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História Hybrid - Destiel [HIATUS] - 8 - Breeding.


Escrita por: NashiChan

Notas do Autor


Espero que gostem.

Capítulo 9 - 8 - Breeding.


Castiel só conseguia pensar em uma coisa, ou melhor, alguém. E esse alguém era Dean. O loiro não saía de sua cabeça desde que o conhecera. E mais ainda, desde o beijo. Ele queria contar a alguém, queria desabafar, mas não tinha como naquele momento. Ele precisava de um celular urgentemente. Mas a quem pediria? Não queria falar com Chuck, e só ele poderia lhe fazer esse favor. Charlie e Anna o faziam uma saudade enorme, queria ir ao colégio de novo.

 Já era sábado à noite, e saber que provavelmente tinha perdido muitas matérias essa semana não lhe agradava nenhum pouco, ainda mais sendo péssimo na escola.

 Mas quem ele queria enganar? Tudo que desejava mesmo era beijar Dean novamente, e por culpa dele, estava tendo esses pensamentos sujos toda hora, o que era realmente novo para ele. Ele se sentia estranho desde o acontecimento…

 Enquanto olhava para o chão perdido em seus próprios pensamentos, avistou um bichinho felpudo no meio do quarto. Ele sentiu um sentimento estranho em seu peito, tinha uma vontade enorme de caçar aquele rato. O que estava acontecendo com ele? Tudo bem que era metade gato, mas isso nunca tinha acontecido a ele. Sua visão estava ficando turva, os músculos de suas mãos estavam contraindo e um miado estranho havia saído pela sua garganta, aquele rato não tinha para onde correr.

****

Miguel caminhava calmamente até o quarto de Castiel segurando seu café da manhã, uma mistura saudável para híbridos que ele comia toda manhã em forma de cubinhos (mais precisamente, ração). Parou na frente da porta quando ouviu miados e entrou rapidamente. O que viu o fez ficar assustado e confuso. Castiel estava agachado no chão, todas as bandagens estavam rasgadas e ele estava lambendo a mão direita e seu rabo estava com os pelos muito arrepiados. Miguel se aproximou vagarosamente do mais novo, e percebeu que seus olhos estavam dilatados, apenas uma fina borda de azul era percebida atrás da enorme pupila.

- Cass…? – O mais velho tocou nos macios cabelos de Castiel, que não se importa, apenas continua a lamber a mão. – Pai! – Ele dá um grito forte chamando por Chuck, que aparece na porta segundos depois.

- O que houve, meu filho?

- É o Cas! Ele…

- O que tem o Cas? – Chuck se aproxima também e dá uma leve batidinha na cara do irmão mais novo, mas este não faz nada. – O que houve com ele? Responda!

- Eu não sei! Quando cheguei ele já estava assim! – Mal acaba de falar e Gabriel aparece também no quarto junto a Lucifer. No exato momento, Castiel sai correndo desviando de todos e desaparece pela porta do quarto.

 Todos se olham e correm atrás dele.

***

Tudo que Castiel via enquanto corria era um borrão vermelho, seu nariz doía, pois ele sentia muitos cheiros diferentes, tudo estava rápido demais, e não sabia para onde estava indo. De repente, suas mãos começam a doer exageradamente, mas ele não ligou, só apertou o passo. Ele tentava gritar, mas só saía o mesmo som de sua garganta, miados. E de repente, tudo escurece e Castiel cai no chão desacordado.

***

Foi difícil conter Sam, até mesmo para Dean. O mais novo estava muito animalesco, mais que o normal até. A lua cheia já tinha ido embora, mas o efeito ainda continuava, e isso assustava o loiro, que tentava buscar forças extras para lidar com o problema.

Agora ele tinha que caçar todo dia, e isso o cansava por dois motivos, primeiro que seu corpo não era acostumado a isso, e segundo que não tinha a capacidade que, por exemplo, seu irmão tinha. Seus músculos das pernas, braços e principalmente abdômen estavam o matando de dor, seu pescoço doía e parecia que seus ombros iam cair, estava realmente cansado.

