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História Goner - Capítulo 2


Escrita por: ALUSIE

Notas do Autor


Oi pessoal! Bastante gente me disse que gostou dessa história, então eu decidi continuar e me desculpem pela demora, meu celular estragou faz alguns dias e eu consegui recuperar o arquivo do capítulo só hoje. Bom, tá aí então espero que gostem.
Ah! E pra deixar esse começo mais "dinâmico" recomendo que leiam escutando essa música:

Ghosts - BANNERS

Enfim, boa leitura! <33

Capítulo 2 - Capítulo 2


      Depois do episódio na escola com Bill e o buraco no quadro, decidi que iria voltar sozinho para casa. Os garotos protestaram bastante e me fizeram inúmeras perguntas, mas eu somente lhes respondi que estava bem e só precisava pensar um pouco. Em parte era verdade, claro, eu precisava pensar, esvaziar a mente. Porém, eu também estava cansado e chateado e com eles tagarelando ao meu lado me deixaria estressado. Não queria explodir com algum dos três. 
      Durante todo o percurso até a minha casa, fui observando o céu e fiquei imaginando o quão fácil minha vida seria se eu simplesmente tivesse asas e pudesse voar por aí, para longe dos problemas, como os pássaros, sem sofrimento ou perdas. Ou então algo mais além, como um astronauta, flutuando pelo espaço profundo e silencioso, bem próximo das estrelas e dos outros planetas, observando tudo de longe. 
      Entretanto tudo tem seus prós e contras, essa é uma das leis básicas de tudo existente no universo.
     Os pássaros podem ser livres, mas a natureza é cruel e eles são obrigados a dividir a imensidão do céu com seus piores inimigos, correndo um enorme risco de serem comidos por um águia ou um urubu. Ou, se tiverem azar o suficiente, bater em um avião.
A vida de um astronauta pode parecer empolgante, mas não é. Todo mundo já quis, pelo menos uma vez, ser um para fazer como Neil Armstrong e tocar a Lua, sentir de perto o brilho das estrelas e ver cometas e asteróides passando bem ao seu lado e, claro, ficar bem longe das confusões dos seres humanos e de todo o barulho, mas, como nós fomos criados para viver em harmonia com a sociedade e dependermos uns dos outros, não conseguimos ficar completamente sozinhos. Até mesmo os mais anti-sociais precisam de alguém ao lado deles. 
      E, por ainda eu ser adolescente, necessito mais do que tudo de uma família para me dar carinho, amigos para me ajudarem quando preciso e de um amor para aquecer meu coração e trazer alegria para mim. E eu tive isso, por uma semana, mas deixei que ela escapasse por entre meus dedos, como areia. 
      Eu nunca sei muito bem explicar o que eu sinto pela Eleven. Desde que a encontramos naquela floresta no dia que Will sumiu eu senti algo diferente, um sentimento que eu não conseguia explicar, só me deixava confuso. Parecia até que meu bom senso decidiu tirar umas férias e deixou que o coração tomasse as decisões. 
      E eu acho que foi basicamente isso que aconteceu.
      Eu fiquei cego, mas cego bom, de um certo modo. Eu nunca senti aquilo com outra garota, nem mesmo com a garota mais bonita da minha turma, Jennifer Hayes (que, aliás, todos os garotos de lá já gostaram dela). Jennifer podia ser bonita e esperta, mas El também era. E ela ainda tinha algo especial, algo único que a tornava diferente das outras garotas. 
       Volto minha atenção para o meu caminho quando sinto meus olhos se encherem novamente de lágrimas. Eu já estava próximo de casa, então pedalo mais rápido e em poucos minutos eu já estava pulando da bicicleta e jogando-a no gramado em frente a casa. Corro para dentro, abro a porta, fecho-a e deslizo até o chão. Junto meus joelhos até a altura do peito e afundo a cabeça, deixando que, pela primeira vez em meses eu chore.
