História How to save a life - Scalpe, please.

“Comunicação. É a primeira coisa que realmente aprendemos na nossa vida. O engraçado é que, depois que crescemos, aprendemos as palavras e realmente começamos a falar, fica mais difícil saber o que dizer. Ou como pedir aquilo que realmente precisamos."

P.O.V Alison Martinez: 

Já se passará uma semana como interna e eu estava sentindo como louca a pressão da profissão que escolhi seguir.

- Olá doutor Lerman, estou ao seu serviço hoje. - Disse o entregando o prontuário do paciente.
- Bom dia, Doutora Martinez, voltas em 5 minutos. - Ele disse sorrindo e se retirando de onde se encontrava.
Já tinha me convencido de que tenho que focar no meu trabalho ao máximo, não tenho tempo para "paixãozinha" platônica em meu chefe.

- Apresente o caso, Doutora Martinez. - Doutor Lerman ordenou.
- Miranda White, paciente do sexo feminino, idade 62 anos. Rejuvenescimento facial, anestesia local com sedação. Cirurgia marcada para hoje. - Apresentei o caso que já tinha decorado.
- Perfeito, que tipo de abordagem será utilizada?
- Ritidectomia, cirurgia de rejuvenescimento da face, feita através do reposicionamento da pele e de estruturas profundas do rosto, como gordura e estruturas musculares. - Estudei bastante essa cirurgia na esperança de poder participar.
- Obrigada Doutora Martinez - Ele agradeceu. - Alguma dúvida, senhora White?
- Não, já repassamos essa cirurgia várias vezes, seria até capaz de fazer um trabalho parecido com o da Doutora. - A paciente disse nos fazendo cair em risadas.
- Acho que faria até melhor do que eu - Disse dando uma piscadela.
-Doutor Lerman, começo a fazer o pré operatório? - Perguntei assim que deixamos o quarto da paciente.
- Por favor Doutora Martinez- Ele disse se retirando. - Ah, se prepare para participar da cirurgia, impressionante o seu trabalho com a paciente.
- Memória fotográfica - Disse dando uma risadinha. - Obrigada, Doutor Lerman.
- Pode me chamar de Nicholas, Alison. - Ele disse sorrindo e se retirou.

Eu já estava explodindo de alegria pela minha primeira cirurgia. Começarei a me empenhar mais para que eu comece a participar de mais.
Estava na hora do almoço, então me dirigir até o refeitório e entrei na fila atrás de uma moça linda. Cabelos loiros, olhos azuis e um corpo perfeito.

- Oi, eu sou a Alison e você é a..? - Decidi me apresentar.
- Olá, sou a Megan... Megan Grey. Interna também?
- Sim, como é difícil ser interna. - Disse e demos risadas.

Conversamos o almoço inteiro e eu já tinha adorado Megan, ela era super divertida, inteligente, além de ser super gata.

Já tinha preparado minha paciente para a cirurgia e só estava esperando o ok para poder leva-lá para a sala de operação. Recebo um bipe dando o sinal positivo, então a levei.
Fui me preparar, tinha todo um digamos, ritual para poder operar. Assim que terminei, coloquei a roupa adequada e adentrei a sala de operação. O anestesista já a tinha colocado para dormir e então o doutor Lerman, vulgo, Nicholas como ele pediu para ser chamado por mim, começou a cirurgia.
- Bisturi, por favor. - Ele disse e logo a enfermeira o entregou.

A cirurgia tinha ocorrido perfeitamente e eu tinha aprendido bastante. Como não estava de plantão essa noite, resolvi chamar Megan para tomar um drink. Então fomos em direção ao bar que ficava na frente do hospital e só era frequentado por médicos.

- Então Megan, você namora? - Perguntei querendo conhece-lá.
- Infelizmente não, porém a procura - Ela respondeu soltando uma risadinha. - E você?
- Solteira e de olho em alguém.
- Quem seria o felizardo?
- Nicholas Lerman- Eu disse que ela fez uma cara surpresa. - Mas você fica na sua.
- Ele é um gostoso do caralho mesmo, investe.
- Ele é meu chefe. Fora que já deve ser casado.
- Se ele é casado, porque está olhando para você e vindo em sua direção? - Ela disse me fazendo olhar e realmente ele estava.
- Olá meninas - Ele disse. - Alison, posso lhe pagar um drink?

"No final das contas, há algumas coisas que não dá para evitar de comentar. Algumas coisas que a gente não quer ouvir e algumas coisas que a gente fala porque não dá para segurar mais. Algumas coisas são mais do que você diz, elas são o que você faz. Algumas coisas você fala porque não há outra opção. Algumas coisas você guarda pra você mesmo. E, não raro, às vezes algumas coisas falam por si só.”