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História Glass Reality - Kim JongIn


Escrita por: Hyrulian

Notas do Autor


Hey pessoas
Eu não deixei nota no último porque minha irmã ficou me enchendo o saco, mandando eu sair logo do computador
Irmão é uma praga do satã mesmo

Enfim, eu esqueci de falar que não betei a fic, então se encontrarem algum erro me avisem ou só ignorem, por favor

Bom capítulo!

Capítulo 4 - Kim JongIn


- Kim JongIn -

O elevador subia silenciosamente e eu me mantinha o mais longe possível daquele maníaco insano.

Se eu não precisasse pegar o elevador teria ido de escada.

 

Olhei de soslaio e o vi com os punhos cerrados e a testa franzida enquanto me encarava abertamente.

Era melhor ter esperado no corredor.

 

Por mais estranho que parecesse, o que me incomodava não era o jeito que ele estava - nervoso e me olhando fixamente - e sim o seu silêncio. Por que ele não estava jogando piadas ou debochando? Muito menos me provocando?

Não conseguia entender e algo em mim dizia para deixar aquilo de lado, mas a outra me instigava dizendo que era o momento de ter minha vingança.

 

Adivinha qual lado eu fui ouvir?

 

-  Por que está tão calado, homenzão? Te pegaram de jeito dessa vez? - e, é claro, eu o vi avançar e parar o elevador. Segurava minha gola com força, mas era só isso, pelo menos por enquanto.

 

- Quem está de muletas é você, querida - disse e um sorriso sarcástico surgiu em seus lábios  - Parece que quem te pegou de jeito fui eu - senti sua mão descer por minhas costas e gritei quando ele chegou ao ponto que estava machucado - Você é frágil demais, boneca. Melhor tomar cuidado na próxima brincadeira - e com isso ele me soltou com calma e apertou o botão para que o elevador voltasse a subir, indo para o canto que estava antes.

 

Eu não estava entendendo absolutamente nada. Aquele era mesmo o Ranzinza ou eu estava vendo coisas? Não era possível.

Não que ele não tivesse sido um preconceituoso e machista, mas eu senti sua mão ficar mais suave quando gritei e vi seus olhos através do sorriso de escárnio, e eles tinham certo abalo.

Ou eu estou ficando maluco?

 

Devo estar.

Mas então por que ele entrou na provocação ao invés de me rebater e xingar?

 

- Ranzinza maldito - murmurei e vi que ele ainda estava prestando atenção em mim, mas não me importei.

 

Como é que uma pessoa pode mudar tanto em 3 semanas? Eu até achei que ele fosse atacar Sehun, mas ele me disse que estavam se dando muito bem.

Ou seja, o problema era realmente comigo.

 

- Você... - ele começou a falar, mas o elevador abriu em meu andar e ele parou.

 

Olhei para ele, mas o mesmo limpava a garganta e olhava para o lado. Arrumei minhas muletas e sai da caixa metálica, sem esperar mais um segundo. Eu não sou masoquista nem maluco, então não ia ficar ali esperando ele acabar de me quebrar por inteiro.

Me arrastei pelo tapete vermelho e macio do andar e parei em frente ao número 88. Tirei as chaves que estavam penduradas em minha calça - se tivesse colocado no bolso com certeza não iria conseguir fazer o movimento necessário para tirá-las dali - e abri meu apartamento o maior rápido que pude.

Se Chanyeol me visse fora da cama...

 

- KIM JONGIN - por que, meu Buda? - Eu não estou te vendo no corredor, estou? - Chanyeol se aproximou e eu já sabia que ia ouvir muito - Eu te falei que ia comprar o maldito pão, por que tem que ser tão teimoso e desobedecer?

 

- Ninguém demora duas horas para comprar pão, Chanyeol! Ou eu levantava e ia, ou eu ficava em casa e definhava de fome! - rebati e o vi ficar um pouco desconfortável. Eu sabia que não era pão nenhum que ele foi comprar.

 

- Mesmo assim, hyung! Você até mesmo foi sozinho! E se tivesse caído? Esbarrado em algo? Sabe como iria piorar? - ele dizia e eu arregalei um pouco os olhos.

 

Eu tinha saído com um impulso teimoso e não pensei que realmente poderia ter caído e algo mais grave acontecido.

