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História Geração Coca-cola - .


Escrita por: Mackenzziee

Capítulo 3 - .


Os dias que se passaram foram bem melhores que aquele primeiro dia meio desajeitado.

Eu havia conseguido organizar a minha agenda, estava chegando sem atrasos e tudo estava de volta ao normal. 
Fiz o resto daquele trabalho sobre parasitas com Sarah e Josh, e o entreguei a tempo para o sr. Chatice em pessoa, que ainda teve a coragem de dizer que faltava mais paixão na escrita.
 A minha vontade era de sacudir a cara dele e chutar o saco dele com toda força possível. Como diabos eu escreveria apaixonadamente sobre um parasita que entra no cérebro humano, se instala lá por dentro e vai comendo tudo que encontra? 
Mas aparentemente, sacudir a cara de um professor e chuta-lo no saco é contra as regras da escola e da sociedade, então tudo o que fiz foi dizer a ele da forma menos sarcástica que eu consegui que infelizmente eu não compartilhava do delírio psicótico dele de amar coisas que podem me matar.
Eu até comecei a gostar mais de Todd. Ele não era um garoto mimadinho e sem graça, era até bem divertido, um pouco tímido, mas quando se juntava a Michael ele ficava desinibido e alegre. Aquilo era realmente uma gracinha e apesar do pai de Todd não gostar muito da companhia de Michael para seu filho, coisa que eu não entendi, Todd e Michael sempre pareciam mais próximos do que nunca sempre que eu os via juntos.
O jantar na casa dos meus tios foi tão chato quanto eu tinha imaginado que seria. Eu apenas fiquei lá, sentada, ouvindo a esposa do meu tio se vangloriar das coisas que estava fazendo. Todd parecia tão entediado quanto eu, por isso, quando todos estavam ocupados falando sobre a economia do país e sobre o quanto Donald Trump estava na frente das votações, Todd e eu começamos uma pequena guerrinha de bolinhas de guardanapos. Infantil da minha parte? Talvez. Mas eu nunca prometi que seria uma adulta super séria.
  — Todd tem ido muito bem na escola. É um dos melhores alunos da classe,   —   Eleanor se gabou para minha avó. —  Mas também, ele tem aulas extras, está sempre um passo a frente de todos. Não é querido?
Todd se limitou a dar de ombros e continuar comendo o bolo da sobremesa. Eu entendia o garoto, era meio que um saco ser tratado como um objeto para que os outros se vangloriem de você. Aliás, isso é algo que eu jamais entenderia, os pais geralmente fazem dos filhos uma moldura para colocar seus próprios sonhos. Querem que seus filhos sejam sempre os primeiros, não importa que isso custe a felicidade deles, fazem de crianças uma maquina de estudos, e se você não é o numero um, então é um fracasso. Se esse é o caminho para a felicidade então por que o garoto na minha frente não parecia feliz. — Pensei ironicamente.
 
