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História I Hate You - Imagine G-Dragon - Dúvidas


Escrita por: KYB e theBL

Notas do Autor


GENTE, GENTE CHEGA AQUI ☝☝ No dia 29 de outubro(mês passado) I Hate You fez um ano! 🎂👏💐🎉🎉 (e ontem também foi niver do nosso querido T.O.P ne😙)
Já teríamos desistido muitas vezes se não fosse a outra incentivando, ajudando e se não fosse vocês comentando e nos dando força pra levar esse imagine à diante.
Agradecemos a TODOS vocês que nos aguentam esse tempo todo!! O nosso muito obrigado e continuem nos dando seu suporte!!

O capitulo novo chegou!

Capítulo 61 - Dúvidas


Fanfic / Fanfiction I Hate You - Imagine G-Dragon - Dúvidas

Você pov on


Enquanto eu conversava com Sophie, descobria o quanto ela é legal, madura, forte, desapegada e acima de tudo, enfrentava tudo sempre de peito aberto. Senti um pouco de inveja dela, eu em seu lugar não sei se teria agido da mesma maneira.

Percebi também o quanto ela e Ji se gostavam, no passado. Ela só falava bem dele e em nenhum minuto parou para demonstrar mágoa pelo passado. Parece que ela realmente havia enterrado ele. E Jiyong estava ali, novamente, mas comigo ao seu lado.

- Me conta agora, estou curiosa para saber como vocês se conheceram?

- Bem, fui do Brasil para a Coreia do Sul e estava procurando emprego.

- Ah, sim. Ele me disse. Que legal, eu sempre quis conhecer o Brasil. – eu sorri para disfarçar meu nervosismo do momento. Havia tantas coisas que eu desejava saber sobre ela e no entanto estávamos falando de mim.

- Eu sou dançarina e procurei trabalho em todo lugar, em toda empresa que você possa imaginar.

- E terminou indo parar na Yg! Nossa, sério? Que coincidência. Eu também era apenas dançarina, antes de começar a trabalhar como modelo.

- É, o Jiyong me contou. – mexi as mãos e dei um gole no café amargo - Bem, eu me tornei dançarina do Bigbang ao ser aceita na Yg. Assim, logo de cara. Eles haviam perdido uma dançarina e precisavam urgente de uma substituta.

- Incrível. Aquela empresa é sempre cheia de treinees. Abarrotada. Foi o destino. – Sophie murmurou e sorriu, eu fiz o mesmo.

- É, foi o destino com certeza.

- Ual... – Percebia seus olhos penetrados em mim, e não sabia dizer o que ela estava pensando. De certo modo, era um pouco estranha toda essa situação.

Eu realmente não sabia o que Sophie pensava sobre o Jiyong, sobre reencontra-lo depois de todo esse tempo. Percebi que ele não havia falado nada sobre mim a ela antes de chegarmos aqui a não ser sobre a minha nacionalidade e a mesma não esperava receber o pai de seu filho muito menos com a esposa dele a tiracolo.

- Eu sei que o que vocês tiveram, a amizade de vocês, ou seja lá o que tiver sido foi especial para o Jiyong, e eu precisava mesmo desse momento a sós para conversar com você sobre isso, Sophie.

- Pode falar, hoje somos só você e eu. Espero que o Ji esteja indo bem com o Yoon.

Rimos as duas. Eu sentia minha boca trémula ao sorrir. Havia muitas coisas que eu pensava em falar com ela e que ao mesmo tempo não tinha certeza de como ou se deveria fazer isso.

- Sophie, não foi desde o começo da minha relação com o Ji que ele me falou sobre você... – dei uma pausa para organizar a ordem dos fatos que diria.

- Normal. Não é algo comum, ficar se prendendo ao passado se ele estava tentando um relacionamento com você, como com qualquer outra pessoa.

- O problema é que ele não me contou que tinha um filho e...- Eu não queria que ela entendesse mal o que eu estaca tentando lhe dizer, nem se ferisse por isso.

- Ah...

- E ele estava mais do que preso ao passado - dei uma pausa para tomar uma grande quantidade de ar para dizer o que eu estava pensando – Sophie, eu encontrei uma espécie de diário dele, em seu computador, onde ele escrevia várias coisas, sobre você, sobre tudo o que aconteceu, sobre o filho que ele nunca conheceu... Sophie, o Ji se arrepende amargamente por tudo, e sofreu bastante.

