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História Him - Sim


Escrita por: Bbraettgo

Notas do Autor


Nem vi que demorei pra postar hahahaha

Fiquei impactada com o último cap.

Não me matem, sou muito linda e modesta pra morrer.

P.S.: A culpa de alguns sofrimentos é da Monique, essa linda.

Capítulo 18 - Sim


Não tinha mais volta.

A mensagem estava enviada e visualizada. Agora, oficialmente, ele e Dahyun haviam voltado a namorar. Contra sua vontade, totalmente contra o que seu coração dizia ser o certo.

Estava com raiva. Estava triste. Estava machucado por dentro.

Estava deitado em sua cama, com um dos travesseiros colados ao corpo, completamente encolhido enquanto agarrava o tecido fofinho. Estava destruído.

Taehyung conseguira ser sua maior alegria e sua maior decepção.

Chorava baixinho e tímido. Sentia ódio por chorar por aquele que havia não só jogado a própria felicidade no ralo, como também tinha condenado a sua felicidade também.

Queria compreender Kim Taehyung, mas estava tão difícil. Doía demais. Era uma dor profunda, além da pele e da vida. O tapa que recebera na face não fazia cócegas quando comparado à reviravolta que sua vida havia acabado de ter.

O celular, ainda aceso, mostrava o chat de Dahyun. Com lágrimas nos olhos, leu pela oitava vez a mensagem que ele mandara como resposta de seu pedido de reatamento.

[Hoje 22:00] Lindo, eu te amo demais, é claro que eu te aceito de volta.

Riu sem humor, de sua própria desgraça. A vida era como uma roda gigante, uma hora estava lá em cima, toda iluminada e oferecendo a melhor vista da cidade; em outra, estava lá embaixo, mostrando toda a pequenez da existência humana, com seus barulhos e intrigas.

Era engraçado até. Uns meses atrás sentia que Dahyun o faria feliz. Pensava em um casamento de princesa, a altura dos sonhos da garota, e uma lua de mel romântica em algum destino propício. Teriam filhos e uma família estruturada e feliz. Mas tudo se desmanchou, como se estes desejos fossem feitos de açúcar que dissolveu quando entrou em contato com qualquer coisa líquida.

E esse líquido era Taehyung. E ele era absinto. Bebida proibida em grande parte dos países do mundo. Bebida dos poetas, com um grau inigualável de álcool, capaz de embriagar e fazer delirar. E por coincidência, um bom absinto era tomado após ele próprio dissolver um pequeno torrão de açúcar.

E foi isso o que ele fez. Não só dissolveu a relação entre ele e Dahyun, como também o embebedou e mostrou os prazeres delirantes que seu teor alcoólico podia causar, ocasionando um vício tão instantâneo quanto a heroína.

Taehyung era como uma droga.

Tóxica e viciante.

Jungkook havia caído no erro de conhece-lo de maneira mais profunda e íntima. E não era sobre o sexo que ele falava, e sim da doçura, do carinho e do cuidado que o garoto de fios roxos escondia do mundo. Entrou em contato com o proibido e agora não havia mais volta.

Fungava chateado, tentando engolir as lágrimas de sua estupidez. O – novamente – cunhado tinha sido um completo imbecil, isso é verdade, mas ele próprio foi tão burro quanto o outro. Burro por não desmentir. Burro por aceitar. E mais burro ainda por concretizar sua idiotice com uma mensagem para a ex e agora atual novamente.

A verdade é que nunca havia passado por situações onde precisasse impor sua vontade. Sua vida sempre fora confortável e dentro dos eixos. Nunca havia precisado lutar por seus desejos e seus ideais. Era um estúpido preso à uma vida de extremo conforto, com pais compreensivos e destino assegurado.

Não sabia como agir e fez o que julgou – em um instante de impulsividade – que o certo seria seguir com a ideia mirabolante do cunhado.

Queria ver Taehyung feliz e ele disse que isso o faria feliz. Mas, Jungkook, sabia que era mentira. No fim tudo era uma mentira. Sua sexualidade, seu relacionamento com Dahyun, seu envolvimento com Taehyung. Viviam os três em um castelo de ilusões. Provavelmente feito de açúcar.

Estava parando de chorar. Não por ter conseguido engolir as lágrimas de voltas e sim por terem secado. Abandonou o conforto de seu travesseiro e se sentou na cama. Precisava conversar e de novo deparou-se com sua solidão. Não tinha amigos com quem compartilhar sua dor. Taehyung havia se tornado seu melhor e único amigo.

Desolado, pegou o celular. Abriu o chat de mensagens.

[Hoje 22:26] Hyung, está acordado?

Visualizada hoje 22:31.

[Hoje 22:31] Oxi! Por que está mandando mensagem?

[Hoje 22:31] Preguiça de levantar.

Visualizada hoje 22:31.

[Hoje 22:32] O que você quer?

[Hoje 22:32] Queria te perguntar uma coisa.

Visualizada hoje 22:32.

[Hoje 22:32] Não tenho paciência com mistério, fala logo.

[Hoje 22:32] Como você descobriu que ama o Jimin?

Visualizada hoje 22:33.

