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História Gravity - Try harder or walk away?


Escrita por: coldnyoongi

Notas do Autor


Oiee
Hoje não tem muita enrolação aqui, apenas espero que gostem desse capítulo.
Até lá embaixo :)

Capítulo 4 - Try harder or walk away?


3.

“Jersey just got colder and
I'll have you know I'm scared to death
That everything that you had said to me was just
A lie until you left
Now I'm hoping just a little bit stronger
Hold me up just a little bit longer
I'll be fine, I swear
I'm just gone beyond repair”

  -Jersey, Mayday Parade

 

Era sexta-feira. Haley estava deitada em sua cama, a TV estava ligada, apesar de não receber nenhuma atenção. Na noite passada ela havia iniciado a leitura de um livro de ficção científica. Algo juvenil e que tinha bastante humor, mas não tinha certeza se era uma leitura que a agradasse já que não era muito fã de fantasias ou ficções muito surreais. Ela detestava essa sua característica, mas tinha uma afixação pela realidade e pelas coisas que mais se aproximavam a ela.
  Pegou o celular e checou as horas: 19h38min. Àquele horário, suas amigas já estariam se aprontando para a festa de Fred Bennet. Ninguém estava esperando muito daquela festa na realidade, mas por alguma razão todos estavam marcando presença. Para Sophie, era só mais uma forma de tentar se adaptar ao estilo de vida de solteiro da maioria, pois ela mesma não era muito fã da bebedeira ou da euforia por pegação do ensino médio. Jasmine não recusava nenhuma festa, apesar de sempre dar preferência para as que envolviam universitários ou boates do centro da cidade: para ela, festas de ensino médio eram festas de criança. Haley nunca tinha falado com Fred, mas ele não tinha nenhum tipo de reputação, boa ou ruim, e isso era um indicador de que ele era provavelmente um cara legal. O motivo da festa era desconhecido ainda, mas era provavelmente uma forma de causar uma boa impressão, ou uma tentativa de se inserir de um jeito legal. Haley não tinha certeza se iria ainda. Queria estar lá para prestar suporte a Sophie, pois sabia que Jasmine desistiria disso em pouco tempo caso encontrasse algum cara mais velho que a desse mole. Além disso, sempre tinha certa curiosidade para os acontecimentos dramáticos dessas festas. Mas como Sophie, ela também não era fortemente atraída para esse tipo de reunião.
  Seu telefone tocou. Era Matt. Ela fechou o livro e o deixou ao lado do seu corpo.
  — Não me diga que já está bêbado e precisa da minha ajuda para se livrar do corpo da pessoa que você atropelou sem querer na estrada?
  — Cedo demais? — ele perguntou, fazendo-a rir — Você está vindo?
  — Não tenho certeza ainda. — falou, se acomodando melhor na cama.
  — O Gunter está indo. A Sophie também. Vai mesmo perder isso?
  — Hum. — Haley pensou — Realmente, é tentador.
  — Vai ser legal.
  — Com legal você quer dizer destrutivo. 
  — Exatamente! Vamos, Haley!

  — Acho que vou. — concluiu — Mas devo chegar um pouco mais tarde.

  — Ótimo! Já estou fazendo as apostas. – ele disse, animado.

  — Até mais, Matt. – ela riu e eles desligaram.

***

  Ashton parou o carro nos fundos da casa de Fred. Eles já haviam estado ali antes, é claro, mas sempre se impressionavam com o tamanho. Não chegava a ser a casa mais luxuosa daquele bairro de classe alta, mas era extremamente espaçosa. Ainda faltavam 20 minutos para o tempo marcado como o inicio da festa e os garotos andavam em direção à porta da grande casa de estilo vitoriano, com seus instrumentos nas costas.

  — Eu juro para vocês. — Calum dizia, impressionado — Ela me perguntou de qual parte da Ásia eu era, cara. Que diabos?

  — Calum, — Luke botou a mão no ombro do amigo — vocês está mesmo puto com uma garotinha de oito anos porque ela acha que você é asiático?

  — Eu nem me pareço com um... — ele dizia, enquanto os outros riam.

  — Se eu fosse você, estaria me sentindo uma merda, mas por essa garota saber onde é a Ásia e eu não. — Michael disse.

   Luke estava se sentindo empolgado para tocar naquela noite, assim como os outros, mas é claro que algo o afligia. Sam disse que viria e ele não sabia bem o que esperar disso. Os últimos dias tinham sido meio tortuosos quanto ao relacionamento deles. Era como se de repente tudo que costumava ser límpido e quente tivesse congelado. Até doía um pouco pensar numa razão para aquilo. Eram tiros no escuro. Parecia que ele estava tentando alcançá-la, mas ela não queria mais ser pega por ele, o que tornava aquilo ainda mais difícil.

  Fred abriu a porta.

  — Caras! Que bom que chegaram! – ele disse parecendo apressado, mas animado. – Entrem!

