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História Fuckin Perfect - Capitulo 20


Escrita por: PriyTaisho

Notas do Autor


Yooooooooooooooooooo, tenho algumas noticias não tão felizes T^T
A fic só vai ter mais 4 capitulos e o epilogo </3 É gente, tá chegando ao fim çç
Eu particularmente adoro esse capitulo *-* UHSUH amo todos, mas sacumé né ueheuhe
Boa leitura!

Capítulo 20 - Capitulo 20


05h25min da manhã, rua dos Taisho’s:

– Sangozinha, você não acha que está cedo demais? – Miroku perguntou bocejando, enquanto coçava os olhos com uma das mãos. A outra estava com uma mala “enorme” e em seu ombro direito estava sua bolsa do colégio. O moreno trajava uma calça jeans e um agasalho preto e branco, juntamente com seus inseparáveis all stars surrados. – Não tem ninguém acordado ainda. – murmurou contragosto, enquanto ajeitava a alça da mochila.

– Se não tivesse ninguém acordado, eu não estaria aqui, Miroku. – a moça revirou os olhos e colocou a franja atrás da orelha e em seguida revirou os olhos. – E cuidado com essa mala, Miroku. – acrescentou apontando para ele. – O motivo de estarmos acordando cedo está aí dentro.

– Sango eu madruguei! – ele falou indignado e recebeu um olhar enviesado dela.

– E eu to de moletom no meio da rua. – rebateu ela sem se importar. Estava com seus chinelos de oncinha e seu conjunto de moletom preto com capuz. – Pelo menos você está arrumado e eu?

Ele ficou em silencio por alguns segundos, enquanto avistava a casa de Inuyasha de longe. Aquela rua era enorme em sua opinião, ainda mais vindo da direção em que eles estavam (já que Sango mora a duas quadras deles, e ela fez com que ele fosse busca-la em plena madrugada). Claro que não recusou, nunca recusaria algo para a sua Sangozinha... Não que ela precisasse saber disso.

A luz do sol é boa, me sinto bem,

Vamos para algum lugar juntos

Onde devo ir com você?

Devemos apenas ir a qualquer lugar?

– Como se você não ficasse bonita com qualquer coisa. – Miroku murmurou para si mesmo.

– C-Como? – Sango parou e virou-se para ele. As bochechas estavam coradas, as mãos haviam começado a tremer e ela as enfiou dentro dos bolsos da blusa. – E-Eu...

– H-Hein? – droga, ele havia mesmo dito aquilo em voz alta? Sentiu as bochechas esquentarem e retribuiu o olhar de Sango.

– Você...?

– Eu? – murmurou ele deliberadamente.

– Disse... – ela parecia estar tendo um grande esforço para formular alguma frase.

– Não... – O Houshi respondeu no automático.

– Ah, eu pensei que você tinha. – Eles estavam conversando com meias frases? Que tipo de reação era aquela? – perguntava-se mentalmente.

– E você queria? – inclinou-se em direção a ela, que abriu um pouco a boca, como se fosse dizer algo.

– É... – Sango murmurou sem perceber e quando notou o erro tratou de corrigi-lo. – É claro que nós temos que tocar logo a campainha, tenho um trabalho importante a fazer. – acrescentou nervosamente indo até a porta da casa. - Quando haviam chegado ali? – perguntou-se mentalmente, enquanto apertava a campainha.

Esperaram alguns minutos e Izayoi abriu a porta. Com um coque desgrenhado, a matriarca tinha em mãos uma xicara de café e piscava demoradamente.

– Como eu odeio acordar... Cedo. – ela disse demoradamente. – Entrem, entrem. – acrescentou abrindo a porta o suficiente para que eles passassem. – Ah, Sango você vai ter de acorda-la. – acrescentou dando um sorriso sem graça. Haviam se conhecido há um tempo, quando a garota entrou em sua casa junto com Miroku e Inuyasha, ela havia dado um cascudo em seu filho, pois ele ainda continuava com Kikyou... Desde aquilo havia simpatizado com a garota.

– Dá uma dó, não é? – Sango perguntou para a outra que assentiu. – Bem, Miroku minha mala. – estendeu a mão para o garoto que a entregou lentamente.

– A onde estão seus materiais? – Izayoi perguntou vendo que ela não estava com a bolsa do colégio.

