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História I hate loving you - You're a hurricane full of lies


Escrita por: umtributo

Notas do Autor


Oi gente, eu falei que ia postar ontem, mas na hora de enviar minha internet caiu e eu perdi o capítulo todo, mas agora estou refazendo ele.
Espero que gostem
Aviso: se preparem porque nesse capítulo tem muita coisa nova e muita coisa... ah, nao vou falar se não estraga a graça
Boa leitura.

Capítulo 30 - You're a hurricane full of lies


Fanfic / Fanfiction I hate loving you - You're a hurricane full of lies

 

Acordei com o barulho do meu celular, tive dificuldade de pega-lo em cima da mesinha ao lado da cama, quando vi era Connor que estava me ligando, ignorei a chamada e tentei voltar a dormir, mas aquele som voltou a ecoar pelo quarto, ignorei mais uma vez, já na terceira não me aguentei e atendi.

-O que você quer? As pessoas não podem dormir em paz hoje em dia?

-São quase uma hora da tarde -Ouvi uma risada no outro lado da linha

-Fala logo o que você quer -Não estava com muita paciência para aguentar as chantagens de Connor

-Preciso que você venha aqui em casa, agora

-To indo -Disse sem pensar duas vezes 

Me levantei com cuidado para não doer tanto meu abdômen, fui caminhando devagar até o banheiro, tirei minha blusa do pijama e pude ver um enorme roxo na área abdominal, conforme eu encostava sentia uma dor imensa e ficava arrepiada de dor. Antes de ir enfrentar Connor preferi tomar um banho bem gelado e relaxante para ver se me sentia melhor. Vesti uma blusa preta, calça jeans escura e all star preto.

(...)

Estacionei meu carro na frente da casa dos Stoll, quando sai do carro percebi que não havia nenhum daqueles guarda-costas rondando o lugar. Parei na frente da porta e foi aqui que percebi que estava tremendo, meu coração batia mais rápido do que o normal. Ao bater na porta pude ouvir paços vindo até mim, quem abriu a porta foi Travis, entrei de pressa. 

-Onde está o Connor? -Eu não conseguia olhar muito para ele, Travis me da ânsia

-Oi pra você também -Revirei os olhos e ele sorriu -Ele está almoçando, venha comigo 

Fomos caminhando até uma porta no primeiro andar, era um escritório, me sentei em uma cadeira macia e almofadada. Fiquei quieta, mas Travis insistiu em puxar assunto.

-Como vai sua vida? -Ele deu um sorriso falso e eu continuei sem falar nada por um tempo 

-Isso não é da sua conta -Respirei fundo e olhei para ele

-Nossa, não precisa ficar brava

-Quem está brava? -Connor apareceu com dois homens de terno em seu lado, ou como eu gosto de chamar, homens de preto

-Ninguém -Dei um sorriso sínico e me levantei 

Os dois homens vieram até mim e começaram a me revistar, só encontraram um clipes na minha calça. Logo depois eles se retiraram assim me deixando sozinha com os dois irmãos.

-Então, precisamos conversar -Connor sentou em uma cadeira na minha frente

-Não com ele aqui -Apontei para seu irmão mais velho e o mesmo ficou ofendido 

-Sai daqui Travis -O seu irmão ficou indignado com o ato de Connor

-Eu não vou sair daqui só porque ela quer

-Sai daqui -Travis se levantou e foi em direção da porta, mas antes dele sair da sala o mesmo se virou para mim e disse

-Eu vi seu primo agonizando de dor, pedindo ajuda, gritando por socorro -Meus olhos começaram a ficar marejados -Mas eu apenas fui embora

-Sai daqui -Gritei o mais alto que pude e algumas lágrimas escorreram 

Quando a porta se fechou respirei bem fundo, tentei pensar em qualquer outra coisas, mas não estava dando certo. Limpei as lágrimas do meu rosto e voltei a prestar atenção no meu ex.

-Agora podemos conversar? -Olhei para Connor e assenti -Eu estava pensando que depois da sua formatura nós finalmente poderíamos sair daqui, esquecer essa cidade -Ele fez uma pausa -Podemos ir para qualquer lugar que você quiser. Podemos comprar uma casa, um carro, até podemos ter um filho, se você quiser é claro -Continuei a prestar atenção -Então, o que você acha?

