Georgi acordou incomodado com os pequenos baques na janela. Olhou irritado para o vidro que estava perfeitamente fechado. Assim que colocou novamente a cara no travesseiro, outro estrondo um pouco mais alto, fez com que o homem se levantasse indo até lá.
Sentiu aquela estranha sensação de déjà vu ao olhar pelo vidro da janela. Porém não encontrou nada ali. Chegou um pouco mais perto e a abriu, nostálgico, quando uma coisa, particularmente grande quase o atingiu em cheio, passando a milímetros de seu rosto, estilhaçando o canto da vidraça.
Ainda assustado olhou para baixo encontrando ninguém mais que Victor ali, encostado na velha árvore.
– Oh eu sabia que de alguma forma uma maior iria funcionar! - Victor sorria enquanto brincava com uma pequena pedra em suas mãos.
Por um breve momento, Georgi não sabia se sorria ao vê-lo ali, ou se jogava aquela pedra de volta nele. Optou por sorrir. Desceu correndo as escadas da casa, que agora, era habitada somente por ele e seu cão de estimação. Assim que se aproximou de Victor, este estendeu os braços.
– Somente princesas podem ser carregadas assim! - Georgi o olhou sério arrancando um bico irresistível de Victor.
Georgi pegou suas muletas que estavam encostadas na árvore e as colocou na varanda, embaixo das cadeiras. Voltou e pegou Victor no colo o levando para dentro.
Lá, Georgi subiu as escadas com Victor nos braços.
No quarto, Georgi desceu Victor para que ele se sentasse em sua cama, mas, assim que o pousou sob os lençóis ainda bagunçados, Victor agarrou em seu braço levando-o junto ao leito. Ali deitados, podiam se perder naquele imenso azul nos olhos um do outro. Sem a necessidade de pedirem permissão, as bocas, depois de uma eterna espera, finalmente se uniram. As roupas foram arrancadas, as peles, mordidas e marcadas minuciosamente; como tatuagens feitas de amor. A atual limitação de Victor não impediu que Georgi o deixasse no comando, quando sentou o homem em cima de si, deleitando-se com visão de seu membro entrando e saindo por entre as nádegas fartas. As posições foram tantas que foi impossível não ter que repeti-las antes de se derramarem em meio aos gemidos de satisfação.
Depois de tantos anos longe, e da apresentação ao lado de Anya, Georgi temeu que Victor novamente o abandonasse. Mas parecia que o amor que ele sentia, falava mais alto. Ficou ali, vendo Victor dormir tranquilo em seus braços. O patinador sorriu feliz. Talvez agora que ambos estavam mais maduros, fosse possível acender aquela velha chama.
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