[Hoje 22:33] Já te disse que ele faz o melhor boquete do mundo? Então.

[Hoje 22:33] É sério, hyung.

Visualizada hoje 22:33.

[Hoje 22:33] Mas isso é muito sério!

[Hoje 22:34] Está vendo porque eu não falo com você?

Não esperou ser respondido. Estava cansado das piadas sexuais de Junghyun. Estava cansado da passividade dos pais para tudo o que diziam. Estava cansado de ver Taehyung abrir mão de si para cuidar dos outros. Estava, principalmente, de si mesmo e sua dificuldade de se posicionar no mundo.

Ouviu uma batida na porta, mas mesmo antes de poder responder a mesma foi aberta, revelando o corpo magro do irmão, que entrava – mesmo sem permissão – em seu quarto segurando duas latinhas de cerveja.

— Não conte para a mãe, mas eu escondo algumas no gavetão da geladeira – fechou a porta e em seguida entregou uma lata para Jungkook – Agora você sabe um segredo meu, é melhor eu saber um seu, não?! – sorriu e se sentou na cama – Aliás, sua cara está péssima.

Jungkook abriu a latinha sem dizer nada, apenas emitindo um risinho sem graça para o irmão.

— Você não perguntou aquilo à toa – bebeu de sua cerveja – Claro que o boquete do Jimin contribuiu muito para que ficássemos juntos, mas obviamente não foi esse o ponto principal.

— E o que foi? – resolveu perguntar.

— Todo o resto – respondeu com um ar óbvio – Relacionamento não é só sexo, Kookie. Sexo é só uma parte, e sinceramente, a menor parte.

— E o que é o resto?

Junghyun abriu um sorriso tão brilhante quanto seu olhar. Jungkook nunca o havia visto daquela forma.

— Amo a forma como o Jimin joga o cabelo para trás – não parava de sorrir – Amo quando ele acorda com a boca inchada de sono, ele tem aquela boca gordinha – fitou o teto – Amo quando ele fica cheio de inseguranças e compartilha seus medos comigo e como ele franze as sobrancelhas quando está irritado comigo – corou levemente – Amo o jeito dele quando estamos em um momento íntimo, a maneira como ele conecta seu olhar ao meu e o jeito que ele segura minhas mãos – olhou para Jungkook – Eu descobri que o amava quando percebi que minha vida teria menos graça sem ele por perto, e mesmo sabendo que eu poderia ser feliz em outros corpos, eu jamais trocaria o mindinho minúsculo dele, por que no fim, é ele quem me faz mais feliz.

Jungkook quis chorar de novo. Como se o poço de aguinha salgada tivesse enchido de novo. Ele próprio não conseguia mais se imaginar sem Taehyung em sua vida. Não conseguia mais pensar em sua vida sem as manhas matinais, sem o resumo da escola, sem o jeito marrento e sem os toques delicados e cheios de malícia.

A verdade doía ainda mais. Não era mais apaixonado pelo cunhado.

Ele amava Kim Taehyung.

— E se ele não te quisesse mais? – perguntou ressabiado.

— Se ele me prometesse que seria feliz sem mim, eu o deixaria ir, porque imagina-lo infeliz comigo dói mais do que não tê-lo ao meu lado – fitou Jungkook ainda com o brilho no olhar – Você não a ama, não é?

A pergunta veio como uma bomba para dentro de si, explodindo tudo que ainda lhe habitava. Finalmente bebeu de sua lata, com a esperança de tomar coragem ao invés de cerveja.

— Acho que não – respondeu tímido.

— E por que quer se casar? – perguntou claramente curioso.

— Para fazer quem eu amo feliz – não aguentou e se desabou em lágrimas de novo. Sentiu o corpo ser envolvido em um abraço necessário e acalentador. Deitou a cabeça no ombro do irmão que o acariciava nas costas.

— Estou aqui com você, nunca se esqueça disso – deixou um beijo protetor no topo de sua cabeça – Posso ser meio desmiolado às vezes…

— Quase sempre – disse abafado, forçando um riso.

— Tá, grande parte do tempo – riu – Mas sou seu irmão e estou aqui para te apoiar – afastou o corpo do irmão e limpou suas lágrimas usando os polegares – Não faça uma besteira, às vezes a gente acredita que está protegendo, mas na verdade só está machucando, a si e a outros – disse compreensivo – Se quiser me contar alguma coisa, estarei sempre aqui – abriu um sorriso largo – Agora, chega dessa bad trip horrorosa e vamos animar as coisas por aqui.

— Não, hyung – disse manhoso e ainda choroso.

— Não nada. Bora levantar essa cabeça e seguir em frente, se você acha que essa é melhor coisa a se fazer, não tem porque ficar chorando pelos cantos – se levantou – Venha, vamos para meu quarto, podemos ver um filme ou flertar na internet mandando nudes falsos, é mega engraçado.

Jungkook riu um pouquinho mais humorado e se levantou, arrastando os pés para sair do quarto. Foi arrastado para o quarto do irmão mais velho e passou a madrugada vendo filmes e mandando fotos nuas de atores e atrizes pornôs para tarados na internet. Riu bastante como a muito não fazia com o irmão. Acabou dormindo com ele, abraçados, como faziam quando eram apenas crianças.

