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História Good Boy - Segunda Temporada - A pimenta me rendeu um jantar


Escrita por: MKimjin e kimiejeon

Notas do Autor


Ei amoraaas,
Nossa, está tarde, mas eu conseguiiiiii!!
Tenham uma ótima leitura!!

Capítulo 3 - A pimenta me rendeu um jantar


Fanfic / Fanfiction Good Boy - Segunda Temporada - A pimenta me rendeu um jantar

Estava sentado na lanchonete da faculdade tomando um suco de laranja e conversando com Kihyun sobre o fim das aulas, formatura, e todas essas coisas.

— No dia da formatura, vai ser um alívio, não vai? – Comentei.

— Kookie, depois que eu formar, eu vou correr por alguma avenida pelado.

— Credo. – Comecei a rir. – Visão do inferno.

— Você vai ver. Ainda mando o Wonho filmar e mostrar para vocês.

— Vai forçar o Wonho a ver isso? Coitado.

— Rum, sabe de nada, Kookie, Kookie. Sabe de nada... – Kihyun me olhou de um jeito perverso.

— Ok. Então manda ele filmar e ficar com o vídeo de presente.

— Posso correr pelado e de salto. Vou ter muitos views se eu fizer isso. – O mais velho disse, colocando o indicador sobre o lábio.

— Você é doente. – Brinquei.

— Você ainda não viu nada. – Ele sorriu e deu uma golada no suco. – Posso te perguntar uma coisa?

— Uhum.

— Por que o Taehyung não está aqui, mas não tirou os olhos de você a aula inteira?

— Porque nós brigamos e eu pedi um tempo.

— Opa. Complexo. – Ele deu outra golada. – Falando nele...

Olhei para trás e vi o loiro vindo para a lanchonete. Ele me encarava, mas quando eu o olhei, ele desviou os olhos e passou direto, indo para o balcão.

— Ele está com ciúmes. – O outro comentou.

— Como você sabe? – Kihyun levantou da cadeira, e eu pude ver o Tae olhando para nós.

— Porque ele ficou extremamente vermelho quando viu nós dois aqui. – Ele cochichou no meu ouvido e saiu andando.

Olhei de lado e vi meu hyung sentando sozinho para lanchar e confesso que isso me cortou o coração. Eu queria muito levantar dali e me sentar com ele, pedir desculpas por ter o colocado para fora da minha casa, dizer que o amava e que eu fui infantil em sentir ciúmes.

Mas aí, eu lembrei que ele guardou a carta, lembrei que ele escondeu de mim a existência dessa mulher, lembrei de como ele teve tempo para ir à festinha dela e não tinha tempo para mim...

Achei melhor eu sair dali. Eu não pretendia usar muito esse tempo, pensei em no máximo uma semana para esfriar a cabeça e evitar que eu fizesse alguma besteira de cabeça quente.

**

O resto do dia passou tranquilo, Taehyung ficou na sua sala e não apareceu lá em baixo nem uma vez.

Ele não me mandou mensagens, e-mails, não tentou falar comigo, e eu admirava muito isso nele. Eu pedi um tempo, e ele está dando esse tempo, está respeitando minha decisão e meu espaço.

Terça feira,

Tae só chegou perto de mim na faculdade, para me entregar um papel sobre a formatura, mas ele estava encarregado de entregar para todos, então, não foi nada de especial ele ter vindo até a mim.

Quarta feira,

Eram mais ou menos 15:00, quando recebi um email formal do Taehyung, me pedindo para ir até a sala dele.

Entrei naquele elevador tremendo e nervoso, o que será que ele queria?

Cheguei na recepção e a secretária já sabia que eu estava indo, então, ela nem ligou para o Tae para avisar que eu havia chegado.

— Oi. – Disse sem graça, quando eu abri a porta.

— Boa tarde, Jungkook.

— Boa tarde.

— Você está muito ocupado lá em baixo? – Ele falava sem tirar os olhos da tela do computador.

— Tenho coisa para fazer, mas não estou apertado. Por quê?

— Você pode me ajudar a fazer uma coisa?

— Bem... posso. O que seria?

— Olha... – Ele se levantou e pegou mais uma pilha de papéis numa mesinha que ficava no canto da sua sala. – Eu tenho que organizar isso aqui em pastas, do mesmo jeito que você fez, e tenho que entregar isso hoje. Você pode me ajudar?

