI.

– Ela casada e... Do meu ex-noivo. - Isabelle mordeu o lábio inferior. - Foi uma coincidência estranha, mas eu e Amaya não temos tanta diferença de idade...

– Quanto de diferença?

Isabelle não respondeu de imediato. Tamborilou os dedos na mesa e ficou um tempo parada, como se recordasse alguma coisa.

– Dois minutos. - murmurou. - Amaya e eu somos gêmeas, e por conta do genes acabei tendo gêmeas também.

Sesshomaru inclinou-se lentamente e a fitou diretamente. Aquela história lhe era muito suspeita.

– Se você teve duas filhas, por que procura apenas uma delas? - perguntou, vendo Isabelle desviar o olhar novamente.

Y un día después de la tormenta

Cuándo menos piensas sale el sol

De tanto sumar pierdes la cuenta

Porque uno y uno no siempre son dos

Cuándo menos piensas sale el sol

E um dia depois da tempestade

Quando menos você pensa sai o sol

De tanto somar você perde a conta

Porque um e um nem sempre são dois

Quando menos você pensa sai o sol

– Porque uma delas morreu. - a frase fez com que um arrepio percorresse a coluna de Kikyou, que sentiu seu coração a ponto de deixa-la sem ar.

Continuação.

– Dov'è l'altro? (Onde está a outra?)- perguntou sentando-se com a ajuda de uma das enfermeiras. Estava no hospital, suas filhas haviam nascido por meio de cesária, já que por mais que esperasse sua bolsa não estourava para poder ter o parto normal e, adiar mais a espera poderiam trazer complicações futuras. –Dove è la mia altra figlia? (Onde está minha outra filha?) – repetiu a pergunta ao ver somente uma neném no colo de outra enfermeira que se mantinha um pouco afastada. Não conseguia ver seu rosto, pois a mesma estava enrolada em uma manta rosa clara.

– Miss Higurashi, non si dovrebbe passare attraverso emozioni forti in questo momento... (Srta. Higurashi, você não deve se passar por fortes emoções no momento...)

– Non importa! (Não importa!). - Tentou levantar da cama, mas foi segurada. Os pontos da cirurgia haviam começado a doer insistentemente e ela fazia força para não demonstrar isso. - Voglio la verità! O di uscire urlando per questo ospedale fino a quando qualcuno risponde alle mie domande!(Quero a verdade! Ou vou sair gritando por esse hospital até que alguem responda minhas dúvidas!).– ameaçou fazendo menção de se levantar novamente.

– Non essere avventato, Isabelle! (Não seja imprudente, Isabelle!). – Deanna adentrou o quarto. Seus cabelos loiros, mas de coloração mais escura estavam presos em um coque que já estava se desprendendo, tinha um sobretudo preto em um dos braços e a expressão estava severa, embora seus olhos denunciassem o choro que havia tido há momentos atrás. - Prenditi cura del piccolo, presto detto tutto. (Cuide da pequena, em breve lhe falamos tudo.).

Parou por um momento, sentindo seus olhos encherem de lágrimas enquanto observava o pequeno embrulho. Esticou os braços deliberadamente em direção ao mesmo e como resposta, a enfermeira se aproximou entregando-lhe o bebe de maneira que ele se aconchegasse em seus braços. Estava dormindo tão serenamente, que a mulher pensou que um minimo movimento a despertaria de seu sono. Sua mente já estava cogitando a pior das possibilidades, seu coração de mãe gritava que algo ruim havia acontecido... Mas ela podia se desesperar? Podia, mas isso não significava que as enfermeiras não iriam seda-la até que se acalmasse. Tinha que abordar tudo com calma, ou o máximo de calma que conseguisse.

– Che cosa è successo? (O que aconteceu?). – murmurou novamente sentindo um bolo na garganta.

Viu o olhar que elas trocavam, e antes de desviar o olhar novamente para a filha ouviu Deanna dizer que gostaria de falar com a filha a sós. A mulher, após fechar a porta, sentou-se a beirada da cama.

