História Give me love - Eu estou completamente apaixonada por você, Calliope!

Arizona

Meninas o que vocês acham dessa - eu rodava mostrando a fantasia de mulher gato.

 Nossa! Uau, você ficou linda e gostosa. - Callie me olhou de um jeito que eu tremi.

Está maravilhosa,Zona. Se eu gostasse da coisa eu te pegava sem pensar duas vezes - Teddy ria e lançava um olhar irônico para Callie.

Está incrivelmente "gostosa" - Aps deu ênfase ao "gostosa" e todas nós rimos.

Bom, então eu acho que é essa. Vou levar! - eu entrei no provador - Alguém pode me ajudar a abrir o fecho? - coloquei o rosto pra fora fazendo biquinho.

A Callie pode !- as meninas a empurraram para dentro do provador -

Callie entra ainda sem graça e eu me viro de costa e em seguida viro o rosto e lhe lanço um olhar sensual enquanto ela analisa meu corpo - Pode abrir Calliope - a tensão entre nós era tão forte, minha vontade era agarra-lá ali mesmo. Enquanto Callie abria lentamente meu fecho, seus dedos quentes encontraram minha pele e eu dei um longo suspiro. Me virei de frente para ela e sussurrei um "obrigada". Nossos corpos estavam próximos e eu podia sentir sua respiração, era pesada. Ousei me aproximar ainda mais e levo um susto com Teddy gritando e a xingo mentalmente.

Vocês estão demorando muito pra quem só ia ajudar a abrir um fecho - ela abre a cortina e eu me afasto bruscamente de Callie - é... atrapalhei algo? - ela fica sem graça e Callie ainda está imóvel e vermelha.

É... Não atrapalhou nada, eu já estava saindo. - Callie sai tão rápido que quase derruba Teddy e eu dou de ombros.

Depois de comprarmos as fantasias eu fui para casa de April e Callie seguiu para casa com Teddy. Apesar de termos nos aproximado muito ela e Teddy tinham uma amizade que dava gosto de ver.
 Aps, eu estou te dizendo eu não aguento mais ter a Callie tão perto e não poder beijá-la e nem toca-la da forma que eu desejo - eu falei colocando a cabeça entre meus joelhos - hoje nós quase nos beijamos no provador.

Eu não acredito, Arizona Robbins - April ria da minha cara - Você está tão apaixonada, fico feliz porque você se ilumina quando a Callie está por perto.

Eu? Que... Eu... Para Aps, eu não estou apaixonda. - sorri nervosa, April me conhecia como ninguém. - Você está delirando irmã, deixa eu ver se está com febre.

Sai, Ari! - ela me dá um tapa quando me aproximo e começamos a rir - Não adianta negar, todos nós vemos a forma que vocês se olham. Fora que a tensão entre vocês, nossa... Até eu fico com calor.

Me assusto com o que April acabara de falar - Ei, quem é você? Essa não é a April que eu conheço. Está com febre mesmo - ela fica vermelha e eu caio na cama gargalhando.

Pra você ver como a situação de vocês se encontra - ela caiu ao meu lado rindo.
     April era uma menina doce, companheira e as vezes irritada. Quando nos conhecemos estávamos no jardim de infância, ela ficava sempre quietinha no cantinho da sala e eu um dia tomei coragem e me aproximei dela. Me ofereci para ser amiguinha dela e levei Teddy junto comigo, depois daquele dia, nós três nunca mais nos separamos. No começo do ensino médio conhecemos Mark, que acabou se tornando meu melhor amigo e inevitavelmente amigo das meninas. Nós estávamos sempre nos apoiamos, não importava a hora ou o que acontecesse nós estávamos lá uns pelos outros.

Eu e Aps ficamos conversando e rindo até dar a hora de ir embora. No caminho eu pensei em ir ver Callie e foi isso que fiz.

Boa noite senhor Torres! - eu sorria para o homem que abrira a porta.

Boa noite, Arizona! Não precisa me chamar assim, eu já disse. - ele sorri simpático me dando passagem. - Pode me chamar de papa, Carlos... Senhor não.  E a propósito, Callie está no quarto.

Obrigada! Vou até lá. - eu saí correndo pelas escadas e bati na porta de Callie, como não obtive resposta resolvi entrar. Callie estava dançando apenas de blusa e calcinha com fones de ouvido, fiquei parada sorrindo abobalhada.

Aí, que susto! - ela leva as mãos ao peito e eu gargalho - Está aí a muito tempo?