{…}

Quatro dias desde que Taehyung havia anunciado seu noivado à sua família. Três dias faltavam para que isso fosse concretizado. Sentia-se cada vez com menos energia. Dahyun tagarelava sobre coisas que sequer havia prestado atenção.

Quatro dias sem falar com Taehyung.

Dahyun falava e falava, mas só conseguia olhar para a tela do celular. Taehyung havia ganhado um novo nome em seus contatos “Cunhado estúpido”. Queria mandar mensagem, mas sentia que seria muito otário por fazer isso. Mais do que já era.

— Você três precisam ir lá em casa no sábado – disse cortando o assunto que sequer sabia qual era.

— Oi, lindo? – parecia confusa.

— Um jantar especial… quer dizer, minha mãe está preparando um jantar especial, pediu para chamar você, sua tia e Taehyung – disse tentando forçar uma naturalidade.

— Claro, mas – ela ficou repentinamente séria – Não sei se Taehyung vai.

— Por que ele não iria? – queria não estar preocupado, mas era trouxa demais.

— Ele está desde domingo dormindo na casa do Yoongi – respondeu séria.

— Por quê?

— Não sei, mas você é mais amigo dele, pode convidá-lo diretamente, não?! – disse com uma leveza simples, como se fosse simples. Na verdade, para ela era.

— Posso mandar sim – respondeu forçando um sorriso e logo desceu os olhos para a tela do celular. Agora ele tinha um pretexto para mandar uma mensagem a ele – Vou mandar agora.

[Hoje 14:57] Já começou a merda, agora vai terminar.

Visualizada hoje 14:58.

[Hoje 14:58] O que?

[Hoje 14:58] O jantar do noivado é sábado, você tem que ir.

Visualizada hoje 14:58.

[Hoje 14:58] E quem disse que eu não vou?

[Hoje 14:58] Acho bom. E por que está no Yoon ¬¬?

Visualizada hoje 14:59.

[Hoje 14:59] Tempo sabático, sabe o que é?

[Hoje 14:59] E por que precisa refletir?

Visualizada hoje 14:59.

[Hoje 14:59] Coisas minhas.

[Hoje 14:59] Ah sim.

Visualizada hoje 14:59.

[Hoje 14:59] Já tem a aliança?

[Hoje 15:00] O que você acha? Afinal eu PLANEJEI esse casamento.

Visualizada hoje 15:00.

[Hoje 15:00] Fica tranquilo, eu vou pagar a aliança.

[Hoje 15:00] Não é questão de pagar.

Visualizada hoje 15:00.

[Hoje 15:00] Eu faço questão.

[Hoje 15:00] Por que está fazendo isso?

Visualizada hoje 15:00.

[Hoje 15:00] Isso o que?

[Hoje 15:00] Fugindo.

Visualizada hoje 15:01.

[Hoje 15:01] Fugindo de que?

[Hoje 15:01] De nós.

Visualizada hoje 15:01.

[Hoje 15:01] Estou te protegendo.

[Hoje 15:01] De que?

Visualizada hoje 15:01.

[Hoje 15:01] De mim.

[Hoje 15:01] E por que mesmo?

Visualizada hoje 15:01.

[Hoje 15:01] Porque me importo com você.

[Hoje 15:01] Você está me machucando.

Visualizada hoje 15:01.

[Hoje 15:02] Dói em mim também.

[Hoje 15:02] E mesmo assim, quer continuar com isso?

Visualizada hoje 15:02.

[Hoje 15:02] Sei que vai ser feliz.

[Hoje 15:02] Pode ser que eu seja mesmo, mas e a gente?

Visualizada hoje 15:02.

[Hoje 15:03] A gente foi um erro que eu provoquei.

[Hoje 15:03] É isso então? Acabou?

Visualizada hoje 15:03.

[Hoje 15:03] Nunca houve nada para acabar.

[Hoje 15:03] Ótimo! Mas essa palhaçada você quem começou, vai pagar E me ajudar a escolher a aliança.

Visualizada hoje 15:03.

[Hoje 15:03] Tudo bem, hoje não fui trabalhar, posso te encontrar daqui uma hora no seu prédio.

[Hoje 15:04] Ótimo!

Visualizada hoje 15:04.

[Hoje 15:04] Até já.

— Linda, preciso ir – interrompeu a fala de Dahyun, já se levantando, levemente irritado. Deixou um beijinho curto na cabeça da garota confusa e saiu da lanchonete após acertar a conta.

Caminhou sentindo uma raiva crescer dentro de si. Queria socar o nariz do mais velho. Queria gritar com ele e xingar. Mas também queria dizer que o ama e que nada precisava ser assim. Queria abraça-lo e pedir para que parasse de se importar tanto com os outros. Queria odiá-lo, mas também queria continuar amando-o.

Sua cabeça era um mar de pensamentos confusos e desesperados. Queria ver o causador de seu sofrimento, mas também não queria. Estava confuso.

