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História Hopeless - Eu gosto de machucar aqueles que me machucam


Escrita por: Dattbayoo

Notas do Autor


Boa Leitura

Capítulo 7 - Eu gosto de machucar aqueles que me machucam


Fanfic / Fanfiction Hopeless - Eu gosto de machucar aqueles que me machucam

— Justin, essa é a Anastácia – Elena me apresenta sorrindo para o homem em nossa frente – A jovem de quem eu havia falado, ela é parte da família agora.

— Muito prazer Anastácia – ele diz galanteador e tenta beijar minhas mãos – Como minha tia já disse, sou o Justin, ouvi falar muito de você.

— Muito prazer Justin – dou um sorriso um tanto sarcástico e respondo ríspida, quero evitar parecer nervosa, pois estou – Nunca ouvi falar de você, talvez você não seja tão importante.  

— Vamos até a sala de jantar – Elena diz quebrando o clima desconfortável que se estalou no local – logo vai ser servido à comida.

— Você prometeu ser gentil – Elena sussurra em meu ouvido enquanto andamos até a mesa de jantar – Por favor, seja gentil Ana.

— Sinto muito, prometo tentar mais – digo sentando – me ao seu lado na mesa

 

Estamos todos sentados há mesa, talvez tenham passado dez minutos que estamos aqui, homens e mulheres com seus trajes caros bancando os idiotas para cima dos Walker. Justin havia se sentado a minha frente e não houve um minuto se quer que eu não fosse alvo de um olhar ou questionamento seu, eu não consigo disfarçar meu olhar frustrado e incomodo quando isso acontece.

— O que você faz neste momento Anastácia? – Ele dirigiu-me outra pergunta

— Nada que seja de seu interesse, senhor Bieber – disse dando um gole no champanhe – mas já que faz questão em saber, sou formada em Psicologia e pretendo fazer medicina algum dia.

— Isso é muito bom – disse ainda olhando para mim – Mas por que fez Psicologia?

— Não sei eu acho..., não que eu só faça por fazer, mas sim porque – dei uma pausa e lhe lancei um sorriso um tanto irônico e ameaçador – porque ela faz com que eu me sinta culta, ela me da um poder maravilhoso que muitas pessoas não conseguem entender, sabe, o “controle” sobre outras pessoas, o domínio da mente humana.

— E porque você acha prazeroso ter algum tipo de controle sobre algo ou alguém? – perguntou no mesmo tom em que dei minha resposta a sua pergunta anterior. Ironia.

Porque eu gosto de machucar aqueles que me machucam, mas gosto ainda mais de controlá-los – respondi quase rindo e todos na mesa ficaram em silencio inclusive ele.

Não me fez mais nenhuma pergunta depois disso, simplesmente se levantou da mesa e ficou me olhando como se tivesse visto um fantasma, respirou fundo e disse que precisava se retirar e assim fez, seguiu até os fundos da enorme casa me deixando satisfeita de tê-lo deixado com a pulga atrás da orelha, ele reconheceu aquelas palavras eu sei que reconheceu.

 

Justin Pov’s

Los Angeles – Califórnia – 13 de Agosto de 2019

20hrs45min PM

 

Levanto-me da mesa quase sem acreditar no que tinha acabado de ouvir, fiquei olhando para ela sem reação por quase dois minutos antes de para me retirar do local. Caminho rapidamente até a parte de trás da casa, onde fica o jardim, a frase dita por ela não soaria com tanto impacto em mim se ela não tivesse os olhos e a feição dela. Sei que já ouvi aquelas palavras antes, mas não posso deixar que pensamentos assim me invadam novamente. Tenho pesadelos todas às noites desde que Selena se foi, corrigindo, desde que eu a deixei ir. Seu olhar escuro e aconchegante que eu tanto amava, seus toques, tudo que compunha aquela bela mulher assombra meus sonhos, e agora, fragmentado em outra pessoa retornou para minha vida. Anastácia, como pode ser tão igual a ela, poderia ser ela, mas impossível.

Meus olhos estão adendo, já estou sentado em um dos bancos do jardim há tanto tempo que nem percebi as lagrima escorrerem por meu rosto. Lembro- me de achar que ao ver mamãe feliz com Anelise ao lado dela tudo ficaria bem de novo, mas não ficou. A verdade é que meu coração e consciência estão dilacerados há anos e eu apenas finjo viver uma paz que não tenho, quero tela novamente, sinto sua falta, jamais serei perdoado por isso eu sei, sinto-me em um castigo eterno.