-Só um minuto que eu preciso processar tudo isso -Ele se agachou no meu lado e ficou me olhando -Não

-O que? Não quer ter filhos?

-Connor, eu junto com você, de novo? -Respirei fundo e ele assentiu -Isso não existe, esse sonho louco que você inventou na sua cabeça nunca vai acontecer. Eu nunca faria isso comigo

-Como? Isso vai acontecer -Ele chegou mais perto de mim e de repente agarrou meu pescoço -Eu não estou pedindo, estou mandando

Não conseguia respirar direito, sentia meu corpo ficar mais quente e meu coração estava batendo a mil por hora, meus olhos estavam se movendo depressa procurando algo para me tirar dali. Foi ai que tive uma ideia. Juntei todas as minhas forças e chutei as partes intimas de Connor, ele gemeu e caiu no chão de dor.

-Isso nunca vai acontecer, game over -Abri a porta do escritório e um de seus homens de preto olhou para mim e depois olhou para dentro do lugar, assim vendo seu chefe caído no chão

Ele sacou sua arma e consegui tirá-la de sua mão, (Depois tenho que agradecer Charles por me ensinar isso). Apontei a arma para ele, mas quando eu ia atirar vi de relance no outro lado do cômodo Travis e mais três homens de preto. Dei um tiro em um deles fazendo gritos de dor aparecer, bati com a arma na cabeça do homem que estava no meu lado, mas ele não caiu, comecei a lutar com ele, ele me deu um soco na cara, não aguentei e atirei em seu pé e o mesmo caiu no chão chorando de dor. Quando ia atirar em Travis seu irmão pulou em cima de mim e minha arma foi para longe.

-Desde quando você sabe lutar e atirar tão bem? -Ele segurava minhas mãos enquanto ficava em cima de mim

-Desde quando você começou a ser uma ameaça -Dei uma cabeçada nele, o que fez ele ficar zonzo e conseguir dar um soco em seu nariz, assim fazendo ele desmaiar

Seus homens começaram atirar e eu corri pegar minha arma, quando fiquei protegida dos tiros vi que uma bala tinha acertado meu braço. Tentei atirar neles, mas não deu certo. As balas de ambos os lados haviam acabado, então corri para a luta.
Dois homens vieram em cima de mim, enquanto eu lutava com um tentava chutar o outro. Até que finalmente eu consegui derrubar um deles. Peguei a arma do mesmo e atirei no outro, o mesmo caiu morto no chão. No fim só havia sobrado eu e Travis. Joguei a arma no chão e levantei as mãos para atacar.

-Quem diria, Bonnie conseguiu derrubar meus homens -Travis estava em posição de ataque igual a mim

Ele começou a distribuir socos rápidos em mim, não estava conseguindo acompanhar, até que dei um soco certeiro em seu rosto e ele cambaleou para trás. Ele cambaleou porém não caiu, Travis se manteve de pé e conseguiu me derrubar. Olhei para o lado e vi uma arma, apontei para ele.

-Você não consegue, é fraca de mais -Ele olhou para mim e riu. Atirei em sua cocha e ele caiu de dor

-Como foi que você disse? -Me levantei e apontei a arma para ele

-Vai logo e atira -Ele gritou e cuspiu sangue ao seu lado

-Eu não sou igual a vocês -Dei outro tirou em sua perna

Um grito agudo veio das escadas, lá estava Jennifer em pé, ela estava amedrontada, apontei a arma para Keller e ela saiu correndo para cima, quando apertei o gatinho não tinha mais balas, então ri.

-Olha agora quem está agonizando de dor, gemendo pois está machucado e quer levantar para me bater -Fiz biquinho de dó

-Vai pro inferno -Gritou ele antes de eu fechar a porta de sua casa

-Eu já estou nele -Liguei meu carro e fui o mais rápido possível para a casa de Charles

Quando parei meu carro em frente da sua casa vi que o portão da garagem estava aberto, fui andando até la e encontrei Charles juto de seu carro. Ele sempre foi apaixonado por carros e quando pode ele tenta fazer melhorias em seu "possante" segundo ele.

