História How I Survived - Someone To Come Back

A ruiva fechou os olhos ao escutar aquelas três palavras, que a fizeram no mesmo instante querer e não querer ter ouvido. Ela não queria ouvir porque talvez não estivesse preparada para dizer de volta para ele. Mas o que Natalia não esperava era o arrepio que passou pelo seu corpo, depois de perceber a força que tinha aquelas palavras, que eram tão curtas e tão poderosas. Quando viu que estava paralisada e que isso poderia deixá-lo preocupado ou até mesmo com medo. Natalia o apertou, enrolando suas mãos nos cabelos sedosos dele. Ela inalou seu cheiro e percebeu que poderia ficar fazendo isso por horas e horas. Ele estava cheirando sexo, mas tinha algo mais... Que fez com que seu coração apertasse. O cheiro era característico dos dois e não apenas um. Natalia se viu emboscada nele, correndo, lutando, mas não conseguia pensar no cenário, apenas pensava nos dois e o que seria dela quando ele fosse embora.

Se dependesse dela, concerteza ela seria a viúva negra, a pior assassina da Rússia, depois que acabasse o treino da sala vermelha, ela não conseguia imaginar seu próximo destino.

Não tinha sido informada.

Natalia beijou aquele homem, como se fosse a despedida deles, como se no fundo soubesse que as coisas só iriam ficar piores. Eles ainda tinham muito o que conversar e eles fariam isso, enroscados do jeito que estavam. Natalia sabia que amava James, mas os sentimentos não era algo que Natalia gostava de falar e sim demonstrar, ela sabia que durante o tempo em que estivessem juntos, valorizaria aquele amor e depois, somente depois, ela falaria as famosas e temerosas palavras, ela só não entendia porque isso poderia ser tão difícil para ela. Expulsou o pensamento. Fechando os olhos ela encostou no peito de James, suspirando, deixando o silêncio permanecer durante alguns segundos entre os dois. Pertencer.

- James?

Ele sentiu o sussurrar dela em seu peito.

- Hum ?

Ela fechou os olhos, querendo escolher as palavras corretas.

- Eu tenho tido uns sonhos.

- Sonhos?

- Não sonhos...na verdade pesadelos.

- Sobre?

Natalia suspirou.

- Sangue e mais sangue, gelo...dor, eu sinto essa dor.

Ela estava colocando tudo para fora, se abrindo porque sabia que ele sentia quase ou a mesma coisa.

James sentiu que ela não iria mais falar e a apertou em torno dele, incitando-a a desabar.

A ruiva se reecompos e perguntou:

- Você sabia exatamente o que iria acontecer, ontem a noite?

Ele assentiu, Natalia sentiu o roçar da barba dele em sua testa.

- Fiquei sabendo por alto, quando a Madame e outros, disseram que não precisariam de mim.

- E você tem ideia de quem pode ser aquelas pessoas, que nós matamos?

- Natalia pode ser pessoas que para eles não tenha mais importância.

- Mais eles talvez tenham uma família... alguém para voltar.

Natalia Alianovna Romanova, já teve alguém para voltar quando ela saísse de casa, mas hoje se sentia mais sozinha que nunca, sim Ivan era como um pai para ela, mas suas atitudes não eram coniventes, ela poderia apostar que Ivan teria a manipulado para estar ali, mas na verdade isso não era tão mentira. A sala vermelha havia sido uma escolha dela, mas também esse treinamento serviria para aprimorar tudo o que ela já havia aprendido, ou seja, ela nasceu para ser o que a sala vermelha está procurando. Uma arma.

O soldado também já teve alguém como um apoio, um amigo, um irmão e perdeu isso, mas ela queria do fundo do coração que um dia ele pudesse ter sua vida de volta. Já ela não poderia dizer a mesma coisa. Talvez.

Ela ficou tão aturdida que não tinha ouvido o que o soldado disse.

- Natalia?

- Hãn?

- Você me ouviu.

- Desculpa.

- Eu falei para não se preocupar, pessoas assim sabem os riscos que estão correndo, elas se dão mal quando tentam fugir, tentam ter uma vida normal, mas a maioria escolheu fazer parte disso, então tem que enfrentar as consequências.

Natalia estacou.

- Tenho medo que isso aconteça com a gente, porque estamos fazendo a mesma coisa.

James beijou o topo de sua cabeça.

- Você valeria o risco.

Natalia pensou bastante a respeito do ele tinha dito, ele parecia convicto demais. Só que eles estavam lidando com pessoas mortiferas. Que não perdoam, elas matam e acabam com a vida das pessoas.

- Eu não quero que você se preocupe. - James beijou a testa dela. - Eu estou aqui.

O coração dela amoleceu ao ouvir aquelas palavras. Ele também sofria, porque era obrigado a matar aquelas pessoas. Ela queria também entende-lo , saber seu ponto de vista. Como era seus pensamentos, adentrar neles, saber suas dores, compartilhá-las.

Natalia se levantou o suficiente para encara-lo, ela levou o polegar até o rosto dele e acariciou.

- James, eu também estarei aqui, quando você estiver lidando com seus demônios. - ele suspirou. - Quero arranca-los de você, diminui-los. Os olhos dele brilharam. - Quero que me abraçe, quero que me aperte e quando puder, fale tudo, eu estarei aqui. - ela encostou a tempora na dele. - eu estarei aqui.

Ele fechou os olhos, e ela aguardou que ele se recompuzesse, ela percebeu isso porque a respiração dele ficou entrecortada, foram somente alguns segundos, para ela alerta-se contra si a beijando em todos os lugares, em que ele viu nela.

A fazendo suspirar, a fazendo se entregar, a fazendo acreditar que ele estava com ela, no tempo em que eles estivessem juntos, que isso pudesse ser bastante tempo. Porque Deus, aquele homem era demais para ser verdade.

Então ele sussurou repetidas vezes antes de reinvidicá-la outra vez:

- Obrigada...meu amor.