  Fred era um cara alto de cabelo castanho claro cacheado. Apesar de ser de uma família rica, ele não se enquadrava no perfil dos seus vizinhos e colegas de mesma conta bancaria, mas era o tipo de cara que era amigo de todo mundo, sem nenhuma outra razão a não ser porque era realmente legal.

  Os garotos o cumprimentaram, entrando na casa que não havia nenhuma decoração extravagante ou exagerada. Apenas era uma casa normal que se preparava para receber uma quantidade considerável de adolescentes e seus anseios de festa. Fred indicou um lugar na grande sala para que montassem seus equipamentos necessários.

  — Acho que aqui vai ser um bom lugar, porque mantêm as pessoas longe do meu closet. — ele disse — Se importam em fazerem isso sozinhos? Tenho que descobrir o que aconteceu com o cara que vai trazer os barris de cerveja.

  — Claro, cara. — Michael falou por todos. Fred se virou e correu em direção à cozinha.

 Eles trocaram algumas risadas, enquanto ajeitavam seus instrumentos e toda a configuração do som.

  Haley havia trocado de roupa. Deixava para trás as calças largas estilo skatista, que costumava usar apenas em casa ou em ocasiões que demandavam pouca produção. A festa de Fred Bennet podia ser considerada por ela mais uma dessas, mas preferia se adaptar aquela noite. Vestiu-se com uma camiseta cinza do Led Zeppelin, que costumava usar quando não estava com muita criatividade para pensar no seu visual, um jeans escuro e calçou botas pretas de cano baixo. Não esperava muito daquela ocasião, talvez não esperasse nada. Sabia bem como as coisas aconteciam e como funcionavam os garotos da sua idade então sabia que provavelmente passaria a noite conversando com algum amigo sóbrio enquanto todos os outros ficavam bêbados ou apaixonados. Deu de ombros ao analisar sua aparência final e saiu do quarto, pegando seu celular e as chaves do carro. Assim que abriu a porta, pode ouvir uma conversa escandalosa e risonha no andar debaixo. Parou um tempo para ouvir.

  — Ah! Oh! Que fantástico! – era a voz de Margaret, sua madrasta. Provavelmente, tinham visitas já que a mulher em questão não costumava soar tão empolgada quando estava sozinha com o pai de Haley – Sabe, nós fomos para Paris ano passado. Foi um pouco rápido, mas mesmo assim...

  Era como se todas as frases que saiam da boca dela viessem seguidas de uma exclamação. Haley rolou os olhos, respirou fundo e desceu os degraus da escada. Sentia que passar pelas pessoas na sua sala era agora mais um obstáculo que devia fazê-la desistir de ir até aquela festa, mas já era tarde demais. “Deve ser um aviso do universo”. Tentou pisar com cuidado e por sorte não ser notada, mas todos aqueles estranhos da alta classe estavam reunidos bem ali em sua sala de estar e não conseguiria chegar até a porta sem passar por eles. Sentiu um nó na garganta. Forçou um sorriso.

  — Boa noite, pessoal. – ela disse, num tom baixo.

  — Haley! – a voz escandalosa de Margaret a anunciou de uma vez por todas. A mulher segurava um copo de uísque, usava um vestido de estampa florida marrom que combinava com os brincos de perolas. Suas bochechas se repuxavam quando ela sorria, denunciando o botox feito há um ano – Vai sair, querida?

  — Pois é, tenho uma festa. – Haley disse, passando a mão nos cabelos, e abaixando seu olhar, tímida com todos aqueles olhos que estavam fixos sobre ela.

  — Uauuu! – o mesmo tom de anunciante de vendas. A garota olhou para o pai, pouco atrás com uma taça de vinho. Tinha o olhar cansado e parecia deixar Margaret falar por ele, sempre – Tenha juízo, hein! – a mulher olhou para seus convidados, como se aquilo fosse seu pequeno show – Ela já está naquela idade!

  — Eu já vou. – tentou sair daquela situação constrangedora – Boa noite. – passou pelo pai e beijou sua bochecha.

  — Não volte antes da meia noite! – a mulher riu.

 

  Quando fechou a porta da frente da casa sentiu um alivio. Sentia que Margaret tinha o estereótipo daquelas tias distantes, que você apenas vê no Natal, e é quando elas aproveitam para fazer observações constrangedoras, a respeito do quanto cresceu no tempo em que não se viram, ou perguntas sobre namorados. Mas Margaret fazia um papel de madrasta, então era como se essas situações se repetissem num loop infinito. Mais uma vez, Haley estava feliz por estar fora de casa, e notava como isso poderia soar triste, se não fosse tão bom, na verdade.


Notas Finais


Pessoal, acho que vou conseguir manter o padrão de dois capítulos por semana: um na quarta e outro no sábado, yayy.
Falando nisso, preciso da opinião de vocês. Os dois próximos capítulos, foram escritos separadamente, mas se tratam da continuação desse daí. Então, estava pensado que para não ficar uma enrolação muito grande, poderia juntá-los em um só, num capitulo de quase 4mil palavras. Mas apenas se vocês preferirem assim... Me digam o que preferem e obrigada pela leitura <3


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