Sexta-feira, 20 de Novembro de 2015.
Desde o dia que eu e Percy resolvemos tentar que o sorriso, praticamente, não saí do meu rosto. Parece que ele se fixou em mim e não saí mais, principalmente quando estamos juntos. Porque não tem como negar o quanto eu estou adorando tudo isso.
Percy é incrível, mas não de um jeito perfeito, e sim de um jeito que somente ele tem. Ele se preocupa comigo e mesmo que me deixe constrangido a maior parte do tempo, eu amo estar ao lado dele. Ele me faz tão bem que às vezes me pergunto se não é tudo um sonho.
Quando eu era mais novo e assistia aqueles filmes românticos, eu sempre achava que aquilo tudo era pura fantasia. Não o amor em si, mas o jeito como as pessoas ficavam. Mas hoje percebo que não, aquilo tudo é verdade, porque quando estou com Percy, é como se tudo desaparecesse. E até mesmo o jeito como ele me provoca apenas me faz gostar ainda mais dele.
No entanto, eu ainda me sentia um pouco inseguro. Não queria saber qual seria a reação do meu pai quando tudo isso viesse à tona, mas sabia que teria que enfrentá-lo alguma hora para poder ficar com Percy. E por ele, eu estava disposto a isso, mesmo que ainda um pouco temeroso.
Sorrio com o pensamento e termino de secar meu cabelo com a toalha. Eu estava no apartamento de Percy, mais especificamente no banheiro do seu quarto. Sua mãe e seu padrasto tinham ido viajar, ou seja, Percy ia ficar o final de semana todo sozinho. E como bom manhoso que ele é, acabou me convencendo a passar esses dias com ele. Não que eu estivesse realmente reclamando.
Saio do banheiro já vestido e encontro Percy deitado na cama, o corpo esparramado pelos lençóis. Ele se apoia nos cotovelos para me olhar e depois sorri de forma maliciosa. E apenas aí eu sei que ele vai falar alguma coisa que vai me constranger.
- Sabia que você é muito gostoso, loirinho? – pergunta mordendo o lábio inferior.
Sorrio e coro ao mesmo tempo, perguntando-me quando que vou me acostumar com aquele tipo de coisa. Caminho até a cama e engatinho até ficar com o rosto próximo ao seu. Seu cheiro de maresia logo preenche meu nariz.
- Você me lembra a cada quinze minutos. Acho meio difícil de esquecer. – digo em seu ouvido e depois sorrio a ele.
Percy coloca as duas mãos na minha cintura e nos vira na cama, ficando por cima de mim e tomando meus lábios com carinho. Entrelaço meus braços em seu pescoço e deixo que ele conduza nosso beijo.
Sinto meu coração acelerar quando ele coloca as mãos por dentro da minha camisa, seus dedos me causando arrepios gostosos. Puxo-o pra mais perto de mim e o beijo com ainda mais vontade, como se fizesse muito tempo que não nos beijávamos – o que, com certeza, não era verdade.
Mas, infelizmente, meu celular começa a tocar nos interrompendo. Percy se separa de mim com um selinho e abre um sorrisinho pra mim.
- Não pense que isso vai te salvar. – sussurra mordendo minha orelha.
Sorrio a ele e mordo o lábio inferior.
- Nunca imaginaria isso.
Pego meu celular enquanto Percy se afasta para fazer sabe-se lá o quê. Olho o visor e franzo as sobrancelhas.
Thalia.
- Oi Thals. – cumprimento.
- Fala mano. – diz casualmente. – Foi mal te ligar assim, mas é que nosso pai estava preocupado porque você não estava em casa. E como ele é orgulhoso demais para ligar para Hera, então sobrou pra mim. – comenta divertida.
Rio disso e concordo.
- Tudo bem. Eu estou na casa do Percy. Ele me chamou para passar o final de semana aqui. – comento de leve. – Fala para o nosso pai que eu estou bem.
- Claro, claro. – diz. Ficamos alguns segundos em silêncio. – Manda um abraço pro Percy.
- Mando sim, na verdade, ele 'tá vindo aqui. Se quiser falar com ele. – digo acenando com a mão para Percy se aproximar.
"É a Thalia" digo com os lábios.
Percy abre um sorriso e se senta atrás de mim, envolvendo os braços na minha cintura e colocando uma perna de cada lado do meu corpo.
- Fala Thalia! Não se preocupe, vou cuidar do seu irmão. – diz alto o que me faz sorrir.
Thalia ri do outro lado da linha.
