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História "Hard Times" Jikook (HIATUS) - Three


Escrita por: Park_Tabathata

Notas do Autor


Boa leitura bbs <3
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Capítulo 4 - Three


Fanfic / Fanfiction "Hard Times" Jikook (HIATUS) - Three

No capítulo anterior...

"Eu vou ser sincero, eu gostei muito deste psicólogo. Ele é legal comigo, parece que não sente pena de mim  — e eu não gosto que sentem pena de mim, gosto que realmente se importam comigo — e outra que ele tem quase a minha idade, então ele me entende mais. Não podemos ignorar o fato de ele ser muito bonito também."

Aquele garoto: eu o conheci quando ainda nem era um psicólogo oficialmente... eu tinha somente 13 anos quando ajudava sua mãe. Mas como ele cresceu! Eu pareço até um idoso falando isso, né?

Aí você me pergunta: "se você não era psicólogo nem oficialmente, então como você conheceu a mãe de Jimin?" É, pois é! É uma longa história... mas eu conto para vocês.

FlashBack ON

Estava caminhando tranquilo ao destino de um café que ficava próximo. Quando cheguei na porta do café, passou uma moça esbarrando em mim, correndo, adentrando no local e me pedindo desculpas. Eu percebi que sua voz estava embargada e que sua cabeça estava abaixada, então resolvi ir atrás dela. Sentei na mesma mesa que ela, onde estava soluçando de tanto chorar de bruços na mesa.

 — Oi, moça! — digo com a minha voz de anjinho que sempre tive. — Aconteceu algo? Eu poderia te ajudar? — pergunto preocupado.

— Criança, o que está fazendo aqui sozinha? Vá para casa, vá! — diz gentilmente limpando suas lágrimas e levantando sua cabeça. Eu não sei porque, mas sentia confiança naquela mulher.

— Eu não tenho casa, moça, nem família. — digo normalmente segurando suas mãos.

— Pobrezinho... — diz baixinho fitando nossas mãos e fungando.

— Não! Não tenha pena de mim! Não gosto que tenham pena de mim... — digo desviando o olhar.

— Quantos anos você tem, garotinho? — me pergunta com o olhar triste.

— 13, e você, moça? — pergunto de volta.

— Eu tenho 32. — responde terminando de limpar suas lágrimas e dando uma última fungada.

— Por que você estava chorando, moça? Eu queria te ajudar. — digo olhando fundo nos seus olhos.

— No que um garotinho de 13 anos pode me ajudar? — pergunta tirando os cabelos do rosto.

— Eu posso te ajudar em muita coisa... eu vejo a sinceridade e a esperança em seus olhos. Você espera que tudo dê certo, mas ao mesmo tempo é pessimista, pensa que não vai conseguir o que quer. — analiso-a e reparo em sua cara de espanto, surpresa. — O que você realmente quer?

— Eu quero viver uma vida boa com meu filho e tentar esquecer a morte do pai dele... — diz esperançosa.

— É desta esperança, deste pensamento que eu gosto! Vamos, se alegre! — digo tentando alegrá-la, então ela ri e se levanta do banco da mesa e saímos pela rua.

[...]

— Vamos, vou te levar para minha casa! — diz tentando me puxar para sua direção.

Não precisa! Eu moro com um amigo meu! — minto tentando me soltar dela.

— Onde seu amigo mora? — me pergunta se abaixando um pouco.

— Bem ali. — digo apontando para um dos cortiços que estava ali.

— Eu vou te levar para a minha casa. Aí é perigoso, Kookie! — ela me diz me protegendo.

— Não! Eu gosto daqui, combina comigo...! E também tenho um ótimo espaço pra pensar! — digo manhoso para que ela me deixasse ir. Ela suspira revirando os olhos, e então, deixa eu ir para minha casa.

— Toma cuidado, pequeno. Eu gosto muito de você! — diz me abraçando apertado, como abraço de mãe, e me dá um beijo na testa. Então, vou feliz correndo até chegar à minha casa.