- Eu sei, _______. Eu também sofri, mas nem por isso eu deixei de recebe-lo. Eu sou totalmente a favor que ele conheça o Yoon. E se realmente quer saber, eu não guardo mágoas dele, ainda que eu tivesse todo o direito de fazer isso, e de ser uma pessoa amargurada pro resto da minha vida, e odiar tudo o que tivesse ligação com a Yg e o Bigbang...

- Sim, Sophie, eu sei. E te admiro muito por isso. Imagino que você foi a que mais foi prejudicada nisso enquanto ele, enfim, debutou com o grupo e construiu seu império.

- Império cada vez mais mundial, diga-se de passagem. – Sophie levou o garfo à boca arqueando uma das sobrancelhas. – Essa torta, devia provar. Está maravilhosa.

Sorrio e suspiro mais uma vez, apesar de todas as palavras dela, eu vi que seus olhos não exalavam nenhum tipo de sentimento ruim apesar do peso das palavras sinceras. – Eu só queria te dizer que a minha decisão de vir junto com ele foi por saber da necessidade que ele tinha para resolver todo o conflito do passado.

- Claro. É bom para todos nós. Para o Yoon... – ela suspirou por fim.

- Eu realmente não espero que essa seja a nossa primeira e última visita ao Jiyoon, e a você. – ela me abriu um sorriso ladeio e eu vi que estava fazendo a coisa certa. Eu estava feliz por estar fazendo algo bom por Jiyong e pelo seu filho. – Eu sei que ele não pode consertar o que passou...

- Mas ele pode criar um novo futuro, para os dois. É assim que você pensa, não é? Agora que ele cresceu e Hyunsuk não controla mais a vida dele.

- É Sophie. Exatamente isso.

- Eu te admiro, ______. Não sei se eu teria a mesma coragem que você. De estar aqui, com o homem que você ama, para encontrar alguém que fez parte do passado dele, ainda que não tenhamos nada que possa preocupa-la.

- É, eu entendo, Sophie. Confesso que até eu também me admiro por isso. Os nossos amigos disseram o mesmo...

- Ah, me conta. Estou morta de curiosidade. Como anda o Youngbae?



Jiyong pov


- Jiyong, como você pode sair do pais sem me dizer nada?

- Bem, foi tudo de última hora, Bae.

- Minha turnê, Jiyong, inicia hoje e você vai estar presente, não é mesmo?

- O que? Mas já? Como assim?

- Jiyong, em que mundo você anda ultimamente? Há meses que estamos nos preparando. As datas saíram a um mês atrás.

Ultimamente ando com tantas coisas na cabeça que me esqueci da turnê do meu melhor amigo.

- Desculpa Bae, eu não sei eu só...

- Já esta se aproximando o final do ano também. Fevereiro está vindo ai... – passo a mão pelos cabelos, me lembrando desse detalhe.

- Obrigado por me lembrar. – resmungo sarcasticamente e me dirijo até o lavabo do quarto, mirando minha imagem refletida no espelho, a barba por fazer.

- Me conta, como foi o encontro com o menino e com a Sophie?

- Está sendo normal, eu acho. Quer dizer, foi surreal encontrar Sophie e o Yoon parece que ele não gosta muito de mim. Quer dizer, ele me rejeita e eu não tiro a sua razão.

- Jiyong, é compreensível, não é? Ele deve ser um garoto magoado, não tem confiança em você também. Mas relaxe, as coisas elas podem melhorar com o tempo, não podem?

- É, eu acho que podem. – dou um suspiro e ouço um barulho que vem da copa do quarto de hotel.

- E a _______? Como ela está?

- Acabei de pensar nela agora mesmo. Eu acabo de acordar também, ela está na cozinha.

- Como ela reagiu, como está lidando com a situação?

- Melhor que eu, digo, muito bem, Bae. – ouço a risada dele do outro lado da linha.

- Okay, eu vou deixar você ir dar um bom dia a sua mulher e terem um café da manhã em paz, hoje Seul vai assistir à minha performance.

- Me desculpa cara. Desculpa eu esqueci completamente do tempo e eu não sei. Eu vou voltar esse final de semana.

- Não Jiyong, relaxa. Sério. Resolve as suas coisas por ai, passa tempo com seu filho, tenta reverter a situação. Conversa com a Sophie sobre isso, com a ______ também. E por favor, não faz besteira.

- O que você dizer com “fazer besteira”?

- Tchau, Jiyong. Eu preciso por uma camisa agora e ir direto para a arena, checar o som e as outras coisas por lá.

