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História Hearts War - Vinte


Escrita por: arelconic

Notas do Autor


Estou amando os comentários ♥ Vocês são mara!

Capítulo 20 - Vinte


Fanfic / Fanfiction Hearts War - Vinte

REESCRITA NO DIA 28/12/2018

.20.

Existem certas ocasiões em que um homem tem de revelar metade do seu segredo para manter oculto o resto.

 Philip Dormer

           

            -Eles estão bem e são muito bons. –Jackson comentou observando os garotos impedindo os jornalistas ultrapassarem da porta do hospital. –Mas é um bando de reclamões. Aigoo!

            Jaebum riu analisando o escândalo que ocorria no hospital. Suspirou cansado e feliz por tudo aquilo ter acabado. Pelo menos por agora. Voltaria em sua rotina habitual: treinar os garotos para serem mais que melhores. Sua atenção voltou para o Jackson quando este riu maldosamente.

            -O que você fez com eles?

            -Hyung, eu treinei-os. Eles reclamaram muito mesmo e fiquei irritado. –Indagou com um sorriso divertido. –Eu tenho pavio curto. –Continuou. –Eles treinaram por dois dias sem dormir e com uma refeição.

            -Jackson. –Repreendeu. –Eles são alunos e não inimigos.

            -Jaebum, eu tenho coração. -Indagou. -Você sabe que eu tenho.

            -Eu nunca disse que você não tem. –Jaebum disparou observando o corredor. Youngjae vinha lentamente com as mãos no bolso e encarando o chão. –Quero lhe apresentar uma pessoa.

Jackson acompanhou o olhar e sorriu. Mark tinha contado sobre os dois e o rolo que tinham. Percebeu que o amigo não parava de encarar o Jae que estava em frente a eles, esperando pelo um som.

            -Choi Youngjae. –Jackson pronunciou primeiro, curvando-se. –Eu me chamo Wang Jackson. Eu treinei os seus colegas durante a ausência do Tenente. Eu conheço seu amigo. Mark.

            -Mark? Uh, ele conhece muitas pessoas. Wang... Chinês?

            -Sim, já fui do exército do meu país.

            -Mark está aqui? –Perguntou o mais novo, percorrendo o olhar pelo saguão do hospital. –Apesar de estarmos brigados, sinto saudades dele.

            -Brigados? –Jaebum e Jackson perguntaram. –Ah, a briga. –JB lembrou olhando para Jackson. –Mark lhe culpa pelo sumiço de Jinyoung.

            Jackson assentiu comentando algo a mais, mas a cabeça de Choi Youngjae não estava mais no momento presente. Sua mente direcionou para o dia do combate quando viu o Jinyoung desaparecer aos seus olhos.

            -Jinyoung! Jinyoung! –Gritou, mas a sua boca foi tampada pelo amigo.

            -Youngjae, eles já me viram, mas eles não sabem sobre você. Fuja. –Choi negou lhe observando. Não poderia perder o seu amigo. Eram juntos até o final. –Eu não vou morrer. Eu serei a isca deles, sabe muito bem disso.

            -Não diga isso. É um por todos, todos por um. Somos uma equipe, somos amigos, somos parceiros, Jin. Não importa o que aconteça, eu não te deixarei.

            -Pensa Youngjae! Pensa! –Sussurrou olhando para os lados. Ele podia ver o quanto o Jinyoung estava assustado com tudo isso. –Você é o único que me viu. É o único que sabe onde estou e aonde irei. Eles me viram e se eles não me pegarem, eles vão matar os outros. Eles só precisam de uma isca. Viva. 

            -Não...

             -Fuja... –Jinyoung aproximou colocando as mãos no seu rosto. –Hyung, eu sei que irá me encontrar. Eu sei que irá me procurar. –Youngjae sorriu triste quando lhe ouviu pela primeira vez alguém lhe chamar de Hyung... No pior momento. –Lá na frente tem uma faixa amarela enrolada nos galhos, assim que a ver, vire à direita. Lá tem um esconderijo, permaneça lá o tempo que for necessário.

            -Eu irei te encontrar. Eu irei.

            -Eu sei. Eu sei. Agora vá. Não conte a ninguém, será um segredo nosso.

            -Eu vou te encontrar. Definitivamente.

            -Youngjae? Ei? Youngjae!

            Youngjae encarou os dois homens a sua frente. Sorriu tentando dissipar as lembranças, mas Jaebum viu que algo estava errado, mas não disse nada. Continuaram conversando aleatoriamente com o Jackson fazendo algumas perguntas pessoais que Jaebum lhe repreendia e dizia para o Jae que não precisava de responder.

 

            Depois de algumas horas, Youngjae e Jaebum foram fazer exames e foram hospitalizados apesar de que estavam melhores que os outros, ficando apenas com alguns hematomas pelo corpo. Ainda não podiam ver Lee e Jinyoung e ambos estavam ansiosos para vê-los. Os jornalistas não haviam saído da porta do hospital e nada conseguia-os impedir, nem mesmo as autoridades.

            Depois de alguns minutos, Jaebum e Jinyoung foram para o quartel a fim de fazer o relatório e tomarem um banho antes de voltar para o hospital.

