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História I Hate You - Imagine G-Dragon - Usada


Escrita por: KYB e theBL

Notas do Autor


Preparadas para a continuação do capítulo anterior?

Vocês são a _____, então vocês que mandam. 👀💁

Legenda: Letras de música em sublinhado e itálico, lembranças em citação.
Nos encontramos novamente no final do capítulo.

Capítulo 62 - Usada


Fanfic / Fanfiction I Hate You - Imagine G-Dragon - Usada

Jiyong pov


 [Se você realmente me quisesse, você apenas diria. E se eu fosse você, nunca me deixaria ir.]


Sim, eu fiz aquilo. Eu tentei beijar a Sophie no quarto enquanto via as fotos do nosso filho. Eu não sei o que deu em mim no momento, mas em seguida eu quis sair correndo dali.

- Jiyong, não. – Sophie afasta o rosto do meu antes que nossos lábios se tocassem, meu coração estava acelerado ainda mas seu gesto me faz cair na real. - Sempre fomos amigos, não confunda as coisas, Jiyong. Não de novo, e tem a ______ agora, lá em baixo, meu Deus.

- Droga! Desculpa, por favor. Eu errei.

- Okay, não se preocupe. – ela respira fundo e se levanta. Minha vontade era de enfiar a cara no chão. - Eu sinto que nos agora somos tão próximos quanto dois estranhos. Mas fomos amigos e não é como se não soubéssemos o que houve entre a gente, Ji. Você lembra.

Sim, mas eu estava tão confuso agora.

[Sempre sentindo falta de quem eu não deveria sentir. Eu sei que eu controlo meus pensamentos, e que eu deveria parar de lembrar.]

- Eu não sei Sophie. – ela me olhou surpresa e um tanto chocada. Até eu estava assim.

- Não, Ji. Você é um cara casado, e bem casado com a _____. Eu não a conheço mas posso ver o quanto ela é especial.

- É, ela é. – passo a mão com força nas têmporas, confuso. Doía. Sophie pareceu nervosa e com razão.

- Olha, o Yoon esta aqui e ele sempre estará pra você vê-lo, quando quiser. Afinal ele é seu filho. – tendo disso isto a mesma saiu do próprio quarto, eu a segui logo em seguida pois não ficaria ali.

Passo pelo corredor do apartamento e ouço a voz da Sophie lá em baixo, chamando todo mundo e reclamando com Yoon por causa do vício no game. Uma gargalhada da _______ e meu coração que não parava de palpitar e de doer.

Mas que merda eu quase acabo de fazer?

Encontro um terraço pequeno, onde pude observar melhor a chuva cair lá fora, me sento numa cadeira ali com a cabeça abaixada entre minhas pernas e fico ali até que passasse. Se é que passaria ainda essa noite.


Voce pov


[Se você realmente me quisesse, você apenas diria. E se eu fosse você, nunca me deixaria ir. Sinos de casamento eram apenas alarmes? Uma fita de isolamento ao redor do meu coração.]


- Por que está aqui com a gente, e não com o seu noivo lá fora?

- Meu noivo? – queria ouvir mais do Yoon e de onde ele havia tirado que sou a noiva do Jiyong.

- Ele me disse que você era noiva.

- Você é muito bonita.

- Obrigada, Mattew.

- Na verdade, você parece e muito com a minha mãe. Parecem até irmãs gêmeas. - Tive medo desse comentário, ainda mais vindo próprio filho. Afinal não era só eu que havia percebido isso. - Por isso que o G-Dragon pediu você em casamento?

- G-Dragon? – estranhou Mattew deixando de olhar para a tv no instante em que sua partida terminou.

- É um idiota da Coreia do Sul, que tem uma banda e se acha o rei de lá. Aquele que tava aqui agora à pouco. 

Ao reencontrar-me com Jiyong no corredor eu não pude evitar de comentar sobre esse fato e que já havia reparado à tempos e até já havia comentado com o mesmo.