“ Saco… “

“Pelo visto, até os coelhos resolveram desaparecer para terminar de acabar com meu dia” pensou Dean. Procurando mais um pouco, avistou uma coisa inesperada. Percebeu que todas as árvores ao redor estavam com arranhões finos e sangrando, o que era estranho, pois se tivesse sido seu irmão, não estariam tão recentes como estão agora. Andando mais um pouco ele pisou em algo fofo, e quando olhou para baixo, se assustou. Era Castiel! O moreno estava tão encolhido encostado na árvore que quase não percebeu ele ali. Tinha pisado no rabo do híbrido e ele não tinha sentido nada, isso sim era estranho. Puxou de leve a orelha esquerda de Castiel, mas este continuou imóvel. Decidiu então leva-lo para sua casa.

 O moreno estava todo mole em suas costas e estava mais pesado que o normal, isso dificultava para levar o corpo do cervo que tinha achado e matado no caminho de casa. Largou o corpo do animal no chão, e enquanto segurava Cass, destrancava o portão de sua casa, que ficava no fim da cidade, ao lado de uma grande floresta. E poxa, Castiel tinha corrido muito, pois suas casas eram muito longe uma da outra.

- Sammy?! Trouxe sua comida! – Deu um grito e saiu dali para deixar Sam se alimentar em paz, talvez seu irmão não gostasse de gatos.

  Enquanto subia as escadas, ouviu um miado vindo de seu amigo. Se perguntou se o moreno estaria animalesco como o irmão, e riu sozinho disso. Ele era idiota demais, pensou. Quando abriu a porta e avistou a cama, quase gritou um finalmente. Pôs Castiel lá e se jogou junto, sentindo a fadiga dissipar-se. E, sem perceber, adormeceu com a cara no travesseiro ao lado do outro.

 Sentiu-se acordar com lambidas ásperas no pescoço, e se arrepiou imediatamente. Se virou lentamente e viu Castiel em cima de si, com a cauda balançando. Quando o moreno percebeu o loiro acordando, parou e olhou com seus grandes olhos diretamente para os verdes de Dean, que achou adorável.

- Hey Cass... – Disse com uma voz rouca. – O que aconteceu com seus belos olhos?

 Mas Castiel não respondeu, ao invés disso, começou a ronronar. Ok, isso foi inesperado, mas já tinha visto isso em algum lugar. Iria investigar isso, e para fazer tal coisa, tinha que ir à biblioteca. Então, para não deixar Castiel sozinho, o pegou pela mão, o guiando pela casa até o destino. Percebeu que suas garras tinham crescido, mas isso era normal para seu corpo, pois suas garras são iguais ás unhas, apenas crescem mais rápido. Castiel talvez não soubesse disso, pois quem sabe, seu pai o escondesse muitas coisas a seu respeito.

 A respeito dessa mudança em Castiel, já tinha um palpite. Poderia ser mudanças em seu corpo, mas não a puberdade, pois isso já tinha certeza que Castiel tinha alcançado. Talvez por uma parte não-humana se manifestando, como o desenvolvimento das garras. Seu lado híbrido se manifestando pela primeira vez, mas não soube imaginar o motivo. Seu pai tinha um livro cheio de informações sobre mestiços de humanos com animais, dado de herança por seu avô, e podia usá-lo para descobrir o que se passava com o moreno que passara a abraçar seu braço desde que entraram na biblioteca. Mas só tinha um problema, era um entre milhares de livros desarrumados. Olhou em volta e suspirou, iria ser uma longa busca.