-O que aconteceu com você? -Ele largou o que estava fazendo e veio me socorrer

-Vamos dizer que eu mostrei para os irmãos Stoll que eu não estou de brincadeira -Tentei rir mas minha costela doía, tudo doía

-Vem, vamos tentar dar um jeito nisso -Sentei na mesa de garagem -Nem sei por onde começar

Consegui me ver pelo reflexo dos vidros do carro e vi que eu estava em um péssimo estado, eu estava ensanguentada, havia cortes no meu rosto, minha boca e esta sangravam e onde a bala havia estrado estava pingando sangue.

-Ok -Respirei fundo e doeu muito minha costela -Preciso de uma tesoura, vários panos, um balde com água, um emplasto, antisséptico, algodões, gaze, esparadrapo, água quente, uma agulha e linha 

Enquanto ele foi pegar as coisas liguei para James e Tyson, eles precisam me ajudar. Também aproveitei e fechei a porta da garagem, ninguém precisa ver meu estado. Eu não posso aparecer no hospital assim, eles vão querer saber o que aconteceu então prefiro dar meu jeito por aqui mesmo.

-Pronto, acho que está tudo aqui -Disse ele com as coisas na mão 

Comecei a falar para ele cortar minha blusa com a tesoura, vi que na região da minha costela estava roxo do que hoje de manhã, havia alguns hematomas novos e alguns cortes espalhados pelo lugar. Depois pedi para ele fazer um torniquete no meu braço para estancar o sangue por um tempo. Charles começou a limpar com o algodão as feridas no meu rosto, e também começou a fazer alguns curativos.

-Caralho -Olhei para a porta da garagem e estavam os dois que restavam

-Por favor alguém me diz que consegue tirar uma bala de um braço -Olhei para eles e eles não falaram nada -Não me digam que vocês não sabem fazer isso!

-Eu sou professor de química e não médico -Falou James e olhei feio para ele -Mas eu posso tentar

-Tayson, entra no YouTube  e pesquisa vídeos de como tirar bala de uma pessoa -Falei para o menino e todos riram 

-Você acha que vai ter vídeo disso? -Dei de ombros o que Charles falou

Quando minha adrenalina abaixou comecei a sentir queimar por onde a bala havia entrando, comecei a gritar e me debater na mesa.

-Charles, deita ela na mesa -Ordenou James -Segura ela

Meus gritos começaram a ficar mais altos, eles colocaram algo na minha boca para eu não gritar, acho que era um pano.

Senti uma coisa metálica no meu braço, então desmaiei.

Acordei em uma cama de casal, o lugar estava sendo iluminado só pela luz do banheiro. Minha cabeça começou a latejar de dor, meu braço parecia queimar e para piorar eu não conseguia me mover, devo ter quebrado uma costela ou um osso. Ergui minha cabeça e vi Tyson sentado em uma cadeira.

-Ei -Ele se virou e viu que estava acordada -Como você está?

-Dolorida -Tentei rir, mas dói muito

-Vou chamar os outros -Segurei seu braço e ele olhou para mim

-Fica aqui -Ele se sentou na ponta da cama e ficou me olhando -Como você está? Sua mãe está bem?

-No momento eu não sou importante, agora tenho que cuidar de você -Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha

-Vai, me conta -Abri um sorriso e ele também

-Estou bem, arranjei um trabalho em uma cafeteria e minha mãe está bem feliz por isso -Segurei sua mão e abri um sorriso de orelha a orelha 

Depois que paramos de conversar ele foi chamar os outros para virem me ver, e com eles veio uma porrada de remédios e perguntas.

-Vamos fazer o seguinte -Todos estavam prestando atenção -Primeiro preciso ligar para Ashton falando que vou passar o resto da semana com minha família, depois respondo tudo o que quiserem

-Ok -Todos concordaram, e assim foi feito

Ashton havia dito que ia aproveitar e fazer o mesmo. Logo depois veio uma montanha de perguntas. Conforme eu respondia eu lembrava do que havia acontecido e o que havia feito. Depois de contar tudo os três ficaram conversando entre si e eu comecei a pensar no que eu havia feito naquela casa, algumas lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto.

