14 de fevereiro, Sábado Eram 8h37 quando me levantei, fui a cozinha, preparei meu café e deixei um bilhete ao meu irmão "Fui ao Hospital e volto no Domingo. Quero tudo em ordem"
Fui para o ponto de ônibus, estava muito frio. Da outro lado da rua havia duas crianças brincando, elas corriam e riam. Isso me lembrava quando eu era pequena, minha inocência e pureza. Meu modo de ver o mundo era tão diferentes, eu via pássaros e flores, hoje eu vejo corvos e espinhos. A vida era tão mais fácil e tão mais feliz, hoje parece que para respirar já e uma luta.
Assim que cheguei ao hospital Sojin veio correndo e me abraçou. Sentia falta dela, o seu sorriso, sua alegria e sua força de lutar. -Senti sua falta Unnie- a pequena garota dos cabelos escuros se pronunciou
-Também senti-disse com afeto
-Quero te apresentar uma pessoa-ela sai do abraço e puxa minhas mãos em direção ao quarto dela
-Calma garota-rio, ela abre a porta e sai correndo a encontro do garoto.
- Jung-Su! -"Jung-Su?"pensei
-Oi pequena-então ele se levantou e me olhou com um sorriso. O cara do cabelo laranja estava ali
-Oi Soo-Min, Sojin me falou muito de você
-Oi Jung-Su- disse meio confusa
-Venham eu quero mostrar o local que eu adotei aqui- ela disse e saiu em disparada. Jung-Su e eu saímos lado a lado. Ela entrou no elevador e gritou
-ANDEM SUAS TARTARUGAS- eu e ele rimos
Durante todo trajeto eu e Jung-Su não trocamos nenhuma palavra, só alguns olhares. Então chegamos ao terraço, a vista era linda.As nuvens branquinhas, o vento forte, prédios e mais prédios. Realmente aquilo era lindo. Porém estava tudo muito bom para ser verdade.
Então senti meu corpo em chamas, meu nariz começou a gotejar sangue e minhas mãos ja estavam encharcadas. Minha vista começou a escurecer.
-Soo-Min - ouço Sojin gritar e me vejo cair no chão.
Narração:Sojin
Soo-Min cai no chão, posso sentir a dor dela. Posso sentir suas veias queimando e sua cabeça latejando. A dor dela de saber se vai acordar ou não, se vai me deixar e seu irmão. Podia sentir sua alma em dúvida e medo.
-Jung-Su! Pega ela ! ANDA!- grito em despero. Meu irmão coloca em seus braços e sai em direção ao elevador. Seu rosto cheio de sangue, sua pele pálida quase sem vida. Como doí ver ela assim.
Saimos em disparada para a UTI. Paramédicos chegam e pegam Soo-Min e saem para dentro de uma das salas. Vejo o seu corpo sendo levado. Abraçada ao meu irmão digo baixo
-Por favor Soo-Min, fique comigo-minha voz sai baixa e com dor. Ela estava tão feliz, ela parecia feliz.
Dong-Sun chega preocupado, não e a primeira vez mas sempre que acontece nós ficamos assim. Com medo e assustados
-Cade ela?- diz com voz de choro. Sua expressão acabada, como se tivesse levado um tiro, um vazio por dentro.
-La dentro ja faz uma hora e nada-disse Jung-Su
-DROGA-ele gritou
-Fica quieto Dong-Su-tentei falar entre os soluços. Porque doía tanto? O pensamento de perde-la era horrível, pensar que em um momento era poderia ir.
Narração: Soo-Min
Uma luz clara, meus olhos doiam com tanta luz. Minha visão foi focando aos poucos, reconheço que aconteceu mais uma vez. "De novo não, não por favor Deus, não" A enfermeira me olhou e sorriu
-Oi querida, que bom que acordou- olhei para o meu braço e fechei os olhos. Meu corpo dói.
-Seu irmão e seus amigos estão aí, não se preocupe- ela se retira do quarto e me deixa sozinha.
Sozinha até que vejo um vulto preto se aproximando.
-Soo-Min- o vulto se anuncia,sua voz me parece familiar. -Não se lembra de mim? - então memórias voltaram, e meu coração se aperta
- Kwang?-minha voz sai tremula e com todo meu sentimento de dor
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