(gente a fala vai ser em português, porque irá ficar cansativa se colocar nos dois idiomas :3)

– Quando você entrou naquela sala de cirurgia para ter suas filhas, foi um dos momentos mais felizes de toda a minha vida. Amaya havia acabado de entrar na sala de parto, igualmente a você, minhas três netas estavam nascendo. Depois de duas horas, consegui ver Amaya... Ela estava em pé, por mais que as enfermeiras tentassem impedi-la, pedindo para que ela descansasse mais um pouco. Pelo que soube, ela já tinha visto sua filha que estava tomando banho de luz, mas não havia decido o nome.

Nesse meio tempo, você também havia tido suas meninas, Isabelle... - fez um pausa, como se escolhesse melhor as palavras. - Mas uma delas faleceu ainda na mesa de cirurgia, haviam demorado muito para concretizar os procedimentos, a menina havia nascido fraca de mais e não resistiu... Apenas uma... - Deanna já estava controlando o choro. Isabelle por sua vez, estava estática. A criança em seus braços de repente havia começado a chorar, mas ela não conseguia reagir.

Uma delas havia morrido. Uma das vidas que gerou por nove meses...

– No... – começou a tremer, sentindo o coração pulsar freneticamente. - No. . Perché? Perché io?(Por quê? Por que comigo?) – estava em choque, seu corpo todo tremia e sua mente gritava-lhe que havia perdido uma de suas meninas, uma de suas amadas e preciosas filhas.

Uma das ultimas coisas das quais se lembrava, foi de que sua mãe havia tirado sua filha de seus braços e chamado por enfermeiras.

Fim do Flashback.

– Tive começo de depressão e após quatro meses consegui me recuperar, tive a proposta de ir atuar em um musical que viajaria o mundo. Era uma proposta boa, me ajudaria a colocar a cabeça no lugar e me faria dar um salto para o inicio de minha carreira. Levaria minha filha junto, mas minha mãe me convenceu a deixar minha filha com Amaya alegando que a mesma era recém-nascida e que precisaria de leite materno até dois anos de idade. – finalizou melancolicamente.

– Você... – Kikyou pronunciou-se. – Abandonou sua filha? – disse enojada. – Eu achei que você fosse diferente... Mas não, fez esse drama todo de boazinha só pra tentar reparar um erro seu?

– Eu sei que foi um erro, mas...

– Mas nada! – A Higurashi levantou-se. – Tenho certeza de que mal sabe a cor dos olhos da sua filha. – e então marchou em direção à saída do estabelecimento.

– KIKYOU! – Sesshomaru protestou e como resposta, recebeu apenas um “cala a boca”, antes que a garota saísse do local. – Isabelle...

– Azuis, eram azuis... De tonalidade tão escura que se confundiam com preto e até mesmo com o acinzentado. Podem estar claros, podem estar escuros agora... Não sei...

– Como ela se chamava? – Sesshomaru perguntou franzindo o cenho.

– Sophie.

– Então os nomes foram trocados. – bateu com a mão na mesa, a história de Isabelle o deixava frustrado. Algo estava faltando ali. – Vou te ajudar. – disse com convicção, fazendo com que a mulher ficasse surpresa.

– Por quê? – perguntou.

– Porque a sua história, pode ajudar na recuperação da minha cunhada. – os olhos dourados brilharam em expectativa. - E primeira coisa que iremos fazer, é conversar com uma das enfermeiras que estavam no hospital no dia do nascimento das garotas.

– Para uma enfermeira que estava no hospital? - a morena franziu o cenho.

– Temos que começar do inicio. - Sesshomaru assentiu. - E além do mais, algo me diz pra fazer isso.

– Então teremos de contatar alguém que esteja na Itália. – Isabelle sorriu de canto, após ponderar por um tempo. Sentia que ele iria ajuda-la. – Tenho que ligar para Deanna.

