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História Guided Forth Anew (Fanfic Larry Stylinson) - A Task


Escrita por: PrimmadonaGirl

Notas do Autor


Deixem aquele votinho ou comentário maroto, se estiverem gostando! :) x

Capítulo 3 - A Task


Fanfic / Fanfiction Guided Forth Anew (Fanfic Larry Stylinson) - A Task

Ao entrar pelos portões do castelo de Baron, Harry instantaneamente se sente em casa. Não é pelo fato do piso do piso de mármore abraçar os seus pés – por mais que não fosse muito confortável de pisar no mesmo. A coisa é que Harry cresceu ali: é a única coisa concreta sobre as raízes de sua vida, e ele sabe que nunca se sentiria tão bem-vindo em outro lugar que não fosse Baron.

Era lá que estava Louis, Ed e Zayn, afinal.

O barulho do portão de madeira ressona pelo ambiente, e logo Justin, um soldado e amigo de Harry, aparece para acompanhar o amigo até a sala do trono.

— Ah, então o jovem Lorde retorna de sua jornada triunfante! — O homem de cabelos castanhos quase loiros diz, abrindo um sorriso orgulhoso. — Você conseguiu pegar o Cristal de Mysidia, não conseguiu? Tenho toda certeza que sim.

— O Cristal é nosso. Mas os Mysidianos – eles não levantaram nem um dedo para se defender de nós. — Harry suspira, lembrando-se da cena. Se sentia imensamente culpado, mas o que podia fazer sobre tal situação? Exatamente. Nada.

— Eles fizeram a escolha certa. — Justin coloca a mão no ombro de Harry em um gesto de conforto. — Só bobos ousariam se opor a Nossa Majestade. E por falar no mesmo, temos que ir: não podemos deixá-lo esperando.

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— Um momento, meu Lorde. — Justin diz, logo se virando e entrando na sala a sua frente.

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Já na sala Real, o Rei descansa sentado em seu trono, com soldados de prontidão ao seu lado.

— Sua Majestade, sinto em dizer que a fé do nosso Lorde Harry em você começou a desaparecer como poeira no ar. — Como no jardim de infância, Drew é o primeiro a apontar e dedurar os outros.

— É mesmo? De fato. — Simon, o Rei, pronuncia, com nenhum pingo de hesitação e nem medo presente em seu tom de voz. — Seu valor e fidelidade mais uma vez são provados, Capitão Drew. Mas o Cristal é a única coisa que me importa aqui: diga a Harry que ele está autorizado a entrar.

— Como quiser.

— Lorde Harry, Sua Majestade o chama! — Capitão Drew exclama.

Os portões da grande e espaçosa sala logo são abertos novamente pelos Soldados. Harry é uma figura alta e de cabelos castanhos longos trajando uma armadura escura no meio de toda aquela gente, logo se pondo a ajoelhar-se em reverência ao Rei.

— O Reino de Baron aguardava a sua volta, Lorde Harry. — O Rei diz com falsa simpatia. — Creio que você conseguiu me trazer o cristal, estou certo?

— Sim, eu o consegui, Sua Majestade.

O corpo desjeitoso do Cavaleiro se levanta mais uma vez, andando calmamente até pairar em frente ao Capitão Drew. Os olhos do outro transmitem algo que Harry não consegue identificar, e, enquanto ele entrega a peça cristalina nas mãos do Soldado, ele realmente não sabe se aquela é a coisa certa a se fazer. 

Mas aquilo fazia parte de seu emprego. E já era tarde demais. 

Então por que aquilo parecia tão errado?

O militante vira as costas para o amigo de infância, logo entregando o Cristal nas mãos estendidas e estranhamente suadas do Monarca.

— Sim, ele é genuíno, Sua Majestade. — Drew confirma as dúvidas silenciosas de Simon, observando o semblante impassível do outro.

— Então é isso mesmo! — Cowell solta uma gargalhada alta de pura satisfação, acariciando a pedra com seus dedos cheios de cicatrizes e histórias para contar. — Veja como o seu brilho é lindo!