-Eu... eu matei uma pessoa -Minha voz saiu diferente por conta do choro

-O que? -Charles olhou para mim -Você matou uma pessoa?! -Gritou ele

-Eu matei algumas pessoas -Me sentei melhor na cama e coloquei minhas mãos no meu rosto

-Bonnie -Ignorei eles e continuei a chorar

-Ei -James tirou as mãos do meu rosto -Se você não tivesse feito aquilo você não estaria aqui agora

-Você estava se defendendo -Complementou Beckefngdorf já mais calmo

-Vocês podem me deixar sozinha por um tempo? -Olhei para eles

-Não faça isso, não se culpe, não foi sua culpa -Tyson estava com os olhos marejados -Tudo isso que está acontecendo não é culpa sua

-Eu só quero que isso acabe -Funguei e senti uma dor no peito -Eu cansei de ver as pessoas machucadas, ver as pessoas sendo enganas e maltratadas por minha causa, teria sido muito mais fácil se eu tivesse morrido hoje mais cedo -Limpei as lágrimas do meu rosto -Aquelas pessoas deviam ter família, alguém para elas voltarem...

Aquela noite foi uma das minhas mais difíceis, eu não consegui dormir, não conseguia comer e nem parar de chorar. Eu pensei em todos os motivos de porque estou viva e o que aconteceria se eu morresse, eu não quero magoar ninguém, nunca foi minha intenção, mas talvez morrer seja uma hipótese, seria o caminho mais fácil de me livrar de tudo isso.

Os meninos me acompanharam naquelas difíceis noites, depois pedi desculpas por não ter deixado eles dormirem. Como sempre eles falaram que não se importam com isso, mas sim com o  meu bem estar.
Passei o final da semana com aquelas três pessoas maravilhosas que me acolheram quando me machuquei, que cuidaram muito bem de mim e aguentaram todos os meu xingamentos e lágrimas. Eu devo minha vida há eles.

                                                                                                          Segunda-feira 13:43 PM
                 5 dias para a formatura

Estava em meu apartamento me trocando para descer almoçar no restaurante do hotel. Tentei esconder o máximo que pude meus machucados no rosto e braços. Meu braço que foi baleado estava melhor, eu dobrei a quantia de remédios que estava tomando para a dor parar. James tinha me levado no meu clínico geral, fiz o Dr.Joseph me prometer que não falaria nada aos meus pais.
Fiz de tudo para que Ashton não me visse nesse estado, não quero estragar esse momento de paz e serenidade da nossa relação.

Antes de ir peguei minha bolsa e minhas chaves. Depois que almoçar vou encontrar as meninas para provarmos vestidos para o baile. Também chamei Sara, mesmo que ela não vá se formar esse ano ela precisa de um vestido.

Como Dimi, o recepcionista, estava na sua hora de almoço o convidei para comer comigo. Ele aceitou sem mais delongas. Meu almoço com ele foi calmo e bem divertido, ficamos conversando sobre formatura e bailes, ele me fez rir com várias histórias engraçadas porém nojentas.

Logo que terminamos nos despedimos e sai para encontrar as meninas.

(...)

Nossa tarde foi bem cansativa, experimentei bilhões de vestidos e nenhum me caia bem, e sempre o que eu gostava já estava comprado ou não tinha do meu tamanho. Mas eu achei um vestido perfeito, ele era meio rosa, meio roxo.
As meninas vestiram vários vestidos e todos ficavam bonitos nelas, de tanto que elas trocaram de vestidos não sei o qual elas escolheram.
Logo depois que escolhemos os nossos vestidos fomos em uma cafeteria.

-Bonnie, hoje você está meio avoada -Sara colocou a mão em meu ombro

-Me desculpe, estava pensando em como vai ser perfeito esse baile -Mais uma mentira

-Espero que supere minhas expectativas -Lucy estava muito animada para o grande dia -Calum e eu não paramos de falar como vai ser

-Espero que meu par goste do meu vestido -Comentou Sara

-Michael vai amar -Comentou Tris e eu concordei

Passei o resto da tarde com as meninas, elas me fizeram sair um pouco desse mundo de preocupação. Ficamos sonhando em como seria nossas vidas depois de estarmos formadas. Foi meio triste porque sei que não vamos estar juntos, pelo menos eu não, pretendo fazer medicina em Nova York ou m Londres.

A noite começou a chegar e junto à ela veio meus pensamentos. Eu não consegui parar de pensar em tudo o que aconteceu, como eu matei aquele aquelas pessoas a sangue frio. Não consigo parar de pensar em qual vai ser o próximo passo de Connor, ele vai jogar todas suas cartas na mesa, nisso pode apostar. Enquanto tomava banho pensava em tudo isso e um pouquinho mais. Me enrolei na toalha e fui ver o que estava passando de bom na TV, deixei em uma canal de música para ver se eu me animo. Coloquei minhas roupas íntimas e ouvi alguém bater na porta.

