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História Glass Animals - Glass Jaguar


Escrita por: DanteParis

Capítulo 2 - Glass Jaguar


E eu ia ter que dormir sozinha naquela cama grande demais pra uma pessoa só mais uma vez. Não que eu esteja reclamando, até porque eu adoro a solidão. Viver sozinha naquele apartamento junto com meus três gatos e meu cachorrinho era a melhor coisa do mundo, e ainda ter passado em terceiro lugar no exame de uma faculdade federal de psicologia.  

Meus três gatinhos eram os três mosqueteiros da casa, e me protegiam. Porthos era o mais velho, siamês todo preto. Aramis era o persa do meio, tinha o adotado com a pata quebrada. Athos era o caçula e o mais teimoso, o laranja rajado de olhos de cor diferente. O cachorrinho pug era D'Artagnan, creme de olhinhos marrom. 

 Eu puxei o cobertor grosso pra mais perto de mim. Tinha feito chá de maçã e tomava lendo um romance na poltrona roxa. Na televisão passava um programa de culinária. Eu bem que podia tentar fazer aquele risoto de limão siciliano. Mas eu sabia das minhas habilidades na cozinha e estragar mais uma panela não ia ser muito inteligente, e além do mais cozinhar pra mim mesma é depressivo demais.  

O vento frio que entrava pelas janelas faziam minhas bochechas corar, e os pingos da chuva passeavam sem pressa no vidro. Do décimo quarto andar eu podia ver todo o Zoológico. Todas as copas das árvores que eu conhecia bem, e eu não trocaria aquilo por nada. Queria curtir aquele momento sozinha, ainda mais que não teria todas essas regalias por muito mais tempo. O TCC da faculdade ia me esgotar por inteira, isso eu tinha certeza. O tema, que eu tinha escolhido sozinha e todos aceitaram sem nem mesmo protestar, era submissão. De longe o tema que eu mais me sentia atraída no curso de psicologia todo.  

Eu me espreguicei na poltrona e fechei o livro. Um bom romance e uma caneca de chá em um dia chuvoso. Escutando o ruído rosa dos pingos de chuva batendo no vidro. Os gatinhos brincavam em cima da mesinha de centro de vidro lotada de canetas e papéis. E papéis coloridos lotados de poemas meus. Caderninhos coloridos espalhados pela casa, todos escritos a mão de caneta preta com contos, crônicas, romances. Todos eles transbordando erotismo, sentimento. Nem sempre baseados em experiências que eu tive, com todos os homens que fodi. Mas tinha um que eu adorava em particular.  

Um caderninho azul pequeno, dentro da minha gaveta da escrivaninha do meu quarto, escrito todo com caneta preta. Na capa escrito em Durex: DANTE. O homem que me fez gozar e sentir o orgasmo que ele me fez ter. O homem do qual me dominou, de todas as formas, que me fez conhecer a pessoa que sou, e alma que existe dentro de mim. Eu agarrei o caderninho e comecei a ler em voz alta, para os três mosqueteiros e o aspirante a ferrete da rainha ouvirem. 

"Não consigo lembrar do rosto dele, nem mesmo do tom da sua voz, mas lembro bem de como nos conhecemos. Num bar da rua Augusta, quando ele tinha o rosto sujo de graxa e as mãos machucadas por causa do trabalho na oficina mecânica. Me explicou como funcionava um motor V8 e me contou do seu sonho genérico e nada excepcional de montar um carro desde o zero. Mesmo que ele nem desconfiasse, eu já estava hipnotizada pelos seus olhos que transbordavam mistério. Os olhos verdes que, sem metáforas - pelo amor de Deus -, ainda iam por acabar me absorvendo inteira. Conversamos por algumas horas até ele soltar a seguinte frase: "No fim, todas as mulheres só querem ser dominadas". Levantei uma sobrancelha e discordei. Nenhuma parte de mim quer ser controlada por um homem, a não ser na cama. Mas não soltei esse último argumento da minha objeção porque, francamente, não queria deixar o cara de pau duro para não encorajar sua visão de que mulheres sempre querem estar na posição de servidão. Porém, mal sabia ele que eu já estava encharcada.  

Quer dizer, às vezes é embaraçoso revelar meus desejos, especialmente vivendo em um mundo onde as mulheres exigem igualdade. Busco o que quero, não tenho vergonha de compartilhar minhas visões feministas no primeiro encontro, e mais importante: ninguém vai me dizer o que fazer.  