- Sabe, eu achei a Sophie bem parecida comigo. Eu ia te dizer isso antes.
- Eu não acho. Vocês duas são muito diferentes.
- Jiyong, você tem que concordar comigo que na semelhança nós somos mesmo parecidas. A cor dos olhos dela são iguais aos meus, o tipo do cabelo, a não ser pela cor, mas temos a mesma altura e até o formato dos meus lábios! Só é muita coincidência.
- É, deve ser.

Esse tempo que passei com o Jiyoon e o Matt acabei deixando o Ji sozinho com a Sophie. Depois de um tempo ela apareceu para nos chamar para finalmente jantar. Eu já estava prestes a ir atrás deles, saber onde estavam, o que estavam fazendo, mas acabei não indo.

Eu confesso que tinha um pouco de medo ainda por dentro apesar de Sophie ter me deixado claro que entre os dois não havia nada além da amizade de anos atrás.

- Vamos, vamos todos jantar. Matt, hoje seu pai vem lhe buscar ou você dorme aqui?

- O Matt dorme aqui hoje. – disse Yoon passando por nós como um furacão e eu ri, vendo o seu amigo passar por mim com um sorriso tímido. Ele era uma graça.

- Ele tem quantos anos? A mesma idade do Yoon?

- Ele tem oito. Vamos pra cozinha, _______? Eu vou colocar nosso jantar na mesa.

- Eu posso te ajudar nisso. Sophie, cadê o Jiyong?

- Ah, ______. Ele deve estar pelo apartamento. Talvez, lá em cima, não sei. Você deveria procura-lo. Deixa a mesa comigo.

Concordei e pedi licença à ela subindo as escadas do local, que davam para a área privada do apartamento, os quartos e um corredor que estava iluminado. Achei um pouco estranho Jiyong estar aqui em algum lugar e não lá em baixo com todos nós.

Segui o corredor dando no terraço ao fim com uma sacada fechada. Ele estava ali sentado com a cabeça baixa e silencioso. Me aproximei sem dizer nada mas não queria assusta-lo. Toquei em seu ombro gentilmente.

- Amor, você está bem? O que faz aqui sozinho? – ele ergue o rosto e me fita.

- ______, como soube que eu estava aqui?

- Sophie me disse. – seu rosto pareceu preocupado – você se sente bem?

- A minha cabeça dói. – passei uma das minhas mãos em seu pescoço, bem no local onde a tatuagem angelical era visível e ele se levantou, tornando seu corpo bem próximo ao meu instantaneamente.

Ele me a abraça, enterrando a cabeça na curvatura do meu pescoço. O meu coração temeu pelo que podia estar acontecendo com ele naquele momento.

- Você se sente bem mesmo? Eu estava brincando todo esse tempo com os meninos e você estava aqui em cima? – ele balançou a cabeça e me apertou mais contra o seu corpo. Eu arfei inconsequentemente, eu corpo estava quente em contato com o meu.

- Você está se sentindo mal? A Sophie já vai por o jantar - ele finalmente ergueu a cabeça do meu ombro. – Desculpa ter deixado você sozinho mas achei que estivesse conversando com Sophie.

- Eu perdi a fome.

- Ah, por favor não faz isso. Eu posso pedir à Sophie um remédio pra dor de cabeça, o que acha?

- Faça o que achar melhor. Só, por favor, não saia do meu lado.

- Me fala o que aconteceu. Sabe que pode falar comigo. – entrelacei nossas mãos e ele abaixou o olhar para minha boca e beijou levemente meus lábios, elevando em seguida as mãos ao meu rosto e sugurou-o.

- Me dá mais um abraço, por favor.

E assim seguiu nosso jantar. Jiyong tomou um analgésico, quase não comeu e os garotos bagunçaram na mesa, principalmente o Yoon.

O Mattew era um fofo e eu dei umas boas risadas enquanto Ji segurava minha mão na mesa o tempo todo, fazia carícias em minha perna. Mas eu percebi que ele e Sophie quase não se olhavam e as conversas sobre Yoon e Mattew preencheram todo o jantar.

