P.o.v Lalisa
Depois de mais um dia de trabalho cansativo, cheguei em casa.
Quando vou abrir minha porta, escuto um choramingar, perto do meu quintal, mas estava tão cansada que resolvi deixar para lá, poderia ter sido coisa dá minha cabeça.
Deixei minhas chaves em cima do sofá com minha bolsa e fui direto para o banho, coloquei no frio porque semana passada acabei dormindo na banheira de tão confortável que estava a água, foi bom no começo mas depois cara, foi horrível.
Tomei meu banho e fui arrumar minha cama. Quando estava quase fechando meus olhos, começo a ouvir o choramingar novamente, sem parar.
Aquilo já estava enchendo meu saco, me levanto com dificuldade e pego um taco de baseball, só por precaução mesmo.
Abro a porta e sigo o barulho, vejo uma menina um pouco menor que eu, de cabelos ruivos, com orelhas e rabo de gato. No começo fiquei confusa, e resolvi me aproximar, ela parece faminta e com frio.
"Olá"
A menina se esquiva e abaixa as orelhinhas.
"Hey, calma não quero te fazer mal"
Me sentei ao lado dela e escondi meu taco para não assusta-lá.
"Você está com frio ou fome?"
Ela balança o rabo e a cabeça com rapidez.
Aprendi com meus pais que eu nunca deveria deixar as outras pessoas passarem necessidades, acho que isso também inclui uma garota ruiva que tem orelhas e um rabo de gato.
"Você pode vir comigo, tenho cobertas e comida em minha casa, e prometo que não vou te fazer mal ou te machucar"
Eu me levantei, peguei meu taco e estendi minha outra mão que estava vazia, ela parecia recuar então decidir passa-lá em sua cabeça e fazer carinho próximo às suas orelhas, como ela é um "meio gato" vai agir como um.
Finalmente consegui, ela me deu a mão e me acompanhou até a minha casa.
Fui até meu quarto peguei alguns cobertores, voltei a sala e falei:
"Bom, você pode ficar aí na sala com esses cobertores, vou fazer algo para você comer ok?"
Ela nem ligou, estava tentando se desenrolar de um cobertor, então fui a cozinha.
Fiz um sanduíches, pois não sabia o que a garota gostaria de comer.
Andei em direção a sala e escuto um silêncio como se não houvesse ninguém lá, sai correndo desesperada achando que ela havia fugido. Porém lá estava ela no sofá, dormindo, com os cobertores todos enrolados em seu corpo, e com as orelhinhas achatadas, era a cena mais fofa que eu já havia visto em toda minha vida.
Meu cansaço estava voltando, então apaguei as luzes, tranquei a casa e deixei o sanduíche ao seu lado, caso ela acordasse de noite com fome.
Resolvi me deitar ao sofá ao lado, para não correr o risco dela sair de minha casa e alguém machuca-lá. E quando estava quase dormindo, susurrei "boa noite, menina gatinha"
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