FlashBack OFF

Ela me tratava como um filho, ao contrário da minha própria mãe, que me tratava como escravo, e é por isso que gosto que me chamem de Kookie. Foi o apelido que ela deu a mim. 

Eu sempre tive esperança de que a minha vida iria melhorar, mesmo morando sozinho num cortiço abandonado e perigoso. Eu gostava daquele lugar. Ele era pequeno, sem muita decoração, perfeito para refletir. Eu sempre gostei muito de refletir, por isso, era positivo e otimista. A maioria das pessoas são pessimistas e/ou realistas. Pessimistas quando pensam que nada, literalmente nada, vai dar certo, e realistas, pensam só no que é possível. Muitos pensam que não é possível uma criança sem família e sem estudos adequados conseguiria ter uma vida boa, mas agora eu tenho. É claro que eu não fui o tempo todo independente, Park JiYang — mãe de Jimin — foi a única que me ajudou. Ela sim era uma mãe, não biológica, mas a mãe de consideração, a verdadeira mãe.

Ah, o garoto! Eu comecei falando dele! Bom, ele é igualzinho sua mãe: inseguro e pessimista. Só que a diferença é que ele não tem esperança nenhuma em seu olhar, muito ao contrário de sua mãe. Mas, assim, me dá mais vontade ainda de ajudá-lo. Esse garoto, com certeza, já tentou se suicidar várias e várias vezes pela quantidade de cortes que ele tinha em seu braço e por nenhuma esperança em seus olhos.

Lembro quando éramos crianças... eu queria ser amigo dele, mas ao mesmo tempo tinha insegurança de que ele não queria ser meu amigo por eu ser sujo e pobre. Ele era o garoto mais fofo que eu já tinha visto em toda minha vida.

Eu não sei se ele se lembra de mim, mas sua mãe fez uma festinha de aniversário para mim quando completei 14 anos, no mesmo ano em que a conheci, e essa festa foi só eu e ela, mas ele olhava tudo pela janela de seu quarto, e eu só o olhava com um semblante triste pois queria muito me aproximar do mesmo. JiYang sabia que eu era muito simples, que eu gostava de coisas tudo muito simples, então a festa foi no quintal de sua casa com um bolinho, bexigas em volta e um chapeuzinho de aniversário na minha cabeça e na dela.

Comecei a observá-lo quando conheci sua mãe e, principalmente, depois da minha festa de aniversário. Foi a melhor festa da minha vida, mas eu nunca pude conhecê-lo por minha insegurança. Agora, finalmente o conheci e vou cuidar dele como cuidei de sua mãe e como se fossemos amigos de infância. Independente se ele quer ou não, independente se a sua mãe parar de pagar as consultas, eu vou cuidar dele e vou protegê-lo, essa é a maior oportunidade que já tive.

Esse garoto é especial, ele é diferente, eu vejo em seus olhos, em seu olhar triste e sereno. Ele muda de opinião tão rápido sobre as pessoas que até fico impressionado! Ele não mente, e se mente, fica muito evidente que mentiu. 

Mas agora estou pensando... Nunca fiquei pensando tanto em um paciente deste jeito... parece que estou fissurado... ou é por que eu sempre tive o desejo de conhecê-lo? Agora não sei... Será que eu esteja querendo mais algo dele? Será que eu esteja querendo ajudá-lo demais? Ou será que eu esteja inseguro de que ele não queira a minha ajuda, que ele não queira se aproximar de mim? Estou com os mesmos pensamentos que tinha quando era criança... Por que? Por que ele causa tanto efeito assim em mim? Será que eu estou me apegando nele? Ou será que estou... me apaixonando...?

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Continua...


Notas Finais


Deixa no ar...
Desculpa pelo capítulo curto, eu não sabia como escrever esse capítulo... mas foi um grande avanço para nossa fic!
Até o próximo capítulo!
2bjo😘😘
Xaauu! <3
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