Havia algo um pouco estranho ali. Jiyong era péssimo para disfarçar as suas emoções.


- Eu estava mostrando os álbuns de fotos do Yoon pro Ji, ______. Você devia ter visto também. – Sophie dizia quando o jantar havia chegado ao fim, as crianças estavam na sala porque Jiyong e Matt haviam descoberto um gosto em comum, assistir às aventuras de Tom e Jerry.

- Eu gostaria muito de vê-los, Sophie.

- Vem comigo, eu vou te mostrar.

Depois da louça lavada, os homens da casa só assistindo tv e nós mulheres falando sobre diversas coisas, como sempre, chegou a hora da despedida. Jiyong já parecia ter um semblante melhor.

- Quando vocês vem de novo? Pergunta o baixinho se dirigindo a Jiyong e a mim.

- Não sei, Matt. – olhei pra Jiyong, como se sugerisse que dissesse quando planejava a próxima visita.

- Eu não sei. O Youngbae começou a turnê hoje, eu não sei ainda por quanto tempo vamos poder permanecer aqui em Boston.

- Semana que vem, caso vocês ainda estejam aqui, pode ser uma boa ideia. – Sophie sugeriu. Ji e eu concordamos, e na despedida, percebi olhares do Yoon para o pai que antes nunca havia visto, o que encheu meu coração de pesar e ao mesmo tempo esperança.

- Está mesmo considerando voltar pra Seul próxima semana?

- Não tenho certeza. O que você acha? - Não sabia que Jiyong já estava pensando em ir embora, mesmo com a turnê do Bae iniciada. Que ele me perdoasse mas eu queria ainda conhecer alguma coisa de Boston, chegámos a pouco tempo e eu não achava justo para o Yoon e o Jiyong.

- Tenho algo pra você. - Um embrulho com a logo da pmo é retirada do carro e Jiyong o entrega para o filho. – Acho que disso você deve gostar – na próxima eu trago um pra você também Matt.

- Tudo bem senhor – O garoto sorriu – não precisa se preocupar. Mas vejo que o senhor gosta muito do meu amigo.

- O Jiyong é o pai do Yoon, Mattew. – disse a Sophie e o filho apertou os lábios forçando um quase sorriso, abrindo o embrulho que revelou uma touca vermelha com um clipe como os que Jiyong costuma usar como item de moda na aba de todos os seus bonés e chapéus possíveis. 


- Eu não queria voltar para o hotel agora. – Jiyong me disse quando entramos no carro, com as mãos no volante e olhando pra frente. Eu achei que poderia ser bom sair só ele e eu, conversarmos. Além do mais eu estava querendo aproveitar um pouco antes que precisássemos voltar para a Coreia.

- E pra onde vamos? Eu tenho mesmo vontade de andar mais aqui em Boston.

- Eu pensei em uma balada legal – Jiyong olha pra mim. A gente não tinha o costume de ir a festas, balada, essas coisas e por isso mesmo eu aceitei.

- Não pode ser tão ruim assim. – sorri otimista, concordando com sua ideia. Sempre complacente. Sempre fazendo  tudo para dar certo, ele e eu. - Vamos.

Pelo horário em que chegamos havia uma quantidade razoável de pessoas no recinto escuro, iluminado apenas pelas luzes incandescentes que piscavam ao ritmo da musica eletrônica estridente.

Nada de diferente para uma boate normal. Éramos um casal normal – nem tanto, um asiático famoso e rico e uma brasileira dançarina e sua esposa, visitando o filho do mesmo em outro país. Filho que ele nunca havia visto em dez anos e cuja mãe, lembra totalmente à mim mesma.

Coincidência demais para uma viajem que tinha como proposta resolver as pendências dele do passado. Coisa que parecia ficar ainda mais difícil de visualizar, quando tudo o que eu via a cada momento que passávamos ali, era o quanto Sophie era uma pessoa incrível, o filho dele era um garoto que precisava muito do pai que nunca teve, meus pensamentos de como eles poderiam ter sido se Yang não tivesse interferido em suas vidas.