 

- Viu, seu babaca? Quando eu disser que é para ficar em casa, é para ficar em casa! - e ameaçou me dar um tapa, mas seu braço foi segurado.

 

Olhamos na mesma hora naquela direção e vimos com menor estatura que a nossa, usando roupas pretas e mais casuais como as minhas.

 

- O que... - Chanyeol começou a falar, mas logo foi cortado.

 

- Não... Não levante a mão para ele - disse sério e levantou a cabeça, encarando meu irmão profundamente - Você não tem esse direito - completou e o empurrou de leve, eu percebi, mas como Chanyeol é um desengonçado, pareceu que tinha sido um soco na boca do estômago.

- Chanyeol! - eu tentei ir até ele, mas o Ranzinza me impediu.

 

O que está acontecendo?

 

- Mas que diabo! Vai perseguir minha família também? Não basta me deixar paralisado e em repouso por um mês? - deixei tudo escapar, estava irritado e o vi abrir mais aqueles olhos enormes, surpreso - O que você quer comigo? Já estou cansado dessa merda.

 

Eu não aguentava mais, realmente e sentia todo meu corpo cansado. Tanto por causa dos insultos, das atitudes impensadas daquele professor de judô, quanto da dor que começava a se alastrar novamente pelo meu corpo. Eu precisava deitar.

 

Vi Chanyeol se levantar de onde estava e fazer menção em se precipitar para o Ranzinza, mas ergui a mão para que parasse.

 

- Vai embora - falei para o menor, que encarava o chão com aqueles olhos vidrados. Parecia muito perdido - Não chegue mais...

 

- Eu... Eu te machuquei? - ele perguntou e me encarou.

 

A pergunta era muito idiota e obviamente ele já sabia a resposta, afinal eu estava de muletas e um suor escorria pela minha testa por causa da dor que começava a ficar latente; mas em seus olhos, em sua voz, eu vi algo que não tinha percebido antes quando nos encontrávamos.

 

Ele estava sendo gentil.

Aquilo em seus olhos era remorso.

 

Eu fiquei tão chocado que não percebi quando Chanyeol me puxou para dentro do apartamento e fechou a porta na cara de Kyungsoo.

Eu me virei para ele, iria dizer várias coisas, mas eu todas tinham escapado da minha mente. A dor era demais.

 

Não aguentei mais meu próprio peso sobre as muletas e despenquei - Chanyeol me segurando no mesmo segundo. O problema foi que ele me segurou com toda a força, apertando minhas costas.

Dei um grito alto e algumas lágrimas escaparam dos meus olhos.

 

-  Aish, Nin me desculpa, eu não... - a porta começou a ser esmurrada e alguém gritava do outro lado.

 

Eu tentava distinguir os sons, mas era tudo muito abstrato e não demorou muito tempo para que eu finalmente desmaiasse e ficasse alheio a tudo ao meu redor.

 

.

 

.

 

.

 

Acordei e estava deitado de bruços, o travesseiro macio engolia meu rosto e a sensação do ar condicionado era tão reconfortante que eu queria continuar dormindo para sempre.

Me virei lentamente para reposicionar a cabeça e senti meu corpo reclamar, soltando logo um gemido de dor - mas pelo menos não estava tão forte quanto antes.

 

- Já está acordado?

 

-  Já - respondi soltando um longo suspiro - Chaan, você bem que podia... - falada de forma manhosa até abrir os olhos.

 

Eu levantei bruscamente, mas logo voltei para a cama, por que a pontada nas minhas costas repuxou e eu gritei - o som sendo abafado pelo travesseiro.

Não me permiti fica lamuriando e encarei Ranzinza a minha frente.

 

- O que pensa que está fazendo aqui? - eu olhei ao redor e constatei que estava no meu quarto - Como entrou aqui? - eu encarava aquele lunático e ele estava com aquele olhar perdido de novo.

 

Quando iria abrir a boca para gritar por ajuda, ele falou na minha frente.

 

- Você gritou - ele disse - E parecia sentir muita dor. Eu achei... achei... - não completou e olhou para cima, me encarando com aquele rosto franzido - Quem caralhos é Chan? - perguntou e vi sua expressão se fechar ainda mais - Não vai me dizer que...

 

- É meu irmão, seu doente - o cortei, por que sabia bem o que ele iria insinuar - E o que isso tem haver com você? Você quem deveria estar dando respostas aqui. Eu nem sei quem você é - rebati friamente e o vi ficar paralisado - E se te preocupa tanto eu estar machucado ou não, não deveria ter me derrubado naquele dia

 

Quem estava irritado agora era eu e ele só se mantinha calado.

