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História Gangsta Love - Capítulo único


Escrita por: VidaOhShit

Notas do Autor


Oioi quem me conhece da minha Fanfic Escape já teve um gostinho desse Mister J., que idealizei após assistir o filme, e me senti obrigada a adaptar aqui com sua fiel parceira.

Então aqui está uma dose a mais de Harley & Joker em um oneshot "hot" adaptado, que vai um pouco além daquela relação insana e tentadora que não apareceu nos cinemas...

Espero que gostem.

* Dica ler ouvindo Gangsta da Kehlani e Purple lamborghini do Skrillex.

Enjoy the madness.

Capítulo 1 - Capítulo único


Já devia passar das três da manhã, pois lembro que saí da boate por volta da meia noite. O lamborghini roxo não de longe era tão confortável quando se estava exprimida sacolejando em seu porta-malas. Mas o carro vagueia por horas, é tão rebaixado que quase toca o asfalto, o som estéreo vibrando em meu tímpano me deixando tonta.  

Uma freada brusca me fez bater a testa com força em algo, e senti um cheiro metálico de sangue. Levei minha mão até a umidade em minha cabeça tentando limpa-la, no exato momento que o motor foi desligado.

Enfim parecia chegado o momento. Fazia já três semanas desde a última vez que o vira, e meu coração parecia pular em meu peito com uma mistura de medo e expectativa pelo que aquela noite me prenunciava.

Frost me ajudou a sair do carro e me indicou o caminho.

- Que viagem... – vibrei ao ser colocada de pé ainda dolorida.

O homem riu e balançou a cabeça.

- Você sabe o chefe não quis correr riscos de você ser seguida dessa vez... – justificou, fazendo piada assim que voltou ao carro pronto para partir.

Eu dei de ombros. Na verdade não ligava. O que importava é que ele queria me ver. E isso bastava.

Vaidosa tentei checar no reflexo do carro o meu estado, limpando meu ferimento com um lenço, e alisando meu vestido vermelho estava um pouco amassado. Retoquei o batom e balancei meu cabelo.

Apenas esperava que ele hoje me compensasse por meu último trabalho. Afinal, Robbin tinha sido uma boa cartada e o Morcego ainda chorava a morte de seu escudeiro. Ok tá certo que depois ele me seguiu e quase nos pegou. E também tivemos que nos separar depois de tudo... E era aquilo me trucidava, não aguentava ficar longe do meu pudinzinho, mas eu sempre fazia tudo que ele me pedia.

 O lugar parecia como um galpão abandonado. Mesas velhas de piquenique sob as árvores, lascas de madeira no chão, folhas mortas se acumulavam decompondo na terra, e um cheiro de coisa antiga que evocava tempos passados me dando certeza que já fora uma casa bonita de uma família rica dos áureos tempos onde havia paz em Gothan. Mas agora era o seu palácio, ao menos temporário, e o Príncipe Palhaço sabia muito bem como escolher seus esconderijos.

Podia morar aqui com ele. Quem sabe ele assumisse que me amasse? Já podia ver esse gramado cheio de Coringuinhas em miniatura correndo para lá e para cá, caçando morceguinhos e...

Droga Quinn! Você ainda não aprendeu. Ele é um psicopata e só ama a si mesmo. – minha única sobra de sanidade gritava em minha mente.

Mas no fundo eu sabia que ela estava certa, mas eu tinha esperanças... Sempre tinha esperanças com ele.

Ignorando as vozes em minha cabeça, parei em frente a uma porta que já estava entreaberta, e notei a parede branca toda pichada com sua letra ilustrando todo espaço com a risada, como se marcasse o território que ninguém ousaria em disputar.

Meu coração estava martelando loucamente e, com o impulso da adrenalina no meu sangue, mais do que nunca quero entrar na casa e deixar que ele se apodere de cada pensamento meu.

* Colocar Gangsta para tocar*

Uma batida alta e envolvente aguçava minha curiosidade, e me fazia querer correr a seu encontro, mas a luz fraca daquela grande sala vazia e meus pés vacilantes nos salto alto me fizeram tropeçar em alguns degraus, e acabei caindo de quatro no chão.

- Ora Ora, que bela entrada! Sempre tão jeitosa... E quase quebrou o seu pescoço, e isso me pouparia o trabalho e a diversão. – debochou me fazendo vibrar.

Era perturbador como a voz dele me afetava. Era áspera, debochada e levemente perturbada. A perdição involuntária que me fazia congelar na sua presença. Ele sabia que poderia me pedir qualquer coisa.

