História Hime - Reencontro

Capítulo VII - Reencontro

 

- Eu estou aqui, Sakura... Eu estou aqui! – Disse tentando a confortar.

 

Ficaram abraçados por mais um tempo e o moreno prometeu passar a noite ali com ela, até que se acalmasse. Deitaram no sofá da sala adormeceram abraçados. Sasuke ficou aliviado, pois ela não insistiu em saber sobre os poderes dele, que eram confusos de serem explicados.

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Ainda naquela noite, com o pedido de Naruto, Hinata foi jantar com o mesmo em um restaurante próximo da delegacia. Pediram comida típica brasileira, pois era uma culinária muito apreciada por Naruto e que passou a ser apreciada também por Hinata. Conversaram sobre inúmeros assuntos, contaram sobre suas vidas, adolescência, os planos que tinham e como estavam suas vidas agora, a morena tomou todo cuidado para não deixar escapar sobre sua verdadeira identidade, não poderia correr nenhum risco, ele já parecia desconfiar de tudo e ela precisava ser cautelosa. Hinata sorria tímida em quase todo o jantar, pensava que o loiro não estaria gostando daquilo, mas na verdade era o contrário, ele amava cada coisa que ela fazia. Após o jantar, o loiro a convidou para passar a noite em sua casa, mas ela recusou, tinha que voltar, assuntos para resolver e também estava cansada. O loiro suspirou e a levou até perto da aldeia, se despediram com um breve beijo e de lá ela foi para casa.

 

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Ino encarava o céu pela janela do quarto e pensava em como recomeçaria sua vida, fazia planos e se imaginava neles e quando tivesse seu filho, seria difícil, mas daria tudo certo. Deitou-se e adormeceu em seguida. No dia seguinte acordou com o vento entrando pela janela do quarto.

- Droga, o vento deve ter aberto a janela esta noite. – Resmungou e se espreguiçou, foi para o banheiro e se banhou com pressa, ao sair secou-se e vestiu um vestido que Hinata havia lhe dado. O vestido era simples na cor azul e estampado com flores. Calçou uma sapatilha preta e se apressou para ir buscar algum emprego, rodou quase toda a cidade, mas infelizmente, não tinham tantas vagas e sua situação complicava, pois a loira não tinha estudado em uma escola, por mais que era inteligente, não tinha um diploma para provar que tinha estudo. Voltou para casa no fim da tarde, exausta e faminta.

- Ah, não pensei que iria ser tão difícil! – Reclamou passando a mão na nuca, Ino se aproximava da pensão e olhou no canteiro na frente do local, o jardim com flores morrendo, estranhou, pois era para elas estarem lindas, era uma boa época para aquelas plantas darem flores. Subiu de pressa para seu quarto e guardou suas coisas sobre a cama, pegou uma garrafinha e a encheu de água, olhou para o líquido e este tomou uma coloração azulada por alguns segundos para depois voltar ao normal, a loira sorriu e voltou para o pequeno jardim. Jogou a quantia certa de água no solo das plantas e retirou algumas pragas evidentes e lagartas que insistiam em comer as folhas. Chiyo observava a garota cuidar das plantas com carinho e se interessou. Ino voltou para seu quarto e após um banho, deitou-se na cama.

No dia seguinte, Chiyo arrumou seu quarto após acordar e foi ate a recepção, pegou algumas chaves e começou a abri as portas de entrada, quando passou pelo jardim se admirou com a beleza de suas flores, elas possuíam uma cor vibrante e o perfume das mesmas davam mais vida para a entrada da pensão. A senhora sorriu admirada e abriu o portão da recepção. Olhou para a grande garagem que estava fechada guardando poeira e uma grande ideia veio em sua mente.

- Porque não transformar esta garagem velha em um comércio? – Perguntou para si mesma e sorriu com sua ideia, correu para dentro da pensão e algumas pessoas já estavam descendo para ir trabalhar.

- Bom dia dona Chiyo!

- Bom dia, rapaz, bom trabalho!

- Obrigado!

A senhora discou um número no seu telefone e fez a ligação para um amigo, contou sua ideia e ele adorou. Duas horas depois o senhor chegou à pensão, tomou um café na recepção enquanto conversava com Chiyo.

- Bom dia, Chiyo-sama! – Disse Ino ao passar pela recepção, a loira parecia vasculhar sua bolsa a procura de algo. – Tcs...

- Hey, mocinha! – Chamou Chiyo

Ino se virou e aproximou-se da senhora.

- Percebi que você estava a procura de um emprego, já encontrou?

- N-Não, não tive sucesso ontem, tentarei novamente hoje.

- Eu tenho uma proposta de emprego para você!