      Lembranças iam e vinham pela minha mente, todas da garota que eu amei. Lágrimas desciam enquanto eu via aqueles olhos castanhos e inocentes me olhando e neles perguntas que ela esperava que eu respondesse, seu sorriso contido quando eu falava algo que lhe fizesse se sentir bem (ou quando Dustin fazia piada), seu nariz levemente arrebitado lhe dando um ar mais poderoso e até mesmo seus cabelos castanhos ralos contribuía para a beleza única da menina. 
      E agora eu finalmente sabia porque El era a garota. A grande maioria delas sofrem influências do que veem na tevê, tanto na personalidade quanto na maneira como se vestem ou agem, porque elas veem um padrão imposto ali e querem ser daquele jeito, só para, grande parte das vezes, impressionar os rapazes. Ela era o que as garotas seriam se não fossem tão influenciadas, elas seriam elas mesmas, cada uma se vestindo do jeito que realmente gosta, agindo do jeito que mais lhe agradam e não aos homens, gostando de coisas "diferentes" e não parecendo um robô controlado pela sociedade que as fazem ser daquele jeito.
      Claro, El não era um robô porque, em parte, Brenner não lhe deixava fazer coisas que uma menina normal de 13 anos faria, ela era uma cobaia usada para acabar com os russos e o socialismo. Eleven era usada como uma arma e qualquer pessoa com um cérebro poderia facilmente descobrir isso. Ela, uma criança, era usada para atender aos desejos egoístas dos americanos que estão sempre procurando mais poder. 
      Solto uma risada irônica, baixinho. Com certeza meu pai iria ficar bravo comigo e dizer que eu estava sendo um traidor da nação. Eu já vi ele falar isso com o nosso vizinho, que pensa do mesmo jeito que  eu. A respeito dos americanos, claro. 
      Uma velha frase, que não lembro bem onde ouvi, ecoava em minha mente enquanto as imagens da El passavam na frente dos meu olhos: O dia em que se perde alguém não é o pior. O pior são os dias que se passam e essa pessoa continua morta. Eu não entendi o que ela quis dizer quando a ouvi pela primeira vez, mas agora eu sei e sei também que ela nunca esteve tão certa. O dia que Eleven se fora foi terrível, mas os outros sem ela foram, e são, piores. Como se estivesse faltando algo importante na minha vida...
      Ergo a cabeça ao ouvir o som de algo caindo. Me levanto, quase tão rápido quanto um raio, e seco as lágrimas. Atravesso o andar térreo da casa, com os passos leves como uma pena, e paro na porta do porão com a mão na maçaneta pronto para ver o que causou aquilo. 
      Engulo em seco. Desde que Eleven se fora eu tento racionar as minha idas ao porão. Eu tinha medo de descer até lá e ver que ela não estaria sentada na cabana, que eu fiz para ela, olhando para mim com aqueles grandes olhos, mesmo sabendo que não estaria. Por causa desse pensamento até as partidas de Dungeons & Dragons haviam sido racionadas, porque eu sequer conseguia chegar perto daquela porta sem cair no choro ou sair correndo paa longe dali. Eu sei o quão estúpido isso soa, mas é verdade. Eu não conseguia ir lá para baixo.
      E aquela seria uma das poucas vezes que eu era obrigado a descer ali. A úlima vez foi quando Holly foi até lá para pegar o kit de primeiros socorros para colocar um Band-aid em seu joelho ralado após uma queda de bicicleta e acabou mexendo em tudo. 
      Giro a maçaneta e desço até metade da escada só para ver minha mãe agachada recolhendo um cesto caído que parecia vomitar roupa suja em todo o carpete. 
      - Mãe? O que faz aqui? - pergunto. 
      - Ah! Michael, você já chegou? Eu não ouvi você entrar. O Sr. Dylan me deu um dia de folga, disse que eu estava trabalhando demais e que eu precisava de um dia só pra mim, dá para acreditar? - ela responde e dá uma risadinha, ainda prestando atenção no seu trabalho. Então ela se vira para mim com um sorriso estampado em seu rosto, que se desfaz ao ver o meu estado. - Michael? Aconteceu alguma coisa? Você estava chorando?