Não transamos naquela primeira noite, mas quando fui me despedir dele, ele se aproximou de mim por trás enquanto eu olhava no espelho, me virou e me beijou na boca. Respirei fundo e disse pra mim mesma: "Pelo amor de Deus, taque o foda-se uma vez na vida". E isso fez minha ansiedade normal de transar com um estranho desaparecer. Ele era absolutamente perfeito. Em cada palavra que dizia, em cada lugar que colocava as mãos; foi dor e êxtase ao mesmo tempo, e tive que agradecer o cara por finalmente realizar minha fantasia.  

Descobri com ele que estar no limite de ser machucada é muito excitante. Quando ele passou todo aquele tempo explorando meu corpo e me pressionando, sabia que ele estava me dando toda a sua atenção; e no fim é isso que me excita. Quando meu corpo reagiu fisicamente a algo que com certeza meu cérebro rejeitaria, é confuso mas empoderador. Meu primeiro orgasmo foi na cama que estou deitada neste momento escrevendo este texto, que ainda tem o cheiro dele - de suor e cigarro.  

Engraçado que, antes dele eu tinha certeza que sexo era bom, mas depois eu tive certeza de que sexo bruto é bom. E eu digo isso com todos os trocadilhos possíveis, porque no fim eu sei que todos os que estão por vir não vão chegar aos pés dele."  

E na última página, cheia de rabiscos e desenhos, um número de telefone. O número da oficina mecânica que ele trabalhava. Desabei no sofá e peguei o telefone. Athos se deitou em cima das minhas coxas.  

- Athos, você acha que eu devo ligar pra ele?  

O gatinho afofou minhas coxas ronronando. Eu poderia ligar para ele, sim... Eu agarrei o celular e disquei o número. Já passava das cinco da tarde e o sol estava escondido por entre as nuvens. 

Eu estava vestida com uma camisola justa roxa e uma calcinha vermelha rendada. Na estante lotada de livros sobre psicologia, o som tocava Florida Kilos, da Lana del Rey. Eu olhei para o número no caderninho e depois para o telefone. Eu bem que poderia... 

- Alô? 

- Oi, é da oficina mecânica? 

- É sim. 

- Eu posso falar com o Dante? 

- Ah... - ele gritou o nome dele. - Ele está vindo. 

Eu passei os dedos pelo cabelo, desfazendo meu coque preso com a caneta preta já quase sem tinta. Queria parecer o menos ansiosa possível, principalmente pra mim mesma.  

- Quem é? - Sua voz grave reverberou todo o meu corpo. Já fazia mais de dois anos que eu não o via, mas mesmo assim eu não podia negar o desejo que tinha daquele homem. 

- É a Ali. 

- ... Ali...? Você me ligando? 

- Engraçado, não é? 

- É... Eu não esperava que me ligasse. Quer dizer, já fazem, o quê? Mais de dois anos? 

- Mais de dois anos... 

Conversamos por alguns minutinhos. Ele era decidido e confiante em cada palavra que dizia, e em todas as ordens que tomava. Ele me disse que estaria na frente do meu prédio em quarenta minutos, e me mandou avisar a portaria. Eu obedeci. 

Vesti um robe de cetim preto, e um salto alto combinando.  

Antes de abrir a porta fechei bem o robe. Destranquei a porta e a abri devagar. Dante estava parado bem na minha frente, percorrendo seus olhos verde escuro por todo o meu corpo. Desde os meus olhos até meus dedinhos dos pés pintados em estilo francesinha. Mas quem estava impressionada com certeza era eu. A maneira de como ele estava vestido, com um jeans surrado e coturnos, uma camiseta e uma jaqueta grossa de aviador repleta de bótons. Tive vontade de despi-lo com os dentes. 

- Valeu a pena ter vindo até aqui só pra te ver assim, Alice - ele entrou e trancou a porta atrás de si. 

E ele transbordava todo aquele sentimento de mistério, mas não me lembrava de ser tão intenso. Fazendo eu me sentir magnetizada por ele, sendo lentamente atraída até encostá-lo e me fundir a ele.  

Eu fui até a cozinha e enchi uma taça de vinho. 

- Você ainda bebe? 

- Eu não bebo vinho, cê sabe. 

E eu ainda tinha algumas cervejas sobrando do churrasco do fim de semana passado. Ele foi até a cozinha e se sentou ao balcão. Dei uma cerveja pra ele e me sentei na sua frente. A voz da Amy Winehouse enchia todo o apartamento, ecoando pelos corredores. Ele deu um gole da cerveja e olhou um caderninho em cima de mesa. 