- Tem? – Perguntou Ino confusa.

- Sim, pretendo abrir um comércio, uma floricultura para ser mais específica. Eu vi como você cuidou das plantas do meu jardim, elas estão bem mais bonitas! Gostaria de trabalhar comigo?

- Eu adoraria dona Chiyo! Seria uma honra!

- Perfeito! Acompanhem-me!

Chiyo começou a caminhar para fora do prédio, e seguiu para uma garagem grande, destrancou o grande portão e o levantou, a poeira fez todos espirrarem. Acendeu a luz e entrou no local, tinha um carro antigo parado ali.

- Posso vender este carro, ele funciona, era de meu marido, mas eu não sei dirigir, não tem porque deixá-lo aqui acumulando poeira!

- É bastante espaçosa, você pode fazer mais de um comércio aqui! – Disse Ino

- Como assim? – Perguntou o senhor que as acompanhava.

- Vocês podem abrir dois comércios, uma floricultura e uma pequena lanchonete. É extremamente espaçosa, olhe, seu carro ocupa nem parte da garagem.

- Sim, na verdade é uma garagem para vários carros, cabem no mínimo uns 10 carros, digamos que era estacionamento da pensão, mas como meus clientes não possuem carros, apenas motos e bicicletas, esse local ficou parado, já que tem outro estacionamento atrás do prédio para os clientes... – Explicou Chiyo – Mas confesso, é uma boa ideia, Ino, obrigada!

- Realmente tem espaço para duas lojas, mas não tem espaço para mesas!

- Ora, mas tem todo esse espaço enfrente ao estacionamento, é só cobrir e por as mesas ali, seria uma lanchonete ao ar livre! – Disse Ino.

- Você tem razão, sabe mais ou menos quanto terei que investir?

- Bom, teremos que limpar toda a garagem, esse carro vale no máximo 400 mil ienes. Isso já ajuda na compra de materiais como tinta e as mesas para a lanchonete.  Pode ser levantado uma falsa parede para separar os dois estabelecimentos, isso não sai tão caro! – Explicou o senhor.

- Vamos começar logo já, venham me ajudar a limpar o local!

- Vou levar o carro para uma concessionária

- Okay, Ino me ajuda com a limpeza então.

- Sim dona Chiyo.

O senhor retirou o carro da garagem e dirigiu o mesmo até uma concessionária próxima dali para tentar vendê-lo, enquanto isso, Chiyo e Ino retiraram tudo que não ia ser reutilizado e lavaram todo o local.

 

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Dois dias depois Shiemi voltou para casa, durante o tempo que ela ficou fora, Sasuke ficou com Sakura na casa, a relação entre eles se intensificou, mas não rolou nada a mais que beijos e algumas pegações.  

- Bom, vou indo, daqui uns dias voltarei a trabalhar, o quartel fica em Konoha, bom, se quiser, pode ficar hospedada lá em casa, você seria bem vinda! – Disse Sasuke com um sorriso de canto.

Sakura se aproximou e colocou os braços em volta do pescoço dele, o fazendo recuar para trás e encostar-se ao carro. A rosada se ergueu e beijou o moreno com vontade sussurrando em seguida;

- Eu aceito, seria uma honra!

- Até mais!

Sasuke entrou no carro e o ligou

- Me ligue um dia antes de viajar.

- Okay!

Em seguida o moreno foi embora. Sakura sorria boba e dava alguns pulinhos lembrando-se dos dias que ficou com o moreno, nada de mais aconteceu entre eles, ou seja, não houve sexo, por enquanto.

Entrou para sua casa e tomou um banho, Shiemi havia preparado bolinhos de arroz e café, comeram juntas e depois disso Sakura foi para a faculdade. Ao chegar lá, cumprimentou alguns amigos e seguiu para a secretaria para pedir transferência para uma universidade em Konoha.

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- Esta com uma aparência bem melhor! Adorei o resultado! – Disse Chiyo olhando o estacionamento que tinha uma nova cara.

- Sim, agora só falta comprar as mesas! – Disse Ino.

- O Senhor Hitsuya conseguiu vender facilmente o carro para a concessionária e por um bom preço, valeu até mais do que 400 Mil Ienes.

- Sim, nunca pensei que aquele carro antigo iria valer tanto!

- Carros antigos valem bastante, ainda mais que aquele era um modelo exclusivo da marca!

- Bom, farei a compra das mesas e do balcão pela internet. – Disse Ino.

A loira que nunca tinha utilizado aparelhos como celulares e computadores já estava se dando muito bem apenas com alguns dias de uso.

- Okay Ino.