-Quem é? -Gritei do banheiro

-O Ashton -Ouvi uma risada do outro lado da porta

Meu coração começou a bater mais rápido e minhas mãos tremiam. Eu comecei a ficar apavorada e não sabia o que fazer.

-Já vai -Me enrolei em um roupão, passei um pouco de maquiagem em meus cortes no rosto e fui atende-lo -O que devo a surpresa?

Estava tentando ficar o mais descontraída possível, sem mostrar o meu nervosismo.

-Eu estava com saudades de você -Ele me abraçou e depois me beijou

-Eu também estava -O abracei bem forte sem me importar com os machucados

-Ok -Ele se sentou na beirada da cama -O que podemos fazer hoje?

-O que você quiser -Peguei algumas roupas para me vestir no banheiro

-O que eu quero fazer não precisa de roupas -Ele começou a desamarrar o meu roupão, mas eu o parei

-Desculpa, hoje eu não to com cabeça pra isso -Dei um nó bem firme e fui para o banheiro

Me encostei na porta fechada e respirei fundo, minhas mãos estavam suadas e tremiam, meu coração batia tão rápido que é capaz de eu ter uma parada cardíaca. Tirei meu roupão e comecei a maquiar meu corpo, de repente a porta do banheiro se abre, me virei rapidamente e vi a cara de Ashton. 

-O... o que aconteceu com você? -Ele veio até mim e eu comecei a me afastar

-Ashton -Respirei fundo, meus batimentos cardíacos devem estar a mil por segundo -Precisamos conversar

-Bonnie, o que são esses hematomas, cortes e esses pontos em seu braço? -Coloquei meu roupão de novo

-Eu posso explicar -Encostei a mão em seu ombro e ele recuou

-Você esteve mentindo pra mim? Desde quando você mente para mim? -Fomos para o quarto, ele andava para todos os lados com a mão na cabeça -Eu não quero ouvir isso

Ele foi em direção da porta, passei na sua frente e tranquei a mesma, pedi gentilmente que ele se sentasse. E assim o fez.

-Nem sei por onde começar -Fiquei em sua frente de braços cruzados

-Que tal pelo começo de toda a mentira?!

-Para -Dei um berro -Eu não sou a única aqui que está mentindo

-Aé? -Assenti -Então o que eu fiz agora?

-Você não me contou que iria ter um filho(a) com a Jennifer -Seus olhos aviam esbugalhado, ele foi pego de surpresa -Eu tive que ouvir de outra boca que meu namorado ia ser pai de uma criança

-Quem te contou isso? -Ele começou a falar no mesmo tom que eu

-Lauren me contou e sua mãe também, acho que elas pensaram que eu sabia

-Lembrando que eu não tenho um filho, a menina perdeu o filho, não precisava te contar

-Ah, então eu não preciso te contar o que aconteceu comigo -Dei uma risada falsa

-Isso é diferente -Respirei fundo -Vai me contar ou não?

-Quer que eu conte o que? -Ele me olhou sem saber -Tudo isso começou no dia que Michael fora esfaqueado, quando entramos em casa eu o achei na cozinha, e me deparei com uma faca ensanguentada pregada na parede e junto dela havia uma foto, atrás falava "isso só foi o começo minha querida" -Peguei fôlego para voltar a falar -Minutos depois que você foi embora Connor apareceu e ameaçou minha família e amigos

-Por que você não me contou? -Gritou ele

-Eu estava tentando te proteger -Falei pausadamente para ele entender o motivo de tudo isso

-Eu sei me proteger -Revirei os olhos

-Depois disso eu tinha que fazer tudo o que ela mandava, se pisasse torto ele machucaria alguém que eu amasse -Minhas lágrimas começaram a aparecer -Ele matou John

Ashton ficou boquiaberto, já eu não conseguia mais falar. Conforme eu dizia essas coisas em voz alta as coisas pareciam piores do que realmente eram.

-Ele matou meu primo, agora está entendendo porque eu não contei?!