Cheguei quase agora, está ouvindo o que? - fui em sua direção pegando um dos fones - Não brinca?! Eu amo essa música. - eu disse animada e vejo Callie conectar o celular a caixa de som.

r Então vamos dançar da forma Calliope Torres de se- ela sorri e eu entendo o quer dizer. Logo tiro meu short e ela da play na musica seguindo na minha direção dançando.

I come home in the morning light my mother says
           When you gonna live your life right?
          Oh mother dear we're not fortunate ones
         Oh girls they wanna have fun
        Oh girls just wanna have fun

Nós riamos e dançávamos animadas. Callie pegou uma de minhas mãos e me girava enquanto cantava, nossos momentos eram sempre únicos e divertidos.

The phone rings in the middle of night my father yells
            you gonna do with your life? 
           Oh daddy did you know you still number one
          But girls they wanna have fun
         Oh girls just wanna have

Pegamos escovas de cabelo fingindo ser um microfone e cantávamos alto por conta do rádio estar em um volume mais elevado.

Sua mãe vai vir aqui e acabar com a nossa graça já já - eu disse rindo e Callie deu de ombros.

 Dona Lúcia te ama e além do mais está cedo, não tem porque ela brigar conosco. - ela me puxou e nossos corpos acabaram se chocando e eu senti uma corrente elétrica me percorrer dos pés a cabeça.

That's all we really want some fun - lhe lancei um olhar sensual e me afastei ainda dançando.

Callie ficou me olhando enquanto eu dançava e sorria. Se sentou na cama dizendo estar "cançada" e eu fui em direção sentando ao seu lado e coloquei minhas pernas nas suas. Deitei minha cabeça em seu ombro e segurei uma de suas mãos acariciando.

Sabe, me arrisco a dizer que você foi meu melhor presente nesse ano que mal começou - eu começava a dizer - Eu quero que isso que nós temos dure para sempre Calliope.

Eu também quero Zona, você me trás tanta paz e felicidade - ela me olhou e ouvimos batidas na porta, era dona Lúcia.

Meninas o jantar está quase pronto. Arizona, meu marido disse que você estava aqui então eu fiz um jantar para nós, espero que goste. - ela sorriu docemente e eu sorri de volta.

Eu amo qualquer coisa que a senhora faça!

Hm, fico feliz por isso. Agora as mocinhas tratem de tomar um banho e vir jantar. - ela fechou a porta e eu me levantei indo ao closet de Callie.

Tem muita roupa minha aqui e olha que eu moro aqui do lado - eu falava um pouco alto para Callie poder escutar enquanto pegava uma roupa.

Claro, você vem dormir aqui e trás o seu closet junto - ela gargalhava.

AHA, engraçadinha. Vou tomar banho. - segui para o banheiro.

Jantamos e forma descontraída e após o jantar fomos ver um filme no quarto de Callie e eu acabei dormindo por lá mesmo.

Bom dia dorminhoca - eu beijo sua bochecha e sorrio quando Callie abre os olhos de forma preguiçosa.

Ai Zona, que horas tem? - Ela me envolve com um de seus braços e eu me estico para pegar o celular atrás dela.

Hm, nossa! Já são meio dia e eu preciso arrumar as coisas para a festa mais tarde - digo me levantando as pressas - Vamos Calliope, levante-se.

Af, tudo bem! Eu já vou - ela se levanta ainda sonolenta e irritada. 

Fazemos nossa higiene e em seguida descemos para tomar o almoço que Dona Lúcia havia preparado. Acabo de tomar café e me despeço das duas com beijos na bochecha. 
      Depois de algumas horas eu vou até o salão com minha mãe pois resolvi clarear mais o loiro em meus cabelos, faço minhas unhas às pintando de preto e peço para o cabeleleiro deixa-los ondulados. Ao chegar em casa ponho minha fantasia, reforço bem o lápis e o rímel, bagunço um pouco meu cabelo e quando me olho no espelho penso "nossa, eu to muito gostosa". 
    Sento na minha cama e fico esperando por Callie, já que nós íamos juntas para festa. Depois de uns cinco minutos escuto a campainha e escuto sua voz, desço as escadas correndo e nossa.

Ca... Calliope - minha voz sai em um sussurro - nossa, uau! - Callie estava vestida como uma espécie de enfermeira vampira e estava um espetáculo.

Uau?! Uau eu que digo. Olha só você - ela suspende minha mão e me gira. 