 

Alguns dias depois as encomendas chegaram até a pensão, montaram as mesas no jardim em frente a garagem e depois colocaram os balcões e a falsa parede para separar os estabelecimentos com mais alguns dias de preparo e estaria tudo pronto.

 

Uma Semana depois

 

Sakura arrumava suas coisas em uma mala enquanto cantarolava algumas músicas.

- Tome cuidado, Sakura!

- Tomarei sim, Obaa-sama! Qualquer problema com o clã, quero que me ligue na mesma hora, ta?

- Sim, pode deixar que eu irei ligar!

- Até mais! – Disse Sakura ao ouvir a buzina de um carro, fechou a mala e pegou sua mochila, verificou rapidamente pra ver se não esqueceu nada e abraçou sua obaa-sama. Seguiu para fora da casa onde Sasuke a esperava, ele a ajudou a guardar as malas no carro, seguiram para o porto da ilha e de lá fora para Konoha, Sasuke, Itachi e Sakura conversaram durante todo o tempo de viagem.

 

Ao chegarem a Konoha, Itachi pegou um taxi e seguiu para sua casa. Sasuke também iria pegar um taxi, já que o carro que ele usava na ilha era alugado e o seu estava na sua casa. Foi pra sua casa enquanto isso tentava puxar assunto com Sakura que estava pensativa.

- Sakura, está ouvindo?

- Ahn? – Sakura que olhava para suas mãos até então, voltou sua atenção para o moreno.

- Estou falando com você a algum tempo e não tenho nenhuma outra resposta a não ser múrmuros!

- D-Desculpe, estava distraída...

- Chegamos, vem! – Disse ele abrindo a porta do carro e saindo, pagou o motorista e pegaram as malas de dentro do porta-malas do veículo, eles seguiram para dentro do prédio, pegaram um elevador até chegar ao apartamento do moreno.

- É lindo! – Disse Sakura ao ver a bela vista que eles tinham da sacada. – Você tem certeza que não se incomoda de eu passar um tempo aqui?

- Claro que não, aliás o convite foi meu! A cozinha ela logo ali, caso sinta fome. Não tenho quarto de hóspedes, então espero que não se incomode em dormir no meu quarto!

 Sakura por um momento corou e tentou mudar de assunto tirando risos do rapaz. “Baka” resmungou ela indo para a cozinha e ele foi para o banheiro.

 

Sakura on

Abri o armário da cozinha e procurei por algum alimento, por sorte ainda estavam no prazo de validade. Preparei o jantar, fiz arroz cozido e tamagoyaki.

- O cheiro está ótimo! – Disse Sasuke entrando a cozinha, sorri enquanto descascava algumas laranjas. Me assustei quando senti os braços dele envolver minha cintura e me puxar para trás, ele beijou minha nuca em seguida me fazendo estremecer. – S-Sasuke! – Chamei sua atenção mas ele ignorou. Deixou o queixo apoiado na curva de meu pescoço e ficou a olhar o que eu fazia sem me soltar. Com um pouco de dificuldade fiz um suco de laranja e adocei, ele finalmente me soltou e eu pude levar a jarra para a mesa. Sentamos-nos e comemos calmamente conversando sobre assuntos alheios. Amanhã pretendo visitar Hinata e ver como estão as coisas

Sentei no sofá e coloquei o notebook no colo, senti o braço de Sasuke passar por baixo da minha perna, fui erguida e em seguida ele me colocou no colo dele. – Hey! – Resmunguei e ele me ignorou ligando a TV,sorri e voltei a mexer no notebook, encostei a cabeça no ombro dele. – Minha matricula não foi realizada, what? – Disse indignada e joguei o notebook sobre o sofá, sai do colo dele e disquei o número no celular, fiz a chamada e fiquei mais de uma hora resolvendo o problema da minha matrícula até finalmente conseguir. Suspirei irritada e fui tomar um banho. Como já era de noite, vesti meu pijama; um short e uma camiseta de seda na cor preta. Sasuke saiu do quarto bocejando e foi até a cozinha. Fui junto e o vi abrir a geladeira e pegar a jarra de suco. Fui até o sofá e arrumei o mesmo que estava desorganizado.

- Estou indo dormir! – Disse ele indo pro quarto

Mexi por mais meia hora no celular e depois decidi ir deitar. Porém havia esquecido de um detalhe; vou ter que dormir no quarto dele. Tudo bem que fizemos isso enquanto ele estava na minha casa, mas, sempre é um constrangimento. Fui até o quarto e abri a porta sem fazer barulho, pé por pé fui até a cama e me deitei ao lado dele, virei de costas pro mesmo e coloquei o celular sobre o criado mudo. Senti o meu lado da cama afundar um pouco e em seguida fui puxada e abraçada por trás. – S-Sasuke? – Chamei, mas fui ignorada. Suspirei e peguei no sono depois de alguns minutos.