Vagueio até a lembrança de um outro pedido há um ano atrás, ainda no Asylum Arkham quando tudo começou.

 – A machine gun – ele exigiu como se fosse algo tão inocente quanto chocolate.

Havia uma sensualidade ameaçadora nele que eu não conseguia entender, algo poderoso que me arrastava como uma correnteza. Mas aquele seu sorriso largo quando eu aceitei me fez flutuar, ofuscando a razão por fascinação dando um passo sem volta.

Era viciante. Tóxico. Ao seu lado não tive medo da tortura. Nem hesitei na minha transformação. Aguentei tudo para entrar em seu mundo. Ele me recriou, me apresentou a uma nova vida. Uma vida excitante e sem limites.

Antigamente eu acreditava que os homens eram seres essencialmente bons, nascidos em estado de graça, e que só as condições mais desafortunadas poderiam mudá-los. Depois decifrava pesquisas recentes ao cérebro humano que afirmavam que a genética exercia um papel muito maior no comportamento humano do que se pensava, e especulavam que características da personalidade como a maldade, bondade, violência e loucura fossem particularidades genéticas carregadas por homens específicos.

Mas hoje eu compreendia, que de algum modo estavam todos certos e errados...

Não havia um homem de todo bem, ou de todo o mal. Contudo todos carregavam em seus genes o livre arbítrio, que traz consigo toda e qualquer possibilidade de comportamento. Éramos frutos do meio, consequência de uma sociedade impiedosa. Onde aqueles que enxergam essa imensa liberdade de escolha são chamados de loucos por cegos alienados e medrosos. Porém, para mim loucura, nada mais é que o mais puro estado de lucidez, e está sempre ali como uma chave na ignição, pronta para ser acionada.

Afinal, como dizia meu Pudinzinho: “A loucura é como a gravidade, só precisa de um empurrãozinho...”

E hoje entendia que uma existência sem um toque de insanidade é apenas um borrão. Sem inicio, sem meio, sem fim, sem razão...

Era engraçado...

Aquela Dra. Quinzel que foi designada para ajudar a entender o Joker já não existia. Mas no fundo foi ele é quem me salvou. Libertou minha mente, se apoderou de meu corpo, e quebrou meu coração.

Um rugido baixo de impaciência me fez despertar, ignorando a advertência levantei os olhos varrendo o ambiente. Sedenta de saudades por encontra-lo, e me ergui rapidamente quando me deparei com um círculo no chão.

Facas, armas, garrafas, munição, celulares, câmeras, roupas de criança, além de velas e rosas espalhadas no chão. Por um segundo foquei somente nas rosas, vermelhas iguais as que ele me presenteava quando ainda estava preso e tentava me conquistar. E aquilo era tão... Romântico.

Percebi que no centro do círculo estava ele sentado me observando como um animal a espreita. Aquele olhar insano pelo qual me apaixonei e fazia entrar em curto como se meus nervos parecessem fios desencampados.

O cabelo verde perfeitamente alisado para trás. Camisa branca aberta no peito e dobrada nas mangas. Gravata de borboleta desfeita. Calça preta de alfaiataria. Correntes de ouro. E aquelas tatuagens que eu tanto amava, algumas delas que eu mesma havia feito, ilustrando sobre seu pescoço, peito, rosto, e braços.

E o seu rosto era quase uma pintura. Sua pele branca que combinava com a minha. O batom vermelho borrado cintilava em sua expressão vazia. E os olhos fundos e agitados me contemplando de cima a baixo.

- Você vai ficar aí parada? Quem sabe eu deva mandar Frost leva-la novamente Harley... – avaliou com uma voz mais grave apontando uma pistola dourada em minha direção.

 E eu sabia que aquela era a sua maneira de dizer que também me queria com urgência.

- Ownn Puddin! – gritei e adrenalina foi despejada em minhas veias.

De pernas bambas corri novamente em sua direção pronta para me jogar em seus braços. Meu coração parecia querer pular pela boca, e quase sufoquei quando ele se levantou de repente, a arma ainda em punho me empurrando.

- Who the fucking is Puddin? – ele gritou exasperado com as mãos para o alto – Já não falei mil vezes para me chamar de Mister J. ? Ou será que tenho que cortar essa sua língua teimosa? HA HA HA – ponderou rindo alto e seus olhos escuros me avaliavam.

