P.O.V Lydia
Eu e Louise estávamos deitadas na minha cama, ela tinha vestido um pijama de patinhas, igual ao meu, mas o dela era de panda.
Costumávamos usar muito esses pijamas em Londres, às vezes, até saíamos com eles. Sim, somos completamente piradas. Mas, às vezes, o clima gélido, nos fazia fazer essas coisas. Só que, diferente do que todos pensam, Londres não é só neve, frio, realeza, London Eye, Harry Potter... Londres é muito mais que isso, é história, é cultura, é uma linda cidade, e muito mais.
Assistíamos Grey's Anatomy, pela milésima vez em nossas vidas, e ríamos com a Yang, depois choravamos por cada morte.
Matar o Derek, foi de longe a pior coisa que Shonda fez para Grey's. Ela é uma roteirista incrível, criou séries que eu amo, mas mata todo mundo que eu gosto...
Assistir séries me distraia, mas algo sempre me lembrava dele. Não sei o que, talvez o jeito de Derek e Meredith, os momentos bonitos, quando brigavam, o post it. De certa forma, essas coisas faziam minha mente ligar seu nome à essas coisas. Eu pensava em nós dois passando por tudo aquilo.
Estávamos nos últimos episódios da décima primeira temporada, depois que os dois carros se chocam e Derek vai ajudar eles. Derek falando sobre quando beijou Meredith pela primeira vez, as lágrimas já rolavam pelo meu rosto, Louise estava segurando as mesmas. O jeito que Patrick fazia, como ele interpretou Derek por anos, fazia tudo ficar pior.
Ocelular tocava, e lá vinha o caminhão.
Adeus, Derek.
Eu e Louise já choravamos juntas, aquele episódio era torturante para qualquer fã. Nos acabávamos em lágrimas, até que a porta se abriu, revelando Taylor e Matthew.
Eles entraram, tracaram a porta, coisa que eu e Louise não fizemos, e como bons folgados que são, jogaram-se na cama. Matt e Taylor nos abraçaram.
-O que foi, unicórnia? - Falou Matt, enchugando minhas lágrimas, com o braço livre, o outro braço estava nos ombros de Louise. Se Nash visse aquilo, ficaria irritado, e morrendo de ciúmes. Por dentro, é claro. Nunca admitiria em voz alta, mas ele amava ela.
-Nada. Ainda tem bolo? - Perguntei, eles vieram me avisar que tinha bolo de manhã e eu recusei.
-Tem. Não sei como, talvez seja um milagre natalino atrasado.
-Ou é porque o aniversário da Louise está chegando, e isso fez um milagre acontecer. - Falei, e fui atrás do meu bolo. Esperando não encontrar pessoas que eu não desejava ver, mas como sabemos, existe uma verdade absoluta nesse universo:
Lydia Grier não tem sorte, na verdade, Lydia Grier é a personificação da Lei de Murphy.
Cameron jogava o restante do bolo de chocolate que seu prato no lixo. Eu só pensei em como eu poderia ser o bolo. Eu devia proibir ele de passar perto de mim. Deus, porque ele me roubou um beijo e me deixou assim, esperando, pensando e fantasiando sobre algo que definitivamente não vai acontecer?!
Eu sairia da cozinha, até tentei, mas ele me viu e me segurou, me puxando para perto. Nossos corpos estavam perigosamente próximos, assim como nossos rostos, e eu fique em êxtase pelo cheiro dele, era como se eu tivesse sido anestesiada, minhas pernas ficavam levemente bambas e eu travava. Mas, naquele momento eu só olhei para seus olhos e senti raiva.
-O que você quer, Dallas? Melhor não responda, eu posso fazer isso! - Falei, empurrando-o, e me soltando dele.- Você vai fazer a mesma coisa que fez com esse bolo. Vai me usar, e depois me descartar.
-Lydia, e-eu...
-Quem gagueja, não tem nenhuma moral, Alexander. E você já perdeu a que tinha comigo. Mas sabe a verdade, Cameron? Eu não sou a droga de um bolo. Não me trate como um. - Falei e sai de lá o mais rápido o possível, entrei no meu quarto, e me joguei em cima dos três seres assistindo tv.
Dei uma desculpa qualquer sobre o bolo e pedi para colocarem um filme qualquer.
Eu não sou apenas um pedaço de bolo, não tenho cobertura ou enfeites. Então, pare de me tratar como se eu fosse a droga de um bolo.
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