      - Não, mãe. - minto. - o que está fazendo?
      - Estou arrumando o porão, botando algumas roupas para lavar e desfazendo aquilo. - ela aponta para o forte de lençóis onde El costumava dormir. 
      - O quê? Não! Não é para fazer isso! - respondo. 
      - Porque não? 
      - Porque não é! Deixa isso aí!
      - Michael, porque isso é tão importante?
      - Não interessa, só não mexe nisso. 
      Ela arregala os olhos, espantada com a minha reação tão agressiva e depois os semicerra me estudando, tentando encontrar uma maneira de ultrapassar as barreiras que eu ergui em volta de mim. 
      - Está acontecendo alguma coisa? - pergunta, pronunciando cada palavra com uma certa lentidão. 
      Suspiro. 
      - Não, mãe, eu já disse. 
      Ela caminha até o pé da escada e me encara. 
      - Porque está mentindo para mim? O que você está escondendo?
      - Nada, eu só tô te pedindo para não mexer na barraca.
      Ela para por um momento, me encara e também se permite dar um longo suspiro. 
      - Michael... Eu entendo que você ainda está meio traumatizado pelo que aconteceu ano passado com o Will e tudo mais, mas eu sinto que você tem escondido algo de mim e do seu pai. Aconteceu alguma coisa que você não quer nos contar. - ela abaixa a cabeça por um tempo e quando ergue seu olhar novamente vejo seus olhos marejados. - Mike, filho, eu sou sua mãe, você pode contar comigo para qualquer coisa que você precisar. Você pode até não gostar tanto assim dessa ideia, mas eu sinto que você tem estado distante de mim e eu quero mudar isso. Eu quero te ajudar, quero ser sua confidente, mas se você continuar tão fechado assim eu não posso fazer nada. Então, por favor, me conte o que está acontecendo.
      Sinto um nó se formar na minha garganta. Ela tinha razão, eu estava distante, mas porque eu não conseguia contar a ela sobre El, eu não podia. Desço mais alguns degraus até ficar na mesma altura que ela e digo sério, olhando no fundo dos seus olhos:
      - Mãe, eu juro, não aconteceu nada, eu tô bem. Agora, por favor, não faça nada com aquela barraca, eu só te peço isso.
      Ela pareceu arrasada. Minha mãe sabia bem quando eu estava mentindo. Mas mesmo sabendo disso ela funga e seca os olhos, dizendo:
      - Tudo bem, Michael, mas ficar guardando esse sofrimento dentro do seu coração não está te fazendo bem.
      Pensei que ela fosse dizer mais alguma coisa, mas ela passa por mim e sobe as escadas. Minha mãe se vira para mim ao chegar no topo e me dá um último olhar carregado de dor. 
     Fico parado ali por alguns minutos, tentando processar o que acontecera. Em havia discutido com a minha mãe, havia erguido a voz para ela e agido como um idiota, sendo que ela só queria me ajudar. O nó em minha garganta retornara. Eu não queria mentir para minha mãe, nunca quis, mas eu não consigo simplesmente contar a ela tudo. Eu sabia que Brenner veio até minha casa e, provavelmente, contado sobre El e mexido com a cabeça dela. Nancy me dissera, dois dias depois que tudo aconteceu, que vira várias vans da companhia elétrica de Hawkins e carros pretos, semelhantes aos que pararam em frente à escola, na porta de casa. Então era mais que óbvio que aquele manipulador esteve aqui. Por isso eu não podia dizer nada a ela, eu não sabia se ela reagiria bem com isso. 
      Repiro fundo para tentar me acalmar e volto a arrumar os lençóis e edredons dentro do pequeno forte. Sorrio quando pego o walkie-talkie e me lembro que ficar fuçando naqueles botões para tentar conseguir algo era a maior diversão da El. Coloco-o novamente na entrada da cabana, finalizando meu trabalho, e ouço a campainha tocar e os passos abafados de minha mãe ir até a porta. Fico parado tentando distinguir as vozes das pessoas na porta, sem sucesso. Então decido simplesmente voltar a minha atenção à organização do porão, bisbilhotar as conversas dos outros era errado. 