– Ah, minhas coisas estão na bolsa do Miroku. - deu ombros, enquanto seguia em direção as escadas. - Ah, olá Sesshomaru. - acrescentou ao passar pelo moço de cabelos prateados que descia para a sala e sumindo segundos depois para o andar superior.
– Eu não sou o Sesshomaru. - Satoru murmurou revirando os olhos. - Bom dia mãe, Houshi.
– Dia? - eles falaram ao mesmo tempo. - Estamos de madrugada. - Miroku acrescentou se jogando no sofá.
– Eu preciso de café. - InuTaisho falou descendo as escadas rapidamente, enquanto brigava com a gravata. - Sesshomaru, sabe se Satoru ainda está aqui? - perguntou distraidamente para o filho.
– Francamente homem, você ainda se diz meu pai? - ele recrutou. - O que será que tenho que fazer para que não me confundam com o outro?
– Usar um crachá, igual aquele que vocês usavam quando mais novos... - Izayoi murmurou pensativamente levando a xícara até a boca.
– Querida, você está parecendo um zumbi.- O sr. Taisho falou dando um sorriso amarelo. - Um zumbizinho lindo e...
– Cala a boca. - ele ficou em silêncio ao receber um olhar assustador da esposa.

– Sim senhora, capitã, Izayoi. – ele engoliu em seco e bateu uma falsa continência. – Devo ir pra cozinha? – perguntou vendo-a arquear uma sobrancelha.

– É, deve. – a morena respondeu antes de ver o marido jogar a gravata em cima do sofá e ir para a cozinha em passos rápidos.

– As manhãs sempre são animadas dessa forma? – Miroku perguntou dando risada da forma que a única mulher da casa colocava ordem em todos os quatro marmanjos... E nele também, mas isso não vinha ao caso.

– Animadas? – Satoru perguntou enquanto ia para a cozinha. – Isso aqui parece mais o regime militar. – alfinetou.

– Como se você passasse muito tempo em casa para falar sobre isso. – a mulher retrucou com um sorriso.

– Essa doeu. – ele a encarou magoado e ela fez uma pose vitoriosa.

– Eu sei. – e então voltou sua atenção para Miroku. – Tire os pés do sofá e vá acordar o Inuyasha.

– Claro. – o moreno levantou-se em um pulo e largou a bolsa no sofá, antes de ir atrás do amigo. – E... Como faço para acorda-lo? – perguntou curioso.

– É só jogar um pouco d’agua nele, que ele levanta rapidinho. – dessa vez Sesshomaru que respondeu, enquanto passava por Miroku. – Mãe, porque levantamos tão cedo mesmo? – perguntou consultando o relógio de pulso dourado.

– Sempre acordamos nesse horário, Sesshomaru. – Izayoi suspirou pesadamente. – Só que a única diferença, é que eu sempre sou a última a acordar e não a primeira. – balançou a cabeça negativamente e foi para a cozinha, seu café havia esfriado tanto que estava lhe dando mais sono em vez de lhe manter acordada.

Kagome Pov’s:

– Kagome. – ouvi uma voz me chamar pausadamente, ela estava tão longe. – Acorda Higurashi. – senti mãos sobre os meus braços e me sacudiram levemente.

– Sango? – murmurei abrindo os olhos e piscando devagar por causa da claridade. – O que você tá fazendo aqui? – franzi o cenho e passei a mão no rosto tentando clarear meus pensamentos.

– Você tá melhor? – ela perguntou aparentemente preocupada, enquanto eu me sentava na cama. Antes de dormir, a Sra. Taisho havia me emprestado uma regata e uma calça soltinha de veludo preta, que ela mal usava.

– Estou sim. – encarei meu pulso enfaixado. – Inuyasha te contou? – não olhei para ela quando disse isso.

– Isso não vem ao caso. – ela disse animadamente. – Vim te arrumar e...

– ME ARRUMAR? – encarei Sango assustada e ela deu um sorriso de canto. – Que ideia maluca é essa, Sango?

– Eu tenho direito, você correu pros Taisho, em vez de ir pra minha casa. – ela formou um bico e logo sorriu. – Mas... Você pretende ir pra escola como? Com essa roupa? – arqueou uma sobrancelha. – Ou será que vai protelar e ficar aqui? Melhor, vai quebrar um dos nossos acordos? – arqueou uma sobrancelha. – Você prometeu fazer tudo o que eu pedisse.

– Eu tenho escolha? – suspirei.

