História How to save a life - Prólogo

P.O.V Alison Martinez: 

- Ella Wilson, mulher, 39 anos. Abdômen atingido, fratura no crânio. Queimaduras de terceiro grau em 40% do seu corpo. - A paramédica passava as informações para o médico atendente.
Era meu primeiro dia como interna, estava mais perdida do que cego em tiroteio, mas o meu objetivo era arrasar, mostrar para todos o meu talento.
- Doutora Martinez, reserve uma sala de operação agora - O doutor Lerman ordenou- me com aquele sotaque britânico maravilhoso.
Meu primeiro dia como interna e já estava de olho em meu chefe, esse homem era maravilhoso de maneiras absurdas. Claro que nunca irá dar bola para uma pirralha de 24 anos como eu, mas não deixará de reparar e admirar sua beleza.
Após reservar a sala de operação, voltei para onde meu paciente estava. Sala de trauma 1, estava um caos. A paciente estava com o rosto inteiro queimado fora sua fratura no crânio. A deixaram estável e levaram para a cirurgia. Como era meu primeiro dia, ainda não estava habilitada para entrar na cirurgia, só poderia assistir pela galeria. Então foi o que eu fiz, sentei na única cadeira que sobrará e fiquei admirando o doutor Lerman... na verdade, ele comandando a cirurgia, claro.
Esqueci de me apresentar a vocês. Meu nome é Alison Martinez, tenho 24 anos e estou no meu primeiro dia no programa para me tornar uma cirurgiã. O médico que não paro de falar é o Doutor Nicholas Lerman, ele é o cirurgião plástico mais famoso dos Estados Unidos. De fato o trabalho dele é impecável, o melhor. Mas essa não é a sua única qualidade, ele é o homem mais lindo que já vi na minha vida. Seus olhos cor mel eram o que mais chamava atenção, seu cabelo loiro arrumados de maneira perfeita, seu corpo malhado e seus 1,90 aproximadamente. O homem perfeito, em ótimo estado para seus 35 anos.
Modéstia parte eu também não ficava para trás. Meus cabelos longos e bastante preto, meus olhos azuis brilhantes e meu corpo sarado faziam com que olhares voltassem para mim sempre que pisava na rua.
Meu sonho de criança era ser médica, nunca me imaginei em outra profissão, por causa disso, me foquei bastante no estudo, mesmo tento a pior família possível. Meu pai era alcoólatra e batia na minha mãe, era a mesma história todas as noites. Ele chegava bêbado pois ficava no bar o dia todo, eles acabavam brigando e terminava com a minha mãe apanhando dele. Então sempre usei o estudo como refúgio, já que não tínhamos dinheiro para nada e eu não tinha amigos, era a esquisita da turma na escola aonde eu estudei praticamente a minha vida inteira. Meu pai finalmente veio a falecer no dia da minha formatura de ensino médio, foi quando tudo pareceu começar a funcionar. Passei para a faculdade de medicina e minha mãe arrumou um emprego melhor. Como sempre, me matei de estudar e hoje estou aqui, no melhor programa de residência médica da Califórnia.