Subimos para a área vip e um garçom passava ao nosso lado, eu agarro uma bebida daquelas e viro com tudo garganta abaixo. Eu não bebia mas naquele momento não ia me matar, apenas uma dose para me soltar um pouco. Ji fez o mesmo que eu pegando uma bebida e me olhando de soslaio como se estivesse surpreso ou simplesmente me observando.

- Vamos nos divertir um pouco hoje, então. Só nós dois. – tendo dito isto ele soltou a minha mão e em seguida passou-as em minha cintura e eu enlacei seu pescoço com meus braços, procurando juntar nossas cabeças sem ao menos conseguir fitar em seus olhos por causa da escuridão do lugar.

Ele me beija e sinto logo sua língua invadir minha boca com o sabor do álcool, movíamos os lábios e os nossos corpos ao som da música enquanto ele me apertava contra si.

Quando eles nos separou eu senti seu rosto subindo pelo meu pescoço até a minha orelha e me morder ali, uma arrepio subiu pelas minhas pernas até a minha nuca e eu gemi baixinho, um barulho impossível de ser ouvido, suas mãos desceram para a barra de meu vestido, puxando-o um pouco para cima, já que não era muito longo mas também não era curto.

- Ji... – murmurei rindo contra seus lábios e desci minhas mãos para impedir as suas. Ele não ia me deixar sem roupa na boate. Murmurando algo contra minha pele ele afundou a cabeça na curvatura de meu pescoço outra vez e permaneceu ali, sua mão voltou a subir pela minha cintura e fazer carinho em minhas costas.

Eu gostava desse Jiyong ansioso e ousado, há algum tempo não éramos como um casal adolescente com os hormonios borbulhando aonde quer que estivéssemos, éramos mais do tipo reservado, caseiro. Cama, lençol, abraços infindáveis e a preguiça no final de um dia de trabalho.

Jiyong continuava virando mais copos de bebida sempre que o garçom passava outra vez perto de nós. É, como eu pensei, havia algo de errado com ele. Eu conheço muito bem Kwon Jiyong e sei quando ele está agindo diferente. Primeiro, ele se enche de álcool.

- Esta tudo bem com você, Ji? – insisti outra vez mas não obtive resposta alguma, apenas ouço-o resmungar alguma coisa como um xingamento sem entender.

- Jiyong! Falei mais alto para chamar sua atenção dessa vez.

- Oi, Mine. – falou em meu ouvido e em seguida desencostou sua cabeça do meu ombro. - Você não acha que seria bom se fôssemos um pouco para o bar agora?

- Podemos sim. Você já cansou de dançar comigo? – ri inocente enquanto ele me puxava pela mão parecendo chateado ou algo do tipo.

- Não, eu só quero me sentar um pouco.

Sentamos e seu rosto continuava sério e fitava algo ao meu lado que no momento eu não dei importância. O mesmo pediu uma dose dupla de Vodka, e eu suspirei inconscientemente, imaginando toda aquela conversa que eu não queria ter com ele de novo, “ que confiasse em mim e desabafasse comigo o que quer que fosse, como ele fazia antigamente, que não guardasse tudo pra si e afogasse seus problemas em bebidas caras.

- Jiyong, por favor, não tenta me esconder porque eu sei que você não está bem. – ele voltou os olhos para mim surpreso, seu rosto agora iluminado por uma luz fraca não parecia muito contente. – A bebida não vai cobrir todos os seus problemas, mas lembra que você tem alguém do seu lado à algum tempo, e que costumava ser sua ouvinte fiel quando ainda nem éramos namorados.

Eu estava falando sozinha e ele cada vez mais irritado. Olhei para o meu outro lado e um homem sentou-se ali no mesmo instante em que pus os olhos e os nossos olhares se cruzaram. O mesmo olhou-me de cima a baixo e soltou um sorrisinho. Eu virei meu rosto de volta para Jiyong e só vi o vulto dele passar na minha frente.