- Diz pra ele que eu estou de olho. – diz ela em tom de brincadeira.
Sorrio mas logo o desmancho, já que Percy mordeu a minha orelha e eu tive que me segurar pra não gemer. Olho pra ele em repreensão, mas ele apenas me dá um sorriso sacana.
Sinto sua mão entrar dentro da minha blusa e estremeço de leve com a sua carícia. Percy vai subindo sua mão da minha barriga até meus mamilos, onde ele começa a brincar. Solto um gemido contido e bato em seu braço.
- Para! – exclamo baixo, sentindo meu rosto ficar quente.
- Tudo bem aí, maninho? – pergunta Thalia.
- Não é nada, Thals. É só que o Percy fica fazendo brincadeiras fora de hora. – digo repreendendo Percy com os olhos.
Percy apenas faz um biquinho inocente e me olha com aqueles olhos verdes. Sua mão começa a descer até minha bermuda e eu bato nele de novo.
- Bem, Jas, era só isso. Bom final de semana aí. – se despede.
- Até. – digo desligando o telefone. Viro-me para encarar Percy. – Não faça mais isso. – brigo.
Percy sorri aquele sorriso lindo que eu tanto gosto e aproxima a boca da minha orelha.
- Não diga que não gosta, loirinho. – provoca. – Sei que adora como eu te toco.
- Não quando eu estou no telefone! – exclamo revirando os olhos.
Percy afunda o rosto no meu pescoço e começa a beijar a minha pele lentamente. Seus lábios me causam arrepios e eu sei que logo vou ceder.
- Não fica bravo comigo, loirinho. – sussurra em tom manhoso. – Não gosto de quando você fica bravo.
Suspiro e me viro para olhar em seus olhos verdes. Percy está fazendo um biquinho adorável que me derrete por inteiro.
- Não estou bravo. – digo lhe dando um selinho. – Mas essas coisas me deixam constrangido. – confesso.
Percy sorri com isso e se levanta me oferecendo a mão. Pego-a e o sigo até o meio do quarto, estranhando o seu entusiasmo repentino. Ele mexe no celular e logo uma música preenche o ar, o que me faz franzir as sobrancelhas.
O que Percy ia fazer?
Ele me puxa pra perto dele e me dá um selinho suave.
- Vamos dançar. – diz colocando as mãos na minha cintura.
Arregalo os olhos e tento me soltar dele.
- Eu não sei dançar. – protesto quando ele me segura.
- Não precisa. Só se deixa levar. – diz colando a boca no meu ouvido.
Abraço seu pescoço e apoio a cabeça em seu ombro, sentindo Percy começar a nos balançar no meio do quarto.
Fecho os olhos e suspiro alegremente. Era tão bom estar ali, dançando com ele no seu quarto como se não tivesse nada que pudesse nos impedir de ficar juntos. Era bom fingir que não tinha problema nenhum nos rondando ou que eu não estava inseguro sobre o que eu estava sentindo. Era, realmente, bom.
No entanto, logo as lembranças começam a atravessar a minha mente e eu não posso impedi-las.
Lembro do meu pai falando que achava que Piper e eu fazíamos um bom casal, do sorriso dele. E depois lembro da conversa que tive com Thalia sobre Nico e sobre meu pai não aceitá-lo.
Estremeço com o pensamento e puxo Percy pra mais perto de mim, como se pudesse perdê-lo a qualquer instante senão o fizesse. Não gosto de pensar nisso, não mesmo. Prefiro pensar que está tudo bem, mesmo não estando realmente.
Acho que eu estava tentando me iludir.
- Hey, Jay. Está tudo bem? – pergunta se afastando pra me olhar nos olhos.
Aceno com a cabeça em concordância, não confiando na minha própria voz. Apoio a cabeça de novo em seu ombro e tento relaxar.
Respiro fundo contra o pescoço de Percy e sinto seu cheiro gostoso de maresia. Sorrio de leve e beijo sua pele com carinho, feliz de estar ali com ele.
Tinha algo dentro de mim que dizia que eu já tinha a resposta pra tudo o que estava me consumindo, mas eu tinha a impressão que eu estava negando a mim mesmo isso. Talvez por medo, talvez por outra coisa. Vai lá saber.
Mas pensando bem, será que a reposta não estava na ponta da minha língua?
Eu sabia que não podia ficar mais sem Percy. Sem seus beijos, seus abraços ou até mesmo das suas brincadeiras constrangedoras. Eu adorava tudo nele e isso que tínhamos era exatamente o que eu precisava.