— Oh é mesmo Todd? — minha avó sorrindo amavelmente para Todd. —Estudar é realmente muito importante querido, na sua idade o seu pai também era o mais inteligente da classe dele. 
Me recostei na cadeira desejando poder entrar nela e conversar com os ácaros. Ele só tinha a porra de seis anos! Só seis anos de idade. Quem diachos liga para ser o mais inteligente da classe com seis anos de idade? 
Eu desejei ter fones de ouvido internos, só assim para ficar sã no meio de tanta chatice, por que aquilo estava extremamente chato.
30 minutos depois — que mais pareceram 200 horas — o nível de chatice atingiu o nível máximo hard, é sério, até quebrou o scouter! Eu já estava sem idéias do que mais pensar para tuitar sobre jantares patéticos e chatos em família quando uma parte da conversa me chamou atenção. 
—O aniversário de sete anos de Todd está chegando! Temos que fazer uma festa muito divertida para ele e os amiguinhos. 
Todd, que ainda parecia tão entediado quanto eu pareceu se interessar também. 
— Pode ter uma piscina de bolinhas gigante? — ele perguntou sorrindo.
— Claro meu amor. — Eleanor parecia tão animada com a ideia quanto o filho. Mas eu não podia culpa-la, uma piscina de bolinhas gigante realmente parecia muito atrativa. — Quantos amiguinhos você quer convidar? Só os da sua classe ou de outras turmas também?
— Eu quero chamar só o Mike!
Todos estamparam um sorriso maroto rosto, era como se pensassem "oh vejam que tolinho!".
— Mike? Oh, Mike! Querido, ele também pode vir, mas você deve convidar seus outros amigos também. Ele vão ficar tristes se você não os convidar para sua festa. 
— Mas você disse para convidar os meus amigos, e eu não brinco com mais ninguém alem do Mike. — Todd não parecia muito confortável com o assunto. A todo instante ele lançava olhares estranhos para o pai, como se estivesse com medo ou buscasse aprovação. 
— Besteira! — dessa vez Paul se manifestou. — é obvio que você convidará seus outros amigos e amigas também.
— Isso filho. Aposto que você conquista todas as menininhas não é?!
Ellie colocou Todd em seu colo e beijou o topo de sua cabeça.
— É mesmo não é? Tem alguma garotinha que você gosta em especial? — Paul perguntou sorrindo de forma presunçosa.
Todd não tinha muitos amigos e eu sabia disso. Todas as vezes que eu ia busca-lo na escola, ele sempre saía na companhia de Michael. 
A mãe dele estava quase sempre atrasada pois tinha dois empregos, um pela manhã e outro a tarde. Então eu me ofereci para levar Mike para casa também, já que a casa dele ficava a dois quarteirões antes da casa de Todd.
Em todo esse tempo eu nunca tinha ouvido nenhum dos dois mencionar alguma garota em suas conversas animadinhas no banco de trás do meu carro. Tinha que confessar que eu estava me acostumando com aquelas vozesinhas cheias de empolgação falando sobre minecraft e desenhos animados na minha volta para casa. Eu estava até participando das conversas!
Mike me contou que tinha uma irmã por parte de pai e que ela também era mais velha como eu, ele a adorava, mas ela morava em Seattle e eles só se viam duas vezes por ano. 
Pensei em Ben, era mais ou menos assim com a gente também.
Mais uma vez eu tinha mergulhado demais nos meus pensamentos enquanto comia a sobremesa e quando voltei a prestar atenção na conversa e fingir que estava concordando com tudo, percebi que meu tio Paul agora estava com uma expressão mais séria e Todd parecia aborrecido.
— Eu já disse que gosto só do Mike! — Todd gritou fazendo birra. 
— Pro inferno com Mike, Todd! — Paul explodiu. — haja como um garoto normal! 
— Paul! — Ellie falou alarmada. E nesse momento vovó Pam interviu.
— Ora filho, deixe o garoto. Ele é só uma criança. — ela disse calmamente. Aquele jantar acabava de ficar interessante. — Ele é seu melhor amigo não é Todd?
— Sim.
— Eu entendo. Eu também tive uma melhor amiga. Nós éramos inseparáveis, fazíamos tudo juntas.
Paul revirou os olhos como se aquilo não significasse nada e disse: 
— Vocês eram garotas mamãe. Todd é um garoto se você não percebeu.