– Nem se quisesse. – Sango se levantou animada. – Eu acordei quatro da manhã, e nem me arrumei, então vamos começar logo com isso. – pegou o celular e colocou All Star, do Smash Mouth pra tocar. – Eu amo essa música.

– É o tema do Sherek. – revirei os olhos enquanto me levantava.

– Exatamente por isso. – ela ergueu um polegar afirmativamente. – LET’S GO TO BATHROOM!

Respirei fundo e me deixei ser guiada até o banheiro, para uma mini sessão de tortura.

Apenas esteja ao meu lado,

Eu me sinto bem hoje

Eu penso nisso, eu penso nisso

“Kagome não se mexe”, “Para de piscar toda hora”, “Ai!”, “você se mexeu”, “Fecha os olhos, NÃO KAGOME, NÃO FICA TREMENDO”, “Se não ficar quieta, eu vou acabar arrancando um pedaço do seu dedo fora”, “Sango...”, “Xiu”.

– Eu não to sentindo o meu rosto. – murmurei jogando-me na cama novamente, mas antes inclinei o corpo e peguei o celular da minha amiga, que indicava 6:20 da manhã.

– Você nem se olhou no espelho. – Sango resmungou ajeitando a roupa. Ela estava usando uma blusa branca com a bandeira dos EUA estampada, um short jeans azul com as barras e os bolsos desfiados e um vans azul marinho. Os cabelos estavam soltos e ela havia passado apenas um gloss e delineado os olhos. – Eu não queria usar essa blusa, mas foi a única que consegui encontrar. – comentou se encarando no espelho. – Vem aqui se ver, Kagome, anda. – revirou os olhos.

Levantei-me da cama e fui ao lado dela, seus olhos castanhos brilhavam em expectativa e após relutar um pouco eu finalmente me vi.

– Eu não acredito. – deixei com que um sorriso escapasse. Sango havia me dado uma regata preta e uma blusa xadrez vermelha de mangas longas para por sobre ela. A calça era num jeans azul escuro, meio manchado e pra completar um all star vermelho. Meus olhos estavam delineados, mas era um traço bem mais simples do que o da minha amiga e que destacava meus olhos deixando-os mais vivos.

– Não consegui deixar seu cabelo igualzinho ao que o Jack arrumou naquele dia, mas está bem parecido. – ela colocou uma mão em meu ombro. – O que achou?

– Eu acho que te amo. – comentei a encarando e pensei que Sango fosse explodir de felicidade.- Sango eu mal me reconheço, mas sou eu ali. Não de forma exagerada, continua sendo a Kagome reservada, mas de forma...

– Arrasadora, sexy, estilosa e fofa. – Sango completou por mim. – Valeu a pena ficar esse bagaço, pra te ver assim. Viu que não é difícil? – Disse quase como um apelo. – Você só precisa ter paciência, não precisa usar algo vulgar, nem que não te faz bem. Só não precisa usar roupas três ou quatro vezes maior do que você, e se esconder atrás daquele capuz idiota. Você é linda, Kagome. Eu tenho certeza que o Inuyasha já te disse isso milhões de vezes, desde que vocês se acertaram... E como, não é? – acrescentou com um risinho malicioso, fazendo com que eu corasse.

– S-Sango! – repreendi envergonhada. – Nó-Nós... Ah, eu não sei. – suspirei e ela me olhou compreensiva. – Eu sinto que o amo, sabe? – Sango assentiu. – Mas nós somos tão diferentes e se não der certo?

– Ká, ele te ama e isso é a única coisa que importa. – segurou a minha mão. – E se você o ama, não vai existir diferença alguma que os impeçam de ficar juntos. – sorriu – Só se ele fosse como o Houshi e você como eu, ai sim nem o amor faria vocês ficarem juntos. – brincou fazendo com que eu desse risada. – Agora coloque um sorriso nesse rosto e vamos tomar café para irmos ao colégio. – assentiu e me puxou para sairmos do quarto.

– Mas e meus materiais? – perguntei quando fechei a porta.

– Joguei tudo na bolsa do Houshi. – deu ombros. – Ainda bem que ele não protestou... – comentou pensativamente.

– Miroku está aí? – falei assustada. – Sério?

– Achou que eu ia vir sozinha? Bitch, please, Miroku veio me acompanhar e...

– Hum, a primeira opção foi ele, né? – dei um sorrisinho de canto e ela corou.