Acho que Reyna tinha razão em dizer que Percy me completava, porque eu sentia que sim. Sentia que seu jeito se encaixava com o meu. Sentia isso no fundo de mim.
- Eu gosto tanto de você, Per. – sussurro em seu ouvido.
- Todos gostam. – brinca nos fazendo rir. – Mas eu também gosto de você, muito mais do que você possa imaginar. – sussurra de volta com carinho.
Sorrio de forma boba.
Será que, se eu contar, meu pai vai me aceitar?
Penso comigo mesmo, tentando imaginar as possibilidades do que pode acontecer. Talvez não seja tão ruim quanto eu imagino, talvez sim. Não sei. Sinto-me confuso com tudo isso.
Nesses últimos tempos, nós temos nos aproximado. Assistimos jogos na televisão, conversamos sobre política e tentamos fazer com que essa relação dê certo, por mais estranha que seja. E eu sei que ele está tentando se aproximar de mim, assim como eu também estou tentando. Mas ainda existe uma barreira entre a gente que me deixava desconfortável.
Eu tinha falado sobre isso com a minha mãe e ela disse que se meu pai me amasse, ele apenas ia querer a minha felicidade. E talvez ela estivesse certa.
Mas como meu pai poderia me amar sendo que acabamos de nos conhecer?
Talvez eu tivesse medo disso também. Medo dele não se importar comigo, mesmo sendo meu pai. Porque eu sabia que ele e eu nunca teríamos o que ele e Thalia têm, afinal são situações tão diferentes. Ela é filha dele, desde sempre. E eu me sinto como se tivesse caído de paraquedas na vida deles. Me sinto um intruso.
De novo.
Respiro fundo e me afasto um pouco de Percy para olhar em seus olhos. Ele sorri pra mim com carinho e então me dá um beijo rápido, fazendo-me sorrir também.
- Per, você iria comigo? – pergunto de repente.
- Ir aonde, loirinho?
- Contar pro meu pai. – explico apreensivo. – Você contaria comigo?
Percy sorri de novo e esfrega nossos narizes.
- Claro que sim, Jay. Estou com você nessa. – diz sincero.
Abro um sorriso e fecho os olhos, continuando a dançar no ritmo lento da música.
Era só disso que eu precisava: saber que ele estaria comigo, porque era isso que importava. E eu sabia que podia confiar nele, afinal, depois de tudo. Percy sempre esteve ao meu lado e eu o adorava por isso.
Percy coloca a boca na minha orelha e morde de leve a ponta. Seus lábios deixam beijos por toda minha pele, o que me faz estremecer de leve.
- Sempre estarei com você. Independente do que aconteça, loirinho. – sussurra.
- Sei disso, Per. Confio em você. E acho que tenho que fazer isso logo. – digo me referindo a contar ao meu pai.
Percy se afasta um pouco de mim e me olha intensamente com aquelas íris verdes.
- Você não precisa fazer isso agora se não estiver pronto, Jay. Posso esperar. – diz em tom sincero e um pouco preocupado.
Suspiro e acaricio seu rosto com uma das mãos.
- Eu quero, Percy. Quero contar. Quero estar com você. E quero que todos saibam disso.
Percy sorri e me beija novamente, dessa vez com mais carinho ainda. E aquilo apenas me dá mais certeza do que devo fazer, porque não era justo colocar Percy nessa situação. Ele merecia mais que isso e se eu precisava enfrentar meus medos pra ficar com ele, então eu o faria com prazer.
Nos separamos quando o ar se faz necessário, fazendo-me sorrir e enlaçar seu pescoço com os braços.
- Namora comigo? – pergunto sorrindo.
Percy ri de leve e me dá um selinho.
- Achei que já namorávamos, loirinho. – brinca. – Mas sim, eu quero namorar com você.
Sorrio a ele e me separo dele.
- Vira de costas e fica parado. – peço.
Percy abre um sorriso malicioso que me faz corar.
- Não é nada disso que você está pensando! – exclamo indignado.
- Eu não pensei nada, loirinho. – diz rindo de mim.
Ele faz o que eu pedi. Tiro o colar que era da minha mãe do pescoço e me aproximo de Percy, colando meu corpo com o seu e colocando o colar nele.
Afasto-me e ele se vira de novo pra mim, tocando o objeto e sorrindo de forma bonita.
- Assim você sempre vai me ter com você. – digo sorrindo pequeno.
- É lindo, Jay. Obrigado. – diz sorrindo também e me puxando para um abraço.