 

Autora on

O despertador do celular tocou alto, Sasuke acordou e desligou seu celular. Era 4 da manhã e ele tinha que levantar. Olhou para Sakura que dormia tranquilamente, a puxou para si e a abraçou, beijou a testa da mesma e se levantou. A rosada despertou e encarou o quarto, sentou-se e coçou os olhos com sono.

- Sasuke? – Chamou e não obteve resposta. Espreguiçou-se e ouviu o barulho do chuveiro. A rosada se levantou e foi pra cozinha para preparar o café da manhã, limpou a mesa e colocou sobre ela a louça com biscoitos e café.

- Por favor, cozinhe para sempre pra mim? – Pediu Sasuke entrando na cozinha apenas com uma toalha enrolada na cintura. Sakura riu e tentou disfarçar o constrangimento de ver o moreno apenas de toalha.

- Quem sabe, não é? – Disse rindo sem jeito.

Sasuke pegou um biscoito e comeu. Ao ver que Sakura estava constrangida com a situação em que ele se encontrava, decidiu tirar proveito daquilo. Se aproximou da rosada e a puxou para si. – Sasuke? – Antes que ela falasse mais, ele a beijou com vontade, a ergueu e deixou as pernas dela envolta de sua cintura e depois a encostou na parede intensificando mais o beijo, se separaram por falta de ar. – O café vai esfriar... – Disse ela. – Oh, verdade... – Respondeu ele rindo – Mas tem micro-ondas aqui! – Disse e voltou a beijá-la.

 

Depois de tanto “namorar”, tomaram seus cafés e se arrumaram, Sasuke saiu para trabalhar e a rosada ficou sem o que fazer, as aulas começariam às 8horas e ainda eram 6 horas da manhã. Suspirou e decidiu arrumar a casa, se surpreendeu com o quão ela estava empoeirada por ficar mais de um mês sem ser limpa. Não se importou em arrumar a casa, pois já estava acostumada e como o apartamento era pequeno, não tinha muitos cômodos para limpar. Quando deu sua hora, pegou a bolsa e foi pra faculdade.

De lá tentou correr atrás de emprego, aliás, tinha que se manter ali, deixou currículos em algumas empresas e depois foi para cara de Hinata.

- Sakura-chan! – Hinata avistou a amiga que caminhava para perto de sua casa, acenaram uma para outra e correram para se abraçarem.

- Olá Hina, a quanto tempo, não?

- Sim, sim, venha ver Hana, ela cresceu bastante desde a última vez que você esteve aqui!

- Okay!

 

Sakura ficou mais um tempo na casa de Hina e depois decidiram ir para a casa de Ino. Ao chegarem lá, elas conversaram sobre assuntos alheios, até Sakura trazer à tona toda a tensão da situação em que elas viviam.

- Eles levaram as pedras, não foi?

- Bom... Sim, por isso eu vim morar na cidade, mas sinceramente, eu não quero voltar a ser guardiã, já arrisquei de mais a minha vida por causa desta maldita pedra! – Disse Ino. – Meu filho não vai crescer correndo os mesmos riscos que eu corri e muito menos sem uma família... Por causa desta porcaria eu cresci sem minha família!

- Você quer dar uma família a ele, sem contar sobre o pai do mesmo? – Indagou Hina.

- Quem é o pai, Ino? – Perguntou Sakura e a loira suspirou.

- Sai...

- O vampiro da Akatsuki? Ah, por Kami, Ino! – Sakura disse irritada, se levantou e começou a andar de um lado pro outro impaciente.

- Fale baixo, testuda! – Resmungou a loira – E como assim, “vampiro da akatsuki”

- Sai trabalhava para a Anbu e depois foi pra Akatsuki.

- Não, Saky, ele saiu da Akatsuki à alguns anos.

- E a Anbu aceitou ele de volta?

- Provavelmente não...

- Gente, vamos ignorar essa parte! Meu filho não tem pai, pronto acabou!

- Ah Claro, você fez com o dedo não é Ino?Tcs... Mas antes isso do que ele perto de você...

Ino bufou. Elas conversaram por mais algumas horas e depois foram para casa.

Sakura utilizou o GPS do celular para tentar chegar ao AP do Uchiha, mas acabou se perdendo.

- Ah, era só o que me faltava mesmo! – Resmungou guardando o celular na bolsa.

 

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-Então quer dizer que meu sobrinho/neto predileto está utilizando os poderes herdados de mim e ainda está brincando de casinha com a sereia? Que divertido...