Chegou à entrada de seu prédio mais rápido do que esperava e se pôs a esperar por Kim. Olhava a tela do celular de maneira compulsiva, sentindo as mãos suarem. Não sabia como seria olhar para o cunhado agora.

Antes do combinado, viu o corpo de Taehyung se aproximando pela calçada, seu cabelo roxo estava retocado e levemente umedecido. Provavelmente Yoongi havia pintado para ele. Desviou o olhar, querendo fingir a si mesmo que não o tinha visto. Sentia os olhos pesarem e a ansiedade se misturar com uma tristeza infindável.

— E aí? – ele disse baixinho.

Jungkook levantou o olhar em fúria, queria devolver o tapa, queria xinga-lo de todos os palavrões que conhecia, mas travou ao perceber uma camada grossa de corretivo na área dos olhos cansados. Ele havia chorado e não pouco.

— Vamos – respondeu seco.

Taehyung concordou com a cabeça e passou a acompanhar os passos de Jungkook, deixando as mãos nos bolsos da calça. Ficaram em silêncio, andando lado a lado. A cabeça de Jungkook estava a milhão e ao mesmo tempo vazia.

— Como você está? – Taehyung quebrou o silêncio.

— Vou pedir minha namorada em casamento, acho que estou feliz, não acha? – respondeu impulsivo com toda a raiva e ironia que habitavam seu corpo.

— Fico feliz em saber – respondeu anestesiado.

— E você? Como está? – perguntou baixando a guarda.

— Feliz que minha irmã vai casar com um cara legal – riu soprado de maneira forçada.

O silêncio se fez novamente presente. Pouco a pouco chegavam à área comercial da cidade. O volume de pessoas era grande e o trafego intenso. Por vezes, sentia o braço de Taehyung resvalar no seu, lembrando da saudade que sentia de seus toques.

— Ali tem uma – ele disse apontando para uma joalheria.

— Vamos lá acabar com isso logo – e isso era verdade, queria logo comprar o que precisava e ir embora, para esquecer que isso tudo estava acontecendo.

Seguiu o corpo de Taehyung até o local e o adentrou depois do mais velho. A loja pequena era quase toda feita de vidro, expondo belas peças de ouro e pedras preciosas. Dirigiram-se até o balcão e foram recepcionados por um senhor bem idoso.

— Como posso ajudar, cavalheiros? – a voz cansada e baixinha do senhor se fez presente.

— Boa tarde – a voz de Taehyung saiu imponente, alta e feliz. Jungkook o encarou, ele havia mudado completamente – Finalmente ele pedirá minha yeodongsaeng em casamento.

Jungkook franziu o cenho completamente confuso. Nunca vira o cunhado se dirigir à irmã com um título tão carinhoso.

— Que alegria rapaz! – o senhor comemorou e Jungkook sorriu sem mostrar os dentes.

— Traga belas alianças – ficou pensativo e voltou a sua atenção à Jungkook – Um diamante solitário ou mais de um? – Jungkook viu a tristeza nos olhos de Taehyung, era completamente diferente da maneira alegre que ele fingia naquele momento. Ele já havia aprendido a ler as entrelinhas do cunhado.

— Pensei em algo menos chamativo – respondeu – Quero algo simples, ouro branco com detalhes em ouro rosa – dirigiu a fala ao senhor que prontamente se retirou para buscar alianças que encaixassem na descrição que lhe fora dada, Jungkook voltou a atenção à Taehyung – Ela merece ganhar um diamante sim, mas de alguém que ame de verdade – sussurrou sério.

— Mas você a amava – respondeu igualmente sério.

— Se passou tão rápido, talvez eu nunca tenha amado.

— Irá amar de novo, eu sei – desviou o olhar para cima – eu sei que vai – sua voz saiu falha – Ela é adorável, eu a criei assim – ele estava prestes a chorar.

— Eu sei que ela é adorável – disse sincero – Mas não posso dar a ela o que ela precisa e merece.

— E por que não? – encarou Jungkook com os olhos marejados.

— Porque eu não posso mais ama-la.

— Por favor, tente – fechou os olhos, deixando a cabeça pender para baixo – Por mim…

— É por você mesmo que eu estou fazendo isso, porque…

— Trouxe algumas belíssimas opções – o senhor voltou com um mostruário cheio de anéis e Taehyung se direcionou para fora da loja.

— Ele foi fumar – disse alto – Deixe me ver – passou a olhar os anéis expostos.

Pegava os objetos de ouro, analisando-os com cuidado. Eram muito bonitos. Ao pensar no processo de escolha quis novamente chorar. Ele realmente estava fazendo aquilo? Era um passo importante que definiria o resto de sua vida, pois, mesmo que se acabasse se divorciando no futuro, nunca mais seria um homem solteiro por lei.

O peso de sua falta de coragem de negar, gritar e reagir lhe machucava. Estava difícil aceitar, mas era difícil também simplesmente dizer não. Lembrou-se do pai abrindo o espumante e pensando em possíveis locais para cerimônia. A imagem de Junghyun dizendo que ele iria chutar as amigas de Dahyun para pegar o buquê e levando mais um típico safanão de Jimin lhe preencheu a cabeça. Não poderia simplesmente chegar e dizer “oi, então, na verdade não quero casar porque descobri que gosto de chupar o pênis do meu cunhado”. Claro, jamais diria assim, já que jamais diria nada.

