Jesse
Definitivamente eu não esperava o meu término com a Beca, mas o tempo foi me mostrando realmente que não tínhamos mais aquele desejo, aquela aproximação que havia entre nós anos atrás, acho que em algum momento nos perdemos, pois nem sempre era fácil agradar aquela baixinha, Beca sempre foi uma pessoa com uma personalidade marcante, sempre muito decidida e focada, mas que não pensava duas vezes em despejar tudo o que a incomodava, ela é um poço de sinceridade, e também carrega um mistério, que acho que atrapalhava muito nossa relação, ela não era muito de se abrir quando o assunto era sentimentos, eu tive que lutar por cada gesto, cada palavra, mas mesmo assim, não foi o suficiente. Resolvi dedicar meu tempo a música e em como ela me fazia bem, claro que meu sonho estava ligado a cinema também, mas não estava sendo fácil entrar nessa indústria de entretenimento, até que as coisas começaram a mudar, olhei mais uma vez para a carta, era minha admissão na Universidade de Columbia em Nova York, eu sei que Beca também está por lá, mas a cidade é enorme e eu já me conformei de verdade com nosso término, pelo menos eu acho, eu iria começar uma nova Universidade, mas agora um curso totalmente especifico no ramo de cinema, consegui uma bolsa integral, não tinha muito o que pensar, a não ser me mudar para a Big City e me esforçar ao máximo para que as coisas saíssem conforme meus planos. Fiz toda a minha mudança e parti para Nova York, claro que já tinha ido antes, esquematizado apartamento, e claro com quem eu iria dividi-lo, afinal os aluguéis estão bem salgados, e pelo menos conseguimos um com uma vista excelente e com o preço bem acessível, teria um colega dividindo o apartamento, Noah Puckerman, conhecido como Puck, a quem logo me pareceu meio marrento, mas um cara gente boa, cheguei ao apartamento, já estava um pouco mobiliado, Puck estava morando ali já, entrei e fui direto para o meu quarto, confesso estar exausto mas precisava organizar minhas coisas, era uma nova vida e espero ser fantástica.
Gabriela
Definitivamente meus dias estavam cada vez mais cansativos, eu já não tinha muito tempo para mais nada, Troy inclusive reclamava bastante ultimamente, e eu sei que em partes a culpa era minha, mas eu também não podia perder essa oportunidade, a empresa me fornecia um ótimo salário e ultimamente eu tinha a possibilidade de virar uma das sócias, eu sei Troy também é muito importante e eu o amo, mas espero que ele tenha um pouco de paciência comigo.Acordei bem cedo, olhei para o lado ele dormia pesadamente, fiquei um momento pensando em como chegamos até aqui sem tempo para namorarmos e aproveitarmos a vida, suspirei, resolvi levantar, me troquei e parti para o trabalho, o dia seria puxado, antes de ir para a empresa passei no Starbucks, peguei um café para o Dave e para mim, Dave é meu chefe, loiro, alto, de olhos castanhos, tem provavelmente seus 34, 35 anos, não mais que isso, é jovem ainda mas muito bem sucedido, adoro seus conselhos e sua visão de mundo, gosto muito também do respaldo que ele me dá e a confiança em me deixar resolver os processos da empresa com autonomia. Entrei em sua sala, ele estava no celular:
- Certo Brad, acho que podemos investir nisso, vou revisar os papéis com a Gaby, depois volto a falar contigo, obrigado - ele desligou e então percebeu minha presença - Hey Gaby, Bom dia, obrigado! - ele falou a hora em que lhe ofereci seu café.
- Bom dia Dave, que papéis são esses que teremos de revisar?
- Ah é um investimento que estou disposto a fazer, quero que me ajude a avaliar os riscos, possíveis processos que possamos sofrer, enfim, mas não agora, sei que você tem algumas coisas pendentes, mas podemos avaliar depois do expediente, se não se importar, é um pouco urgente - ele sorriu de um jeito encantador, não sei como ainda não havia casado, ele realmente é bastante atraente, claro que possívelmente deveria ter muitas namoradas, mas ele é bem responsável e nunca o vejo atrasar, então na verdade não faço ideia de sua vida particular, e agora terei que ficar novamente depois do expediente:
- Tudo bem Dave, eu tinha um compromisso, mas posso adiá-lo sem problemas - pensei na comemoração minha e Troy de 7 anos de namoro, ele parecia nervoso com a minha resposta no dia anterior, e tenho certeza que agora ele iria me odiar, mas eu precisava pensar em nosso futuro e meu emprego fazia parte disso então não teria jeito, não podia arriscar.