- Pare de olhar para a minha mulher! – rosnou totalmente fora de si. Nos segundos que se seguiram não adiantou sequer uma de minhas palavras.

- Jiyong?

- Não acho que vá mudar o fato de que ela é bonita só porque está com você, ou se é a sua mulher.

Entrei em pânico quando vi Jiyong dar-lhe um soco, que no instante seguinte foi revidado e os dois começaram a brigar.

- Para com isso, Kwon Jiyong! - Me enfiei no meio deles e o puxei pelo braço, levando-o para a área mais distante que consegui, ele insistindo e me dizendo que queria voltar e bater mais no indivíduo.

- O que deu em você? Perdeu a cabeça, está ficando louco? – me exasperei reclamando da sua atitude súbita e totalmente infantil - O cara sequer falou comigo, Jiyong. Estamos em uma boate!

- Ele estava te secando com os olhos, desde que estávamos dançando. Ele viu que estava acompanhada, eu não pude aguentar, e não, eu não estou bem hoje!

- Vamos embora agora, então. Já deve estar satisfeito depois que bebeu tanto e não me deu atenção quando eu estava tentando te ajudar. Talvez prefira beber e brigar no meio do bar para extravasar seja lá o que for que está te incomodando do que conversar comigo. – joguei tudo de uma vez na cara dele, não aguentava mais dar uma de idiota toda vez que ele me ignorava.

- Não, Mine. O problema não está em você.

- Não. Está em você. Isso eu já sei. Você me trouxe junto pra essa balada, mas você veio porque queria beber e ainda arruma briga. Você não quer ninguém olhando pra mim mas também não aproveita a pessoa que tem ao seu lado.

- Eu não estou te ignorando! Estávamos dançando, eu só quero ficar do seu lado e por isso te trouxe nesse lugar.

- Olha pra sua cara agora! – levei uma das mãos e toquei em seu lábio inferior, na mesma hora fez uma careta de dor - Quer saber? Eu vou embora.

- ________! Para ai, por favor! Me espera. - Caminho à passos firmes procurando pela porta e sai, esperando que ele viesse atrás de mim.

- Eu sei o endereço do hotel onde estamos, e eu sei pedir um taxi! Você não vai dirigir porque está bêbado!

- Droga. Droga. Droga. – ele murmurava baixinho - Me desculpa, _______. Me desculpa. – Jiyong levou as mãos à testa e eu me aproximei do mesmo.

- Já? É a ressaca mais rápida que que já vi em toda minha vida. – observo Jiyong sentar-se no meio fio da calçada e eu que antes estava de pé e de braços cruzados discutindo um assunto enfadonho, me dirigi até um ponto de taxi sozinha, para irmos logo embora.

Assim que entramos no quarto joguei os sapatos num canto e me joguei na cama cruzando os braços, em seguida ele fez o mesmo deitando-se ao meu lado.

- Levanta da cama, vai lavar o seu rosto. Melhor, vai tomar um banho porque você está bêbado! E eu não vou cuidar desse ferimento ai. Brigou outra vez então dessa vez se vire sozinho. – eu estava morta de preguiça. Não para simplesmente cuidar dele mas para suas atitudes. Eu acho que havia finalmente chegado ao meu limite.

- Vou tomar banho. Mas queria que viesse comigo.

- Não, eu não vou.


[Eu te odeio, eu te amo. Eu odeio o fato de te amar. Não quero, mas não consigo colocar mais ninguém acima de você.]


- Vai Mine, por favor. – num minuto ele estava choramingando ao meu lado com o rosto vermelho e um bico nos lábios, no outro estava sobre mim e toda a visão que eu tinha era de seu corpo dominando sobre o meu. Seu hálito não me deixava esquecer que ele estava bêbado.

- Não vai falar nada sobre a sua ceninha de ciúmes, de sair batendo nos outros nos lugares e ter que ir embora depois? – Jiyong ignora totalmente minhas palavras.