Aconchego-me nele e fecho os olhos, sentindo uma sensação gostosa no peito.
Voltamos a dançar, agora ao som de outra música que eu nem presto atenção qual é. Percy nos balança devagar pelo meio do quarto, de um jeito que eu acho bem romântico.
E eu não consigo contar quantos sentimentos estão dentro do meu peito. Eu só sei que é bom, muito bom. Principalmente essa sensação de estar fazendo a coisa certa, porque era certo estar com ele. Simplesmente porque Percy me fazia feliz.
Imagino o que minha mãe falaria agora caso nos visse e sorrio. Ela diria que está feliz por mim e que era ótimo, finalmente, conhecer o genro.
Queria que meu pai também dissesse isso. Mas eu não podia abrir mão de Percy por ele, não faria isso comigo mesmo. Era o que eu sentia e o que me fazia feliz. Portanto, isso que devia importar, certo?
- Acho que você deveria conhecer minha mãe primeiro. – digo sem olhar em seu rosto. – Ela vai te adorar.
Percy sorri pra mim.
- Mesmo? Fico feliz de saber que um dos meus sogros vai gostar de mim.
- Oh, ela gosta de você desde o dia que você me ajudou na escola. Acredite, vocês vão se dar bem. – digo quase rindo. – Na verdade, quem deveria estar com medo sou eu. Vocês vão pegar tanto no meu pé. – brinco.
- Eu só me preocupo com você. – diz fazendo um biquinho.
- Eu sei e é por isso que vocês vão se dar tão bem. Outra que já te adora é a Reyna. – faço um bico. – Você vai acabar roubando elas de mim. – brigo em tom de brincadeira.
Percy ri com isso e morde meu lábio inferior.
- Ou elas vão ficar brava por eu ter roubado você delas. – brinca me puxando mais pra ele.
Sorrio e o beijo, sentindo-me completamente bem. Era tão agradável poder dizer que ele era meu e que eu era dele. Não sei o porquê. Mas era bom, muito bom.
Era como se eu sentisse que esse era o meu lugar. Com ele, em seus braços. Eu me sentia livre com Percy pra ser o que eu quisesse e eu amava isso. Amava essa sensação.
Percy e eu nos separamos quando o ar faz falta, encostando a testa uma na outra. Ele começa a acariciar minha pele por cima da camisa e abre um pouco os olhos pra me encarar.
- Então agora eu sou, oficialmente, namorado de Jason White Grace? – pergunta em tom divertido.
Rio disso e concordo.
- Sim. E é somente meu. – brinco.
- Hum, não sabia que meu namorado era possessivo. Tenho que me lembrar disso depois.
- Tem mesmo. Eu sou muitooo possessivo.
Percy sorri e esfrega o nariz com o meu, o que me faz sorrir também.
- Ah é? Acho que vou ter que dar uma lição no meu namorado possessivo. – diz em tom divertido começando a caminhar pra frente.
Vou dando alguns passos pra trás até que caio em sua cama e Percy começa a me fazer cócegas. Começo a rir alto e a me contorcer.
- Para, Per! Para! – grito rindo.
Percy ri comigo e para, dando-me um selinho rápido. Olho pra ele com um sorriso enquanto ele se afasta pra desligar a música. Observo ele caminhar na minha direção e me oferecer a mão.
- Vem, vamos comer alguma coisa.
- Tudo bem, mas eu não estou com muita fome. – digo aceitando sua mão pra levantar.
- Oh, você precisa comer, loirinho. Senão como vai aguentar o que eu tenho planejado pra gente? – pergunta em tom malicioso.
- Percy! – exclamo ao entender, fazendo ele rir.
***
No final das contas, acho que Percy estava apenas brincando, já que depois de comermos, nós apenas deitamos na cama e ficamos conversando. Contudo, confesso que aquela provocação tinha me atiçado um pouco. Eu queria ele, muito.
Coro com o pensamento e escondo o rosto em seu pescoço.
- Que foi, loirinho? – pergunta em tom preocupado.
Não respondo, apenas olho pra ele e mordo o lábio inferior.
- Me diz. – pede.
Respiro fundo e apenas o beijo, passando os braços ao redor do seu pescoço e nos aproximado mais. Percy me corresponde, segurando minha cintura e começando a colocar as mãos por dentro da minha roupa. Suspiro com os arrepios que ele me causa.
- Se queria um beijo meu era só pedir. – sussurra baixinho quando nos separamos.