-Então tudo o que Connor havia me dito era verdade -Ele se levantou e ficou olhando para o nada -Nosso romance foi baseado em mentiras

-Não -Enxuguei minhas lágrimas mesmo sabendo que outras estavam para aparecer -Eu amo você Ashton, isso nunca vai mudar

-Vocês transaram? -Fiquem em silêncio então ele segurou meu braço machucado

-Para, você está me machucando -Ele aperto mais forte

-Vocês transaram! -Ele gritou isso mais umas três vezes -Você me traiu com aquele imbecil, aquele prepotente, aquela pessoa de merda

-Eu fui obrigada -Gritei -Eu não tinha opção

-Eu não quero mais ouvir isso -Ele andava em círculos, até parar e lançar um olhar frio para mim -Como você conseguiu esses machucados?

-Quando eu falei que ia passar o resto da semana com os meus pais... -Ele me interrompeu e sentou na cama

-Vou adivinhar, era mentira -Ele bateu em sua coxas

-Na quinta Connor tinha me feito uma proposta para depois da formatura fugíssemos, eu neguei -Respirei fundo e olhei para Ashton -Ele tentou me machucar então eu revidei, um dos guarda costas dele viu e tentou me bater, mas eu acabei atirando nele, tive que lutar com muitos deles, lutei até com Travis e Connor -Dei uma risada e neguei com a cabeça -Advinha quem estava lá também -Fiz uma pausa dramática

-Fala logo porra -Gritou ele

-A mãe de seu filho, eu apontei a arma para a cabeça dela, aquela podre criatura saiu correndo escadas a cima, só que a burra não sabia que não tinha mais balas na arma

-Eu não te conheço mais...

-Não me conhece mais? Eu sou a mesma de sempre -Disse abrindo os braços 

-Não, não é -Ele se levantou e ficou perto de mim -Você se tornou um monstro, ficou igual Connor, louco da cabeça -Ele deu uma risada -Ah não, você sempre foi, até ficou em um hospício

-Eu não sou louca, retire o que disse -Ele negou então bati em seu rosto -Eu ficar naquele lugar não tem nada haver com isso

-Como não? Ele fez isso com você, aos poucos ele foi te moldando e transformando em um monstro, você matou pessoas Bonnie!

-Eu sei o que eu fiz e sinto nojo de mim por ter feito isso -Gritei e ele cruzou os braços -Se eu não tivesse feito isso estaria morta agora

-Acho que seria melhor -Murmurou ele

-Eu não creio que você disse isso -Uma lágrima percorreu minhas bochechas -Sai daqui

-Saio, com o maior prazer -Ele abriu a porta, mas pareceu ter mudado de ideia -Eu quero terminar

-Somos dois

-E eu pensando que você era perfeita -Ele fechou a porta e andou até mim -A senhora do juízo, a paz e amor -Ele riu incrédulo -Eu te amava

Olhamos nos fundos dos olhos um do outro. Vi Ashton chorar quando disse aquilo, já eu estava formando uma possa ao meu redor.

-Eu amava aquela menina alegre, gentil e meiga. Aquela menina que não esperava nada em troca do que fazia. Era incrível, porque  mesmo se um completo estranho estava machucado ela o ajudava. Ela emanava alegria e deixava um rastro de amor e felicidade por onde passava. Ela era perfeita. Ela era minha luz, iluminava meu caminho, me guiava em momentos difíceis e obscuros e me mostrava que eu estava seguro ao seu lado. Me mostrava que eu poderia ser mais do que sou, ela me fez descobrir que havia um lado bom em mim. Ela era minha casa. Sempre me protegia de qualquer coisa ruim que queria me machucar. Ela sempre me puxava para cima. Eu a amava tanto que poderia mover céus e terra por ela -Eu estava chorando tanto que não consegui o enxergar direito -Agora não, você é o contrário, onde você anda a morte e destruição vai atrás, você é trevas e não luz

-Ashton -Segurei seu braço, mas ele se soltou 

-Adeus Bonnie

Quando ele saiu eu desabei de vez, cai no chão e comecei a chorar e gritar o mais alto que podia. Dói tanto.

-Eu me odeio -Falei chorando enquanto segurava meus joelhos perto do meu corpo -Eu odeio amá-lo

 


Notas Finais


OLÁ!
O que acharam desse capítulo? Qual foi a parte que vocês mais gostaram? A minha foi quando a Bonnie bateu no Travis e Connor. Por favor não me batam, doeu e mim ter que fazer isso com a Bonnie e Ashton.
Até o próximo capítulo


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