– Ta aprendendo isso com quem, hein? – Sango perguntou afinando a voz, ela estava nervosa. – Quem anda sendo essa má influencia pra você? Ah, aquele Houshi maldito...

– Claro, claro. – assenti e ela cruzou os braços passando por mim e indo em direção as escadas.

Inuyasha Pov’s:

Um bom perfume vem de seu cabelo,

Eu fico tonto, seu charme transborda

(De jeito nenhum) Eu sinto que te amo, eu tenho muita sorte,

Um cara de sorte que tem você

– Talvez a Sango tente ajudar a Kagome, a arrumando em vez de brigar ou dizer palavras que possam ofende-la. – Sesshomaru comentou mordendo uma torrada. – Ela sabe que tudo o que Kagome passa é referente à sua aparência e...

– Ela tenta faze-la esquecer dos problemas. Porque de alguma forma, a Ká se distraí em meio a essas mudanças repentinas que a Sango faz nela. – acrescentei colocando a bolsa sobre o sofá e começando a andar de um lado para o outro.

Sentia as minhas mãos tremerem e meu coração palpitava toda vez que me lembrava dos lábios de Kagome tocando os meus, da forma que ela me abraçou, de todos os momentos que havíamos passado juntos.

– Sango é muito esperta. – Miroku murmurou. – Só não a deixem saber disso. – apontou para nós alarmado.

– Isso ainda vai dar casamento. – Izayoi comentou apoiando o cotovelo na perna.

– Claro que não. – o Houshi protestou. - Eu e Sango somos incompatíveis... Tá, nem tanto, mas ela não precisa saber disso. – repetiu desviando o olhar. Miroku havia corado?

Minha atenção foi tomada por Sango, que descia as escadas com um sorriso satisfeito. A moça balançou o pescoço de um lado para o outro e deu uns pulinhos como se estivesse se aquecendo para uma luta.

–Depois de horas e horas, escolhendo roupas, fazendo uma mini sessão de SPA, relaxando, e fazendo todas aquelas frescurites agudas, finalmente nós podemos tomar café. – O sorriso que ela tinha foi se ampliando. – Apresento a vocês, minha amiga linda e Maravilhosa... Kagome Higurashi! – e então começou a bater palmas e assobiar, sendo acompanhada por Miroku, do Sesshomaru, do meu pai e da minha mãe.

Barulhos esses que foram sumido, a cada degrau que ela descia. De repente, eu havia esquecido como inspirar e expirar, o ar parecia estar travado dentro do meu peito e minhas mãos suavam. Kagome tinha um sorriso tímido, as bochechas estavam levemente coradas e os olhos azuis faiscaram ao me ver... Ela estava perfeita, numa combinação que me fez dar um mínimo sorriso de canto ao notar que nossas blusas eram no mesmo estilo e cor. Parecia até que havíamos combinado.

Tire os salto alto,

Calce alguns tênis, você não precisa de maquiagem

Você ainda é tão bonita

Que eu só vejo você

– Você está perfeita. – falei abraçando-a. Eu havia me aproximado de tal forma da escada, que mal havia notado. – Com ou sem maquiagem, você continua sendo perfeita. – inspirei o cheiro doce que a pele dela emanava.

– Você me deixa sem jeito. – Kagome murmurou somente para que eu pudesse ouvir.

– Amor, tire todo o açúcar do café porque eu acho que to com diabetes. – minha mãe falou dando risada. – InuTaisho? – olhou por cima dos ombros atrás do meu pai.

– To aqui! – a voz do meu pai foi ouvida.

– Ah. – ela se levantou e foi atrás dele (que tomava café) no outro cômodo.

– Bom dia. – Kagome disse se separando de mim, com um sorriso nos lábios.

– Vamos comer! – Miroku exclamou se levantando do sofá e correndo para a cozinha.

– Tem bolo, né? – Sesshomaru perguntou fazendo o mesmo que ele, enquanto levava o potinho que antes continha torradas.

– Er, Vocês estão combinando... – Sango sorriu amarelo, vendo que era a única, além de nós(eu e Kagome), na sala. – Galerê, me espera! – completou correndo atrás dos outros.

Demos risada e depois um clima constrangedor se instalou.

– Hoje eu quero te levar em um lugar. – comecei e notei que ela me encarava atenciosa. – Não aceito um não, como resposta. – acrescentei quando vi que ela iria protestar.