Sorrio pequeno e mordo seu lábio inferior. Logo depois faço uma falsa carranca.
- Ah Per. Você é um filho da mãe! – brigo.
Percy me olha confuso, parecendo não entender o motivo de eu estar bravo de repente.
- O que eu fiz?
- O que você fez? Ainda pergunta? – exclamo fazendo um bico. – Você me provoca, diz aquelas coisas e depois finge que nada aconteceu. – afirmo em tom indignado.
Percy me olha durante dois segundos e depois começa a rir, gargalhar na verdade. Faço outro bico, mas no fim acabo sorrindo um pouco.
- Oh, loirinho. Eu sou tão mal com você, não sou? – pergunta subindo em cima de mim.
Faço um biquinho manhoso e concordo.
- Tadinho do meu loirinho. Acho que tenho que te recompensar por isso. – sussurra no meu ouvido, começando a espalhar beijos pelo meu pescoço.
- Tem mesmo. Sou seu namorado agora. – provoco.
Percy chupa o lóbulo da minha orelha, ao mesmo tempo que começa a subir a minha camisa. E eu deixo, porque quero isso. Quero Percy por inteiro e quero ser dele por inteiro.
Suspiro baixinho quando seu joelho se esfrega entre as minhas pernas. E parece que, de repente, o quarto ficou tão mais quente, como se o aquecedor estivesse ligado.
Levanto os braços pra ajudar Percy a retirar a minha camisa e sorrio contido quando ele me encara, sentindo as bochechas ficando mais quente.
- Hum. Eu quero tanto te fazer meu, loirinho. – provoca com um sorriso. – Você quer também, não quer? Minhas mãos e meus lábios em você, te tocando e te beijando em todos os cantos possíveis. – sussurra aproximando a boca da minha orelha.
Sinto meu rosto corar mais e ofego quando ele aperta a minha cintura com seus dedos, como se insistisse em uma resposta. Levo minhas mãos para a barra da sua blusa e, tentando deixar a timidez de lado, eu respondo.
- Eu quero, Per. Quero você. – digo baixinho.
Percy sorri e, se separando um pouco de mim, tira a camisa com um olhar provocante. Ele se aproxima de novo, não dando muito tempo pra mim apreciar a visão de seu corpo. Por isso levo minhas mãos para as suas costas e começo a tocá-lo, tentando sentir cada pedaço de pele sobre meus dedos.
- Você é lindo. – sussurro baixinho.
Percy cora de leve e esfrega nossos narizes carinhosamente.
- E você é maravilhoso, Jay. Tão doce e tímido. – diz com afeto. – Quero tirar essa timidez de você e acho que fazer isso vai ser bem divertido. – sussurra malicioso.
Percy beija minha orelha e desce sua boca pelo meu ombro, depois para o meu peito até a minha barriga, causando arrepios por onde seus lábios encostam. Quando ele chega perto do cós da minha bermuda, eu solto um gemido baixo de antecipação.
Sentir os lábios de Percy em mim era quase mágico e eu tinha certeza que isso não tinha nada a ver apenas com o sexo em si, mas sim por ser ele estar fazendo isso. Ninguém nunca, jamais, provocou o que ele provoca em mim. E eu não estou me referindo apenas ao meu evidente desejo por ele.
Ele morde de leve a minha barriga, fazendo com que eu prenda a respiração por um momento. Seus olhos verdes me encaram com carinho e desejo, o que apenas faz minha respiração acelerar um pouco mais.
Merda de olhar.
- Você quer isso mesmo, loirinho? Me quer dentro de você? – indaga com os olhos nos meus.
Mordo o lábio inferior porque a voz de Percy é tão excitante pra mim e parece tão injusto ele conseguir me provocar daquele jeito enquanto eu estou morrendo de vergonha.
- Per, não diz essas coisas. – peço em tom manhoso. – É constrangedor.
Percy ri de leve e me dá um selinho carinhoso. Suas mãos apertam a minha cintura e depois a acariciam, como se pra me fazer relaxar. Ele também se esfrega um pouco em mim, o que me faz gemer no fundo da garganta.
- Não fica constrangido, gatinho. Você é lindo. – diz com um sorriso. – E eu quero tanto você, loirinho. Você é só meu, não é?
Suspiro baixo mais uma vez ao sentir as mãos de Percy em minhas coxas. Envolvo meus braços ao redor dos seus ombros e concordo com a cabeça de leve, sentindo-me alegre. Porque eu gostava tanto saber que eu era dele e ele era meu, adorava saber que nós nos pertencíamos, simplesmente adorava.