— Isso é tudo, Lorde Harry. — Cowell continua, rude como sempre. Não era como se ser Rei te desse o direito de ser uma pessoa arrogante, certo? Afinal, nem sempre o Rei fora assim, então o que havia acontecido? Ele havia mudado muito durante os últimos tempos... — Você está dispensado por agora.

Virando-se para sair da sala, Harry sabe que apenas teria que dar mais um passo para tudo terminar ali. Sem problemas, sem desconfianças e sem horas extras. Mas, por mais que ele queira se esquecer de tudo e fingir que nada aconteceu, não consegue; porque, afinal, o que ele diria para o resto dos soldados quando os visse outra vez? Eles tinham total confiança nele. O que ele faria? Continuaria contando mentiras e fazendo discursos com palavras vazias que nem ele mesmo conseguia mais acreditar?

Chega de brincar de pique-esconde, Harry decide.

Ele se vira de novo, sabendo no fundo de sua alma que ele acabaria se arrependendo daquilo momentos depois. Solta um suspiro alto, abrindo a boca para proferir as seguintes palavras em um tom hesitante:

— Sua Majestade...!

Os olhos do Monarca se desviam da pedra para o verde cristalino de Harry, imediatamente os semicerrando em pura confusão.

— Temos algum assunto para tratar de que eu não esteja ciente?

— Nossa Majestade te dispensou, Lorde Harry, e mesmo assim você insiste em perturba-lo mais do que já faz? — É a vez de Drew perguntar, se aproximando da cena.

Harry sabe que seu amigo só está fazendo aquilo porque essas são as ordens. Ele sabe, é óbvio – ou pelo menos é nisso em que ele quer acreditar.

— Eu sei que isso não é da minha conta, Sua Majestade, e por isso peço que você consiga me perdoar por tamanha indiscreteza de minha parte. — Harry pausa, com seu coração batendo tão rápido em seu peito que ele jura que os outros conseguem escutar, tamanho seu nervosismo. — Mas por que você está fazendo tudo isso? Seus métodos não são os mesmos de antes, está tudo tão diferente... O coração dos meus soldados está ficando mais pesado, tamanha apreensão.

— E o seu também, posso afirmar? — O Rei rebate.

— Não, Sua Majestade, você sabe que eu nunca iria duvid-

— Você acha que pode me fazer de bobo, Harry? — Simon se levanta furioso, olhando profundamente nos olhos do Lorde. Você realmente acha que os seus sussurros traiçoeiros tem escapado os meus ouvidos? Depois de tudo que eu fiz por você... é assim que você me recompensa.

— É com infelicidade que digo que não posso colocar mais a minha confiança em você, já que não recebo nenhuma em retorno. A partir de agora, você não é mais o Capitão das Red Wings.

Porra. Caralho. Merda.

Harry estava certo: ele definitivamente estava se arrependendo por ter abrido a boca.

— Meu Suserano! — O Lorde exclama com a respiração já descompassada, rezando para todas as criaturas mágicas que conhecia ou que já havia ouvido falar para o Rei mudar de opinião.

— Você irá para o Vale de Mist. — Simon continua, sem se intimidar pelos pedidos de misericórdia vindos de Harry. — Eu tenho uma tarefa para você. Há uma criatura assombrando os arredores daquela terra – o Eidolon de Mist. Você vai matá-lo, e depois entregará este anel que estou te dando para a vila que há mais além do vale — eles saberão qual o significado do mesmo. Você sairá ao primeiro raio de sol de amanhã.

— Sua Majestade! — Outra voz se faz presente: uma que o homem de cabelos longos conhece muito bem. O som de botas pesadas clicando contra o chão aumentam consideravelmente nos seguintes segundos, até que de repente o ruído para, e então, um Dragoon trajando uma armadura azul também se faz presente na sala do trono.

— Eu imploro, meu suserano, reconsidere a sua decisão! Você sabe que Harry jamais trairia a tua confiança! — Zayn balança a cabeça em negação, como se para provar seu ponto.

Mas é claro que não adiantaria. O Rei havia se tornado estranhamente impassível nos últimos meses.

— Ah, Capitão Jawadd! — Simon exclama, abrindo um sorriso quadrado e cheio de escárnio. — Eu não sabia que isso também era da sua conta. Mas já que você quer tanto proteger o seu amigo, deixe que sua lança acompanhe a espada dele em sua jornada.

