Segunda-feira, 20 de Novembro de 2017
Percy entrou no apartamento e trancou a porta atrás de si, colocando as chaves no chaveiro que tinha na parede. Caminhou até a sala e deixou a pizza que comprara em cima da mesa de jantar, seguindo para o quarto com certa preguiça.
Assim que entrou na suíte, ele sorriu. A visão do namorado dormindo apenas com uma camisa de botões sua e uma box branca fez Percy ter pensamentos impuros com aquela noite. Ainda mais quando Jason se virou na cama e ficou de bruços, arrebitando aquela bunda que Percy tanto gostava.
Tá, ele admitia, Jason tinha razão em chamá-lo de pervertido. Mas o que ele podia fazer se aquela era a verdade?
Percy deixou suas coisas na cadeira, tirou os tênis e as meias, e se aproximou da cama. Sentou-se na beirada e começou a acariciar os cabelos de Jason, que se remexou em busca de mais de seu toque. Ele sorriu com isso.
- Acorda, loirinho. – chamou Percy em um sussurro carinhoso.
Jason abriu os olhos devagar e sorriu, percebendo que pegara no sono enquanto esperava Percy.
Desde que eles começaram a morar juntos no meio daquele ano, os dois tinham criado uma espécie de rotina. Na maioria dos dias da semana Percy e Jason voltavam juntos, já que estudavam na mesma universidade e no mesmo período. No entanto, como Jason saía mais cedo de segunda e mais tarde na terça, nesses dois dias eles voltavam separados.
- Desculpa, peguei no sono. – murmura Jason bocejando e colocando a mão sobre a boca.
- Tudo bem. Eu trouxe pizza. – anuncia dando um selinho no namorado.
Jason concorda e se senta na cama, espreguiçando-se. Ele esfrega os olhos para tirar o sono e apenas percebe depois que Percy está o olhando.
- Que foi?
Percy sorri e se inclina para sussurrar no ouvido do outro.
- Você está com a minha camisa, loirinho. E você sabe o quanto eu gosto de ver você com elas. – fala em tom suave. – Embora, apesar de tudo, eu ainda prefira você sem nada. – provoca.
Jason sente as bochechas ficarem quentes, mas sorri um pouco. Ele até gostava do jeito pervertido de Percy, porque era o seu jeito e funcionava entre eles.
No entanto, ficava muito bravo se ele o provocava quando tinha alguém perto, porque além de ficar muito envergonhado, ele também tinha que se segurar para não agarrar Percy quando estavam, por exemplo, na casa de algum amigo. E aquilo, para Jason, era uma tortura.
- Por que você não vai tomar um banho enquanto eu coloco a mesa?
Percy sorri e se inclina pra lhe dar um selinho, então se levanta e o olha de forma maliciosa.
- Seria tão melhor se você fosse comigo... – diz mordendo o lábio inferior de forma provocante.
Jason ri.
- Você já demora quando está sozinho, imagina se eu estiver junto. – diz negando com a cabeça. – A gente não sai daquele banheiro hoje.
Percy apoia as duas mãos na cama e então morde o lóbulo do namorado, fazendo-o estremecer.
- Essa é a ideia, loirinho. – diz sussurrando.
Jason ri e bate no braço do outro, levantando-se da cama. Ele dá um beijo rápido em Percy.
- Vai logo, Per.
- Sim, senhor. – brinca.
Os dois riem.
***
Alguns minutos mais tarde, os dois estão sentados no sofá da sala. Percy tinha puxado as pernas de Jason para o seu colo e os dois assistiam um canal aleatório na TV enquanto terminavam de comer a pizza.
Jason logo sentiu a mão boba de Percy subir por suas coxas, acariciando-as delicadamente. Ele acabou sorrindo com aquilo sem perceber, acostumado com o jeito do namorado.
- Percy... – diz Jason em tom de aviso, o que faz o outro rir.
Percy apenas sorri ao namorado e apoia as mãos de novo em seus joelhos, deixando-as quietas. Ele se inclina pra dar um beijo na bochecha de Jason e então volta a sua atenção para a TV.