- Você ainda escreve? 

- Nunca parei. 

- Eu posso ler? 

- Em voz alta. 

Ele pegou o caderninho amarelo e abriu. 

- "Naquele ciclo vicioso de coisas ruins você apareceu de surpresa, como um cometa de cauda azul. Mas sua cauda era vermelha viva, como o sangue das vítimas de um genocídio generalizado. E brilhava como o sangue delas, não refletindo a luz do sol, mas com brilho próprio. Minha raposa cor de sangue." 

Eu tinha escrito aquele texto há um ano, e não lembrava bem o porquê. 

- E aí, o que achou? 

Ele deu outro gole na cerveja e fechou o caderninho. 

- Macabro - ele levantou os olhos e me fitou -, muito lindo, mesmo assim. 

Eu me apoiei com os cotovelos no balcão para chegar mais perto dele. Eu podia sentir o calor do seu corpo largo e rígido e o aroma masculino da sua pele. E a cada minuto que se passava, eu me deixava levar mais por seu charme. Eu perguntei 

- Eu posso te beijar? 

Seus olhos verde escuro assumiram uma expressão séria ao passear pelo meu rosto, e avaliar a minha boca. Sua boca sorriu, e ele parecia estar se divertindo com o meu desejo de beijar a sua. Parecia estar se divertindo com a minha vulnerabilidade.  

Ele levou a mão esquerda até o meu rosto, os dedos enterrados no meu cabelo apertando minha nuca, o polegar na minha maxilar, me fazendo sentir como se eu fosse um animal imobilizado. E me beijou a boca. Um beijo molhado carregado de luxúria. Sua língua se movia devagar, tocando a minha sem pressa. E eu estava louca pra poder sentir essa língua no meio das minhas pernas. Ele parou e me olhou fixamente. 

- Deita no sofá. - A voz grave e o tom autoritário me fizeram ficar toda excitada. Vulnerável demais, Alice.  

Eu obedeci. Ele ficou de pé na minha frente e terminou a cerveja. Se ajoelhou por cima de mim. Ele se curvou sobre mim e beijou meu pescoço; quando sua boca tocou meu pescoço, minha pulsação disparou, e a cada apertada que ele dava com os lábios, cada sugada uma onda de eletricidade percorria o meu corpo e arrepiou todos os meus pelos, me fazendo estremecer. Eu agarrei a sua garganta, sentindo seu pomo de adão. Ele mordeu meu pescoço com força até doer, e eu me agarrei a sua jaqueta e apertei a sua garganta. Com uma mão ele enterrou os dedos no meu cabelo e puxava a cada mordida. 

Ele levantou se abruptamente com todo o seu corpo poderoso sobre mim. Levou as mãos até o cinto de couro e o deslizou pra fora da calça. Ele tirou a jaqueta e eu podia ver seus músculos contraídos por baixo da camiseta justa, segurando o cinto com força, exalando agressividade. Ele pegou meus pulsos com a mão direita e enrolou o cinto neles, amarrando a outra ponta na grade da janela. Eu sorria de vontade e curiosidade, sempre olhando em seus olhos, enquanto ele estava ocupado me imobilizando com seus movimentos rápidos e precisos. Eu não conseguia mover os braços de jeito nenhum, e eu não parava de sorrir. 

- Dante... - Ele enterrou os dedos no meu cabelo e puxou com força. 

- Olha pra mim. - Ele ordenou. - Eu já estava ficando louco só de imaginar que você estava sem nada por baixo desse robe - e eu estava. 

O robe que eu tinha amarrado a fita de cetim bem forte na cintura não demorou para desfazer o laço nos seus dedos; ele agarrava meus seios, os explorando com apertões suaves e ritmados. Seu rosto estava perto demais do meu, e eu precisava beijá-lo. E quando tentei beijá-lo, ele recuou, baixou o rosto para os meus seios e abocanhou um deles, produzindo uma onda de calor que fez minha pele transpirar. Era difícil manter os olhos abertos, mas eu consegui. Eu sorri pra ele e disse: 

- É só isso? 

Ele levantou uma sobrancelha, e eu pude ver claramente seus olhos inflamando; de uma coisa eu sabia, ele odiava ser subestimado, e levava tudo como um desafio. Ele levou uma das mãos até o meio das minhas coxas, que se abriram sem o menor pudor. Meu corpo estava todo excitado, eu estava toda vermelha, quente demais. Sua outra mão continuou massageando os meus seios, deixando-os insuportavelmente sensíveis ao toque. 