 

- Sabe o que eu não entendi? Por que você não contou para Kris o que tinha feito. Por que eu não estava indo para o trabalho. Eu realmente não consigo entender, já que você se orgulha tanto de reafirmar sua masculinidade e acha que me ridicularizando e zombando do que eu faço vai te dar algum mérito, por que está aqui agora com esse cuidado todo? - disse tudo de uma vez, sem paciência alguma. Eu não conseguia me mexer e só podia me defender falando, ou seja, estava completamente a mercê.

- Você também não contou - ele falou depois de muito tempo e eu acabei rindo sem humor.

 

- Sabe, eu já lidei com pessoas como você. Para falar a verdade, toda a minha vida eu tive que ouvir essa babaquice de que a dança era coisa de viadinho e que eu não era mulher para usar collant ou sapatilha, então deveria parar e ir ser um homem de verdade para gerar uma família e ganhar o pão com algo que realmente desse dinheiro. Mas o que dá dinheiro, cacete? O seu judô? Só por que você é o pica das galáxias e deu sorte da televisão querer filmar suas lutas e prêmios não quer dizer que isso seja mais importante que a dança. Se for para pensar então, nós dois somos inúteis - fiz uma pequena pausa para puxar o ar e recomecei antes que ele me interrompesse - Eu não disse nada por que, independente da academia gostar de mim ou não, tem muita gente lixo igual a você lá e que está louco por um motivo para me dispensar. Você mesmo sabia, quando me jogou naquele chão, com toda a força, que se eu dissesse algo teria mais da metade dos sócios ao seu lado. Então é melhor perder um bailarino gay do que o campeão da porrada, Do Kyungsoo - debochei - E eu não vou deixar alguma coisa tão fútil quanto essas suas conclusões precipitadas tirar tudo o que eu conquistei, não vou mesmo. Eu entrei naquele lugar com todo o meu mérito e você vai ter que fazer mais do que me jogar no chão e ferrar, ainda mais, diga-se de passagem, a minha coluna para me fazer desistir.

 

Eu terminei e percebi que estava suando novamente. O calor parecia ter surgido do nada, como o ar tivesse quebrado e agora eu estava em um forno enorme.

Mesmo com todo meu incômodo, consegui me sentar e ficar cara a cara com aquele babaca, que só me olhava com uma expressão indecifrável.

Mas por que era indecifrável? O que eu não conseguia entender dali?

 

Eu ainda o encarava quando ele começou a rir.

 

Isso mesmo, rir.

 

Não tem como ficar mais confuso do que como eu estava naquele momento.

 

- Kyungsoo - eu o chamei, acho que era a primeira vez que usava seu nome e não "Ranzinza" - Eu quero que saia da minha casa - falei calmamente e o vi piscar para mim, parecendo não entender - Você vai sair do meu quarto, chamar meu irmão e ir embora, está me entendendo? 

 

- Mas eu estou te ajudando - ele falou ainda confuso - Eu impedi que ele te batesse mais, hyung. Eu te tirei de lá - dizia de forma insistente e segurou meu pulso antes que eu pudesse me afastar - Por que está fazendo isso? Não foi você que disse que deveríamos nos proteger? Que deveríamos ficar um do lado do outro por que o General só gosta de Minseok?

 

- Eu não sei do que você está falando - eu disse sinceramente e senti o aperto aumentar em meu pulso - Me solta, por favor

 

- Hyung - ele chamou e sua garganta falhou um pouco - Isso é por que eu sempre fiquei do lado dele? Por favor, não...

 

- CHANYEOL - gritei e o vi retesar.

 

Eu não sabia mais o que fazer. Não conseguia mais entender nada, só me sentia encurralado e precisava de alguém comigo.

 

- Não grite...

 

- CHANYEOL - gritei novamente e tentei me levantar, mas minhas costas ardiam demais. Algo escorria delas e, ao mesmo tempo em que refrescava, parecia piorar a ardência - SOCORRO, CHANYEOL - eu comecei a empurrar os braços e mãos de Kyungsoo, ele tentava me fazer deitar novamente e tudo o que eu queria é que ele fosse embora - SAI DE PERTO DE MIM - lágrimas de ódio e dor escorriam do meu rosto.