– Tudo bem. – Kagome sorriu e eu sorri também. – Eu só... Tenho que ir pra casa, depois. – sussurrou.

– Pode dormir aqui mais uma vez! – falei sem pensar e segurei sua mão. – Meus pais gostam de você, não terá problemas.

– Eu não posso, Inuyasha. – Kagome suspirou e eu vi um traço de dor em seus olhos. – Tenho uma casa, apesar de tudo. Não quero abusar da boa vontade dos seus pais.

– Não é...

– Não posso fugir pra sempre, Inuyasha. – mordeu o lábio inferior. – Passei uma noite fora, mas isso não significa que vai mudar alguma coisa. Eu tenho que voltar pra casa, como sempre voltei.

– Mas...

– Por favor, Inuyasha não insista. – pediu.

– Só não quero que você se machuque mais. – encostei minha testa na dela, fitando os olhos azuis que eu tanto gostava.

– Eu também não. – Kagome deu um sorriso que me pareceu forçado. – Mas vamos tomar café, temos que ir à aula. – acrescentou se afastando de mim, mas eu a puxei pela mão. – O que foi?

– Bom dia. – falei lhe dando um selinho.

Ela apenas deu um sorriso rápido, antes de seguir para onde os outros nos aguardavam.

Você é minha linda garota

Eu não quero te mandar pra casa

E você é o meu lindo amor

Devo te dizer, ou não? eu contemplo

Porque eu te amo,

Meu coração continua correndo,

Por favor, não me interprete mal

Eu me sinto assim, eu me sinto assim

Narradora Pov’s:

No more waking up to innocence

Say hello to hesitance

To everyone I meet

Thanks to you years ago

I guess I'll never know

What love means to me but oh

I'll keep on rolling down this road

But I've got a bad, bad feeling

Nada de acordar para inocência

E sim dizer olá para hesitação

Para todos que eu conheço

Graças a você anos atrás

Acho que eu nunca irei saber

O que o amor significa pra mim

Eu vou continuar a trilhar essa estrada

Mas eu tenho a péssima sensação

– Não precisava ter me trazido aqui, Naraku. – Kikyou falou encarando a própria casa pela janela. – Ellen deve ter se sentido incomodada. - acrescentou voltando seu olhar para ele.

O moreno revirou os olhos e desviou o olhar da garota ao seu lado, não conseguiria mentir olhando para aquelas orbes cinzentas, sabia disso.

– Ela tinha outro compromisso, não ia direto para o seu colégio. – falou rapidamente. – O Satoru... É, ele, ia encontra-la. – mentiu. Não iria dizer que sua irmã havia esbravejado dizendo que não iria de forma alguma no mesmo carro que a Higurashi, pois sua cota de bondade já havia estourado quando lhe emprestara as roupas.

– Está mentindo. – Kikyou contradisse em tom baixo. – Bem, obrigada por me trazer aqui e...

– Eu estarei te esperando para te levar ao colégio. – Naraku a interrompeu voltando a encara-la. – Não teria sentido ter vindo aqui para nada. – deu ombros e viu a moça abrir a porta do carro.

– Realmente não precisa. – disse enquanto saia do carro.

– Se eu não esperar, você vai se atrasar. – ele lembrou e a fez revirar os olhos. – Ande logo mocinha. – tirou o cinto de segurança e ligou o rádio em uma estação qualquer.

Kikyou apenas se limitou em fechar a porta e caminhar para dentro de casa. Na hora em que haviam acordado o clima estava um tanto frio, mas já estava consideravelmente quente quando saiu de dentro do carro. Já estava vestindo suas próprias roupas e uma blusa de moletom que Naraku lhe emprestara, pois se recusava a levar as roupas de Ellen para casa, pelo simples fato de perceber que a moça não tinha tanto apreço por si, como seu irmão. Embora estivesse muito agradecida pelas roupas emprestadas, não se sentiria bem, caso as suas próprias continuassem molhadas a ponto de ter que ir para casa usando as da Kageyama.

Pegou as chaves de casa e colocou a dourada na tranca. Suspirou antes de encostar a mão na maçaneta fria e sentiu como se todas as preocupações do dia anterior lhe tomassem novamente.

Respirou fundo e recolocou sua máscara fria e fútil, ninguém ali dentro poderia saber de suas emoções, de nada até que conseguisse se livrar de toda a confusão em que estava envolvida. Até que descobrisse a verdade sobre Amaya e Isabelle, que não saia de sua cabeça de forma alguma.

