//No Capitulo anterior//
- Jiwoo! Mais respeito, é a vossa majestade – ela arregala os olhinhos e faz uma reverencia desajeitada.
- Mil perdões Vossa majestade.
- Não é nada pequena. – sorrio para ela- me chame apenas de Namjoon!
//PRESENTE//
//Pov Jin//
- O que você está fazendo aqui pequena? – pergunto pra a menor que me encarava agora.
- Vim ver como você está, posso ser pequena, mas sei que o appa faz mal pro Jin e pra Omma, tanto é que ela não me deixa ficar sozinha no mesmo cômodo que ele.
- Está tudo bem, Jin está bem, e a Vossa majestade já irá sair. Vá para o seu quarto dormir, Sim?
- Tá bom! – Ela diz e dá um sorriso infantil abraçando-me e fazendo uma reverencia pro Namjoon, logo após sai correndo pro quarto para se deitar como fora pedido por mim.
Um silencio incomodo pairava no ar, deixando-me meio inquieto. Logo Namjoon voltou a cuidar de minhas feridas. Resolvi pergunta-lo algo enquanto ele passava um remédio nos cortes feitos pelo cinto nas minhas costas.
- Por que está ajudando o Jin? Todos do reino sabem que você odeia os ômegas homens, ainda mais um como eu, um dócil...
- Eu não sei, não faço ideia por que estou a te ajudar.
- Talvez por pena...- penso alto e coro ao perceber que falei aquilo.
- É... talvez...
Depois disso o local ficou silencioso, Namjoon está pensativo, deixando mais bem instalado aquela famosa antítese, um silencio ensurdecedor. Depois de meia hora vagando nos meus pensamentos, enquanto o príncipe cuidava das minhas contusões, o futuro dono do trono toma a palavra para ele.
- Ainda não entendo o porquê de não fazer nada a respeito... – fala em meio de murmúrios enquanto eu caminho até a janela sentando na beirada, sendo acompanhado por ele.
- Meu pai não é uma pessoa de bem, minha mãe só se casou com ele pela lei. Ela entrou no cio na hora errada e no lugar errado, podemos dizer, meu pai a “ajudou” nesse cio, mas acabou a engravidando. E como na lei obrigatoriamente eles teriam que se casar pelo fato dela estar gravida, assim foi feito. Meu pai trabalha para uma máfia, então vivemos ameaçados, pois seu cargo nela é alto, então qualquer passo em falso nosso e ele manda nossos subordinados nos torturarem. O nosso maior medo é que a Jiwoo cresça traumatizada, assim como eu. Por isso fazemos de tudo para mantê-la bem, ela foi um fruto de um estrupo do meu pai a minha mãe. As coisas do jeito que estão, estão bem. A comida é pouca, mas dá para repartir bem. Quem consegue o dinheiro é eu e minha Omma, meu pai não ajuda em nada. Ah e eu me esqueci de falar, minha omma, nem é marcada por ele, então dificulta um pouco, uma mulher com filhos, casada e sem marca não é bem vista na sociedade.
- Mas você sabem que é somente você notificar o castelo que daremos um jeito nisso, ou melhor, eu mesmo o farei. – diz determinado.
- Por favor não! –falo de um jeito exasperado – As coisa começaram a andar nos trilhos agora, não faça isso! Poderá arriscar a vida de minha irmã e de minha mãe!
- Mas e sua vida? E você? Como você fica nessa história? – ele falou um pouco mais alto.
- Shhh, vai acordar meus pais, fale baixo! Eu consigo viver do jeito que estou, mantendo minha omma e minha irmã salvas tudo está bem.
- Mas é claro que não Jin! Você tem algum problema de achar isso? – ele fala bravo e segura meus braços com força, me machucando um pouco e me deixando assustado.
- V-Você está m-me machucando... – falo baixinho e tremendo, meus olhos já estavam cheios de lagrimas. Namjoon se assusta e me solta, eu me afasto dele e abaixo a cabeça.
- Desculpa – ele fala afobado olhando para mim ele se aproxima e tenta tocar no meu braço, mas eu esquivo para trás – desculpa, acho que já lhe atrapalhei de mais, bem acho que eu já vou...
Ele me olha de uma forma terna e acena para mim. Logo em seguida ele sai pela janela, pulando no gramado no primeiro andar. Vou até a janela e o vejo se transformando em sua forma lupina, um lobo grande, de pelos negros como a noite, e os olhos vermelhos como um rubi. Ele olha para mim e logo depois olha para frente, começando a correr, como se sua vida dependesse daquilo.
Com o tempo ele some no horizonte. Saio da minha janela e volto para a minha cama. Perguntas vagam na minha cabeça, mas uma está em destaque, como se fosse um outdoor, ecoando, indo, voltando, me corroendo. E essa pergunta é bem simples, acabo adormecendo pensando nela, sonho com essa pergunta até o amanhecer. Quando acordo pela manhã ela foi a primeira coisa que veio em minha mente: Porque ele me ajudou?
Continua???
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