Sentiu a presença de Taehyung parar ao seu lado. Mesmo sem vê-lo sabia que o mesmo observava o anel que girava em seus dedos. Um belo exemplar de aliança de ouro branco na parte de fora e ouro rosa na parte de dentro.

— É lindo – ele comentou com a voz calma – Você gostou?

— Tanto faz – murmurou e entregou a aliança na mão dele, antes de sair da loja.

Acomodou as mãos dentro dos bolsos do jeans escuro e olhou para o céu. A vida sempre lhe parecera tão simples e descomplicada, e agora, ele se sentia um pontinho de insignificância no meio do universo. Seus pensamentos estavam confusos e embaralhados. Desde o anúncio não conseguia sentir prazer em coisas outrora prazerosas. Era como se a vida tivesse perdido a cor.

Taehyung saiu da pequena loja e parou novamente do seu lado. Caçou um cigarro no maço e direcionou-a boca. Jungkook o observava de soslaio, tentando fingir – mais para si do que para ele – que não o estava olhando. Os cabelos mais secos traziam um roxo mais uniforme e bonito.

— Retocou? – fez uma pergunta estúpida, já que a resposta era visível.

— O Yoon me obrigou a retocar – se encostou à parede externa da loja e apoiou um dos pés na mesma.

— E como ele está? – queria puxar papo, mas não sabia como. Taehyung carregava uma sacolinha da joalheria. Estava feito e não tinha volta. Havia perdido Taehyung como amante, que pelo menos o tivesse como amigo.

— Bem, querendo me jogar para fora da casa dele já – sorriu sem graça.

— E por que está ficando lá? – encostou-se à parede também, sem tirar as mãos dos bolsos.

— Meu quarto ainda tem seu cheiro – olhou para Jungkook – Não consigo, só isso – puxou uma tragada longa e desviou o olhar, fitando o céu, assim como Jungkook fizera a pouco.

— Então preciso ir passar uns dias lá no Yoongi também – disse sério e Taehyung riu.

— Me desculpa pelo tapa? De verdade? – perguntou sem lhe direcionar o olhar.

— Nem lembro mais disso – ficou em silêncio – Normalmente palavras doem mais.

— Eu sei – respondeu sério.

— E como vai ser? Digo… depois.

— Como assim? – olhou para si de maneira séria e retribuiu seu olhar.

— Minha mãe disse que você vai ceder seu quarto para eu morar lá com Dahyun. Onde você vai ficar?

— Na sala, ué?!

— Isso não é justo – disse com a voz suave e entristecida.

— Bom – riu soprado e sem humor – Eu já acostumei com as injustiças da vida, e outra, é importante que você tenha o mínimo de conforto.

— Mas não é onde eu vou dormir que me desconforta – foi sincero.

— Eu não vou causar mais problemas, juro.

— Você vai, sabe que vai – afirmou com certeza total em suas palavras.

Taehyung jogou o cigarro no chão e amassou-o com o pé que jazia na parede. Virou-se de frente para Jungkook e lhe estendeu a sacola da joalheria.

— Preciso ir, nos vemos no sábado, no jantar de noivado – fez Jungkook pegar a compra recém feita – Tchau – despediu-se seco e caminhou para longe de si, deixando um gosto amargo de raiva, indignação e saudade.

Jungkook o viu sumir no meio das pessoas. Voltou a olhar a sacolinha e retirou a caixinha de dentro. Abriu-a e não aguentou segurar a lágrima que tentava manter dentro de seus olhos. Ele havia comprado a aliança mais bonita. Uma de ouro branco, com um filete vazado de ouro rosa e um pequeno diamante no centro.

{…}

O relógio marcava 19h00. Já estava terminando de se arrumar para o noivado. Usava uma camisa com coloração que se assemelhava à beterraba de um tecido leve e brilhoso. O cabelo estava sendo penteado quando alguém tocou sua porta.

— Entra – gritou.

A mãe entrou, trazendo consigo um cinto preto de couro. Largou o objeto na cama e se direcionou até Jungkook, retirando o pente de suas mãos com delicadeza, ela mesma queria pentear seu cabelinho, assim como fazia quando ele era criança.

— Está certo disso, filhote? – ela perguntou serena.

— Estou sim – mentiu na maior cara dura.

Ela continuou penteando seu cabelo. Jungkook tinha a impressão que não havia mais nada a ser arrumado, mas sentia que a mãe tentava prolongar esse momento.

— Mãe, posso perguntar uma coisa? – disse calmo.

— Até duas, meu amor – ela lhe olhou com um sorriso bonito.

— Eu nunca vi fotos do seu casamento, onde estão?

Ela parou de pentear seu cabelo e lhe olhou de maneira maternal e bonita.

— É porque eu e seu pai nunca casamos de verdade, como a lei e a igreja mandam – respondeu sem deixar de sustentar o sorriso no rosto.

— Mas… como assim? – estava confuso. Sempre vira a família como algo perfeito e estruturado, que cumprira com todas as regras sociais implícitas e explícitas.