Eu sempre me sentia vulnerável com as suas cenas, mas de alguma forma ainda mais estimulada. Sabia que ele fingia não gostar e sempre me ameaçava, mas ele também sabia no fundo eu nunca pararia de chama-lo assim. My Puddin.

- Você quem manda Mister J. – sussurrei como uma gatinha manhosa e ele me puxou.

Tento alcançar sua boca, mas não consigo me mover. Ele estava segurando minha cabeça pelos cabelos, me mantendo no lugar, sorrindo sombriamente para mim. Fecho os olhos e deixo minhas mãos correrem sobre a barriga nua dele, subindo pelo peito.

A pele dele estava impossivelmente quente. Ele é firme e suave. Com seus mamilos apertados nas minhas mãos, ele deixou escapar um sibilo agudo quando os arranho com as unhas, e ele desfaz o aperto no meu cabelo.

- É claro que sou eu quem mando... E você deveria obedecer, não é mesmo Harley? Mas não foi isso que você fez ultimamente... – vociferou, afastando minhas mãos e sua arma apontada para minha cabeça.

Sinto-me exposta e à beira das lágrimas, mas não há nada especialmente solidário no Coringa. Era impetuoso. Ele adorava aqueles jogos psicológicos, e disso nem mesmo meu diploma me salvava. Mas eu sabia que se normalmente o Joker já era perigoso, quando contrariado era uma anomalia.

Engoli em seco. Eu tinha vacilado com ele. Mas a culpa não era minha, era do maldito Batsy e da desgraçada da Amanda que estavam insistindo em me seguir. Eu precisava justificar, mas minha boca demorou um pouco para processar o comando do meu cérebro.

- Eu não vou matá-la hoje. Só vou machucar você um pouco mais... - riu com sarcasmo sozinho, como se aquilo fosse uma grande declaração de amor ou remição. E observo extasiada enquanto ele se inclina com os lábios entreabertos. E, céus, eu acredito nele.

Em um piscar de olhos, deixo surto da ansiedade para aproveitar este breve momento. Ele geme um segundo antes de fazer contato, e quando faz, é como uma bomba a explodir dentro de mim. Algo parece se libertar com o toque molhado de sua língua.

Apreciando minha reação com olhos estreitos, ele deixou a mão com sua pistola dourada cair ao seu lado. Com um gemido, ele desliza os lábios pelos meus, sua língua correndo para dentro, mexendo-se de um jeito frenético sugando minha alma pela boca.

Eu me sentia devastada, tonta e totalmente entregue. Prestes a virar do avesso quando ele me largou cedo demais.

- Agora seja uma boa menina e tire suas roupas bem devagar. – ordenou gesticulando com as mãos enquanto andava me largando ali necessitada - Eu sei o que você quer, mas ainda estou pensando se vou te dar... – provocou parando em frente a um sofá surrado de couro, ao lado do piano branco e perto de uma janela com a vidraça quebrada.

Respirei fundo, tomada pela excitação da promessa e obedeci.

*Colocar Purple Lamborghini para tocar *

Tirei uma alça de cada vez do vestido, deslizando devagar o tecido por meus seios e deixando-o escorregar por meu quadril. Depois a calcinha. Aproveitando a batida da música para rebolar e dançar tentando seduzi-lo, persuadi-lo. Mas ele não se abalou, impassível apenas observava cada movimento, brincando por alguns minutos distraidamente uma corda que pegou do chão.

Num gesto me chamou. Eu assim o faço, seguindo-o, completamente nua, seduzida como um besouro fascinado pela luz. Aqueles olhos azuis desatinados estavam vidrados em meus seios, seus dedos cheios de anéis tocaram meu cabelo, enquanto o metal gelado da arma dourada corria meu braço arrepiando a pele. Com a mão tatuada com um sorriso apertou de leve minha garganta, abrolhando calor no meu sangue.

Gemi com a pressão na garganta e ele inalou como um predador farejando sua presa, as narinas dilatadas excitado com minha dor. Mas era reciproco, pois a sua proximidade,  seu cheiro e simples toque de sua pele me faziam incendiar.

Concentrado e habilidoso, ele amarrou a corda em torno do meu peito, cruzando sobre meus seios, depois atrás, nas minhas costas. Todo movimento sem mal tocar em minha pele. E eu observava ansiosa pelo reflexo na vidraça, meus seios emoldurados pela corda, que cruzava sobre meus ombros, e meus braços amarrados nas costas em um laço, e enrolada ao redor do meu tronco.