 

Lembrança On

Eu não quero mais esta carta – disse sorrindo enquanto colocava uma carta na mesa, estávamos jogando baralho

Que bom para você – respondi brincando e joguei todas as minhas cartas na mesa – Mas eu ganhei

Que merda, você sempre ganha – falou enquanto sentava em meu colo – isso não é justo.

Vamos jogar novamente quem sabe você não vence desta vez – propus

É melhor não, tenho trabalho amanha cedo – respondeu se levantando.

Não quero que você vá trabalhar amanha, quero que fique comigo – digo realmente manhoso – por que você ainda é garçonete se fez psicologia?

Não posso ficar com você, tenho prioridades – respondeu rindo e se virando para mim - e eu ainda trabalho de garçonete porque emprego novo não vem junto com o diploma e eu preciso de dinheiro.

Por que você fez psicologia? – perguntei rindo – Você não faz o tipo que conversa muito com as pessoas meu anjo.

Porque eu gosto de machucar aqueles que me machucam, mas gosto ainda mais de controlá-los – respondeu séria e se dirigiu até a porta do quarto, saindo logo em seguida

Lembrança off

 

Essa Anastácia além de ser exatamente igual à Selena, disse as mesmas palavras que ela me disse uma vez, é formada em psicologia, a mesma idade que ela, tudo exatamente igual, para mim isso é coincidência até de mais, mas como poderia ser ela? Isso não tem lógica, ninguém foge do Marcus pelo que eu sei, foi por isso que há entreguei para ele, porque me garantira que ela não fugiria que eu não seria atormentado com isso. Eu estava errado, meu próprio subconsciente trata de me atormentar todos os dias.

Caminho em direção a casa novamente, respiro fundo antes de adentrar no ambiente bem iluminado e recebo alguns olhares assim que o faço. Alguns dos convidados estão com tio Carlos na mesa, devo deduzir que os outros devem estar com tia Elena.

— Bom – Digo pausadamente quando chego perto de todos – Infelizmente terei que ir embora, mas ainda sim adorei jantar com vocês.

— Muito obrigada por ter vindo Justin, eu o levo até a porta – Fico aliviado por tia Elena não insistir para que eu ficasse já que não agüentaria ficar naquele recinto com ela nele nem mais um segundo sem saber quem realmente ela é realmente, então a única solução é ir embora.

— Que pena o senhor ter que ir embora senhor Bieber – Anastácia ou Selena, seja lá quem ela for diz sorrindo para mim – Elena me contou que você é formado em Psicologia também, nós poderíamos conversar mais.

— Sinto muito Anastácia – digo respirando fundo quando pronuncio esse nome, sua aparência não condiz com ele – mas terei que ir embora, tenho paciente amanha cedo, não gosto de nada que possa me fazer atrasar.

— Entendo senhor Bieber – diz ainda sorrindo ainda olhando para mim – Elena, deixe-me que o acompanhe até a porta, faço questão.

— Claro querida – Tia Elena responde no mesmo tom que a jovem – Anastácia vai acompanhar você então Justin, eu vou ver como estão o pessoal da sala de jantar.

— Obrigado Ana, se quiser pode ir ao meu escritório amanha, com certeza terei tempo para lhe receber no horário do almoço

— Não precisa se incomodar – ela diz abrindo a porta para mim – tem tempo para se conhecer e conversar, afinal, sou da família agora.

— Tem razão – digo indo até meu carro – Até mais Anastácia

Ligo o carro e sigo em direção a saída do condomínio, meus tios sempre foram extraordinariamente ricos e isso nunca foi segredo para ninguém. Enquanto sigo pelas ruas ainda movimentadas de Los Angeles, deixo meus pensamentos vagarem na lembrança da morena do jantar dessa noite, tão elegante, bonita e cheia de si. Imagino como Selena estaria agora, do jeito que a conheço, seria muito mais bem sucedida do que eu, uma grande profissional.