- Eu sou. – digo baixinho. – Somente seu. E você é meu. E eu te quero, Per. Tanto que eu nem tenho mais ideia. Você está me deixando maluco. – confesso de uma vez só, como se as palavras tivessem pulado da minha boca.
Percy sorri e morde meu lábio inferior, puxando-o em seguida. Ele refaz a trilha de beijos pelo meu corpo, parando quando chega a minha bermuda e mordendo o próprio lábio de forma provocante.
Maldito provocador.
Percy me olha por trás de seus cílios negros e eu balanço a cabeça quase que imperceptivelmente, indicando que ele pode tirar. E o sorriso que ele me dá em seguida me faz derreter.
- Alguém já está animado. – brinca ao abaixar minha bermuda e jogá-la em algum canto.
- Per... – solto um gemido ao sentir a mão de Percy sobre o volume da minha cueca.
Fecho os olhos automaticamente, apreciando a sensação. Ele me aperta de leve o que me faz gemer e arquear as costas. E, quando abro os olhos, Percy está brincando com o elástico da minha cueca. Ele me olha com um sorriso malicioso e então desce minha cueca, jogando-a também em algum lugar.
- Você está duro, loirinho. – diz olhando para o meu membro, o que me faz corar.
- Per... – chamo manhosamente quando ele segura meu pênis com uma das mãos.
- O que foi, loirinho? – pergunta em tom falsamente inocente.
- Eu quero, por favor. – peço olhando em seus olhos.
Ele sorri.
- Quer o quê? Não faço ideia do que você está falando.
Gemo um pouco mais alto quando ele começa a me masturbar devagar, meu coração batendo rápido. Sinto minhas bochechas quentes e meu fôlego raso.
Como Percy podia causar tanto em mim?
Aquilo era tão diferente de quando eu próprio me tocava. Era mais excitante e mais gostoso, de um jeito que eu não fazia ideia. Agora entendo o que dizem sobre sexo, isso tudo era muito bom. E com Percy era como estar nuvens.
- Eu quero que você me chupe. – solto ignorando a minha vergonha.
Vejo Percy sorrir e, assim que fecho os olhos, sinto sua boca em mim. Era tão quente e molhado e tão bom também. E me trazia tantas sensações gostosas que eu não conseguia nem pensar direito.
Não sei quanto tempo aquilo durou, mas teve um momento que eu comecei a ter espamos, o que indicava que eu estava perto. Muito perto. No entanto, quando eu achei que ia me desmanchar, Percy parou.
Abro os olhos e o encaro com a respiração ofegante.
- Não quero que goze agora, loirinho. Senão a diversão acaba, amor. – diz lambendo os próprios lábios.
Respiro fundo e olho no fundo dos seus olhos. Percy era tão bonito e parecia ainda mais agora. Ele estava com o cabelo meio bagunçado, as bochechas levemente vermelhas e um sorriso no rosto que simplesmente me enlouquecia. E, eu confesso, ouvi-lo me chamar de amor foi uma coisa que mexeu comigo.
- Eu quero você, Percy. Muito. – aproximo-me dele e o beijo de leve. – Me foda, amor. – peço baixinho em um tom meio envergonhado, mas excitado também.
Percy me beija com desejo, como se minha fala fosse a gota d'água. Ele desce as suas mãos para a minha bunda, onde aperta com certa força e eu acabo soltando um gemido ainda com seus lábios nos meus.
- Você é tão lindo, loirinho. – diz olhando nos meus olhos. – Gosto tanto de você que nem cabe dentro de mim.
Sorrio um pouco, abraçando seu pescoço e esfregando meu nariz com o dele.
Como Percy podia ser tão fofo e tão pervertido ao mesmo tempo?
- Em mim também não, Percy. – digo carinhosamente. – Mas eu quero você, agora. – peço.
Percy sorri, separando-se de mim e tirando o resto da sua roupa. Ele fica totalmente nu e eu posso, finalmente, admirar o seu corpo. Tento não pensar nas outras pessoas que já o tocaram e me concentro apenas no que sinto, principalmente, no que sinto por ele. E aquilo basta.
Puxo Percy pra mim e o beijo em um misto de sentimentos que nem eu sei exatamente quais são. Apenas sei que é bom. Muito bom.
Ele segura minhas pernas e as puxa para enrolá-las em sua cintura, fazendo-me segurar em seu pescoço com mais firmeza. Percy me senta em seu colo e segura minha cintura com força, separando-se um pouco de mim.