eu não estava gostando do rumo daquela conversa...
— E dai que elas eram garotas e ele é um garoto Paul? — Ellie perguntou sem entender. 
Vovó Pam que era uma raposa esperta e tinha entendido as palavras do filho tanto quanto eu, tentou amenizar a situação.
— Ellie querida, Paul não soube se expressar, o que ele quis dizer é que...
— Eu disse o que disse! Não quero que Todd cresça pensando que é normal um garoto gostar de outro. — ele disse como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Mas não para mim, aquilo machucava todos os meus instintos de ser humano meio alien. Eu não ficaria calada ouvindo tamanha idiotice.
— E o que tem de errado um garoto gostar de outro, tio Paul? — perguntei laconicamente.
— Muito bem, já chega desse assunto. Como viemos parar nesse tópico? — vovó Pam parecia determinada a encerrar o assunto.
Eu apenas a ignorei, por que apesar de ama-la muito, eu estava curiosa para saber a resposta que Paul daria.
— Você não acha que esse é um comentário homofóbico pra caramba, tio Paul? —alfinetei juntando as pontas dos dedos e o olhei de modo aquisitivo.
Paul levantou as sobrancelhas me olhando com um aspecto de surpresa. Talvez ele não esperasse que eu fosse abrir a boca durante as conversas do jantar a não ser para pedir mais comida.
A propósito, a comida estava deliciosa.
— Não Alie, não sou homofóbico. Não tenho absolutamente nada contra homens que gostam de homens. Desde que não se trate do meu filho, eles podem fazer o que bem entender.
Naquele instante milhares de respostas vieram a minha mente, coisas como frases que eu escreveria no meu blog mais tarde. No momento achei melhor ficar calada. 
Paul e eu eramos bastante parecidos em vários aspectos de personalidade, e eu sabia que a teimosia era um desses aspectos. Além do mais, ele havia se condenado com a ultima resposta. E tinha muita sorte de ser um jantar entediante que me deixou com sono. Não fico disposta a conversar quando estou com sono.
— Não acho que esse seja um tema para um jantar com a família. — interveio Eleanor, tentando encobrir a idiotice do marido.
— Concordo. — disse Pam — Ficarei apenas por uma semana, quero ver e falar de coisas boas. Todd, querido o que acha de me mostrar os seus brinquedos?
Uma hora e quarenta e sete minutos depois eu inventei uma desculpa de que tinha lição de casa e dei um fora.
Sentia um pouco de pena de Todd, conviver com pais assim devia ser um saco. Se bem que eu não sabia como isso era. Constantemente ocupada com sua beleza de mármore e seus negócios, minha mãe quase nunca tinha tempo para mim. Meu padrasto ficou bastante interessado em estar comigo em certa época da minha infância, mas a minha memoria era um lixo, e a minha personalidade infantil não era muito diferente. 
Deitei na cama e peguei o notebook ainda refletindo sobre o passado, quando eu tinha a idade de Todd, eu era uma criança normal, com apenas dois amigos, Sarah e Josh. Eu adorava passar as tardes depois da escola com o meu padrasto quando ele estava em casa, vendo TV e brincando pela casa.  Repente eu apenas não queria mais. Simplesmente detestava vê-lo, e tudo o que eu queria era distância de tudo que antes eu achava bom. Foi um choque ate para mim mesma. 
E por mais estranho que pareça, pensar naquilo meu deixava com muito medo.
Choque de personalidade, disseram os psiquiatras. Ela pode mudar a qualquer instante, dependendo da emoção sentida. Em um momento estou amando, sendo sensível e noutro eu odeio, sou ríspida, indiferente, insensível e cruel. 
Abri o facebook, eu nem sabia por que me dava o trabalho de ter uma conta pessoal alem da pagina do blog. Talvez para me sentir um pouco mais como as garotas de 19 anos, desesperadas por curtidas e corações. Não havia nada extraordinário, apenas fotos de coisas aleatórias, selfies com muita maquiagem e expressões, peitos sendo esmagados por sutiãs... oh, crianças doentes necessitando de curtidas? OK, esse site não era para mim.
Continuei rolando a pagina para baixo
Nada interessante.
Quando eu  estava prestes a fechar a página uma mensagem de Sarah apareceu 