      Eu pegava a caixa de Dungeons & Dragons para guardar quando minha mãe gritou do andar de cima:
      - Michael! Seus amigos estão aqui!
      Ergo as sobrancelhas. O que eles vieram fazer aqui? Pouso a caixa do jogo na mesa, subo os degraus, vou em direção à porta e lá estão eles.
      - O que fazem aqui? - pergunto, extremamente confuso. 
      - Viemos te levar para dar uma volta. - Dustin diz e eu franzo a testa. - De bicicleta. - ele para, analisando a frase. - Ah, você entendeu!
      - É, cara, você tava meio estranho no fim da aula. - Lucas diz. 
      Saio e fecho a porta, ciente de que minha mãe estava atenta a cada palavra que nós dizíamos.
      - Eu tô bem, pessoal, juro. 
      - Tá é?
      Lucas me analisa do mesmo jeito que minha mãe fez, alguns mintos atrás, com o cenho franzido, em sinal de que não estava convencido. Eu sabia que ele estava prestes a dizer alguma coisa que nos faria entrar em uma discussão e depois ficaríamos vários dias sem nos falar. Isso era bem a cara do Lucas, sempre desconfiado. E Will pareceu notar isso também, porque tentou quebrar o gelo, dizendo:
      - Ahn... Nós vamos ver se já chegou a HQ nova do Flash na loja! 
      - É, e depois vamos tomar milk-shake!. - todos encaramos Dustin. - Que foi? Eu tô com fome!
      - É, eu também.
      Bufo. Eu sabia que não seria tão fácil despistar os garotos como foi com minha mãe. Eles iriam saber que tem algo errado e saberiam o porque e não me deixariam em paz enquanto eu não dissesse o que era que me aborrecia. 
      Abro a porta novamente e grito para minha mãe:
      - Mãe! Eu e os garotos vamos sair um pouco! Tudo bem?
      Por um momento ela não responde, mas depois ouço sua voz, parecendo meio hesitante:
      - Claro, querido!
      - Você tem algum dinheiro aí?
      - Tem dez dólares ao lado dos casacos! E volte antes das seis!
      Entro novamente em casa e vou até onde os casacos estavam pendurados e na mesa ao lado havia uma nota surrada. Apanho-a e saio.
      - Vamos. - digo enquanto ergo minha bicicleta e me sento no selim. 
      Pedalo em direção à rua e ouço o som das correntes das bicicletas dos outros três atrás de mim.
      Era quase fim de tarde e o céu já havia adquirido uma coloração mais clara de azul com um leve tom amarelado. Crianças brincavam de pular corda ou fingiam ser super heróis como o Superman ou o Capitão América, enquanto suas mães conversavam distraída e animadamente. Pessoas caminhavam com seus respectivos cães e idosos voltavam do mercado carregando sacos de papelão contendo uma grande variedade de alimentos desde frutas a porcarias para seus netos ou crianças aleatórias. Todas aquelas pessoas eram diferentes entre si, mas todas compartilhavam um elo comum: todas tinhas vidas comuns e pacatas. Todas acordavam, tomavam café, trabalham ou estudavam, faziam algo relacionado ao lazer, jantavam, assistiam tevê e dormiam. 
      Eu queria ter uma vida assim, normal, e não uma vida de sofrência ou traumatizada. Queria ser só mais um garoto normal, estudando para ser um homem bem sucedido e com uma boa família. Eu queria ser alguém e não um idiota que lamenta pelo passado. 
      Meu olhar vagava pelas ruas e calçadas, observando tudo, quando algo no final da rua captura minha atenção, cortando minha linha de pensamento. Franzo a testa. Uma garota estava sentada na calçada com a cabeça entre os braços cruzados, apoiados nos joelhos. Eu via seus ombros tremerem e vez ou outra ela parecia limpar o nariz na manga blusa. E em uma dessas vezes eu vi que se tratava de Bill. Ela estava chorando.
