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História I don't fucking care - Segunda-feira infernal


Escrita por: SrtaAninha

Notas do Autor


And maybe you're too good for me I'm only a fool for you, but I don't fucking care At all, oh (ooh yeah,)

Capítulo 2 - Segunda-feira infernal


 

​America se remexeu, tapando o rosto com as cobertas. Era segunda-feira.Claro, ela estudava de tarde, já que assim poderia ter algum tempo a mais com seu amigo sono, mas isso não a deixava 100% livre do dever de acordar cedo. Tinha que ajudar sua mãe. Por quê? Por que era segunda-feira.
Seu lamento diário foi interrompido por algum ser desgraçado que arrancou seu escudo anti-sol, fazendo-a ser bombardeada por uma onda de raios ultravioletas.
E esse alguém era Aspen.
-Acorda!
Ela puxou o lençol de novo, ignorando o amigo.
-Levanta! Já passa das sete.
Ela soltou um gemido manhoso e por fim se sentou, encarando o outro.
-Hum...
-Já acordou?
-Hum...não.
Um travesseiro acertou sua cara. Ela grunhiu e olhou furiosamente para Aspen, que mantinha uma expressão divertida no rosto.
-Se eu não estivesse morrendo de sono, acredite, eu invocaria agora mesmo o Jack The Killer e você estaria morto.
Ele se levantou da cama rindo, e America viu que ele já havia vestido sua box. Nas primeiras vezes, ela corava violentamente e não sabia muito bem o que dizer. Mas claro que a esse ponto, já tinha perdido a vergonha de quando se pegava olhando o corpo de Aspen.
-Não vai se vestir? - ele disse, em quanto America o olhava colocando o shorts.
Ela deu o mesmo grunhido e ficou novamente deitada na cama. Aspen puxou novamente o lençol, mas dessa vez do pra valer, a descobrindo por completo. Em resposta ela deu um gritinho - Não Aspen!- puxou um travesseiro que estava próximo e usou o mesmo para se tapar.
-Então? Vai acordar de vez, ou prefere que eu tome o travesseiro também?
Ela revirou os olhos e se sentou, brincando com as mechas do cabelo.
-Ontem você estava animadíssima. Por que não está agora?
-Por que só agora eu me dei conta de com quem ela terá que dividir o ar - respondeu com  tom enojado. Antes ela tivesse me dito que eu teria que acompanha-lá.
-Você aguenta. Não  ficará próxima de nem um deles.
Ela sorriu, ainda brincando com a mecha.
-A propósito, minha parece que gostou muito da minha ideia de comemoração.
-Oh, sim. Muitoooo melhor que no Réveillon. Mil vezes melhor. Se ao menos usasse essa cabeça oca tão bem nas outras vezes.
-Quem sabe... -começou com a voz manhosa-sei lá, também comemorássemos seu primeiro dia de trabalho, quer dizer, em grande estilo.
Antes que ele terminasse, ela jogou uma almofada na cara dele. "Meu deus" ela pensou "no que eu o transformei?"
-Você é um viciado por sexo!
-E você por mim, baby.
Ela jogou o único travesseiro que restava em sua direção.
-Bom, você acabou com a própria munição, tolinha.
Em uma atitude inusitada, ela pegou o travesseiro que usava para se cobrir e também atirou nele, acertando bem nos olhos, dando tempo de em um movimento rápido recolher o lençol que jazia no chão.
-Desgraçada - ele sussurrou.
-Eu ainda posso pensar na sua proposta, querido. Melhor se comportar.
Aspen sorriu, em quanto vestia a camiseta, depois se aproximou para beija-la na cabeça, e depois saiu, deixando America sozinha no quarto, pensativa. Eles estavam apenas ficando. Não poderia chamar aquilo de namoro. Uma amizade colorida, talvez? Foram poucas as vezes em que ela se apaixonou de verdade, e agora se pegou confusa quanto a seus sentimentos por Aspen.
Afinal, aquilo seria  amor? Amor pela PESSOA e não pelo que ela faz junto com você dentro de quatro paredes? A propósito, isso era uma característica de Aspen que ela não podia negar: Ele era bom de cama.
Sacudiu a cabeça, como se estivesse com muita preguiças pra pensar naquilo. Tomou uma banho e desceu rapidamente, afinal, era segunda-feira.