***

- AAAH Cas! Eu já vou! – Gritou pela milionésima vez, irritado. Primeiro que o livro que procurava era o único que não aparecia naquele cômodo enorme, e por Castiel ficar miando seu nome a cada minuto, pois estava numa escada ligada ás prateleiras, e ficar lá em cima com um cara em suas costas não era muito seguro. Só tinha uma semana que se conheciam, e o cara já tava assim? Embora já tivesse rolado um beijo... mas ainda assim, só um beijo.

– Achei! – Seus olhos bateram em um enorme livro volumoso de capa verde azulado. Desceu rapidamente sendo recebido pelo híbrido de olhos azuis com alegria. Sua sorte é que não tinha alergia a poeira ou algo do tipo, senão já estaria morto. Pôs o objeto em cima da mesa que tinha no meio da biblioteca e assoprou. Tinha certeza que viu restos de barata saindo dali. Enfim, o abriu e procurou por alguma coisa relacionadas a híbridos felinos, que felizmente tinha um capítulo apenas sobre tal. O que comiam, como viviam, se comportavam relacionados a tudo e… reprodução?

Autor: Henry Winchester

“ Fiz várias pesquisas para descobrir como se reproduzem, e como isso chegou a mim foi incrível. Capturei um híbrido de gato selvagem e pus na mesma jaula da fêmea, mas não aconteceu nada, os dois ficaram em seus cantos da gaiola.

 Tive que os alimentar por dois meses, e quase desistindo do experimento, em uma noite a fêmea começou a ficar com um comportamento peculiar. Estava muito agitada, miando a cada minuto, exatamente como fica uma gata no cio. E veio a mim o pensamento de que estava ocorrendo a mesma coisa em ambos os casos. O macho, sendo selvagem, não compreendia suas palavras, mas entendia sua situação. Mandei todos meus assistentes saírem do local da jaula para dar-lhes um momento privado, talvez funcionasse.

Nota¹: Ambos híbridos tinham idade aproximadamente de 18 – 25 anos.

Nota²: Os oficiais não sabem que pegamos híbridos selvagens para os experimentos. [ Quando isto for publicado, já estarei morto, então sem ressentimentos. ]

 Notei que no mesmo período, outras espécies começaram a ter o mesmo comportamento na mesma noite, alguns ficaram selvagens, outros em uma depressão, o que era estranho e novo. Só poderia ser uma mudança no clima, tudo indicava isso. A aparência também mudava, ficavam mais peludos e com caninos maiores (no caso dos carnívoros).

 Dois dias depois, eu voltei ao laboratório na parte das jaulas, onde estavam as espécies felinas de híbridos. Alguns estavam em casais, outros continuavam na depressão. O casal que destaquei estava dormindo junto e tinham acasalado, pois o macho ainda estava acoplado à sua fêmea. Tinha um casal em específico que era diferenciado, pois eram dois machos, e tinha acasalado também. Achei estranho na hora, mas vi como aquilo poderia auxiliar na minha pesquisa, então esperei para ver o que acontecia. ”

Dean pulou algumas páginas.

9 meses depois

“ Todos os casais deram cria, menos o homossexual. Isso já era de se esperar, mas a barriga de um deles estava alguns poucos centímetros maior. Chamemos de 1. ”

11 meses depois

“ Impressionantemente, a barriga do elemento 1 começou a crescer mais e mais a cada dia que se passava, como uma grávida. Aquilo parecia impossível para mim, mas aparentemente, era bem real.

12

“ E aconteceu. O elemento 1 teve seu filhote, não de maneira como as fêmeas os têm, claro. Seu parceiro abriu sua barriga com suas garras, e pareceu não doer, talvez haja algum hormônio anestesiante feito para aquela hora. Baseado nisso, decidi que as garras também são uma parte do corpo importante para o parto, principalmente para casais homossexuais. Se a sociedade descobrir isso, ficará louca. “

Dean viu que o capítulo teria mais páginas para leitura, mas infelizmente a tinta estava borrada por algum motivo. Ele olhou para Castiel, que ainda estava o observando intensamente. Então era isso, época de reprodução.



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