- Loirinho, eu vou começar a te preparar, ok? – pergunta em tom doce.
Aceno com a cabeça em concordância, a respiração ainda um pouco rápida. Percy se inclina para o criado-mudo e abre a gaveta, pegando algo que eu logo entendo o que é. Franzo as sobrancelhas.
- Como você sabia que...?
- Como eu sabia que a gente iria precisar? – pergunta retoricamente. – Não sabia, na verdade, Nico que me deu.
Percy sorri de leve, dando um selinho em meus lábios e acariciando minha cintura com uma das mãos. Remexo-me em seu colo e acabo me esfregando em seu membro, o que o faz gemer e me faz ficar envergonhado.
- Hum... Desculpa. – peço constrangido.
Percy afunda o rosto no meu pescoço e beija a minha pele de forma lenta, fazendo-me sorrir involuntariamente.
- Tudo bem, eu gosto. – diz com a voz rouca.
Maldita voz.
Arrepio-me e me mexo de novo em seu colo, fazendo-o apertar minha cintura dessa vez. Apoio minha cabeça em seu ombro, escondendo o rosto enquanto ele apenas me acaricia.
- Levanta o quadril, meu loirinho. – pede carinhosamente.
Faço o que ele pediu e me apoio em seus ombros pra poder ficar erguido. Sua mão desliza pela minha coxa e chega na minha entrada lentamente. Percebo que seus dedos estão gelados e isso me faz estremecer um pouco, já que a antecipação daquilo que íamos fazer estava me consumindo.
Eu desejava tanto ele que nem parecia real.
- Vai logo, Per. – peço quando ele apenas fica brincando com seus dedos.
Ele sorri de leve, mordendo minha orelha e sussurrando.
- Calma, loirinho. Eu estou apenas começando.
Reviro os olhos e, inesperadamente, o primeiro dedo entra mim. Dou um pequeno pulinho com a surpresa, mas logo me acostumo com a sensação. Percy começa a espalhar beijos pelo meu pescoço e a acariciar minha cintura com a mão livre. E eu apenas aprecio o momento, porque apesar de estranho, era bom. Muito bom.
O segundo dedo entrou devagar, causando certo incômodo e me fazendo gemer um pouco dolorido.
- Machuca? – pergunta preocupado.
- Hum, um pouquinho. Mas não tira, não. – peço em tom baixinho.
Percy continua brincando com a minha entrada até eu estar gemendo com três de seus dedos dentro de mim e eu não consigo registrar muito bem o que aconteceu naqueles instantes, eu só conseguia me concentrar nele. Ele coloca um pouco mais de lubrificante em mim, veste uma camisinha e se posiciona, segurando minha cintura e me olhando com preocupação.
- Você tem certeza, loirinho? Não quero te machucar. – diz em tom sincero.
Então eu percebo que Percy parece muito sério com isso, como se realmente estivesse disposto a parar. E também me dou conta que devia estar mais atento a isso, porque sabia que Percy não suportaria me machucar.
Aproximo meus lábios dos seus e os esfrego contra a sua boca levemente vermelha. Seus olhos se fecham um pouco e eu posso ver sua respiração acelerar um pouco.
Hum, eu também causava sensações nele.
- Eu quero, Per. – digo com a voz meio rouca e baixa, o que acaba por demonstrar meu desejo. – Por favor, sei que você não vai me machucar. – peço baixinho.
Coloco as mãos em seus ombros e, com cuidado, começo a descer sobre seu membro. Gemo baixinho sentindo uma mistura de dor e prazer, fazendo-me parar e então continuar.
- A gente pode parar se você quiser e...
- Cala a boca, Percy. – interrompo. – Apenas se mova devagar e me foda. – digo olhando em seus olhos e deixando de lado a minha vergonha.
Percy assente com a cabeça, segurando a minha cintura com mais força e mordendo os lábios em uma tentativa de segurar um gemido quando me sento completamente sobre ele. Percebo que ele devia estar se segurando faz muito tempo por minha causa e isso apenas me faz querê-lo ainda mais.
Saber o quanto ele se preocupava comigo demonstrava o quanto ele gostava de mim e isso, com toda a certeza, me excitava. Porque eu me sentia querido toda vez que ele demonstrava preocupação.
- Você é tão apertado. – geme me segurando com força. – Tão quente e gostoso.
Solto um gemido também e abraço seus ombros com carinho, embolando em seguida meus dedos em seu cabelo e o puxando levemente.