Jason apenas nega com a cabeça e sorri de lado, pensando em como gostava daquele Cabeça de Alga – apelido que acabara aderindo de Annabeth. E em como era feliz por isso.
Eles ficam em silêncio confortável por um tempo, onde Percy apenas fica acariciando a pele do namorado e Jason fica brincando com os próprios dedos.
- Minha mãe nos convidou para passar o dia de Ações de Graças na casa dela. – diz Jason em tom suave e casual.
- Hum, tudo bem. Acho que minha mãe vai ter que viajar por causa do lançamento de um dos seus livros. – comenta Percy.
Jason sorri e muda de posição no sofá para poder beijar a bochecha do namorado. Ele segura a mão de Percy em seguida.
- Ela está fazendo sucesso, não é?
Percy balança a cabeça afirmativamente e depois sorri um pouco, feliz pela mãe. Sabia que sempre fora seu sonho ser escritora, por isso estava contente por ela, mesmo que agora se vissem menos.
- Paul e ela devem estar se divertindo. – diz sorrindo.
Jason toca o rosto do namorado e aconchega a cabeça em seu ombro. O loiro gostava de ver aquele sorriso no rosto de Percy, principalmente porque ele sabia que todos eles eram sinceros. E, mesmo que às vezes fossem sarcásticos, era o sorriso mais lindo que ele já tinha visto.
Subitamente, Percy se desvencilha de Jason delicadamente e se levanta, seguindo para o quarto e deixando um loiro confuso para trás. Momentos depois, Percy volta com um pacote nas mãos.
- Percy! – repreende Jason. – Tínhamos combinado que não íamos dar nada um ao outro.
Percy apenas abre um sorrisinho.
- Mas o meu não conta! É para nós dois. – diz fazendo um biquinho inocente.
Jason revira os olhos e cruza os braços, descontente.
Percy e suas surpresas!
Tudo o que ele sente é dois braços o rodeando e uma boca dando beijos em seu pescoço. Ele suspira de leve quando Percy morde seu lóbulo. Ele sabia que esse era um dos seus pontos fracos.
- Você é um maldito manipulador, sabia? – pergunta descruzando os braços e abrindo os olhos lentamente.
Percy abre um grande sorriso e rouba um selinho de Jason, apertando-o um pouco em seus braços. O moreno faz uma expressão inocente, mas não deixa de sorrir.
- E você me ama mesmo assim.
É a vez de Jason sorrir.
- Amo mesmo, meu moreno manipulador. – diz colocando os braços ao redor do pescoço do namorado.
Jason o beija e tudo o que sente em seguida é seu corpo sendo guiado para o colo de Percy. Suas pernas ficam uma de cada lado da cintura do moreno e sua bunda se encaixa exatamente sobre o membro ainda adormecido do namorado, fazendo-o se remexer inconscientemente.
- Eu amo você, loirinho. – sussurra Percy baixinho. – Muito, muito e muito!
Jason não pode deixar de sorrir com aquilo. Ele embola os dedos nos fios negros do namorado e encosta suas testas, lembrando-se da primeira vez que Percy disse que o amava.
Foi no aniversário dele de dezenove anos. Percy o tinha levado para sair e no meio do encontro simplesmente disse que o amava, como se fosse a coisa mais normal do mundo e parecendo se divertir com a expressão surpresa dele.
Contudo, na época, Jason já sabia que o amava. Por isso, depois do evidente choque, ele retribuiu as palavras com o mesmo carinho, sabendo que não tinha como ele viver sem aquele moreno pervertido.
- Eu sei, Per. Também amo muito, muito você. – diz Jason com um sorriso.
Percy sente o coração se aquecer com aquilo. Não importava quantas vezes Jason o dizia, ele sempre ficava derretido quando ouvia as palavras da boca do namorado.
E não tinha nada a ver com insegurança, afinal ele sabia que Jason o amava, mas isso não impedia dele se sentir especial toda vez que acontecia. Percy sabia que nunca que seu loirinho falaria algo daquele tipo levianamente. Jason era sincero e Percy amava isso nele.
- Meu loirinho lindo. – murmura.
Jason ri de leve com o comentário.