– A onde estava, Kikyou? - a voz baixa e aparentemente calma fez com que ela se arrepiasse, antes de fechar a porta novamente. A sala da casa estava parcialmente escura, tendo apenas uma das janelas abertas.

– Dormi na casa de Yura. – mentiu mantendo o queixo erguido.

– E por que não avisou? – O vulto que representava Amaya se levantou vagarosamente do sofá e caminhou até onde estava o interruptor, o acendendo. – Você não costuma dormir fora... Não nos dias em que você é punida. – um sorriso falsamente gentil se formou em seus lábios.

– Nunca vi problema nisso. – respondeu ignorando a vontade de mandar a mulher para outra dimensão. – Não tem ninguém em casa? É por isso que não está cumprindo o seu teatrinho de mãe perfeita?

– Essa era outra questão que eu gostaria de te perguntar. – Amaya franziu o cenho, mas continuou com o mesmo sorriso. – Kagome não veio para casa, seu pai também não chegou... Você chegou agora. – deu um riso baixo. – Me deixaram sucumbindo a loucura, sozinha?

– Não sou obrigada a ouvir isso. – Kikyou declarou indo em direção as escadas. Kagome não havia dormido em casa?

– QUERO VOCÊ E KAGOME LONGE DE ISABELLE! – ouviu o grito da mulher, quando estava no quinto degrau. – Não se aproximem dela, está me ouvindo? – repetiu num tom esganiçado.

– Realmente acha que eu mando nela? – permitiu-se gritar. – ACHA QUE EU TENHO CONTROLE SOBRE A VIDA DE ALGUÉM?!

– Kagome tem a mente fraca, Kikyou. – Amaya disse aproximando-se dela e subindo os degraus da escada para poder encara-la firmemente. – E você sabe o que acontece, quando não domina as mentes mais fracas...

– Eu tenho nojo de ser sua filha. – trincou o maxilar e desviou o rosto quando a mulher tentou toca-la. – Tenho nojo de eu e Kagome termos que participar dessa sua farsa medíocre! Acha mesmo que meu pai não vai notar nada? Se é que já não notou, porque ele te traí e você sabe disso.

– Eu mantive isso por 16 anos, Kikyou. – o tom de voz dela foi cortante. – E continuarei mantendo, até que eu morra. – falou tão lentamente que lhe deu nojo.

Sabendo que não conseguiria suportar por mais tempo, Kikyou virou-se de costas e subiu as escadas rapidamente, indo para o seu próprio quarto e batendo a porta com força.

Num gesto mecânico, tomou banho e vestiu uma calça jeans preta com algumas tachas douradas, juntamente com uma blusa verde sem mangas - que deixava um pouco de sua barriga do lado de fora - com os dizeres: “Califórnia College” em branco. Colocou sapatilhas pretas e passou um batom rosa chiclete na boca, delineou os olhos e deixou os cabelos impecavelmente arrumados.

Pegou a bolsa do colégio que estava jogada em um canto e saiu o mais rápido que podia da casa, sem encontrar Amaya na sala, para sua felicidade.

– Só acelera. – pediu ao fechar a porta do carro.

– Aconteceu alguma coisa? – Naraku perguntou ajeitando a postura e recolocando os cintos de segurança, antes de ligar o carro novamente.

– Te explico no caminho. – Kikyou respirou fundo e colocou os cintos de segurança, largando a bolsa no espaço a sua frente. – Vai ser um longo caminho... – murmurou fechando os olhos.

It's gonna take a long time to love

It's gonna take a lot to hold on

It's gonna be a long way to happy, yeah

Vai demorar muito tempo para amar

Vai custar muito para agüentar

Vai ser um longo caminho para a felicidade

Espreguiçou-se e depositou a xícara de chocolate ao lado na mesinha. Depois de passar quase toda a noite acordada, havia conseguido puxar os dados que lhe importavam e que buscava com tanta avidez.

Sesshomaru teria que lhe pagar por isso, mas ela teria que pagar Eri, sua amiga que por algum acaso do destino estava fazendo intercambio e que havia lhe fornecido informações sobre o Luce Amato, o hospital onde tudo começara há 16 anos atrás. Dera muita sorte por ter uma amiga trabalhando lá dentro.