- Você está toda molhadinha pra mim. 

Eu assenti com a cabeça, mordendo os lábios com as sobrancelhas juntas e pra cima. Ele enfiou um dedo cuidadosamente em mim. Eu não consegui conter o gemido que saiu da minha boca. Eu perguntei, entre os dentes: 

- Você quer me ver entrar em parafuso? 

Ele sorriu pra mim. Aquele sorriso era uma covardia.  

- Você toma pílula? 

- Porra... eu... tomo, sim...! - Eu tentei mover meus braços, mas a cada tentativa, o nó ficava mais forte, me apertando ainda mais os pulsos. Ele ainda estava totalmente vestido, e meu corpo estava nu. 

- Eu vou gozar dentro de você, Alice. 

- Dante! 

Eu estava ofegante, girando meus quadris sem nenhuma vergonha ao ritmo dos dedos dele. Senti que iria explodir se Dante não me fizesse gozar. 

Eu nunca tinha ficado tão excitada na minha vida. Estava dominada pela necessidade de ter um orgasmo. 

A respiração dele também estava acelerada. Seu rosto estava todo vermelho de desejo. Desejo de mim. Sendo que tudo o que eu tinha feito fora me entregar a ele, incapaz de resistir. Eu não ia conseguir olhar nos seus olhos por muito mais tempo. 

- Vou dizer tudo o que eu quero que você faça para me dar prazer, Alice, e você vai me obedecer... - ele tirou um dedo dentro de mim e voltou com dois - Você entendeu? 

- Sim...! - Eu sussurrei, tentando manter o contato visual intenso. - Dante, por favor. - Eu me debatia tentando mover os braços, e meus seios estavam sensíveis demais, os bicos estavam duros e quentes. 

Eu estava prestes a explodir, e a tensão só aumentava enquanto ele massageava meu clitóris com o polegar fazendo círculos e enfiava os dedos em mim em um ritmo constante, sem a menor pressa. 

- Goza pra mim, Alice - ele ordenou -, agora! 

Cheguei ao orgasmo com um grito abafado, agarrada nas grades da janela até os nós dos dedos ficarem brancos, rebolando os quadris na mão dele, esquecendo completamente qualquer vergonha ou timidez. E meus olhos estavam grudados nos dele, incapazes de se desviar, hipnotizados pelo triunfo masculino que brilhava em seus olhos verde escuro. Naquele momento, ele tinha total controle sobre mim. Eu faria tudo o que ele ordenasse. E ele sabia disso. 

Uma onda violenta de prazer varreu o meu corpo. Com o sangue pulsando nas minhas orelhas vermelhas, ouvi sua voz rouca dizer alguma coisa, mas não consegui entender as palavras quando ele se deitou no sofá e levou o rosto para o meio das minhas pernas. 

- Não... - eu fechei as coxas nas suas orelhas, já que não podia mover as mãos - Eu não aguento... 

Eu estava inchada demais, sensível demais. Mas, quando sua língua tocou meu clitóris e começou a passear por ele, a vontade voltou com toda a força. Eu atirei a cabeça para trás revirando os olhos. Ele saiu de cima de mim, e em um movimento rápido e preciso, puxou meu cabelo com força e olhou nos meus olhos. 

- Não disse para parar de olhar pra mim. 

Eu engoli em seco. E eu queria que ele fosse violento comigo, que me desse uns bons tapas. Ele voltou ao meio das minhas pernas, com mais intensidade que antes. Foi quando sua língua entrou em mim, e eu tive que morder os lábios com força para não gritar. Mas gemi, gemi alto demais, sussurrei seu nome. Aramis miou para mim, enquanto os outros gatinhos olhavam a cena. Implorei para que ele me fodesse. 

Ele saiu de cima de mim e soltou os meus pulsos do cinto de couro. Me agarrou e me fez ficar de costas para ele, ajoelhada no sofá assim como ele. Eu me sentei na sua pélvis, e podia sentir o seu pau duro e grosso por cima da calça. Meu corpo não ia aguentar mais que aquilo, mas eu queria mais.  

Ele tirou uma embalagem de camisinha do bolso e me entregou, eu rasguei a embalagem com os dentes enquanto ele abria o zíper da calça jeans. Eu podia sentir a sua ereção entre as minhas coxas enquanto ele se mexia e soltei um gemido. Eu entreguei a camisinha para ele: 

- Não sei pôr essas coisas. 

Ele segurou os meus pulsos e levou até a ponta do seu pau, me fez colocar e desenrolar até a base. 