- Agora que você já me agarrou, por que não me mostra o que tem no pacote? – indaga mordendo o lábio inferior de Percy.
Percy aperta a cintura do outro delicadamente e então desce suas mãos para as suas coxas, apertando-as e acariciando-as. Ele aproxima a boca da orelha de Jason e sussurra baixinho.
- Fecha os olhos, meu amor.
Jason obedece e fecha os olhos, sorrindo um pouco consigo mesmo ao tentar imaginar o que Percy iria fazer. Do jeito que conhecia o namorado, Jason podia esperar qualquer coisa. E, por mais que dissesse que odiasse, ele internamente amava as surpresas do moreno.
Ele sente algo levemente gelado deslizar por seu dedo anelar direito e arregala os olhos ao se dar conta do que é. Jason encara Percy de forma surpresa e confusa.
- Per...
- Quer ser meu noivo? – pergunta interrompendo a fala do loiro.
Jason sente o coração pular dentro do peito e então as palavras pulam da sua boca.
- Sim, pelos deuses, sim. Eu quero. Mas Percy, ainda não é cedo para...
Ele é calado pelos lábios do seu – agora – noivo sobre os seus. Sua mente fica nublada e Jason esquece completamente o que ia falar, por isso apenas abraça o pescoço de Percy e se deixa guiar pelo momento.
Percy abraça a cintura de Jason com força e carinho, sentindo tudo dentro dele se aquecer. Ele estava tão feliz por Jason ter aceitado, mesmo que tivesse sido um pedido repentino. Tudo o que ele queria era estar ao lado do seu loirinho por toda sua vida.
- Você sabe que eu amo cada pedacinho do seu corpo. – diz Percy com a respiração levemente acelerada. – Mas às vezes você fica mais bonito com a boquinha fechada ou, quem sabe, ocupada. – sugere em tom malicioso.
Jason sente o rosto ficando mais quente e acaba rindo por causa do constrangimento. Percy foi e sempre seria um pervertido, mas ele não se importava nem um pouco com isso. O que importava era que ele o amava. Muito.
- Idiota. – diz simplesmente. – Agora cadê a outra?
Percy sorri e entrega a outra aliança para Jason, que repete o ato do noivo e beija sua mão. Seus lábios seguem por sua pele até chegar ao seu pescoço, onde ele deixa um pequeno chupão e uma leve mordida. Percy sente o corpo se arrepiar por inteiro com aquilo.
- Eu amo tanto você, Per. – sussurra Jason. – Tanto que nem parece real, meu amor.
- Meu. Meu noivo. – diz Percy baixinho.
Eles ficam alguns segundos apenas aconchegados um no outro, desfrutando do momento. Jason apoia a cabeça no ombro de Percy e vê que ainda há algo dentro da sacola, o que o faz franzir as sobrancelhas.
- Você comprou mais alguma coisa?
Percy sorri.
- Digamos que eu tive algumas ideias para essa noite, já que faz dois anos que estamos juntos. – diz com segundas intenções.
Jason sorri com malícia também.
- É? E que ideias sujas meu noivo teve?
Percy aproxima a boca da orelha do outro e desliza os lábios pela pele clara de Jason, causando arrepios propositais no mesmo.
- Primeiro: você estaria sem nenhum pano cobrindo esse lindo corpinho. – sussurra provocante. – Segundo: eu estaria deitado na cama preso a sua mercê – ele aperta cintura de Jason com um pouco de força. –, e terceiro: você poderia fazer o que quiser comigo.
Jason solta um ofego baixo com aquilo
- O que eu quiser?
- Uhum. O que você quiser, loirinho. Meu loirinho.
Jason morde o lábio inferior e faz uma carinha inocente. Se tinha uma coisa que ele tinha aprendido nesses dois anos com Percy era que sua vergonha de nada valia quando eles estavam a sós, logo ele acabava perdendo um pouco do seu pudor quando estavam sozinhos.
- Então o que estamos esperando, meu prisioneiro?
A frase maliciosa faz os dois rirem um pouco e o olhar que eles trocam é uma promessa do que ainda os aguarda. Uma promessa de que eles se pertencem. Para sempre.
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