Ele começa a me beijar de um jeito necessitado, suas mãos entram por debaixo da minha roupa completamente e depois de se livrar do meu vestido, suas mãos e boca saem fazendo uma trilha que certamente deixaria marcas avermelhadas por todo meu corpo. Ele prende minhas pernas ao seu redor e morde os próprios lábios e me vê arfar de desejo por ele, quando estava totalmente dentro de mim, aproveitando cada movimento que fazíamos, nesse momento éramos quase que apenas um.

- Vou levar você para a banheira comigo.

Eu não consegui lhe resistir ainda que eu tenha pensado em fazer isso, até o momento em que ele trocou o meu nome, quando já estávamos de volta na cama outra vez, deitados um ao lado do outro. Eu estava cansada e tentava pegar no sono enquanto ele me abraçava por trás e beijava carinhosamente o meu pescoço.

- Sophie...

- Do que você me chamou?

- Eu não disse nada, meu amor.

- Não, você me chamou de Sophie. – me levantei ficando sentada ao seu lado e meus olhos procuravam diretamente os seus.

- Não, você ouviu errado, ______. Eu chamei o seu nome, meu amor.

- Eu não sou surda, nem burra. – Jiyong passou as mãos no rosto e levantou da cama irritado e confuso ao mesmo tempo. Eu me pergunto quem tinha mais razão para isso.

- Mine, me perdoa.

- Isso não seria suficiente para eu armar uma confusão agora mesmo, se eu fosse você? Jiyong, por acaso anda pensado na Sophie mais do que o normal ultimamente?

- Do que você está falando? Eu não penso na Sophie.

- Ah, não? Então me diz no que estava pensando quando me chamou pelo nome dela quando estava me abraçando.

- Eu errei, foi apenas isso.

- Você ficou com a Sophie, não ficou? Você esteve com ela enquanto eu estava lá em baixo com os garotos. Aconteceu alguma coisa porque não está contando pra mim?

- Merda, ______. Por que está repetindo isso?

- Você bebeu. E quando você faz as suas merdas, fica todo meloso e diz: “fica comigo, ______. Por favor, não me deixa sozinho”. Mas que porcaria, Jiyong!

Ele ficou calado e irritado e passou a mão no rosto. Não, eu não podia acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo. 

- Se você ficou calado é porque o que eu disse é verdade!

- Não, _______ eu não fiz isso! - Respirei fundo e me virei pronta para sair do quarto mas escutei seus passos vindo atrás de mim.

- Espera, ______.- ele tocou em meu braço.

- Fica aqui sozinho e não ouse vir atrás de mim. - Sai do quarto batendo a porta com força.

Quando acordei sentia meu corpo todo dolorido, como se alguém tivesse feito meus ossos em pedacinhos, por ter dormindo no sofá - ou melhor, tentado dormir pensando na noite anterior. Não queria encontra-lo, nem sequer um pingo de vontade de ver o rosto daquele ser com eu estava casada e que só me decepcionava sempre que eu achava que estávamos indo bem.

[Você disse que não faria e você fez. Mentir pra mim, depois se deitar comigo? Agora todas as suas bebidas e todos os meus sentimentos estão misturados. Todos  a quem eu trato bem  me tratam mal.]

Comi algumas torradas que fiz rapidamente usando a torradeira elétrica, tomei um suco sem muita vontade quando ouço barulhos vindos do banheiro do quarto do hotel.

O ser de cabelos negros e bagunçados entra no mesmo cômodo que eu, com uma cara miserável, proveniente da sua ressaca, com certeza. Eu sinto que ele está olhando pra mim enquanto eu tento ignorar-lhe.

- Maldita dor de cabeça! Você trouxe algum analgésico?

- Porque esta perguntando para mim? Vai procurar você mesmo. - Fui passar pelo mesmo que segurou o meu braço

- Porque esta falando assim comigo?