Ele pressionou a mão contra o meu peito, depois meus braços e minha costas onde está a corda certificando-se que estou bem presa e então me puxa pelo nó me levando até o sofá velho.

Eu sentia tudo: o deslizar da corda enquanto me retorço um pouco sob o olhar atento dele, o ar frio sobre os meus seios, o ecoar da pulsação no meu pescoço, meu peito e entre minhas pernas.

Mister. J estava completamente duro quando rapidamente desafivelou o cinto e puxando as calças para baixo,  junto com a cueca que usava com ilustrações do Batman. Ele estava observando meu rosto, meus seios, medindo minha reação enquanto se despia na minha frente. Eu salivei.

- Sabe Harley... Você andou me decepcionando. Eu perdi muito dinheiro por sua culpa desde aquele dia que me obrigou a matar o Monster T. E sabe que eu gostava do cara... – refletiu – E depois você deixou que o Morcego te seguisse e o levou até meu antigo esconderijo...  Não sei se você merece isso aqui. – avaliou num ato primitivo segurando sua ereção.

- Please – supliquei – Você sabe que eu morreria por você. – confessei alucinada sendo capaz de tudo para tê-lo, nem que fosse pela ultima vez.

- Oh... Isso é fácil. Mas a questão é se você realmente viveria por mim? – ponderou virando-se dramaticamente e dando ampla visão para aquelas costas perfeitamente musculosas que eram minha perdição.

- Sim. Eu faço o que você quiser. Mas por favor, deixe-me senti-lo Mister J. – implorei quando ele voltou a me fitar com um olhar de superioridade e ironia.

- Isso é bom... Mas, depois eu vou pensar em algo para você me recompensar. – avaliou com um sorriso maquiavélico dando um passo para a trás, ele se abaixou até sentar sofá de couro.

E eu permanecia parada e calada, aguardando o próximo comando. Não queria irritá-lo e fazê-lo desistir de ir em frente.

- Come to daddy... – ele pareceu enfim ceder, e me atraiu gesticulando com um dos dedos e abrindo um sorriso devasso.

Cautelosa chego mais próximo, montando lentamente sobre suas coxas e ele me puxa bruscamente levando um mamilo meu até sua boca. Sinto o metal gelado dos grillz em seus dentes quando ele mordisca for força deixando minha pele dormente.

Deixo minha cabeça pender para trás e submerjo ao prazer. Nunca senti tanto desespero. Estou amarrada, ele é tão louco e forte. Sinto-me inteira em suas mãos, ele poderia fazer qualquer coisa que quisesse...

Os olhos dele fulguravam, mãos deslizavam em meus seios para agarrar o nó da corda às minhas costas; ambas segurando-me erguida e puxando- me para mais perto. Posso sentir sua ereção molhada roçar em minha barriga, e no momento que arqueio minhas costas buscando-a sinto uma palmada inesperada nas nádegas.

- HA HA HA HA – ele ria satisfeito ao dar a punição. - Quietinha, senão teremos só dor, e não prazer... – ameaçou os olhos em mim enquanto voltou a chupar e lamber meus seios, explorando-me.

Eu queria mais contato e tentava me esfregar nele. Mas cada vez que me mexia, cada vez que procurava mais ele me batia. Não eram palmadas gentis. Ele me espancava, as nádegas ardendo ao seu toque, fazendo uma mistura de dor e deleite reverberar por cada parte partícula do meu corpo, e eu descontrolada procurava mais novamente.

Sua boca. Suas mordidas. Suas mãos. Seus tapas. Tudo numa violenta cadência capaz de me enlouquecer de tesão. Estava tão molhada que eu um solavanco sinto ele me preenchendo fundo e grito. Ele movia freneticamente seu quadril me sacudindo no ritmo da música que aturdia e ditava a batida do meu coração.

Não podia agarrar o sofá. Não podia agarrá-lo. Não conseguia prestar atenção em nada, absolutamente nada, e era ainda assim tão bom me deixar levar. Estava me contorcendo em intenso prazer, as pernas escancaradas em volta de sua cintura, o corpo tão faminto que quero mais pressão e mais dele.

- Mal posso esperar pra ouvir você implorando para gozar. – disse levantando o queixo esticando o pescoço num gesto selvagem quando solta um grunhido – E mal posso esperar pra ouvir você implorando para eu parar. – prenunciou mordendo com força meu mamilo.