- Agora você sabe. 

Ele se enrijeceu quando o tomei com os dedos e posicionei, ajustando seu membro grosso na abertura da minha vagina. O cheiro de tesão carregava o ar de umidade, uma mistura sedutora de feromônios que despertou todas as células do meu corpo. Minha pele estava vermelha e alerta, e meus seios inchados e sensíveis. Ele passou o seu braço pelos meus antebraços e me imobilizou mais uma vez. Deixei escapar um grito quando ele entrou dentro de mim. 

- Você é tão apertadinha, Alice. - Suas palavras saíram abafadas, com um toque delicioso de agonia. 

Fui um pouco mais além, deixei que ele me penetrasse mais fundo. Inspirei até não caber mais ar nos pulmões e prendi a respiração, me sentindo deliciosamente alargada. 

Ele agarrou meu cabelo e puxou com força, mordendo meu pescoço e sussurrando palavras sujas no meu ouvido. Eu arqueei as costas, sentindo todo o seu tamanho dentro de mim. A penetração era tão profunda que eu mal conseguia suportar, forçando-me a ir um pouco mais pro lado, tentando amenizar aquele toque de desconforto. Meu corpo, porém, não parecia se importar com o seu tamanho maior que o normal. Estava estremecendo em torno dele, apertando-o, moldando-o, tremendo à beira de mais um orgasmo. 

Eu levantei com cuidado, escutando ele gemer o meu nome. Ele me empurrou com violência e eu cai no sofá cinza. Eu estava de quatro, empinando a bunda com os braços para trás. Com uma mão ele agarrava o cinto de couro que prendia meus pulsos, e a outra me dava tapas na bunda. E eu rebolava no ritmo dos movimentos circulares e enlouquecedores do seu pau, sentindo o orgasmo que se formava ao redor do seu membro dentro do meu ventre em ebulição. 

Ele puxou o cinto e me fez meu corpo ficar suspenso com a sua força, em um ângulo que a cabeça do seu pau esfregava no ponto mais sensível dentro de mim. Meu corpo se endureceu e eu comecei a tremer, sentindo que estava prestes a gozar a cada estocada precisa dentro de mim. 

- Dante! 

Ele me girou e me fez ficar de frente para ele, enquanto eu desmoronava diante dele, quando o orgasmo lançava espasmos de prazer e êxtase que se irradiavam pelo meu corpo, me fazendo estremecer. E eu sempre mantinha os olhos abertos, apesar da força que eles faziam para se fecharem, eu não ia me atrever mais uma vez a fechá-los diante dele. Dominada pelo seu olhar, eu gemia e gozava como nunca antes, sentindo meu corpo se contorcer a cada pulsação de prazer. Ele me beijou a boca, e eu podia sentir o gosto do suor nos seus lábios, aplacando meus sentimentos desorganizados no mais perfeito caos dentro de mim. E quando ele parou de me beijar, eu olhei profundamente eu seus olhos, os olhos verde escuro que me faziam sentir inferiores, e eu sentia ele cada vez mais duro e grosso dentro de mim, me punindo com seus movimentos violentos. Até que ele soltou um palavrão e descarregou toda a sua energia dentro de mim. Ele tremeu quando sentiu a onda de prazer varrer o seu corpo, e pela primeira vez que eu nunca achei que aconteceria, seus olhos entregavam a sua impotência. Mesmo que por alguns segundos, eu sabia, e eu sabia que o que vi era real. 

Ele tirou o pau de dentro de mim e tirou a camisinha dando um nó. Quando deitou do meu lado no sofá eu sabia como ele estava se sentindo. Entregue. Sem defesas. Ele me disse: 

Nossa. 

Eu respirei fundo, abalada. 

Porthos pulou no sofá e se deitou do meu lado. O gatinho afofou o sofá, girou duas vezes e se aconchegou no meu braço. 

- Você se importa de eu acender um cigarro? 

- Só um. 

- Certo. 

Eu olhei para o relógio do decodificador da televisão. Já passava das duas da manhã. D'Artagnan latia pra chuva. Eu estava exausta. Bem que podia ficar ali parada o resto do mês. Athos e Aramis brigavam pelo pote de ração. E eu sabia que mais tarde, enquanto eu estivesse dormindo, ele ia se vestir e ir embora. Mas, quem sabe? Foi só sexo-casual-mas-fisicamente-intenso. O mais intenso do ano. E com certeza eu iria escrever mais sobre ele. Sobre Dante.



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