S: ei garota você já viu o perfil do Luck Donovan hoje? aquele cara é de tirar o fôlego! 
Ela mandou um link de um video cover da musica Demons de Imagine Dragons. A música do boa, voz é boa, mas sem emoção. Eu gostava de ver pessoas que colocaram todo o coração no que que cantavam, como se pudessem sentir o que a música diz.
É claro que naquele caso emoção estava sendo substituída pela beleza. 
Ele era um cara bonito do tipo "Ai meu Deus", tinha traços orientais marcantes em seu rosto, cabelo tingido de branco, não parecia ser musculoso mas tão pouco era muito magro. Era um pouco difícil determinar seu biotipo por conta das roupas desgrenhadas que ele usava, deixando evidente o seu estilo tipo Bad Boy que não ligava pra nada e ninguém, mas era evidente que ele tinha plena consciência do efeito que causava nas garotas.
Revirei os olhos e digitei uma resposta para Sarah. 
A: Sarah, eu NUNCA olho o perfil de Luck Donovan... Mas até que ele canta lguma coisa, nada muito extraordinário sabe... 
S: NADA EXTRAORDINÁRIO!? Seja cética mas n seja mentirosa. Não finja não ter uma queda pelo cara mas bonito que essa faculdade ja viu. Enfim, o que está fazendo?
A: No momento estou revirando os olhos para o seu comentário e pensando em onde pode estar o bom senso da minha amiga... lol 
S: Se você pudesse ver o quanto estou rindo agora... Como foi o jantar com os seus tios?
A: Vou resumir em um prato principal delicioso e uma sobremesa bastante  homofóbica e machista. Eu sabia que devia ter dito que estava doente. Mas eu quis ouvir a minha mãe... 
S: Caramba! Sério? Mas pensa bem, se vc fingisse estar doente eles podiam ir aí para te ver -kkk
A: Ah cara, nem me fala! 
S: Mudando de assunto... você está pensando em ir na festa da Kaya esse fim de semana? 
A: Por que eu iria? 
S: Por que eu quero ir mas preciso de um álibi. Ou seja, você. Josh vai visitar o pai em Dakota.
A: Ah! Por que todo interesse em ir a ponto de transformar a sua melhor amiga numa laranja? 
S: Decidi que precisamos ir a festas, especialmente você,
A: Corta essa Sarah... Você nunca se preocupou com isso.
Eu sabia que ela estava mentindo, eu havia deixado de ir a varias festas relacionadas a escola e pessoas da escola. Sarah sempre participava, geralmente por causa de um garoto de quem estava afim. 
A: Fala logo, que garoto vai estar lá? Ou agora VC decidiu virar amiga da Kaya? Eka vai compartilhar o esmalte de unhas com vc? Se não é isso, ou se é, você pirou!
S: OK, ok, eu falo! 
Meu deus, você é chata!
Luke vai tocar na festa. Alice você precisa ir comigo, eu quero muito mesmo conhecer esse cara. 
Eu sabia.
A: Não sei... vou pensar e te falo amanhã na aula. Tenho que atualizar o twitter e o tumblr agora. Até amanhã. XOXO
Sarah não demorou nem dez segundos para digitar de volta para mim.
S: Pense com carinho, eu preciso mesmo disso, não da para explicar... você pode fingir que vai fazer uma matéria sobre a musica dele no seu tumblr e eu vou ser sua assistente. Cara eu sou brilhante né?! XOXOXO 
Fechei a pagina e olhei para o teto. Que diabos aconteceu com a minha melhor amiga? Eu nunca a tinha visto, ou melhor, eu nunca tinha conversado com uma soando Sarah como uma adolescente falando do seu primeiro amor. 
Pois ela estava louca se achava que eu ia procurar Luke Donovan e falar sobre a vida sofrida de um pobre menino rico que banca a o bad boy e era a modinha da faculdade no meu tumblr, no meu universo particular compartilhado online.
Não, nunca, nem aqui e nem no Hawaii!
Depois da merda que tinha sido a minha noite... tinha sido frustrante pra caralho.
Senti os olhos pesados e cansados. 
O sono perdido de algumas noites atrás estava me cumprimentando tão gentil quanto um coice de cavalo. 
Deus, eu odiava dormir. As horas que eu perdia dormindo, quando podia estar fazendo milhares de coisas...
Fechei os olhos vencida pelo cansaço e me permiti deslizar para a inconsciência do sono... Quem sabe isso não me deixaria mais disposta a dizer a Sarah que ela iria nessa festa sozinha depois.
.

