História High School - Country House

~POR DINAH~

Assim que cheguei em casa conversei com a minha mãe sobre o acampamento e sobre passarmos na Califórnia. Ela adorou a ideia, mas ficou preocupada por sabia que várias coisas ruins já haviam me acontecido lá. Pedi para não ficar preocupada, pois com certeza estaria com minhas melhores amigas.

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Acordo no meio da noite com Normani me ligando. Antes de atender a ligação, vejo a hora e são 3 AM. O que ela quer?

-Mani?

-Dinah! - ela estava ofegante.

-Por que me ligou tão tarde?

-Porque eu estou na frente da sua casa, vem aqui fora? - riu fraco. Qual o problema dela?

-Okay, espera. - bufo e desligo a chamada.

Desço as escadas, sem fazer barulho, e destranco a porta da frente, dando de cara com Mani.

-Por que está aqui às três da manhã? - digo seca.

-Nossa, pensei que gostasse de mim. - disse ela, fazendo cara triste.

-Desculpe, Mani, mas você me acordou. - rio fraco. - Responda minha pergunta, o que faz aqui? - repito.

-Eu tive uma discussão com minha irmã, e digamos que eu divido meu quarto com ela. - sorriu sem jeito.

-Você tem irmã? - pergunto, dando espaço para ela entrar em minha casa.

-Duas, mas são por parte de pai. - ela se senta no sofá.

-Com qual delas discutiu?

-Ashlee. - revira os olhos ao dizer o nome da irmã. Rio fraco. - Desculpe ter aparecido aqui e ter te acordado, mas eu não sabia pra onde ir, você foi a primeira que veio na cabeça. - sorriu fraco.

-Tudo bem. - retribuo o sorriso. - Mas vamos mudar de assunto. Eu queria ir à um festa de halloween.

-Lauren e uma amiga organizam uma todos os anos, sempre é considerada a melhor festa do ano pelos alunos do nosso colégio! - diz animada. - Provavelmente ela vai fazer uma esse ano.

-Eu espero, há tempos não vou à uma, as que eu ia eram em bares e ia com a Tiff. - sorrio fraco.

-Bares? Tiff? - perguntou franzindo o cenho.

-Longa história, não vai querer escutar. - dou de ombros, tentando fugir do assunto. Tudo bem falar dos bares, mas não sei se quero falar de Tiff.

-Oh, tenho o tempo que quiser. - me encara sorrindo, me passando confiança.

-Bem, quando eu morava em Santa Mônica, eu ia à vários bares com identidade falsa. - dei de ombros.

-Mas quem é Tiff?

-Ah, uma amiga...

-Você não quer falar sobre isso, não é? - colocou uma de suas mãos em minha perna, acariciando a mesma, tentando passar segurança.

-Eu não quero, mas preciso, entende? - encaro-a. - Eu realmente preciso desabafar com alguém, mas ao mesmo tempo prefiro ficar em silêncio.

-Pode contar comigo sempre, Dinah. - ela sorri.

-Okay... - suspiro. - Tiff é... ou foi a melhor pessoa que já apareceu em minha vida, éramos super amigas, conheci ela num bar. Assim que começamos a criar um laço, começamos a sair e nos divertir juntas, mas um dia, Tiff conversou com uma garota que ela não gostava, a sós, e assim que ela voltou ela parecia muito abalada, então decidi que era melhor voltarmos pra casa... - mordo meu lábio inferior, sentindo as lágrimas escorrerem em meu rosto. - Mas ela estava apressada para voltar pra casa, então atravessou a rua antes de mim...

-E...? - Normani implorava para que eu continuasse.

-E que um carro em alta velocidade atropelou ela, matando-a na hora. - nessa hora eu já estava soluçando de tanto chorar, mas não posso negar que conversar com Mani sobre isso me tirou um peso das costas, o que me aliviou muito.

-Hey Dj, calma, tenho certeza que agora ela está orgulhosa de você, pois superou seus demônios e encontrou mais pessoas que realmente te amam. - ela me abraçou fortemente e acariciou meus cabelos. - ela está feliz que você ainda lembra dela com todo o carinho do mundo, okay?

-Obrigada, Mani, você me acalma tanto. -sorri e beijei seu rosto, perto de sua boca.

-Não faça isso... - ela riu fraco.

-Fazer o quê? Isso? – beijei o canto de sua boca de novo, provocando-a. No momento em que ela ia me beijar, escutamos passos no andar de cima, fazendo com que nos separássemos.

-Melhor eu voltar pra casa, se minha mãe perceber que eu saí, ela me mata. - riu fraco.

-Tudo bem, até, Mani. – fechei a porta e voltei para meu quarto.

-Dinah Jane Hansen, é bom você acordar antes que eu bata na sua cara. – Normani grita.

-Ai, o que foi? – acordo assustada.

-Eu só quero te fazer um convite. – sorriu sem mostrar os dentes.

-Espera, como entrou? – pergunto, levantando-me da cama e indo até o banheiro, sendo seguida por Mani.

-Sua mãe me deixou entrar. – sorriu. – Mas não é isso que importa, vim aqui pra perguntar se você quer ir almoçar lá na casa de campo da minha avó.

-Ela não se incomoda? – encaro-a.

-Na verdade, ela está meio doente, então minha família vai lá uma vez por mês para cuidar da casa, já que minha avó não pode sair de casa por um tempo.

-Hm, tudo bem, eu vou com você – sorrio animada. – mais alguém vai?

-Não, só eu e você, achei que seria legal se só nós duas formos. Agora eu preciso ir, minha mãe e eu passamos aqui às 11:30 AM.

-Combinado! – vejo ela sair do quarto.

Antes que eu pudesse tomar banho, recebo uma mensagem de Lauren, avisando que fará uma festa de halloween e que quer nossa ajuda amanhã para arrumar as coisas.

Já no banho, começo a pensar nas festas de halloween que eu frequentava quando morava em Santa Mônica. Eu e Tiff nos divertíamos muito com uns amigos dela, e foi em uma dessas festas que eu conheci Barbara, a menina que eu me apaixonei mas me humilhou completamente.

Eu me aproximei de Barbara em uma festa de halloween que fui com Tiff, ela se mostrou uma boa amiga, até eu me assumir para ela e dizer que estava começando a me apaixonar por ela. Foi horrível.

Como ela era uma garota popular, contou a todos o que eu sentia por ela, e ainda chamou-me de nomes horríveis. Depois nunca mais a vi. Só no funeral de Tiff.

Barbara nunca foi muito próxima de Tiff, não sei o que ela fazia ali, mas ela me olhou com desgosto e eu, óbvio que retribui o olhar. Depois disso, nunca mais tive notícias suas, e nem espero ter.

As fortes batinas na porta do banheiro me despertaram de meus pensamentos.

-Oh Dinah, está pensando o quê? Está aí tem mais de uma hora, isso é porque você não paga a conta, né? – gritou minha mãe.

-Desculpe, mãe, já estou saindo. – rio fraco.

-Normani está te esperando lá em baixo.

-O quê? Por que não me avisou antes? – corri para me arrumar e logo desci e me encontrei com Mani conversando com a minha mãe.

-Oi Dinah, vamos? – perguntou Mani.