 

Eu estava confuso, com um estranho que me agrediu dentro do meu quarto e que provavelmente passou sabe-se lá o que nas minhas costas, que parecia só piorar a minha dor.

 

- LuHan - ele falou e eu o olhei, mas suas mãos estavam em sua cabeça - LuHan, por favor. Pare  de gritar. Por favor..

 

Ele repetia aquilo diversas vezes e continuava a me chamar por aquele nome. LuHan.

 

Mas quem é LuHan?

 

- Kyungsoo - o chamei e ele levantou a cabeça. Seus olhos estavam avermelhados e aquilo me chocou mais ainda. Toda a postura séria e assustadora que aquele homem carregava não existia mais. Eu só conseguia ver uma criança assustada em minha frente - Você está confuso - disse calmamente - Eu sou Kim JongIn, novo professor de dança da academia que você trabalha - explicava mantendo o contato com seus olhos - Nos conhecemos há 4 semanas, você me derrubou no chão e eu tive que ficar em casa. Nos encontramos hoje no elevador e você brigou com meu irmão, Chanyeol. Está conseguindo entender?

 

Kyungsoo demorou um pouco, mas acenou levemente com a cabeça, ainda me encarando. Ficamos assim por um tempo, sua respiração ficava cada vez mais calma e controlada, como quando eu o via na sala que compartilhávamos em um de seus treinos individuais.

 

- JongIn - ele disse e parecia muito mais lúcido que antes - Eu estou com Kim JongIn - afirmou e parecia ser mais para si do que para mim, mas confirmei com a cabeça - Mas LuHan..

 

- KAI - a porta do quarto foi aberta com força e vi meu irmão entrar junto com Sehun e outro homem que não conhecia - É ele - falou apontando para Kyungsoo e vi que ele estava com os punhos cerrados e encarava diretamente um deles.

 

- O que? Mas esse é Kyungsoo - Sehun falou confuso e eu lembrei que eles se conheciam - Não é possível que ele tenha te deixado desacordado e ficado aqui dentro trancado com JongIn - disse incrédulo, mas algo em meu rosto deve ter confirmado, pois ele foi para o lado do pequeno lutador.

 

Kyungsoo hesitou em deixá-lo se aproximar, mas parece que ele e Sehun tinham alguma ligação que eu não conhecia, por que ele permitiu que o mais novo se aproximasse e falasse algo em seu ouvido.

O menor concordava sem dizer uma única palavra e assim que Sehun se afastou, ele se levantou.

 

- Desculpem meu comportamento. Eu não irei mais incomodá-los - Kyungsoo falou fazendo uma reverência e Sehun o levou para a porta, dizendo algo rápido para Chanyeol, algo como "Deixa para lá" e "Não venha atrás de nós".

 

- Nin, você está bem? - Chanyeol perguntou se sentando na beirada da minha cama, assim que se certificou que eles tinham ido embora.

 

- O que aconteceu? - perguntei e ele começou a narrar.

 

Eu havia desmaiado e Kyungsoo arrombou a porta do apartamento, quase a quebrando, enquanto gritava para Chanyeol ficar longe de mim. Como meu irmão não conseguiu me segurar de uma forma que não me machucasse, e eu continuava a gritar mesmo desacordado, Kyungsoo o empurrou para o corredor e lhe deu um soco. Depois disso Chanyeol acordou no corredor ouvindo meus gritos e indo chamar Sehun e Suho, que fui descobrir ser um médico que morava no prédio e conhecia meu irmão.

Expliquei tudo o que aconteceu, mas decidi omitir a parte em que Kyungsoo me chamava de Luhan e teve um tipo de surto, ou seja, o que aquilo for. Eu sentia que talvez Sehun soubesse de algo e eu iria descobrir isso mais afundo.

 

- O Suho vai ver seus machucados para ter certeza que não piorou nada - Chanyeol disse e eu assenti, deixando o estranho se aproximar e tocar de leve no começo das minhas costas; descendo vagarosamente, enquanto percorria os olhos pelo local.

 

- Pelo o que tinha me dito e pelas fotos, achei que estariam muito piores, Chanyeol - Suho falou e eu acabei encarando meu irmão.

 

- Que fotos Park Chanyeol? - fechei a cara enquanto o via coçar a cabeça e dar um risinho sem graça, logo em seguida virando-se para o médico e me ignorando.