— Ai, bebê, tem tanta coisa entre eu e seu pai – beijou sua testa – Um dia eu conto – terminou de ajeitar a franja – Só quero que seja feliz, entendeu?

— Eu serei – disse incerto.

— Independente com quem seja – encarou-lhe nos olhos – Eu e seu pai não temos nada a ver com o que acontece com nossos filhos entre quatro paredes, só queremos ver vocês dois com belíssimos sorrisos largos no rosto.

— Eu sei o que estou fazendo, mãe – aquela conversa estava estranha e tomava rumos perigoso.

— Marquei o jantar para 20h, mas pedi para Taehyung chegar um pouquinho mais cedo – confessou.

— Por quê?

— Acho que precisam conversar – depositou o pente na cama – Você está lindo – beijou sua testa novamente – Ele te espera na cozinha, fiquem à vontade, não deixarei ninguém atrapalhar.

Jungkook ficou sem reação. Não queria ver Taehyung na hora do jantar, imagina antes do mesmo. Viu a mãe levantar e caminhar até a porta de saída do seu quarto. Sorriu sapeca para o filho, fazendo-o franzir o cenho.

— Ah – disse já segurando a porta – Pedi para ele vir com aquela camisa azul marinho que você emprestou para ele e penteei o cabelinho dele. Ele está lindo – fechou a porta com suavidade.

Fitou os próprios joelhos, dobrados na ponta da cama. Taehyung estava esperando-o na cozinha. Não sabia o que fazer, não sabia o que pensar. Encheu o peito de falsa coragem e se levantou.

Saiu do quarto em direção à cozinha. Um caminho curto que sempre levou poucos segundos para concluir, no entanto, parecia longe e se afastar cada passo mais. Trombou com a mãe no corredor, que segurava uma travessa de kimchi e lhe sorriu tranquila, como se nada estivesse acontecendo.

Bufou devagar, não querendo fazer barulho e entrou na cozinha. Encontrou Taehyung encostado no balcão da cozinha. Ele usava a camisa e a calça que eram suas, no pé um All Star preto surrado. Ele estava realmente lindo.

A cabeça baixa, as mãos que repousavam nos bolsos – uma nova mania pelo jeito – o cabelinho penteado por sua mãe. Seu corpo pedia proximidade, queria tê-lo mais uma vez. Um desejo fulminante invadiu seus pensamentos, queria apenas fugir, pegá-lo pela mão e escapulir. Não, antes queria matar a saudade do toque, do beijo e do cheiro dele, e somente depois fugiria, para qualquer lugar do mundo, uma cabana no meio do nada.

Sentia um formigamento subir pelo corpo e uma vontade inexorável de não falar nada, apenas tomar os lábios dele contra os seus, tocar o corpo que conhecia tão bem e se entregar de corpo e alma – nesse momento, mais alma. Mas, sua insegurança não permitia, seu medo era aterrorizador e o mantinha preso no chão.

Aproximou-se com lentidão, queria adiar aquele momento. A saudade do corpo alheio só crescia a cada dia, assim como o vazio em seu peito, que lacerava sua alma cada instante mais.

Queria dizer todas as coisas que sentia. Falar sobre o quanto o amava, mesmo com todas as coisas erradas. Queria dizer que sentia falta dos abraços, das peripécias escolares, do cheiro de leguminosas misturado com tabaco. Mas não disse.

— Minha mãe acha que devemos conversar – sussurrou, parando na frente do cunhado.

— Você contou para ela? – subiu o olhar e então os olhares se conectaram de maneira intensa.

— Se eu tivesse contado ela mesma impediria essa loucura – riu sem humor – Mas, acho que ela desconfia.

— Eu acho que ela sabe – respondeu sem cortar a ligação visual.

— É isso mesmo o que você quer? – perguntou mais uma vez. Taehyung não respondeu, mordeu o lábio e abaixou a cabeça. Jungkook se aproximou mais do outro – Se você disser que é isso, eu vou até o fim.

Taehyung maneou a cabeça afirmativamente, visivelmente engolindo o choro que queria escapar, evitando o olhar

— Entendi – levou as mãos aos cabelos penteados – E… por que mesmo? Só me lembra o motivo disso…

— Porque é o certo a se fazer – olhou para si – Jungkookie – disse querendo chorar.

Taehyungie – sentiu a vista umedecer mesmo forçando um sorriso que era mais triste do que mentiroso – Como isso pode ser certo? Minha cabeça, meu corpo… não me dizem ser o certo. Não quero ficar longe de você.

— Não vamos ficar longe, seremos da mesma família – deixou uma lágrima escorrer singela e tímida.

Jungkook se aproximou enquanto permitia que uma lágrima também escorresse. Diminuiu o espaço entre os dois corpos, vendo as camisas azul marinho e beterraba se encostarem.

— Você gosta de mim? – não sabia de onde tinha tirado tanta coragem para perguntar aquilo. Taehyung desviou o olhar, fitando o teto que apresentava manchas de gordura.

— Eu quero que você se case com a segunda pessoa mais importante da minha vida – fechou os olhos – O que você acha?