Estaciono meu carro na garagem do apartamento que eu moro, me dei a esse luxo há uns dois anos, não sou milionário igual aos meus tios, mas também não posso dizer que agora eu não sou bem de vida. Subo de elevador até o meu andar, o andar do todo é meu e tem quartos elevados, jogo meu paletó no sofá e subo até meu quarto me jogando na cama assim que adentro nele, tudo havia mudado, eu tenho mais ou menos meio milhão em minha conta bancaria, sou jovem, consideravelmente bonito, tudo ótimo ao ver alheio. Mil levanto e vou até uma das gavetas do meu enorme Closet cinza e pego um lenço roxo com o maravilhoso cheiro de rosas e morangos, eu sempre durmo com ele por causa do cheiro, é maravilhoso e me faz muito bem porque sempre me lembra ela. Era dela.

 

Sonho On

Entramos silenciosamente em minha casa, eu comecei a tirar algumas roupas de cima dos moveis e do chão para que ela não pensasse que eu era um porco, afinal, eu nunca havia a levado para minha casa antes, a casa era mediana já que eu não tinha muito dinheiro então não dava para viver no luxo, por enquanto isso é o que eu posso ter para pagar.

Eu sei que não é muito confortável como na sua casa, mas – fui interrompido 

É uma casa maravilhosa, tem dois andares e se ficar bem organizada também pode ficar confortável – disse me dando um selinho – olha só, quem sabe se eu amarrar meu lenço aqui nesta janela não fique ainda mais bonito, ou melhor, eu vou comprar cortinas para você.

Adoro quando você tenta ser positiva mesmo quando sabe que tudo ao seu redor esta uma porcaria – disse molhando os lábios com a língua

Eu não estou tentando ser positiva Justin, este lugar é realmente – disse se virando para a sala totalmente bagunçada e escura a sua frente – Maravilhosa, ainda mais agora com o meu lenço roxo amarrado em uma das suas janelas sem cortinas.

Realmente ficou muito lindo – falei pegando ela no colo e deitando – a no sofá aos beijos.

Sonho off

 

Los Angeles – Califórnia – 14 de Agosto de 2019

07hrs00min AM

 

Acordei na manha seguinte ainda abraçada ao lenço roxo de Selena e com uma horrível dor de cabeça devido ao sonho que eu tive, me pus de pé coçando os olhos indo em direção ao banheiro para tomar um banho, meu corpo esta todo suado e eu ainda me encontro com a roupa de ontem. Assim que entro no banheiro tiro minha roupa e me analiso no grande espelho que tem ali, mais uma noite mal dormida pra conta. Assim que entrei no Box do chuveiro, senti a água relaxar todos os meus músculos que se contraíram devido a sua temperatura extremamente baixa.

O ar em meus pulmões pesa e mais uma vez eu choro de baixo do chuveiro, minhas noites sempre são assim, sonhos, lembranças, pesadelos. Meu subconsciente tenta esfregar na minha cara o quão imoral eu fui comigo mesmo, com a mulher que amava sem nem ao menos da La a chance de contestar, eu deveria ter escolhido a morte, mas fui covarde. Eu tenho dinheiro para pagar ele agora, mas, agora já é tarde de mais. Tentei entrar em contato com Marcus antes, lhe ofereci dinheiro pela liberdade dela, mas ele já havia me dito que ela valia mais do que eu poderia oferecer, eu sou mesmo um porco.

— Senhor Bieber, o café esta na mesa – Dona Franciny diz atrás da porta – O senhor ira descer?

— Eu já vou Franciny, só dei-me se arrumar primeiro – respiro fundo e saio do banheiro, dona Franciny já não esta mais lá.

Visto minhas roupas formais de dia de trabalho e desço para tomar café, dona Franciny esta terminando de por a mesa quando me sento diante da mesma. Sou servido com ovos, bacon e suco de laranja, sempre fui muito simples com meu café da manhã e sempre tive muito cuidado comigo mesmo. Irei a casa de minha tia hoje novamente, preciso ver aquela mulher de novo e desesperadamente, vou ir para Chicago também, tentarei mais uma vez falar com Marcus.


Notas Finais


Boa noite meus bacanos, voltei com a fic e dessa vez eu prometo que é pra valer porque eu quero muito finaliza-la, espero que vocês gostem de verdade porque tudo que eu escrevo é com muito carinho mesmo e comentem por favor para mim saber o que vocês estão achando. Modifiquei todos os outros capítulos então se quiserem dar uma olhada, fiquem a vontade.

Deem uma olhadinha também na minha outra fic: https://www.spiritfanfiction.com/historia/through-letters-3128941


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