— Mas Senhor!

— Eu não tenho mais nada a adicionar. Peguem este anel e vão embora, enquanto ainda estou de bom humor!

Há uma movimentação brusca entre os poucos Soldados presentes, e então, uma pequena caixa de madeira escura e nobre aparece nas mãos de Capitão Drew. Ele retira algo do objeto retangular, o entregando nas mãos de Harry, com nenhum sinal de arrependimento em seus traços. 

Mas Harry também não possuía aquele sentimento pulsando em suas veias. Sim, ele pode ter perdido o seu emprego, e o mesmo era um cargo que ele adorava exercer; porém, ele não ficaria se lamentando, e muito menos bancaria o covarde e se recusaria a ir.

Ele tem que ter coragem e ser forte. 

E ele vai ser.

Harry e Zayn logo são escortados por dois Soldados para fora da sala do trono, onde o homem de olhos verdes logo se apressa para se desvencilhar do aperto dos homens sobre si. Há uma breve troca de xingamentos entre os quatro, e então, quando os militantes finalmente vão embora, é aí que Harry se deixa desmoronar.

— Zayn, me desculpe. Eu não queria te enfiar nessa, de verdade.

— Por que eu tenho que te perdoar? — Zayn vira a cabeça para o lado, confuso. — A coisa aqui é bem simples: mataremos esse Eidolon e tudo será esquecido. Você será reposto em sua posição na Red Wings antes que consiga piscar.

— É que eu não treinei com a minha espada para roubar inocentes. Eu o fiz porque a Nossa Majestade pediu, sabe?

— E você sabe que não pode se culpar por ordens que recebeu, certo? Ordens são ordens. O Nosso Rei devia ter suas razões, disso eu estou certo.

Harry suspira. Parece que ele realmente está exagerando.

— Eu queria conseguir pensar desse jeito...

— Você deve estar cansado por ter voltado de Mysidia ainda pouco, não? Deixe os preparativos de amanhã comigo: vá descansar um pouco.

X

Harry caminha lentamente pelos corredores do castelo, a caminho de seu quarto. Ele passa as suas mãos pelos detalhes entalhados nas paredes de pedra, cheias de história para contar. Tenta memorizar o máximo que pode daquele lugar, já que pode ser a sua últ-

— Olha, olha, olha! Veja quem está em casa!

Uma voz soa um pouco acima de sua cabeça, em uma das varandas arquitetônicas do castelo.

Harry dá um sorriso pequeno, porém realmente sincero. Como é bom ouvir aquela voz.

— O Louis tem ficado preocupadíssimo com você, Harry. Faça aquele garoto chorar e você terá que responder por isso, ouviu bem? Por falar em amores, como estão os meus bebês? Você não queimou as enginas, certo? As pessoas tem que aprender a tratar esses dirigíveis com mais respeito! Ei... — Há uma pausa no monólogo do ruivo. — por que essa cara?

— Ed... Eu, Hm...

— Desembucha, Harry.

— Eufuidemitido. — O homem de olhos verdes fala tudo muito rápido, e Ed tem que reformular a resposta na sua cabeça para finalmente conseguir entender o que lhe foi dito.

— O quê?!

Os dois homens se sentam em um dos bancos próximos dali, onde Harry tenta ser o mais breve possível sobre os acontecimentos do dia, começando pelo questionamento dos soldados.

— E ele está te mandando caçar Eidolons agora?! — Ed de repente abaixa o seu tom de voz, como se o que fosse falar é um grande segredo. — Eu não sei o que aconteceu com a Sua Majestade, mas as pessoas da cidade já estão a especular: sussurros vem e vão, todos estão preocupados. Você acredita que ele pediu para eu construir um dirigível com mais armas de fogo? No que ele está pensando? — Uma expressão inconformada cobre o rosto do ruivo. — Eu não vou incentivar guerra nenhuma.

Depois de um tempo, a noite cai, com Harry e Ed logo se despedindo. Edward, partindo para a cozinha dos serventes, afim de se encontrar com alguns amigos mecânicos, e Harry, a caminho da Torre alta e majestosa que o levaria ao seu quarto.



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