      - Billie? - chamo ao me aproximar.
      A garota pareceu se assustar e seca rapidamente os olhos e o nariz.
      - Mike! Eu não imaginava que você estaria por aqui! - ela responde tentando parecer bem. 
      - Bem, eu moro aqui. Você tá bem?
      - O quê? Eu tô ótima. Não pareço bem para você? - ela solta uma risada nervosa. 
      - Hã... Não - Lucas entra na conversa. 
      Ela olha para o menino, parecendo zangada, e se levanta para se aproximar dele, olhando-o de cima a baixo.
      - Quem é você?
      - Ei, Bill, calma ele é meu amigo. O nome dele é Lucas. - digo tentando acalma-la. 
      Ela bufa e volta a se sentar. 
      - Porque você estava chorando? - Dustin pergunta. 
      - E isso interessa? - ela resmunga. 
      - Claro que sim, menina bonita não devia chorar. - ele diz nervoso. Me viro na direção do meu amigo e vejo suas bochechas ficarem rosadas assim como as de Bill, que pareceu relaxar um pouco com o comentário.
      - Nada. É só meu irmão. 
      Desço da bicicleta e me sento ao seu lado. Dustin corre para fazer o mesmo e se senta do outro lado. Will e Lucas continuam montados em suas bicicletas, nos olhando. 
      - O que ele fez? - pergunto. 
      - Ele se acha o dono da razão e quer sempre mandar em mim desde que... - ela para e encara o nada com o olhar vazio.
      - Desde que o quê? - Dustin questiona. 
      - Ah, não interessa, o que interessa é que ele é um tremendo idiota! Eu odeio ele! - ela solta um grunhido frustrado e cruza os braços, de cara amarrada.
       Penso em tentar pressiona-la para que ela nos contasse o que estava acontecendo, para ajudá-la, mas Bill rapidamente muda de assunto. 
      - E vocês? O que fazem aqui?
      - Nós vamos ver se encontramos a nova HQ do Flash! - Will diz, animado. 
      - Ah é?
      - E depois vamos tomar milk-shake! - Dustin completa. - Você podia vir com a gente. 
      - Mas vocês nem me conhecem.
      - E daí? Você pode nos contar. - Will continua. 
      - Contar o quê?
      - Sei lá, coisas sobre você.
      Ela bufa. 
      - Vocês não querem saber. 
      - Claro que sim! - digo. 
      - É seria legal. - Lucas diz, ainda não deixando a desconfiança de lado. 
      Por um minuto ela olhou para nós, estudando um a um, tentando encontrar algum sinal de que nós estávamos mentindo, me deixando um pouco desconfortável com a situação. Eu estava começando a ficar meio nervoso quando rosto da menina pareceu se iluminar e ela disse, se levantando e batendo palmas:
      - Então tá bom. Deixa eu pegar a minha bicicleta lá trás.
      Eu solto o ar dos meus pulmões, que eu não sabia que etava prendendo, e encaro meus amigos. Eles também pareciam aliviados que Bill tenha desistido de nos estudar de forma tão minuciosa. 
      Alguns minutos depois ela volta andando lado a lado com uma bela duma Chopper Mark I. 
      Meu queixo cai, assim como o dos garotos. 
      - Que foi? - Bill pergunta subindo no selim de sua bicicleta. 
      - Essa é... - Will balbucia. 
      - Uma Chopper? - Lucas completa. 
      - Essa lata-velha?
      - Essa coisa custa quase que todas as nossas juntas!
      - Isso só pode ser brincadeira - ela ri. - A gente acha isso aos montes e baratíssimo nos ferro-velhos lá na Califórnia. E vocês estão presos no passado, porque já lançou até a Mark II.
     - Mas...
      - Vamos logo, seus molengas, eu não tenho o dia todo. - ela diz começando a pedalar e nós vamos atrás da, possível, nova integrante do grupo dos "esquisitos de Hawkins".


Notas Finais


"O dia em que se perde alguém não é o pior. O pior são os dias que se passam e essa pessoa continua morta"
- O Doutor em Doctor Who S09EP11


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