História I don't know how to love - Jjk Pjm (Revisão) - A víbora.

                    Jimin, Park.

        Jeon havia ficado até um pouco mais tarde na empresa, e eu como um bom trabalhador, havia saído bem mais cedo que ele. 

Oras, não é pecado, quando se tem permissão, ou é?

     Em passos calmos e lentos eu andava pelas ruas que iriam me levar de volta para casa. 

Gostava de andar pelas ruas a pé, sempre que possível. Não era nenhuma surpresa que eu nunca tinha tempo para algo do tipo, então sempre que podia, eu aproveitava para curtir um pouco a sós. Longe de todo o Caos da família e empresa Jeon.

     Enquanto caminhava, eu ouvia em meus fones, mais uma melodia de meu compositor favorito. Ludovico Einaudi.

Una Mattina, era com toda certeza, a melhor música que alguém poderia ouvir.

Envolvente... E vital.

   Perdido em meus pensamentos, acabei me distraindo, e só fui trazido de volta a terra, quando derrubei um corpo contra o chão. Olhei para baixo, e logo vi o jardineiro da família.

  - Sr.Hushiro! Perdão! Eu estava tão distraído que não te vi. - Falei um pouco preocupado o ajudando a se levantar do chão.

  - Sem problemas Jiminnie, sem problemas.

- O Senhor se feriu? - questionei o examinando com os olhos.

- Que nada! Posso estar bem velho, mas ainda não me machuco em uma pequena queda dessas! - o vi se mexer todo cheio de vida, e acabei sendo contagiado por tal alegria. - Aqui! - Hushiro, segurou em mãos uma rosa branca, e com sua tesoura, tirou cada um dos espinhos. - Pegue para você! 

- Muito obrigado... - Levei a rosa até meu rosto e a cheirei. - É muito bonita e cheirosa... Deixarei em meu quarto! 

Me despedi do velho jardineiro, e caminhei a passos largos até a casa que dividia com os Jeon's. 

       De longe vi a mãe de Jeon com uma garota que estava de costas, ela aparentava ser linda mas a partir do momento em que se virou de frente para mim deduzi que minha vida seria um inferno novamente.

SunHee.

Cobra SunHee.

Puta merda, não se tem um único momento de paz nessa casa?

O que essa víbora faz aqui?

Ah, mas se eu não peguei ela pelos cabelos antes, agora eu pego.

Nojentinha.

-Boa tarde, Senhora Jeon. - Me contentei apenas em fingir não ver a víbora.

      Me curvei diante das duas por educação e segui para dentro indo rumo as escadas para o meu quarto.

     Enfim, longe de tanta gente insuportável.

Qual é?!

Um ômega não pode ter paz nesse mundo?

Deus não é nenhum pouco benevolente comigo.

Parei em frente ao espelho no canto do quarto, e sorri com gana. 

Cara, eu sou definitivamente um pedaço de bom caminho. Se eu não fosse eu. Eu com toda certeza me pegaria.

Retirei minhas roupas, e fui direto para o banheiro. Depois de um longo dia de trabalho com a peste, eu merecia um banho rejuvenescedor. Eu juro. Eu juro, que eu já estou ganhando rugas de expressão, de tanto que Jeon me irrita. Eu deveria cobrar um adicional de insalubridade.

         Depois de um século dentro do banheiro. Sai me sentindo ainda mais gostoso.

Peguei meu melhor creme e espalhei por todo canto do meu corpo, enquanto cantava uma de minhas músicas favoritas da Lady Gaga.

      Após isso vesti minha camisa preta junto a uma calça jeans com alguns rasgos nos joelhos. Em meus pés, um belo par de Timberland's preto. E por fim, um novo gloss labial. 

Perfeito. 

      Desci com calma as escadas. Afinal, eu não tinha nenhuma pressa em encarar a cotovelo de titânio.

 Caminhei até a sala de estar onde todos estavam.

Jeon logo direcionou o seu olhar para mim me fazendo corar levemente. Que foi? Sou um ômega, foda. Mas não sou de ferro.

 Ignorando isso me aproximei cumprimentando a todos vendo o sorriso encantador esculpido no rosto da mãe de Jeon, coisa que eu sabia ser mais falso que o nariz plastificado dela. 

Estava morrendo de fome e sorri ao ver o banquete.

Huuuum. Será que teremos cobra para o jantar de hoje? 

-Olha só! Jimin finalmente chegou, agora podemos falar do seu casamento Jeon... - disse a mulher com uma voz irritante.

Oi?

Calma.

Eu demorei bastante no banho, mas não sabia que isso seria capaz de derreter meus tímpanos.

        Como assim casamento?

Oi? 

Jeon 'nera' gay?

Senti meu estômago embrulhar e perdi toda a fome que sentia.

               Jeongguk, Jeon

          Sai do escritório esgotado, caminhando pelos corredores, olhei a sala de Jimin e uma de minhas assistentes me avisou que ele já havia se retirado.

Não liguei, afinal, ele fazia isso as vezes.

 Desejei um bom final de expediente para os que ficaram, e fui em direção ao estacionamento. Peguei meu Jeep, e resmungei ao notar que finalmente estava sozinho.

Enfim, eu e eu.

Não sou do tipo introvertido, mas as vezes sinto a necessidade de passar um tempo sozinho, longe de tanta bagunça que me rodeia em casa e na empresa.