A sensação de ter Percy dentro de mim ainda era um pouco dolorosa, mas era muito boa também. Eu me sentia bem com ele ali, como se fosse aquele o meu lugar. Com ele, em seus braços.
- Pode se mexer. – digo com a voz cheia de desejo.
Percy segura minha cintura e me faz rebolar devagar sobre sua pélvis, beijando-me enquanto eu tentava segurar meus gemidos e puxava seus fios negros. Sinto suas mãos subirem sobre minhas costas e eu afundo mais meus dedos em seu cabelo, gemendo no fundo da minha garganta.
Nos afastamos quando o ar faz falta. Percy olha nos meus olhos com a respiração ofegante e sorri, o que me faz sorrir também. Olho-o com carinho e sinto as suas estocadas dentro de mim, fazendo-me gemer um pouco mais.
- Você é tão lindo, loirinho. Com as bochechas vermelhinhas de excitação. – diz carinhosamente. – Tão fofo.
Sinto meu rosto ficar quente e escondo meu rosto em seu pescoço, gemendo baixinho e rebolando sobre seu pênis. Suas mãos voltam a apertar a minha cintura e eu sinto como estou próximo.
Quando eu ia imaginar sentir algo assim?
- E eu nunca gostei de alguém como gosto de você, loirinho. – diz em meu ouvido, gemendo em seguida.
E, apesar da respiração acelerada e dos gemidos, eu sorrio de leve. Não importava o que as pessoas podiam dizer sobre nós, ou se aquilo era errado. Pra mim, só importava estar com Percy, em qualquer circunstância. E se aquilo era errado, então eu não queria ser certo.
- Per, eu tam... – ele me cala com um beijo afoito e necessitado, nos fazendo gemer um pouco mais.
- Eu sei, Jay. – diz baixinho. – Juntos, sim? – pergunta começando a me masturbar.
Assinto com a cabeça e o beijo, sentindo os espasmos percorrerem o meu corpo ao mesmo tempo que Percy gemia sobre meus lábios. Chegamos ao ápice juntos. Eu entre nossos abdômens e Percy dentro de mim.
Deixo minha cabeça cair em seu ombro, enquanto ainda sinto os tremores sobre meu corpo. Minha respiração está acelerada assim como os batimentos do meu coração, no entanto, o que importa naquele momento é o sorriso que brota em meus lábios e a satisfação que sinto por estar ali, nos braços de Percy.
- Você foi incrível, loirinho. Precisamos fazer isso mais vezes. – brinca Percy me fazendo rir.
Bato em seu ombro e começo a sair de seu colo devagar, gemendo um pouco. Jogo-me na cama e o chamo para se deitar ao meu lado. Percy sorri, tira a camisinha, joga-a no lixo e se aproxima de mim.
- Você é um pervertido, sabia? – pergunto entrelaçando os braços em seu pescoço.
Percy ri e me dá um selinho.
- Mas loirinho, eu não disse metade das coisas que eu pretendia. – brinca me fazendo rir e bater de novo em seu braço.
Aproximo minha boca de seu ouvido e sussurro.
- Então vamos ter que resolver isso depois, não é? – mordo a ponta da sua orelha e ele se arrepia.
Percy agarra minha cintura e me traz pra mais perto dele, o que me faz estremecer e sorrir.
- Quem é você e o que fez com o meu loirinho tímido? – pergunta incrédulo.
Rio disso e lhe dou um selinho.
- Você faz isso comigo, Per. – digo entrelaçando minha perna com a dele. – E eu adoro isso.
Percy sorri, abraçando minha cintura e colocando o rosto em meu pescoço. Seus lábios fazem uma trilha de beijo sobre a minha pele e ele se aconchega em mim.
- E foi por isso que eu me apaixonei você. – diz em meu ouvido. – Você gosta de mim pelo o que eu sou. Obrigado. – agradece olhando nos meus olhos.
- Não, obrigado você. Por sempre estar ao meu lado. – digo com carinho.
Percy me beija carinhosamente, como se eu fosse a pessoa mais especial pra ele. E aquilo me faz tão bem que eu fico imaginando como alguém pode dizer que o que eu sinto é errado. Muitas coisas são erradas no mundo e em mim, mas me apaixonar por Percy é uma das únicas coisas que eu tenho absoluta certeza de que é certa.
Não é errado, é lindo.
Nos separamos lentamente, seus olhos encarando os meus com afeto. Nós dois sorrimos e então eu percebo, naquele momento, que quero passar o resto da minha vida com ele.
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