— É sério isso?

— Sim. Me entregaram isso há uma hora e sozinho eu não vou conseguir.

— Sua secretária não pode fazer isso?

— Você pode me ajudar, ou não?

— Tá. Ajudo. – Andei para perto dele e puxei uma cadeira para me sentar do seu lado.— Gostou do porta retrato? – Perguntei sem pensar, quando vi o objeto sobre a mesa.

— Sim, obrigado. – O loiro não iria conversar comigo direito, então eu resolvi não ficar puxando assunto desnecessário e focar apenas no trabalho.

Começamos a ajeitar as coisas, e foi incrível o jeito que o trabalho fluía com nós dois fazendo isto juntos. Eu demorei muito para organizar tudo sozinho no fim de semana, e agora, já tínhamos passado da metade em uma hora de serviço.

— Vou pegar um café para nós. O que você quer? – Ele perguntou, enquanto pegava a carteira no bolso do casaco.

— Não precisa se preocupar com isso, eu estou bem. – Respondi.

Tae não falou mais nada, apenas se levantou e saiu da sala, me deixando ali sozinho.

Depois de um tempo, o loiro voltou para a sala, segurando uma sacola do Burger King e uma bandeja com dois refrigerantes de 500 ml.

— Deixe isto aí um pouco e vamos comer. – Ele disse sério.

— Eu te falei que não precisava se preocupar comigo.

— Eu não estou pedindo para você comer, eu estou mandando você comer.

— Você está brincando, né? – O encarei incrédulo.

— Não. Já tem muito tempo que você está trabalhando aqui e precisa comer alguma coisa. – Ele me entregou um refrigerante. – Além do mais, eu prometi para sua mãe que cuidaria de você enquanto ela estivesse fora.

— Hum, obrigado. – Peguei o refrigerante e um dos sanduíches que tinha na sacola.

— Tem um molho aí dentro. Eles disseram que era novo eu peguei para experimentar.

— Esse aqui? – Perguntei, quando tirei um sachê vermelho de dentro do saco.

— É. Deve ser bom. Me dê um. – Ele pediu.

Espremi o sachê e coloquei o molho todo no meu sanduíche, logo dando uma mordida.

— Puta que pariu. – Xinguei.

— O que foi?

— Isso é pimenta pura. Nossa. – Eu sempre fui sensível para pimentas, então, meus olhos já começaram a jorrar água.

— Jungkook, toma refrigerante. – Tae veio desesperado para perto de mim e me entregou seu próprio copo.

Comecei a tossir e a ficar com falta de ar.

— Jungkook, pelo amor de Deus, toma esse refrigerante.

— C-calma. – Eu tentava puxar o ar para dentro dos meus pulmões e quanto mais eu fazia isso, mais minha garganta ardia e eu tossia. – N-não c-consigo res-respi-rar.

— Kookie, tenta tomar alguma coisa. Ai meu Deus.. Jungkook. – Ele se levantou e me puxou junto. – Jeon?

— P-para de me s-sacudir. – Eu só conseguia sussurrar e chorar.

— O que eu faço? Eu não sei o que eu faço. — Ele bagunçava os cabelos e soprava meu rosto, na intenção de me ajudar a respirar.

Abaixei minha mão e peguei meu copo, dando goladas fortes no refrigerante gelado, tal ato, diminuiu um pouco a ardência na minha garganta.

— Está conseguindo respirar? – Taehyung me perguntou já com os olhos marejados.

— Sim. – Respondi simples e tossi mais algumas vezes.

— Droga, Jungkook. Por que não bebeu isso antes?

— P-porque eu ia engasgar, seu inteligente.  — Disse arfando.

— Você quase me matou de susto. Por favor, quando for comer algo novo, experimente antes. Seu lerdo.

— Eu fui experimentar.

— Colocando todo o conteúdo do sachê no sanduíche? – Ele quase gritava.

— Está tudo bem, Taehyung. Pode parar de me xingar. — Reclamei, enquanto me escorava na beirada da sua mesa.

— Tudo bem? Você quase morreu aqui na minha sala. Jungkook, eu quero te b-a-t-e-r. – Ele disse essa última parte entredentes e me deu um tanto de soquinho no ombro.

— Ai, já entendi.

— Jungkook, eu estou com ódio de você, Jungkook.