 

- Como assim? - perguntou e olhou para o local das minhas costas - Mas ontem mesmo elas estavam um horror - disse surpreso e viu a expressão que fiz pelo espelho - Estavam mesmo, eu hein.

 

- Bem, acho que o metabolismo de JongIn é melhor do que pensávamos - Suho disse sorrindo para mim - Se continuar usando o que quer que tenha usado aqui, vai poder voltar a dançar ainda essa semana, com certeza.

 

- É sério? - disse surpreso e o vi confirmar

 

Movi meu corpo e ainda doía muito. Aparentemente a melhora ainda era só por fora, talvez demorasse mais tempo para agir efetivamente.                       

 

Mas o que eu tinha passado? Só estava tomando os analgésicos e descansando...

 

A lembrança pareceu bater em meu rosto e eu acabei rindo da minha própria idiotice. 

Kyungsoo passou algo nas minhas costas, por isso eu estava melhor.

Parece que ele realmente queria me ajudar, mas eu ainda tinha muitas duvidas sobre aquele baixinho.

 

Suho ficou para o jantar e comemos todos juntos, conversando sobre tudo, menos a estranha manhã que tivemos.

Quando ele foi embora eu esperei Chanyeol chegar à sala e me levar para o quarto, pois ainda não conseguia andar sem muletas, e eu não fazia ideia de onde elas estavam. Entretanto, quando meu irmão chegou à sala, se sentou na poltrona em minha frente e me olhou de forma séria.

Aquilo era totalmente atípico de Park Chanyeol.

 

- Kai - ele começou e eu sabia que não ia terminar nada bem - Foi ele quem fez isso com suas costas?

 

- Suho? - perguntei me fingindo de sonso. Eu sabia bem do que ele falava.

 

- Aquele mini furacão ensandecido - disse com raiva, se referindo a Kyungsoo - Ele quem te deixou assim? - perguntou e, antes que eu pudesse responder, voltou a falar - E não me venha com aquela história ridícula de que você bateu em um ferro ou não sei o que e acabou tendo isso ai nas suas costas.

 

Suspirei fundo.

 

Quando acordei no hospital foi praticamente impossível não mostrar o machucado para Chanyeol. Por mais que os médicos não houvessem dito nada, meu irmão ia me abraçar, tocar ou fazer qualquer coisa que acabava me causando dor e eu não pude mais fugir para desculpas como "Você foi muito bruto" ou "Está  ouvindo coisas". O melhor que consegui inventar na hora foi que na troca de macas eles deveriam ter esbarrado meu corpo em algo e causado aquilo.

Eu sabia que era uma desculpa ridícula, mas eu não queria contar a verdade para Chanyeol. Não entendia por que protegia tanto alguém que só me humilhou e machucou, mas eu sabia que seria pior se soubessem a verdade.

 

- Eu vou ligar para eles e dizer tudo. Eu sei que foi ele quem fez tudo isso, ficou ainda mais explícito hoje - Chanyeol falou e eu o olhei desesperado - Não adianta - falou ainda sério e eu só fiquei ainda mais nervoso.

 

- Chanyeol você não pode fazer isso. Eu sei com o que estou lidando. Não quero que... - ele já havia pegado o telefone e discava os números - NÃO LIGA, CARALHO - gritei e ele apenas se limitou a me olhar um pouco espantado, eu nunca xingava, e colocou o aparelho no ouvido.

 

- Appa? - falou depois de um tempo e começou a narrar tudo. Pelo menos o que sabia.

 

Eu fechei os pulsos com raiva e tentava tirar o celular de sua mão, depois gritando para atrapalhar, mas ele se levantou e saiu do cômodo. Me levantei e se andei 3 passos foram muitos.

Cai no corredor e comecei a chorar na mesma hora, de dor e frustração.

 

Era sempre assim, sempre assim. Eu nunca seria tratado de outra forma e sabia disso - afinal, a culpa era totalmente minha. Eu permitia que aquilo acontecesse.

 

Não seria Kyungsoo a tirar tudo o que conquistei e sim quem eu mais me apoiava.


Notas Finais


O que tá acontecendo com D.O?
Por que ele foi embora com Sehun?
Por que o JongIn está falando desse jeito?
Para quem Chanyeol ligou?

Quanto tempo vai demorar para a primeira morte?
Veremos haha


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