Vocês estão lindas meninas, espero que se comportem - minha mãe falava enquanto pegava uma câmera - sorriam.

Ah, fala sério mãe! - eu revirei os olhos mas sorri para a foto. Callie envolveu um braço em minha cintura me aproximando mais e eu me controlei para não agarra-lá ali mesmo. - Já chega mamãe, estamos indo.

Cuide bem da minha filha, em Callie - minha mãe gritou de dentro da casa piscando para Callie e eu quis sumir nesse momento.

Sua mãe é uma figura, eu amo esse jeito dela -  ela mantinha um sorriso tão lindo que nem eu mesma conseguia parar de sorrir ao olha-lá.

Depois de encontrarmos Mark seguimos para a festa de Eliza, encontrando Teddy, Mer, Aps, Cristina e Derek. Estávamos todos rindo e conversando até Eliza chegar e me chamar.

Você está muito linda, Arizona. - ela tentava me agarrar.

E você está muito bêbada Eliza. A festa nem começou direito. - eu a repreendi.

Callie

Sinceramente eu não estou nem um pouquinho afim de ficar nessa festa, mas vim por Arizona e as meninas.

Arizona está demorando. - eu reclamo e Mark faz uma cara de safado.

Até imagino o porque dela está demorando - ele ri e Teddy bate nele - Ai! Isso machuca Teddy.

Cala sua boca Mark - ela falava entre dentes.

Qual é gente, não é como se eu não soubesse que elas já tiveram algo. - eu revirei os olhos e sentia meu sangue ferver. Sim, eu estava morrendo de ciúmes. Aliás era assim todas as vezes que Eliza ou outra menina chegava perto de Arizona com segundas intenções. - Eu vou procurar por ela.

Saí de perto dos meus amigos em disparada, ainda ouvindo as gracinhas de Mark. Procurei por Arizona basicamente por toda a casa e quando eu já estava desistindo e voltando para onde meus amigos estavam, eu a vi. Meu coração se quebrou em mil pedaços, eu sabia que não tinha nada com Arizona e nem tinha o direito de cobrar nada dela, mas aquela cena acabou comigo. Eliza prensava Arizona na parede e a beijava com voracidade, de repente vi Arizona batendo em seus braços e tentando sair e meu corpo se alarmou. Em questão de segundos eu estava puxando Eliza pelos cabelos e a jogando no chão.

Você nunca mais toque na MINHA Arizona, está me entendendo? - eu gritei com ela e a mesma me olhou assustada.

Quem é você pra falar assim comigo? - Eliza tentou se levantar e eu a detive com um de meus pés.

Eu sou a pessoa que vai quebrar a sua cara se você ousar chegar perto dela novamente - a empurrei e Arizona me puxou para fora dali.

Me desculpa, eu vi você tentando se esquivar dela e meu sangue ferveu, quando dei por mim já tinha jogado ela no chão - eu sorri sem graça e ela mantinha um olhar indecifrável. - Oh, foi mal eu não deveria ter me meti...- Arizona me pega de surpresa com um beijo de tirar o fôlego. Ela  entrelaça seus dedos em meu cabelo me puxando para aprofundar mais o beijo e eu enlaço meus braços em sua cintura. Eu me sinto no paraíso com aquele beijo, as borboletas em meu estômago se fazem ainda mais presente. Nos separamos com dificuldade, apenas por falta de ar e ela cola sua testa na minha

Eu estou completamente apaixonada por você Calliope! - ela me olha nos olhos e me lança um sorriso incrível. - Eu não sei mais controlar isso, eu não aguento mais estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Eu quero você, Calliope! Eu preciso de você comigo. - Ela me encheu de selinhos e meu coração disparou ao ouvir essas palavras vindas de Arizona.

Me dê seu coração Arizona. Eu quero te fazer feliz, eu estou apaixonada tão apaixonada por você. - deixei escapar uma lágrima solitária e Arizona passou seu indicador, limpando a mesma e beijando meu rosto.

Meu coração já é seu, Calliope. - ela sorriu seu magic smile para mim e eu quase me desfaleci em seus braços. Antes que nos beijássemos novamente Mark apareu.

Ei, o que vocês duas aprontaram? A Eliza está lá dentro xingando todas - ele ria. - Jurou que mataria "Callie Torres".

Nós não aprontamos nada. Ela agarrou a Zona à força e eu a tirei de  perto dela - eu dei de ombros como se não fosse nada demais. - E eu quero ver ela não se por no lugar dela agora. - sorri de lado em deboche.