***
Era segunda-feira. Uma das cinco coisas que ela mais odiava era a segunda-feira, principalmente no final da tarde, onde o calor era tão grande que as criancinhas mais ricas brincavam de fritar ovos nos capôs dos carros. Essa era outra coisa que ela também odiava. Eram tão pequenininhas, sem a menor noção da falta que aquele ovo poderia fazer.
As barracas iam se abrindo, e a rua se enchendo. Os mercadores estavam distraídos, preocupados com alguma coisa de suas vidas que não interessava nem um pouco America. Na verdade, nada a preocupava além dos seus estoques de comida/qualquer coisa. Não podiam culpa-la por seu trabalho sujo, afinal, era seu trabalho. Se deixar ser arrastada pela multidão, com as mãos entrando e saindo num só gesto. Uma carteira com poucas moedas era mais do que o suficiente. Poderia usar as moedas pra comprar arroz e venderia a carteira para algum brechó. Tinha vezes que, por exemplo, uma mulher comprar um lindo par de brincos e depois perceber que eles eram realmente SEUS, depois de levados por um flanelinha qualquer.
As madames ricas eram as presas mais fáceis. Estavam ocupadas demais com o cabelo, maquiagem borrada ou respondendo mensagens pra se preocuparem com uma batedora de carteiras.
-America?
Georgia, ainda com o uniforme da escola – que era só uma camisa branca e calças – acenava com a mão que não estava ocupada com uma bolsa de couro, que imitava muito bem uma mochila comum. Os uniformes escolares eram sempre muito maiores que o corpo da pessoa, pois assim podiam ser aproveitados com o passar dos anos. Ficava ridículo, mas o que podiam fazer?
-Geor...
-Shh!-ela colocou o dedo indicador sobre a boca. America franziu o senho, em quanto observava Georgia se aproximando de um outro que parecia também ser cheio da grana. As mãos habilidosas dela foram até o casaco – extravagante – do homem, e puxou um relógio de bolso dourando, com uma certa habilidade, e o enrolou na mão como se fosse um pingente de 1,99, assim deixando apenas ela e a colega como testemunhas do crime. Em um ato de reflexo, as duas se distanciaram rapidamente da multidão, mas não muito discretas, deixando risinhos escaparem do fundo da garganta.
Ambas sorriram em comemoração a ação bem cumprida, mas esse sorriso logo morreu, assim que o corpo de Georgia foi ao chão, junto com os papeis amassados que eram chamados de material escolar.
A face irritada de Georgia se voltou para as duas garotas ao seu lado.
-Por que fizeram isso, suas malucas??
A garota de cabelo castanho – pingando creme com um cheiro enjoativo – se aproximou.
-Me desculpe, sério, sinto muito.
Georgia, que nunca foi muito de briga, bufou e começou a apanhar todas as folhas que estavam no chão. A garota que parecia ser a mais velha deu um risinho, em quanto enrolava uma das mechas vermelhas nos dedos.
-Você fez de propósito. Idiota!
-Não, claro que não. Sammy até pediu desculpas – a ruiva falou.
-Vocês duas... – Georgia interviu.
-A conversa ainda não chegou no chiqueiro – a morena falou com desdém.
-Mas parece que já chegou no puteiro, não é mesmo? – America devolveu.
A morena fez um ruído de indignação, e ela sorriu vitoriosa, o que não durou muito tempo, já que logo foi recebida por um banho de refrigerante vindo da rival.
-Oh, não! Sinto muito.
America deu um passo pra frente, sugerindo atacar, mas as duas recuaram no mesmo momento.
-O que foi? Não pode nos culpar por um acidente banal como esse.
America ficou tão vermelha que era quase impossível distinguir a sua pele do seu cabelo. Georgia, que já tinha apanhado todo o material do chão, veio de surpresa empurrando ambas na fonte, que por pura conhecidencia estava alguns centímetros atrás delas.
-FICOU DOIDA, SUA RAPARIGA?
-Oh, sinto muito, mas não pode nos culpar por um acidente banal como esse.
Uma delas gritou, mas elas não souberam quem, porquê já haviam se retirado do local as pressas, gargalhando
-Então - Geórgia falou em quanto desaceleravam o ritimo - é verdade que sua mãe conseguiu um emprego no palácio.
Ela assentiu.
-Por favor, não quero que conte a ninguém. E, a propósito, como ficou sabendo tão cedo?
-As notícias voam por aqui e...
-Aspen?
Ela riu baixinho.
-Sim. Aspen.
As duas pararam de correr quando se certificaram de que não estavam mais sendo seguidas.
-Por que não quer que ninguém saiba?
-Oras, Geórgia, eu só não quero.
-Então devia ter avisado a Aspen. Deve não ter tudo tempo ontem a noite, não é mesmo? - falou maliciosa afastando a gola da sua camisa, revelando a marca, claramente, de um chupão.
-Cala a boca! - exclamou, puxando a gola. Ela riu novamente, e America mostrou seu dedo médio em resposta.
 -Ela vai ser cozinheira, certo?
-Sim.
-E quando vocês começam?
America olhou para o relógio de pulso, em seguida fazendo uma expressão horrorizada.
-Eta porra. Era pra eu tá agora pegando o carro.
-Então correr, desgraça!- Geórgia exclamou, mas America já havia partido com toda a velocidade, e em poucos segundos não estava mais lá.


Notas Finais


Eu sou um tolo por você E talvez você seja boa demais para mim Eu sou um tolo por você, mas eu não me importo Não mesmo, oh (ooh yeah,)


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