Revirei os olhos pelo modo que o meu amigo pensa ao meu respeito. Senti um cheiro de café vindo da cozinha, chegando lá avisto ________ quieta no balcão, preparava alguma coisa. Me aproximei da mesma e a envolvi em um abraço encostando o queixo em seu pescoço e sinto a mesma rir anasalado com o contato.

- Você acordou agora?

- Sim. - Dei um beijo em suas costas semi cobertas pela blusa de alças finas e afasto seus cabelos de sua nunca e dei um beijo naquele local, sentindo o seu perfume, ela resmunga pelo atrito dos meus pelos faciais com sua pele macia.

- Jiyong, não quero ser xereta mas sei que você estava ao telefone.

- Ah, você ouviu? – viro ela de frente pra mim e a mesma passa os braços ao redor do meu pescoço, retribuindo meu abraço.

- Só murmúrios. – ela sorriu.

- Era Youngbae.

- Você pegou no sono ontem, nem me contou como foi seu passeio com o Yoon.

- Digamos que você ouviu essa parte, e está querendo que eu conte a você agora. – ela fez um bico quando eu digo isso – Bem, ele não reagiu muito amigável, digamos assim. Não queria estar comigo, por isso voltamos rápido.

Sinto suas mãos deslizando da minha nuca para minha face e ela faz outro bico, em seguida me da um selinho nos lábios. Eu agarro e puxo ainda mais forte sua cintura contra meu corpo.

- Não fica assim, meu amor. Foi o primeiro contato de vocês. É normal que ele reaja assim.

- Eu sei, Mine. Eu sei.

- Então, Honi. Coloca um sorriso nesse rosto, faz essa barba e toma um café com waffles comigo. Afinal estamos nos estados unidos. – ela sorri e faz uma careta.

- Você sabe fazer waffles?

- Sai pra comprar quando você estava dormindo.

- Mine. Saiu sozinha?

- Qual problema?

- Você não deve fazer isso, e nem conhece o lugar, pode se perder por aqui.

- Eu sei me virar, e levei o celular. Poderia ligar pra você.

- Pra você tudo é tão fácil, não é?

- Aish, deixa de ser ranzinza e vem comer comigo. – ela caminhou até sentar-se a mesa – Ta ficando velho e muito restringido. Relaxa.

- Não vou fazer a barba hoje. Não to a fim.



- Jiyong! ______! - Sophie me deu um abraço e outro em minha esposa. – Sejam bem vindos. Entrem, por favor.

Nós estávamos hoje mais uma vez em seu apartamento, dessa vez para um jantar e nós adentramos à sala que estava vazia.

- O Yoon esta no quarto com um amigo.- Ela avisou e eu concordo com a cabeça. – Fiquem à vontade. Acho que não preciso dessas formalidades com voce, Jiyong. – sorrio e a _____ me acompanha.

- Tem razão. – respondo.

- Querem vir comigo para a cozinha, estou nos últimos preparativos. Ou podem ficar na sala também, não tem problema. – Sophie desapareceu no corredor sorrindo consigo mesma, usava um vestido solto que ia até seus joelhos e com os pés no chão. Ela realmente não precisava de formalidades.

- Por que não vai procura-lo? Eu faço companhia à Sophie na cozinha.

- Hum... – murmuro e a puxo pela cintura antes de deixa-la escapar de mim, deixando um beijo estalado em seus lábios. Fui ate o quarto de Yoon, a porta estava entreaberta e eu encontrei o mesmo jogando videogame com o amiguinho.

- Oi.. – eu disse atraindo a atenção dos dois garotos para mim. Apesar de Yoon ser o meu filho eu não sei muito bem como trata-lo. E eu não sou bom em iniciar conversas, muito menos quando era ignorado e o fato dele não gostar muito de mim não me ajuda nem um pouco.

- Você sabia que eu vinha?

- Minha mãe me falou. - Ele disse sem me olhar, fitando apenas a tela à sua frente com o jogo. Eu não sabia mais o que dizer. Incrível, Kwon Jiyong sem saber o que falar com um garoto.

-Ahn... Fiquei sabendo que você gosta de musica. – ele estava prestando atenção no jogo e eu em uma maneira de tentar puxar assunto com o mesmo.

- Não.

- Mas a sua mãe disse que você gosta de tocar, até estou vendo um violão na sua parede ali. - Apontei para o lugar com um belo violão pendurado em um suporte suspenso próximo à sua mesa de estudos  a prateleira de legos.

- Não, eu não gosto e o violão. É apenas de enfeite.

- Okay... – observei o amigo o olhar como se estranhasse as suas respostas.