– Deanna? – o Taisho franziu o cenho. Deviam se preocupar com o chilique que Kikyou havia dado minutos atrás, não?

Não, Kikyou não era importante agora.

– A vovó Higurashi. – esclareceu a mulher.

Kagome Pov’s:

Inuyasha havia me levado para sua casa. Não tínhamos falado sequer uma palavra dentro do carro, o clima estava “tenso” de mais e apesar da falta de palavras, eu sentia como se descargas elétricas percorressem todo o meu corpo a cada segundo, principalmente quando ele acabava encostando-se em mim.

– Desculpe. – murmurou quando acabamos encostando as mãos sem querer. Ele abriu a porta da casa para que eu passasse e disse que eu deveria sentar no sofá enquanto ele ia procurar a caixa de primeiros socorros.

Eu estava me sentindo desconfortável, envergonhada, frustrada e curiosa ao mesmo tempo. Não podia ignorar tudo o que havia acontecido, e nem mesmo as circunstancias que me faziam estar ali, na casa dele.

Eu tinha surtado.

E ele simplesmente brotou de alguma forma na minha casa, no lugar do Sesshomaru.

E dito que me amava.

E me beijado...

Senti um arrepio percorrer minha espinha, assim que Inuyasha voltou. Sem dizer nada, ele sentou-se em minha frente e abriu a caixinha de primeiros socorros para depois coloca-la sobre a mesinha de vidro.

Encolhi um pouco quando os dedos frios dele tocaram meu pulso, e delicadamente foram passando o algodão por toda a extensão do corte, com alguma espécie de liquido que ardia.

– Não sei como te explicar isso. – Inuyasha falou em um tom baixo. – Você deve estar me achando um louco, ou que eu quero brincar com você. – desviei o olhar do meu pulso, passando a encarar o chão.

– Isso não explicada nada, Inuyasha. – repliquei. – Tem ideia de como minha cabeça está? – minha voz falhou.

– Tenho...

– Não, não tem. – desviei o olhar do chão e me arrependi de ter encarado os orbes douradas. – Você é namorado da minha irmã!

–Ex-namorado. – corrigiu-me duramente, enquanto terminava o curativo. – Eu e Kikyou não tivemos nada de mais.

– Namoro pra mim é uma coisa séria, Inuyasha. – falei sentindo meu coração parar e voltar a bater aceleradamente quando ele se aproximou para encarar-me.

– Quando não se sente nada pela pessoa, não é. – discordou.

– Se não existia nada, por que a pediu em namoro? – inclinei-me para trás, numa tentativa de me afastar dele. Sua proximidade me deixava agoniada, se tornava difícil de respirar.

– Porque eu precisava me aproximar de você. – era impressão minha ou ele encarava meus lábios? – Foi uma ideia imbecil, mas ser seu cunhado era a única forma de poder falar com você e me aproximar cada vez mais.

– Você a enganou, me enganou. – afastei-me mais um pouco. – Acha que essa era a única forma de falar comigo? Por Deus, Inuyasha, o que você viu em mim? Olha pra você! Lembra-se dos problemas que você já me viu passar, acha mesmo que precisa de alguma louca como eu? Que pode amar alguém como eu?

– Me desculpe por me aproximar de você dessa forma. – Inuyasha se afastou. – Mas não pode fazer com que eu pare de sentir o que sinto, por mais que você diga essas coisas horríveis sobre si mesma. Você não se olha no espelho não? – não escondi a surpresa ao ouvir aquilo. – Não estou dizendo sobre sua aparência, mas você já olhou para as qualidades que existem dentro do seu coração? É isso que te faz tão perfeita, é isso o que complementa a sua beleza e que me fez passar anos te amando em segredo, tentando desvincular isso da minha cabeça de uma vez por todas. Eu quero te ajudar Kagome, quero te proteger... – tocou meu rosto com a ponta dos dedos lentamente. – Mas não posso te esquecer, nem que me implorasse por isso.

 


Notas Finais


Continua... Mereço reviews??


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