Ele foi surpreendentemente mais intenso quando veio beijar meus lábios, uma mistura de gostos, temperaturas e texturas. Suas mãos apertando um pouco minha garganta do jeito que eu gostava.

Eu estava tremendo, um pouco enlouquecida querendo cavalgá-lo, mas ele estava me segurando no lugar com um punho enrolado na corda, a outra mão agarrando os meus cabelos. Ele estava tão fundo, tão fundo dentro de mim...

E juro que podia sentir a pulsação de seu membro reverberando por todo meu corpo. Todo o meu peso estava sobre ele ou sendo escorado pela corda que ele me segurava, e um orgasmo se formava tão forte que minhas costas se arquearam bruscamente.

- Oh.. por favor – implorei rápido demais. Ele riu exultante.

Mas não consigo segurar a vontade de estar semiconsciente. Não consigo porque, com a vibração dos rosnados dele em meu pescoço se espalhando por mim, e o modo como ele usa o nó na altura da minha barriga para me puxar ritmicamente me faz gozar rápido que sinto o prazer subindo pelas minhas coxas e explodindo.

Talvez eu tenha gritado novamente, mas não me ocorre mais nada que não seja essa sensação de estar arrebentando e derretendo. Sua mão está na minha boca me calando, eu precisei morder a língua para conseguir ficar quieta, e ele recompensou o meu esforço trocando sua mão por seus lábios e me dá mais um beijo.

Sua língua me atacava tão violenta quanto o seu pau, explorando cada canto de minha boca, seus dentes me mordendo sem piedade. O modo como está olhando para mim, aqueles olhos azuis perdidos era tão absorvente e obsessivo que não conseguia desviar. Os rugidos que escapavam de sua garganta que me faziam chacolhar. 

Mas então engrenou um ritmo mais rápido e incansável dentro de mim. Ele me levantava e me abaixava, e me levantava de novo, guiando tudo com as cordas que pinicavam minha pele. 

- I punish you with pleasure, And pleasure you with pain... – sussurrou me fazendo arfar.

E a sua voz combinada com mais um tapa foi o estopim para uma explosão de desejo crescer novamente. Estava tentando me manter calada, mas meus gritos alucinados escaparam só sendo abafados por sua boca feroz. Eu podia sentir sangue nos lábios quando ele mordeu urrando desesperado, enquanto se derramava quente em meu ventre me empurrando contra a corda, quando o prazer do me rasgava inteira outra vez.

Pisco e estou deitada no chão frio e insípido.

Longe de seu calor, seu cheiro, suas mãos.

Meus olhos levam alguns segundos para se ajustarem, diante da luz mais forte, ouço barulhos dos cadeados e passos firmes. As grades ao meu redor me lembravam do inferno onde eu estava. Belle Reve, o buraco esquecido no fim do mundo. A prisão de onde ninguém conseguiria sair vivo.

Mas agora havia um caminho. Estava prestes a ser inserida em uma missão com um Esquadrão Suicida. Estava prestes a ter que trabalhar obrigada para o governo, ao lado de outros vilões, e ser comandada  para salvar pessoas que eu tanto desprezava.

Meus pensamentos estão empilhados como um maço de cartas que tenho que continuamente embaralhar, pegando as de cima e enfiando para debaixo da pilha novamente. E a ilusão sempre companheira era a fuga segura em minha mente, me alentava e trazia esperanças.

Principalmente depois de receber um recado e um aparelho celular que ele me enviou. Ele estava perto.

- Será que de alguma forma eu havia deixado uma marca nele? Ele me queria. Meu Puddin, enfim se renderia a nosso louco amor, e ele iria fazer de tudo para me resgatar.

Droga! Lá estava eu novamente fantasiando um romance com corações e flores...

Mas eu podia perder a sanidade, mas nunca meus sonhos e meus desejos.

Pois como ele mesmo já havia me dito: Desejo torna-se rendição, e rendição torna-se poder.


Notas Finais


Então será que Harley está certa em ter esperanças e esse "amor" louco tem futuro?
Ou será ela apenas só mais uma peça, no grande quebra cabeças dos planos mirabolantes do Mister J.?

"Não sei amar, isso é um fato. Mas sei gostar demais, cuidar demais, me preocupar demais. Tudo em overdose." (Coringa)

Então deixa sua opinião aqui, e quem sabe até a próxima dose...

Minhas outras fanfics:
https://spiritfanfics.com/historia/alibi-1411305
https://spiritfanfics.com/historia/fanfiction-30-seconds-to-mars-escape-5736039


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