- Quem é você? – o garoto me perguntou e antes que eu respondesse Yoon respondeu por mim.

- Não é nada meu.

- Não somos nem ao menos amigos? – acabei por deixa-lo calado por um tempo, sem uma resposta na ponta da língua como ele sempre tinha, eu quase me animei por achar que o tinha feito pensar um pouco sobre o que pedi.

- Eu nem te conheço.

- Ah, vocês podem se conhecer melhor e então serem amigos. - O garotinho mais uma vez entrou em nossa conversa, Yoon olhou para ele com uma cara não muito boa.

- Ah, é mesmo?

- Foi assim com eu e o JiYoon.

- Eu concordo com você. Como é mesmo o seu nome garoto?

- Eu me chamo Matt, e você?

- Ah, Matt, eu sou Jiyong. – ele abriu um sorriso.

- Jiyong? - Escutei duas batidas na porta seguida da voz da __________.

- Oi, posso entrar? - Ela e colocou a cabeça na porta com um sorriso no rosto e eu estendi meus braços para a mesma, que apenas se aproximou de nós.

- Olá, Yoon. Olá Mathew. – os cumprimentou. – Nossa, eu adoro jogos de videogame. Será que eu poderia jogar um pouco também?

- Claro, assim que eu terminar essa partida você pode. – Matt respondeu concentrado e me levantei, pelo jeito eu deixaria a _______ um pouco com eles, pois minha presença parecia um pouco incomodo para o dono do quarto.

- Melhor você sair, deixa a sua noiva brincar e vai fazer outra coisa.

- Okay, Yoon. Mas eu já volto pra buscar vocês pro jantar. Assim que sua mãe me mandar fazer isso. - Dito isso ele me olha com aquele olhar “você não é o meu pai” outra vez.



- É, parece que ele não gosta muito de mim. – Sophie cruzou os braços e me olhou como se eu tivesse feito algo errado.

- Tenha só um pouco de paciência com ele, Jiyong. Por favor. Acho que não preciso te explicar isso, mas você já deve imaginar...

- Sim, sim eu sei. E não o culpo por isso, nem você, eu não culpo ninguém a não ser a mim mesmo.

- Desculpe não ter te dito nada sobre isso. – ela encostou- se no balcão e fitou o chão. – Quando eu disse a ele sobre você ter vindo, ele não queria. É difícil, Jiyong.

- Eu sei. – suspirei e fiz o mesmo que ela, com os braços cruzados em frente ao corpo me encosto no balcão ao seu lado olhando para o chão.

- Se você realmente queria isso quando veio pra cá, se aproximar dele, conhece-lo, não desista. Ou talvez isso leve tempo, eu não sei nem posso te prometer nada. Nem ao menos força-lo a alguma coisa, você entende, não é?

- Claro. Entendo perfeitamente. Eu agradeço por você estar me recebendo.

- Eu até tentei. Você viu, na minha frente ele te trata, ou melhor ele parece tímido, apenas um garoto tímido.

- Eu estou levando cada fora que você nem imagina. - Sophie sorriu. – eu realmente não vejo motivos pra esse sorriso.

- Desculpa. Eu sou a mãe dele e sei bem como o Yoon pode ser chatinho quando ele quer.

- Você mudou muito, Sophie. Não te conheço mais, realmente.

- É claro, Ji. Eu me tornei mãe. Eu escolhi ser mãe do nosso filho eu sofri mudanças por causa disso. Elas não foram planejadas.

- Obrigada por ter tido nosso filho. – não podia pensar em outra coisa para dizer no momento. Eu sentia muito agradecido, Sophie mais que uma antiga amiga era uma mulher admirável e eu a amava por isso. Sim, eu a amava, mas de uma maneira diferente.

- O Yoon, ele foi me mudando e foi a melhor coisa que me aconteceu.

- Agora entrando em um assunto totalmente diferente, eu sei que não tem nada a ver e ao mesmo tempo tem. Você tem alguém? Alguma pessoa em especial?

- O Yoon te contou alguma coisa? – ela riu anasalado - Porque estou sentindo que ele fez isso.

- É, ele me disse que não gostava da pessoa em questão. – franzi as sobrancelhas em resposta. Sophie levou a mão à testa

– O Yoon não gostava muito dele mesmo, mas não estamos mais juntos de toda maneira.

- E por que não?

- Por causa do tempo. Eu já trabalho fora e tenho que dividir meu tempo e a atenção que preciso dar ao Yoon, não tinha muito tempo para um namorado. E o Yoon, sim era muito ciumento.