 ***

            Jinyoung abriu um dos olhos observando o branco que havia no quarto. Observou o plástico com o soro e a máquina que contava os batimentos cardíacos. Sua cabeça estava enfaixada e seu olho ferido estava com tampão. Suas roupas foram substituídas por uma camisola branca com grandes bolas verdes;

            Em frente, havia uma placa escrita: “Caso acorde, chame a enfermeira. Sua saúde em primeiro lugar”.

            Jinyoung suspirou apertando um botão azul. Em um minuto, uma enfermeira chegou com um prontuário na mão.

            -Paciente você fará mais exames e depois liberaremos visitas. Qual é o seu nome e onde nasceu?

[...]

             Fechou os olhos, sentindo-se cansado. Após o exame, Jinyoung dormiu durante a tarde e acordou apenas quando a lua estava no alto do céu. Com uma batida leve, abriu os olhos vendo uma figura loura entrar.

            -Olá Jinyoung.

            -Won... –Murmurou sorrindo. -Obrigado por me carregar e me desculpe por ser um fardo. Você estava tão cansado...

            -Tudo bem, sua saúde em primeiro lugar. –O moreno riu apontando para trás dele mostrando a placa. –O hospital está certo. –Falou lhe observando. Aproximou sentando em uma cadeira ao seu lado. –Como você está?

            -Cansado. Mesmo dormindo quase um dia inteiro. 

            -Você estava em situação nada favorável. É normal se sentir cansado. Talvez eu tenha atrapalhado seu sono?

             -Não. –Jinyoung sorriu observando a sua roupa suja. –Eu jantarei daqui a pouco. Por que não vá trocar de roupa? Deve estar se sentindo desconfortável.

 

            -Queria te ver antes. Estava preocupado.

            -Obrigado. –Disse ficando em silêncio. –Youngjae?

            -Foi para o quartel junto com o Tenente-Coronel Im Jaebum. Logo irei também. Temos que dar depoimentos separados. Será difícil você deixar o hospital tranquilamente.

            -Por quê?

            -Jornalistas. Há um monte na entrada.

            Uma batida silenciou a conversa. Won levantou indo até a porta. O coração de Jinyoung acelerou quando o Mark lhe observou com uma expressão séria. Seu olhar desviou para o oficial que curvou.

            -Boa noite, Senhor Mark.

            -Boa noite, Won. –Respondeu olhando para a máquina de batimentos cardíacos. Sorriu de lado quando viu que o coração de Jinyoung estava acelerado. Won encarou a máquina sem dizer nada. –Obrigado por cuidar do Jinyoung. Jaebum contou-me que você o carregou.

            -Ele chegou?

             -Sim, está no hall junto com o Youngjae. –Respondeu lhe observando. –Jae insistiu passar a noite com você hoje. –Mark encostou-se na parede ao lado da porta e colocou as mãos no bolso de sua calça social. –Amanhã serei eu a passar a noite aqui.

            Won encarou o chão sentindo-se para baixo.

             Mark lhe agradeceu novamente e Won saiu do quarto despedindo-se antes do rapaz moreno. Jinyoung analisou a roupa do loiro. Ele estava tão... bonito. O seu terno cor giz deixava-o charmoso. O moreno desligou a máquina rapidamente quando esta começou a apitar. Sentindo-se quente e envergonhado, encarou a placa a sua frente.

            Tuan sorriu lhe observando. Estava tão feliz por vê-lo. Não conseguia dormir e sentia-se desesperado desde que soube que o rapaz havia desaparecido. Para distrair, começou a trabalhar dia e noite na empresa, sem descanso. Quando viu a notícia que ele foi encontrado, rapidamente pegou o carro e pediu que comprassem sua passagem de avião.

            Chegou no hotel, tomou um banho e saiu em disparate.

            Quando chegou ao hospital, viu o Youngjae lhe observar. Um sentimento de culpa e arrependimento havia nele. Não queria ter socado o seu rosto. Cumprimentou todos em silêncio e Jaebum pediu para que esteja preparado.

            -Ele está cego de um olho.

            Mark encarou Youngjae que evitou o seu olhar enquanto observava a porta da entrada, pensativo.

            -Como você está? –Mark perguntou ao Jinyoung, que levantou a mão em sinal positivo. Ele queria perguntar várias coisas, mas ele sabia que aquela não é a hora certa. Observou o quarto. –Eu virei presidente.

            -Você já não era?

            -Eu era vice. Eu me mudei para cá recentemente.

            -E a América? Sua família?

            -Eles entendem. Meu pai viaja muito com a minha mãe, então eu os verei com frequência. Apesar de ser o presidente da empresa da Coréia, eu ainda olho por todos. Estarei viajando.

            -Estará mais famoso que antes. –Mark sorri, concordando. Puxou a cadeira para próximo dele e deitou a cabeça em sua barriga. –Achei que fosse morrer. De verdade. Eu pensei em você em todos os momentos. Você e Youngjae.

            Mark continuou em silêncio olhando para o nada, no entanto, fechou os olhos quando sentiu os dedos do mais novo afundar nos fios louros. Era uma sensação tão ótima que queria poder ficar ali por um longo tempo.

            -Eu estou ouvindo. –Jinyoung pronunciou.

            -Uh?

            -O seu coração. Ele está aceleradíssimo.

            -É o efeito que você causa em mim, Park Jinyoung.

 



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