— Para de falar meu nome com tanta frequência. – Brinquei e sorri.

— Você está rindo de que?

— De você dando piti, e olha que fui eu quem engasgou. Por que está com ódio de mim?

— Porque... porque... aaah você sabe. Essa coisa toda aí e você rindo e você engasgando e chorando e eu não conseguia fazer nada e... – Ele deu uma pausa e deixou uma lágrima escorrer pelo olho esquerdo. – E eu aqui como sempre sendo o idiota que só entra em desespero e chora, ao invés de fazer algo por você. – O loiro começou a chorar de verdade agora, mas foi um choro silencioso, que só tinha algumas fungadas e as lágrimas descendo dos seus olhos. – Olha, me perdoe por tudo. Eu nunca quis deixar você em segundo plano, eu nunca achei que falar da Chaelin fosse importante, porque ela não é importante para mim, eu guardei a carta, porque eu ia respondê-la, e ia dizer que ela poderia vir no Natal, para aproveitar e conhecer meu namorado, conhecer minha nova família... Todas essas vezes que eu viajei, eu fiquei pensando em como seria se você estivesse comigo. Eu sei que me afastei de você, mas eu estou tão cansado, é trabalho, é faculdade, é pressão dos meus pais e eu tenho medo de acabar brigando com você por uma coisa que você não tem culpa. Mas aí, eu faço a escolha errada e estou prestes a te perder. – Meu hyung passou os braços sobre a barriga, como se estivesse se abraçando.

— Taehyung? – Tentei me aproximar, mas ele levou as mãos para o rosto, limpou as lágrimas e depois as balançou no ar.

— Desculpa. Por favor, desculpa. Não fica bravo comigo por causa disso. Eu sei que só devo falar de trabalho com você.

— Taehyung? – Chamei mais uma vez.

— Eu vou sair para comprar outra coisa para você comer. O que você quer?

— Eu quero que você me escute.

— Jungkook, você precisa comer.

— Conversa comigo?

— Esquece esse assunto, Kookie? Finge que eu não falei nada à respeito. – Dessa vez, ele se aproximou e pela primeira vez no dia, ele olhou nos meus olhos.

— Você estava com tudo isso engasgado, não estava? – Perguntei.

— Sim. – Ele suspirou. — Foi um alívio colocar tudo para fora. Mas eu sei que fiz errado e sei que você não queria conversar comigo. Então, por favor, me perdoe.

— Desculpa por não te deixar explicar. Eu agi por impulso, mas eu estou tentando evitar que eu faça alguma merda com nós dois.

— Eu sei, está tudo bem. – Ele sorriu de lado.

— Vem cá. – Puxei o pulso dele e o envolvi num abraço apertado, enquanto afagava seus cabelos macios e cheirosos.

— Jungkook?

— Oi?

— Posso te perguntar uma coisa?

— Pode.

— Você ainda me ama? Ou eu estraguei tudo e já te perdi? – Ele perguntou essa última parte aos sussurros.

— Eu te amo. Eu sempre vou te amar. – Puxei de leve seus cabelos da nuca. — Mas eu preciso de um tempo. Eu fiquei muito abalado com essas coisas e sei lá... Eu tive um ataque de ciúmes, e preciso me controlar para isso não se repetir.

— Eu ainda estou proibido de falar com você sobre coisas que não sejam do trabalho?

— Não. Só não me force a falar sobre nossos problemas.

— Então eu posso te convidar para ir num restaurante hoje? Preciso me redimir por esse sanduíche horrível que eu te dei. – Ele perguntou, ainda abraçado comigo. – Nós podemos conversar sobre coisas aleatórias. Além do mais, te devo vários jantares.

— Tudo bem. Podemos jantar juntos hoje. – Me afastei, olhei nos seus olhos e sorri.

— Obrigado. – Ele afagou meu rosto e eu lhe dei um beijo na bochecha.

— Vamos acabar com tudo isso aqui, se não, teremos que ficar até depois do horário. – Brinquei e desencostei da mesa, trazendo o loiro para perto de mim, para voltarmos ao trabalho.

 


Notas Finais


Gente, pimenta, eu juro que não exagerei! Quando eu como pimenta, eu passo por uma situação semelhante! Não consigo comer pimenta nem que seja da mais fraca kkkkkk
Então, gostaram? Deixem suas opiniões!
Beijinhos e até mais! <3


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