- Ele era? Ele já estava com medo só por eu estar aqui. Ou no mínimo pensou que o levaria de você, ou sei lá o que pode se passar na cabeça de um garota da sua idade.

- Cadê a ______? Não vamos jantar hoje? Se deixar ela vai ficar a noite toda lá com eles.

- O Matt vem muito aqui brincar com ele?

- Na verdade não. Ele o chamou porque sabia que você viria.

- Ah, entendi. Eu vou lá verificar se a ______ ainda está brincando.

Eu fiz isso mas quando chego para verificar ela já estava saindo do quarto e veio em minha direção.

- Parabéns, está conseguindo mais rápido que eu. – sussurro próximo a seu ouvido e ela ri.

- É porque eu não sou o pai nem a mãe do garoto.

- É, eu imagino. Seria bom se fosse a mãe.

- Jiyong...

- Brincando contigo, amor.

- Sabe, eu achei a Sophie bem parecida comigo. Eu ia te dizer isso antes.

- Eu não acho. Vocês duas são muito diferentes.

- Jiyong, você tem que concordar comigo que na semelhança nós somos mesmo parecidas. A cor dos olhos dela são iguais aos meus, o tipo do cabelo, a não ser pela cor, mas temos a mesma altura e até o formato dos meus lábios! Só é muita coincidência.

- É, deve ser.

- ________, vem aqui! É a sua vez de jogar. - Ouvi o Matt gritar do quarto chamando por minha esposa.

- Você podia vir comigo. Não gosta de jogar?

Dou um beijo na testa dela. – Vai que eu já estou indo. – A mesma entra novamente no quarto e quando me viro vejo Sophie bem atrás de mim.

- Vem aqui comigo. - Sophie disse e em seguida me puxou pela mão, eu a segui enquanto subimos as escadas e entramos em um quarto que eu achei que era o dela. Acendeu as luzes e sentou-se na cama e olhou para mim, esperando que eu fizesse o mesmo. Mesmo sem entender nada eu o fiz.

Sophie levantou-se e abriu a porta do guarda-roupas procurando alguma coisa dentro de uma caixa maior que uma caixa de sapatos, azul de bolinhas.

- Eu queria te amostrar algumas fotos do Yoon. Você quer ver?

- É claro. A única foto que eu tenho dele foi quando você me mandou. Ele era muito pequeno.

- Ah, sim. Eu lembro. – Sophie expressou um sorriso triste e voltou a sentar-se do meu lado, me deu a caixa e um álbum grande estava em suas mãos.

Ela abriu o mesmo e uma sensação estranha de repente me invadiu. A de ter perdido algo que nunca se possuiu. Isso seria possível?

Fotos e mais fotos, ele pequeno dentro de uma banheira, seus olhos apertados e o rosto feliz na água encheram os meus olhos de água e eu passei a página me deparando com mais fotos de Sophie com ele nos braços. Ela, obviamente mais nova – fato que me trouxeram ainda mais lembranças daquele tempo.

- Tem mais fotos nos outros álbuns. Essas são as mais antigas, de quando ele era menor. Tem as fotos da formatura dele no primário. – eu passava as fotos e ela continuava falando.

Uma foto com uniforme da escola. O sorriso do meu garoto estreitava ainda mais seus olhos que eles desapareciam na imagem e se tornavam dois tracinhos escuros, e seu sorriso também não deixava dúvidas.

Os outros álbuns mostravam um Yoon diferente. Mais maduro, tanto na idade quanto na expressão. O rosto mais fechado e a ausência do sorriso também me chamaram atenção.

- Aqui ele havia caído da bicicleta, havia se arranhado e estava chorando e eu lhe disse que homens não choram. Por isso tirei a foto.

- Você fez muito errado. Dizer que homens não choram... – Sophie olhava para o álbum em minhas mãos, uma chuva forte começou a cair lá fora que podia ser ouvida mesmo através da janela fechada.

- O que eu estive fazendo durante todo esse tempo em que estivemos distantes?

Num momento eu estava com os lábios formigando e no outro, aproximando a minha boca da dela à minha frente, seu cheiro me invadiu. Sophie era tudo o que eu conseguia ver no momento. Sim, eu fiz aquilo.


Notas Finais


Lemos todos seus comentários mas as vezes são tão maravilhosos (ou indignados 👀) que nem sabemos como responder. Mas amamos sempre.

Sei que vocês querem muito saber o que se passa na mente de Sophie, mas esperem um pouco.

Mas e ai, e sobre esse capitulo. 👀 esse final.


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