- Ah, claro que não se lembra.

-Lembrar de que? Nós brigamos ontem?

- Depois de que me chamou de Sophie, o que você acha? - Sua expressão confusa se tornou assustada no mesmo instante.

- Meu amor...

- Silêncio, Jiyong. Não fala, por favor. Muito menos me chama de “meu amor”.

- Mas, _______... - Me virei para ele e resolvi dizer tudo o que estava rondando meus pensamentos, mesmo me doesse muito fazer aquilo.

- Você nunca parou para pensar e se perguntar, se não é ela a que você sempre amou, todos esses anos?

- ______, por favor, não começa.

- É sério, Kwon Jiyong. Acha que eu não desconfiei? O fato de que ela e eu somos muito parecidas, será que você não esteve comigo esse tempo todo por causa disso?

- _____... – eu odiava estar perto dele porque podia olhar em seus olhos. Olhos que agora estavam marejados, e eu pude entender tudo só olhando em seus olhos.

- Não vai dizer nada?

- O que quer que eu diga? Que você tem razão? Eu sabendo que te amo?

- Você não me ama, Kwon Jiyong. E ainda que me doa muito dizer isso, você ama a Sophie e esta bem na minha cara. Só se fosse cega para não perceber isso. E você só não admite se for um covarde.

- O que você está pensando em fazer?

- Por que você não vai hoje visitar a ela e ao seu filho, leva ele na escola, faz qualquer coisa mas me deixa sozinha? Eu quero ficar sozinha, Jiyong. Por favor me deixa.

- Mas eu amo você. Eu sei que eu amo, mas eu não sei, isso está me deixando confuso. Droga!

Ele saiu irritado e tenho certeza que foi para não chorar em minha frente, pois vi suas lágrimas antes que o mesmo me deixasse ali, sozinha.

Eu já estava chorando também e deixei meu corpo deslizar contra a porta que ele havia fechado. Me permiti finalmente colocar pra fora tudo o que estava sentindo. Eu era mesmo a boba dessa história? Porque por mais que eu tente não consigo deixar de me sentir como se tivesse apenas sido usada, esse tempo todo.

Jiyong me amava? Ou ele apenas achava que me amava e eu era apenas um meio de ele reparar os erros que cometeu com a pessoa que ele realmente amou, e que não sou eu?

[Às vezes você precisa queimar algumas pontes para criar alguma distância]

Levantei- me do chão da sala apenas depois de ter chorado tudo o que conseguia, e estava aos pedaços, por dentro e por fora. Segui rumo ao quarto e lá catei todas as minhas roupas e coloquei-as na minha mala, encostada num canto qualquer do quarto.

Ele não voltou antes do esperado, assim sai trancando a porta, deixando as chaves na recepção. Pedindo um taxi do lado de fora, na avenida, eu iria direto para o aeroporto pegar o voo mais rápido que encontrasse.

Eu não poderia mais lidar com aquilo. No momento em que ele saiu daquele quarto ele fez a sua escolha. Em que lugar ele estaria agora? Nem preciso pensar muito para imaginar que com certeza, chorando nos braços dela.

Talvez esse fosse o fim para nós. Eu não perdoaria outra traição, jamais. Será que eu não merecia um pouco de paz na vida, e um relacionamento saudável, sem brigas, sem ciúmes doentio e ao menos sincero? Eu não merecia ser amada pelo que eu era? Eu não merecia ser feliz?

Esperei duas horas no aeroporto e então estava dentro do avião e só o que eu via eram as nuvens através da janela. 

[Ele quer ela, ele precisa dela. E eu nunca serei ela.]

Pra onde eu iria agora?


Notas Finais


*pmo=abreviação de peaceminusone

Letras da música "I hate you, i love you" - Gnash (traduzidas), trailer e música da fanfic.

Para onde você vai agora? Já tem planos em mente?

Agradecemos a todos os comentários que lemos um por um e obrigada pelos novos leitores e favoritos, sejam bem vindos a "I Hate You."


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