Acordei um pouco atordoada. Desde quando tudo tinha ficado tão escuro? 
Olhei em volta e não consegui distinguir em que lugar eu estava. Obviamente não era o meu quarto. 
Me levantei com cuidado e comecei a andar pelo lugar. O chão era preto e branco, como um jogo de tabuleiro. Estranho pra cacete.
Mais a diante, consegui ver uma garotinha.
Eu já a tinha visto antes, em uma situação parecida. Ela estava sentada de costas para mim, abraçando os joelhos parecendo soluçar. 
Usava um vestido cor de rosa familiar e o cabelo preso dos dos lados da cabeça.
Quando eu fiz uma menção de me aproximar, a garota se levantou, virou-se para mim e começou a caminhar na minha direção. Eu queria ver o seu rosto, mas era simplesmente impossível, pois não passava de um borrão escuro.
A garota se aproximou mais e segurou minha mão num agarre firme.
— Depressa! Precisamos correr! — disse ela me puxando e começando a correr.
Meu corpo era pura adrenalina, eu a estava seguindo e ao mesmo tempo que a seguia, eu queria parar e agir como um ser humano racional. Eu havia sido sequestrada? Tinha enlouquecido? Eu era sonâmbula? 
— Está se aproximando! — ela corria e olha para trás. Para além de onde eu estava. —Você precisa correr Alice, precisa me ajudar... 
— Te ajudar no que? Para onde estamos indo? Por que estamos correndo? — eu perguntei ofegante enquanto corria. Eu sentia medo, era uma sensação estranha. Confusa. Eu sabia que deveria correr, eu queria me esconder. Talvez eu estivesse com tanto medo quanto a garotinha.
O caminho por onde corríamos era estranho. Em certas partes parecia com um interior de uma casa, mas ao mesmo tempo parecia um tipo estranho de floresta, com árvores com troncos muito altos. Era muito escuro e eu não sabia onde estava pisando, pareciam galhos e folhas precisava parar, mas minhas pernas simplesmente não obedeciam.
A garota olho para trás mais uma vez e apertou minha mão com força. Olhei para trás e pude sentir algo se aproximar. Algo que não parecia ser bom. 
Era daquilo que nós corremos, não tinha uma forma, mas seus passos podiam ser ouvidos. Eram duros e decididos, dispostos a ir atrás do que queriam, a coisa sem forma se aproximava ainda mais.
Eu apressei o maximo que pude, tentando fugir daquilo, sendo as lágrimas escorrerem pelas minha bochechas. Elas eram quentes e escorriam como se não fossem parar.
Estava perto.
Eu estava com medo.
— Por ali! 
Corremos para a um outro caminho e nos deparamos com um grande muro.
— Não! — eu disse. Estávamos sem saída. Os passos se aproximavam e eu instintivamente abracei a garotinha. Ela tremia e chorava de uma forma assustadora. — Eu vou proteger você. — sussurei sem saber por que dizia aquilo se eu não sabia nem se poderia me proteger.
— Você não vai me proteger! Não vai! Ninguém vai! — ela se apertou contra mim e foi como se eu pudesse sentir seu medo em minha própria pele. 
Tudo estava errado.
Tudo estava certo.
Os passos se aproximaram mai e quando estavam bem perto, tudo ficou silencioso. Tudo que podia ser ouvido era o choro da criança ao meu lado.
Fechei os olhos desejando poder acabar com aquilo e de repente eu já não fazia mais parte da cena. 
Agora eu era a espectadora. Estava de frente da garota, mas ela parecia não me ver.
— Peguei você! — disse uma voz desconhecida que parecia se divertir com a cena. Era desagradável aos ouvidos, perturbadora, medonha, infernal.
— Não! — gritamos eu e a garota. E de repente eu estava caindo em um vazio, gritando e me debatendo.
Não tinha fim.
Era escuro.
Emanava medo e caos.
Finalmente, eu abri os olhos ainda me debatendo e tudo parecia normal, a não ser pela minha respiração descompassada e pelo ritmo acelerado do meu coração.
Olhei em volta do meu quarto e era como se nada tivesse acontecido. A TV continuava ligada, as luzes acesas, os quadros na parede, a caixa de pizza de duas semanas atrás em cima da cômoda Tudo intocável, exceto pelo meu notebook que antes estava na cama e que agora estava no chão, provavelmente quebrado por minha culpa.
Eu não havia saído daquela cama.
suspirei, os pesadelos tinham voltado.

 

 Olha só quem resolveu  atualizar a fic. XD

 demorei para postar por uns motivos pessoais chatinhos . :s

 Mas agora  estou melhor e pretendo atualizare a fic todos os dias. ^^

 



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