Rachel
Me despedi de Jesse, ele parecia um pouco ansioso em ver seus pais, tinha que confessar que meus sogros não eram pessoas tão gentis comigo como eu gostaria, eles me achavam um tanto quanto metida, não que eu realmente não fosse, afinal vivia num mundo onde queria ser a maior estrela da Broadway como a minha inspiração Barbra, e bom o primeiro passo eu já dei, inclusive ganhei um Tony, meus pais me chamam sempre de estrelinha, muitos amigos me bajulavam dizendo sobre o meu talento e eu mesmo acho que sou sensacional, então, não podia culpar os pais de Jesse por esse detalhe, mas o problema é que eles quase não nos visitava e percebia que Jesse sentia muita falta de tê-los por perto. Tomei um banho, me troquei e parti para os ensaios, já estavam quase todos lá, e eu um pouco atrasada, subi correndo, passei pela coxia e quando fui entrar no palco para me juntar com os outros levei um esbarrão, me fazendo quase cair, olhei para o lado, para ver quem me atingira:
- Hey, você não vê por onde anda não?
- Me desculpa, eu não sei onde eu estava com a cabeça, com todo esse espaço e então acabei indo em sua direção sem perceber, sério me desculpa mesmo - ele pareceu sincero, o encarei por um momento, ele também era muito bonito, cabelos castanhos bem cortados, olhos azuis, um sorriso realmente atraente, dei uma certa balançada com a cabeça, e me senti um pouco zonza, levei minha mão na testa:
- Tudo bem, também não foi nada demais não é mesmo, mas acho que devemos ir para o palco, estamos atrasados - sorri timidamente.
- Você está certa - ele pigarreou por um momento - a propósito meu nome é Troy, Troy Bolton - ele estendeu a mão e me ofereceu um sorriso gentil, realmente ele tinha um charme encantador, mas espera por que eu estava pensando nisso, parei de viajar e estendi minha mão para o cumprimento.
- Eu me chamo Rachel Berry, agora precisamos ir Troy Bolton - me virei e fui de encontro ao resto do elenco que se encontrava no meio do palco, o diretor explicava como seria algumas dinâmicas, e as posições que deveríamos ficar a principio, olhei para meu lado esquerdo, e depois de algumas pessoas avistei Kurt, não via a hora de conversarmos um pouco mais, afinal ainda não tinhamos realmente aproveitado e comemorado o fato de fazermos esse musical juntos. Começamos os ensaios, muitos esperavam sua vez nos bancos destinados a platéia, e então podíamos assistir os ensaios uns dos outros, quando comecei minhas falas e minhas interpretações fui interrompida pelo barulho do celular que estava em minha bolsa em um dos bancos da frente, me dando uma bela de uma chamada de atenção do diretor:
- Mas o que siginifica isso Sra Berry, não sabe que tem que desligar o celular antes do ensaio - eu completamente havia esquecido disso, deixei cair a ligação, torcendo para não tocar novamente, continuei minhas falas, mas então ele me traiu pela segunda vez - Vamos Berry atenda esse celular logo de uma vez, para podermos continuar o trabalho sério - ele não pegava leve, fui de encontro com o meu celular, ainda nervosa pela bronca, nem olhei para o numero que me ligava, apenas atendi:
- Alô?
- Oi, por favor a senhora Rachel Berry? - não reconheci a voz.
- Sou eu, em que posso ajudar, quem está falando?
- Boa tarde Sra Berry, estamos ligando do hospital, seu marido, o Sr Jesse St. James.
- O que tem ele? Aconteceu algo - meu coração paralisou por um instante.
- Ele sofreu um acidente, está internado aqui em nossa unidade, no hospital Abraham Lincoln, precisamos que a senhora venha para cá o mais rápido possível.
- Ok, estou indo agora, obrigada - desliguei o telefone as pressas, como assim acidente? na minha cabeça me passava uma tragédia, que tudo estivesse bem com Jesse, pois senão não sei se suportaria mais sofrimentos.
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