Ah, se seus pais soubessem que ela não havia perdido a pratica em raquear sistemas... Eles ficariam muito bravos, principalmente se descobrissem que ela havia criado um programa e o passado para Eri, que o infiltrou no computador mestre de outro país... Céus, poderia ser presa.

Mas era por uma boa causa... Certo? Certo.

Esticou o braço e pegou o telefone sem fio que estava um pouco distante. Piscando demoradamente, ela discou os números que tinha decorado (mesmo que não quisesse), para o dono das orbes douradas que lhe encantavam tanto... Mesmo que se repreendesse mentalmente por isso.

– Rin? – a voz máscula a atendera no terceiro toque, fazendo com que um arrepio percorresse sua espinha. – Você está aí? – perguntou após alguns segundos, vendo que ela não tinha respondido.

– Ah, oi. – saiu do transe em que havia entrado.

– Você está bem? – Sesshomaru perguntou preocupado.

– Eu só não dormi às 8 horas necessárias. – respondeu pausadamente, passara tanto tempo em silencio que esquecera até de como falar. – Consegui descobrir algumas coisas. – passou a mão nos cabelos e bocejou. Droga, estava com muito sono.

– Que secretária eficiente...

– Vai se ferrar. – o cortou revirando os olhos.

– Okay, o que descobriu?

– O nome do hospital, uma penca de arquivos sobre essas garotas desde a hora em que entraram, até o dia em que saíram do hospital... Quer dizer, elas tinham nomes diferentes, Sophie e Michelle Higurashi... Argh, prefiro os nomes atuais, só que como eu tenho o nome das mães foi fichinha encontrar os arquivos... – revirou os olhos, gostava tanto do nome Kagome. – Mas de qualquer forma, existe um laudo de óbito para uma das filhas da italiana e ela se chamava Lucy e de acordo com os dados, morreu assim que nasceu por insuficiência respiratória.

– Então Isabelle realmente só tem uma filha viva? – o Taisho perguntou tenso. – Não existe a possibilidade de...

– Deixe-me terminar. – Rin falou. – Eu vasculhei tudo, Sesshomaru, mas uma única coisa nesses laudos médicos que me deixou com uma pulga atrás da orelha. – mordeu o lábio inferior. – O sangue de Lucy, era tipo B, enquanto o de Sofia e Michelle eram tipo A. É algo idiota, mas quais são as chances de gêmeas terem o tipo sanguíneo diferente?

– Cinquenta por cento? – arriscou ele.

– Não sei, mas elas deviam ter o tipo sanguíneo iguais, pois foram geradas na mesma barriga. – Rin disse animada. – Existe algo estranho nessa história, Sesshy.

– Rin, você é um gênio! – Sesshomaru falou animado. – Eu te amo! – disse sem pensar, causando um constrangimento nos dois. – Er...

– Meu nome é Rin e eu sou eficiente. – deu uma risada sem graça, sentindo as bochechas esquentarem. – Eu descobri o nome da enfermeira que cuidou da Amaya e da Isabelle, e o mais legal é que ela mora no mesmo lugar que morava naquela época.

– Acho que a Deanna, vai gostar de fazer uma visita a ela. – Sesshomaru comentou pensativo.– Isabelle me disse, que achava que de alguma forma sua mãe seria útil, ficando na Itália, já que tudo é relacionado ao país.

– Aí eu já não sei, mas quero dormir, depois nos falamos. – Rin sorriu, queria continuar ouvindo a voz dele... Mas estava tão cansada.

– Obrigado, Rin. – Sesshomaru agradeceu. – Não precisa ir trabalhar hoje. – acrescentou pensando no quão cansada ela devia estar.

– Não tente me tirar do meu serviço, mas também não reclame se eu acabar dormindo na minha mesa. – ela brincou. – Mas você me deve um jantar, Sesshy. – acrescentou seriamente.

– Prometido. – ele sorriu, embora soubesse que ela não iria ver. – Boa “noite”.

– Obrigada. – Rin agradeceu, antes de desligar o telefone e se dirigir para o banheiro. Precisaria de um bom banho, antes de adormecer como pedra em sua cama.

Left in the pieces that you broke me into

Torn apart but now I've got to

Keep on rolling like a stone

Cause it's gonna be a long long way to happy

Deixada aos pedaços em que você me quebrou

Despedaçada, mas agora eu tenho que

Continuar a rolar com uma rocha

Por que vai ser um caminho muito longo para a felicidade

 


Notas Finais


Continua... Mereço reviews??


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