Meu momento favorito, é quando eu com certeza ando de carro. Somente porque posso estar sozinho.

Antes de dar a partida, notei o carro vermelho de Jimin estacionado em frente ao meu.

A pé novamente, Park?

Sorri ao me lembrar do garoto.

Jimin... Hum, o que será que ele teria feito se a praga daquela garota não tivesse atrapalhado?

          Em poucos minutos, eu já estava em casa. Estacionei o carro em nosso estacionamento, e desci já correndo em direção a entrada.

O cheiro da comida de Shin, a governanta, chegou a me causar água na boca, assim que adentrei a casa.

Shin, era com toda certeza, muito especial para mim. Havia sido minha segunda mãe, e confidente sempre que eu aprontava algumas.

E claro. Ela havia me comprado pelo estômago.

Uma mão de ouro.

- SHIN! EU QUERO UM PRATO BEM CHEIO HOJE!

- Pode deixar! - a ouvi gargalhar e acabei rindo junto.

            Subi as escadas em direção ao meu quarto correndo.

Não via a hora de um banho bem quente.

Assim que adentrei o quarto, já fui logo tirando qualquer peça de roupa que existia em meu corpo.

- Caralho, como eu precisava disso.

Respirei fundo e descalço corri para o banheiro.

O que me fez lembrar de uma viagem que eu havia feito para o Brasil.

Uma brasileira, Luana, havia me dito que no país dela, se tomava banho de chinelo, porque o chuveiro é elétrico.

Quem é maluco o suficiente para usar chuveiro elétrico? 

Prefiro mil vezes, meus pés livres enquanto tomo meu banho.

Após um demorado e prolongado banho, caminhei até meu closet, onde peguei minha camisa preta, um shorts e meus Timberland's que havia ganho de Jimin, que eu normalmente nunca tirava do pé.

Puft, claro que eu não tiro do pé, porque são meus favoritos, e não porque foi Jimin quem me deu.

Que ideia boba.

      Desci as escadas de dois em dois degraus, indo direto em direção a Shin.

Claro que eu ficaria mais feliz, se tivesse encontrado ela sozinha.

Mas não.

Minha mãe, e SunHee estavam presentes.

Já posso voltar para meu quarto, como um jovem antisocial, e jogar a culpa em: mãe, eu preciso de espaço?

  -Olá como vão? - sorri falso e nem disfarçar fiz questão.

-Jeon!!! - a garota atirada pulou em mim - Estou com saudades do meu alfa. - fez bico.

Meu.

Eu ri tanto, tanto, que senti que a qualquer momento, minha mãe iria provavelmente me atirar do terceiro andar da casa.

- Sai dessa. - resmungei e caminhei para longe dali.

SunHee era uma garota realmente linda, mas sua personalidade estragava tudo.

Estava mexendo em meu celular, ignorando a presença de SunHee, quando o cheiro de Jimin denunciou sua chegada. 

O encarei, finalmente largando meu celular de lado.

 -Olha só! Jimin finalmente chegou, agora podemos falar do seu casamento Jeon... - 

 Olhei incrédulo.

 Que? Que história é essa? 

- Bem Jeon. - continuou ela, como se fosse algo super divertido. Para ela. Claro.- Sua pretendente, - olhou para SunHee e eu engasguei logo recebendo um olhar reprovador da mais velha - É SunHee MinHoo.

           Todos ficaram em silêncio, limpei a garganta e me pronunciei:

-Não.

 Dei uma olhada em Jimin e vi que ele estava encolhido e olhava para seu prato com os olhinhos fechados. Aquilo me feriu.

- Eu não me casarei com MinHoo, eu tenho idade suficiente para escolher quem eu quero ao meu lado.

- Jeon... - meu pai disse, se pronunciando pela primeira vez na noite - Filho, você já está na idade de se casar, e achamos que MinHoo poderia ser uma boa esposa. - Terminou calmo.

- Eu não me casarei com MinHoo, eu tenho o direito de escolha, e eu não gosto de MinHoo. E nunca irei gostar. -pronunciei firme com certa repulsa no final.

         Minha mãe se levantou de forma abrupta:

-VOCÊ É UM INCONSEQUENTE. - bradou irritada.

      Me levantei exasperado e a fitei ainda mais ameaçador.

- EU ESCOLHO COM QUEM ME CASAR -usei minha voz de comando, o que fez os ômegas se escolherem e resmungarem. 

Menos minha mãe, que não estava nenhum pouco intimidada.

Narcisista.

-Um mês. - falou.

-O que? - questionei. 

-Você tem um mês para achar uma parceira.  

-Perfeito. - me virei para me retirar. - Com certeza, em um mês eu acho coisa melhor que MinHoo.

Vi a ômega ficar vermelha de raiva e se levantar para me xingar, mas foi parada por minha mãe.

- Você terá de achar outra casa -continuou - e levará Jimin, ele irá ficar de olho em você. 

          A olhei incrédulo:

-Está me expulsando da minha própria casa?

-Não, estou apenas te dando a liberdade que você tanto quer de escolha.

        Fiquei em silêncio e fui em direção as escadas:

-Arrume suas coisas. - ordenou - Você também Jimin, vocês partem amanhã de manhã.

Olhei para Jimin, que a essa altura segurava a risada.

Ótimo.