— Segunda? Quem é a primeira? – viu Taehyung abaixar o olhar marejado de gotículas salgadas de tristeza, ele olhava dentro dos seus olhos de maneira intensa.

— Você.

Jungkook não aguentou e findou qualquer espaço entre eles, iniciando um beijo que tinha gosto de amor, de saudade e de indignação. Taehyung retribuiu seu beijo de maneira voraz, ele também devia sentir falta da boca do outro. Taehyung puxava o corpo do mais novo para mais próximo de si, segurando-o de maneira possessiva.

Jungkook detinha os fios arroxeados entre os dedos, agarrando-os com vontade. Não queria esquecer a textura daqueles cabelos. Sentia o corpo desejar mais contato do que já tinha. Desceu as mãos ligeiras até a barra da calça e puxou a camisa para fora. Colocou a mão na barriga do outro, sentindo a pele quentinha e macia. Acariciava a pele bronzeada e sentia as arfadas do cunhado contra seus lábios.

Taehyung copiou seus movimentos, desejando tocar sua pele branquinha. Arranhava a pele sem piedade, querendo tomar aquele corpo para si. Sentia pequenas gotas de suor começarem a tocar seus dedos, entre as dobrinhas naturais da pele.

O beijo era afoito e banhado a lágrimas de ambos. Jungkook sentiu Taehyung abandonar sua cintura e levar as mãos à sua cabeça, segurando-a com cuidado e desejo.

O beijo foi interrompido de maneira abrupta quando três toques foram depositados no batente da porta da cozinha. Taehyung virou-se de costas e Jungkook se afastou, levando à mão para a boca vermelha e inchada. Sentia o coração à milhão e olhou em direção a entrada da cozinha. Viu o corpo da mãe surgir do cantinho.

Ela entrou com um sorriso pequeno.

— Desculpe, não queria atrapalhar – ela se direcionou até Jungkook, colocando a camisa dentro da calça novamente – Está quase na hora e Junghyun está com medo que eu ache suas cervejas no gaveteiro da geladeira – riu enquanto secava as lágrimas do filho – Ele acha que eu não sei… eu sempre sei das coisas – disse vitoriosa enquanto se direcionava até Taehyung para repetir o processo de arrumação da roupa – Espero que tenham conversado.

Jungkook e Taehyung não disseram nada. A mulher pegou alguns recipientes com comida e entregou na mão de ambos.

— Estão os dois amassadinhos, levem para a mesa e eu digo que ficaram assim enquanto me ajudavam – sorriu materna – Filhote vá lavar o rosto e – deixou mais um beijinho de mãe em sua testa, precisando levantar os pés para alcançar – Eu estarei do seu lado, certo?

Saiu, deixando-os sozinhos novamente. Um silêncio se fez presente por um momento. Taehyung colocou sua travessa em cima do balcão e se aproximou de Jungkook novamente, retirando a travessa de sua mão e depositando-a em cima do fogão.

— Eu não sou bom o suficiente para você – segurou no rosto ainda choroso – Não tenho direito de atrapalhar todas as coisas lindas que você tem para viver ainda – fechou os olhos e se aproximou – E eu sempre vou lutar para garantir que você conquiste as melhores coisas do mundo.

Jungkook soltou o ar e fechou os olhos também, querendo chorar de novo.

— Você só se nega a me ajudar a conquistar uma coisa – sussurrou.

— Você é que não consegue enxergar agora – aproximou sua testa da dele – Você vai ser feliz, eu juro por minha própria vida.

Findou o restinho de espaço entre as bocas e o beijou novamente, agora mais calmo e tranquilo. Apaixonado. Jungkook retribuiu, pois também sentia falta. Interrompeu o ósculo e afastou o corpo de Taehyung.

— Posso te pedir duas coisas?

— O quê? – murmurou.

— Primeiro, que não se afaste de mim, quero continuar com sua amizade.

— Eu prometo – sorriu bonito.

— Segundo, deixa eu ir me despedindo da gente aos pouquinhos? – sua fala saiu suplicante.

— Não torne tudo mais difícil – pediu.

— Eu não escolhi isso, essa maluquice é ideia sua, acho que mereço… e preciso.

Taehyung o beijou novamente e encaminhou suas mãos para cruzarem com as do cunhado.

— Eu também preciso – respondeu antes de beijar as mãos dele e solta-las. Pegou sua travessa e saiu em direção à sala.

Jungkook fez o mesmo.

{…}

Todos os oito integrantes daquela família estendida estavam conversando e comendo. A tia conversava de uma maneira estranhamente animada com Junghyun, contando coisas de sua mocidade, fazendo o irmão de Jungkook rir de maneira escandalosa.

Jungkook estava sentado ao lado de Dahyun e sentia sua mão ser acariciada pela dela, gelada de ansiedade. Dahyun estava visivelmente nervosa. Tentava conversar com Jimin e o com o futuro sogro, que insistia em falar sobre tatuagens.

Jiwoo conversava com Taehyung, que se sentava ao lado de Dahyun. O cunhado contava sobre a escola e comentava sobre assuntos que os dois viviam na escola, como quando houve uma discussão durante um intervalo por causa de uma partida de UNO. Jiwoo ria com o garoto.

Jungkook estava alheio e pensativo. Sentia como se estivesse fora do próprio corpo. A aliança que pesava menos de 10 gramas, parecia na verdade ter toneladas dentro do bolso. Olhava o nada com um semblante incompreensível.  Apertou a caixinha da joia dentro do bolso e olhou cada um dos presentes ali. Tão alegres.

— Dahyun… – disse mais alto, voltando sua atenção à garota e fazendo com que todos parassem de falar e comer.

Retirou o pacotinho do bolso e o apertou entre os dedos. Deslizou o olhar de maneira discreta até Taehyung, e o viu assentir com a cabeça. Abaixou o olhar e levou a caixinha à vista de todos, fazendo Dahyun sorrir.

— Você… – as palavras travaram em sua garganta, negando-se a sair. Todos os olhavam e isso lhe causou uma ansiedade diferente. Sentiu as mãos suarem e o coração disparar.

Queria chorar e sair correndo. Gritar e quebrar tudo. Viu Taehyung apreensivo, movendo-se em demasia na cadeira. A expectativa cresceu de maneira inversamente proporcional ao seu desejo de proferir suas palavras.

Olhou novamente nos olhos de todos ali. Sentiu um desespero ficar enorme dentro de si. Começou a hiperventilar um pouco, aumentando sua ansiedade. Colocou a caixinha dentro do bolso novamente e se levantou, saindo apressado para o banheiro.

Adentrou o local e se escorou na pia, abrindo o jato de água, e molhando o rosto de maneira desesperada. Queria chorar, não queria se casar. Sabia que aquilo estava errado. Ouviu a porta ser aberta e em seguida fechada novamente. Fitava o ralo que sugava a água que saía da torneira. Então viu a mão bronzeada fechar o fluxo do líquido, e em seguida sentiu ser corpo ser envolvido em um abraço.

— O que você está fazendo aqui? – perguntou tentando voltar ao normal?

— Sua mãe me mandou vir, mas na verdade, eu que te pergunto, o que aconteceu? – encostou sua cabeça nas costas do mais novo, apertando-o ainda mais no abraço que lhe dava por trás.

— Preciso de um minuto – disse ofegante.

— Você quer desistir? – perguntou hesitante.

— Não, Taehyung, não vou desistir dessa merda – respondeu de maneira agressiva.

— Tem certeza? – Jungkook poderia estar ficando louco, mas sentiu que o cunhado parecia suplicar para que ele desistisse.

— Tenho – respondeu sério.

— Vou te ajudar então – disse triste e se separou do corpo do outro.

Jungkook se virou de frente para Taehyung e o fitou intensamente dentro dos olhos. Tocou o rosto do cara de cabelos coloridos e sorriu pequeno antes de beijá-lo mais uma vez. Foi retribuído, assim como sabia que seria.

— Eu transaria com você agora – disse em um risinho durante o beijo.

— Sem chuca e sem camisinha? Eca… – respondeu rindo também.

— Ah, nojinho agora? Não sentiu nojo quando me beijou lá embaixo na primeira vez – envolveu o pescoço de Taehyung que mantinha suas mãos no gabinete do banheiro.

— Lavei a boca, credo – aproximou-se mais e lhe beijou mais uma vez. Findou o ósculo e se afastou – Você vai ser um noivo muito sexy, Jungkookie.

— Eu sei – brincou forçando o humor.

— Vamos lá?

— Vamos.

— Desejo toda a felicidade do mundo para você.

— Também desejo à você.

Afastaram-se e Taehyung abriu a porta, deixando Jungkook sair primeiro, depois de encher se pulmão de ar. Retornaram à mesa onde todos estavam perplexos.

— Dahyun, ele quer te pedir em casamento – Taehyung disse rápido – Ele ficou nervoso, por isso estou ajudando – sorriu sem mostrar os dentes.

Jungkook confirmou com a cabeça e retirou a caixinha do bolso novamente, finalmente estendeu a caixinha da aliança na frente da garota, abrindo-a em seguida.

— Você aceita? – perguntou tentando manter a serenidade.

Viu a mãe ficar séria, o pai comemorar, Jimin bater em Junghyun que devia ter feito algum comentário particular, a tia levar as mãos ao peito e Taehyung abaixar a cabeça de maneira derrotada.

— Sim – ela disse dando um pulinho que acabou em um abraço apertado em seu pescoço.

O pai passou a fotografar o momento em que ele colocava a aliança em seu anelar direito. Conforme o anel enlaçava o dedo da moça, seu coração quebrava em miúdos pedacinhos.

E assim, terminaram a noite, com comemorações e felicitações ao futuro casal. Jiwoo e Taehyung sumiram em algum momento daquele pequeno evento. Jungkook queria procura-los, mas estava muito ocupado sorrindo falsamente para fotos que seriam publicadas em redes sociais diversas.

Estava, enfim, noivo de Dahyun.


Notas Finais


Eu perdi o controle da minha vida.
Por isso leio os comentários e não consigo responder.
Sou a pior autora, eu sei.


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