História I Hate You, I Love You — Imagine WonHo - Sorrisos

Janeiro 2019 - 07:12 a.m

Minha escola

No dia seguinte, quando cheguei na escola, WonHo logo se juntou à mim junto com seu amigo super divertido, Hyungwon. Eles me acompanharam até o corredor principal, aonde Hirai já me esperava para irmos até a nossa sala que, por obra do destino, ficava ao lado da deles. Então, como consequência, eu tive de aguentar a vontade de separar os dois quando eles começarem à conversar sobre coisas aleatórias como se fossem amigos de longa data, mas Hyungwon percebeu que nós dois iríamos ficar batendo os pés até o final do trajeto e resolveu puxar assunto, o que me ajudou muito. 

Depois de chegarmos em nossa sala, nos despedimos dos meninos e entramos, provavelmente eles fizeram o mesmo logo depois, pois sua sala é uns dois passos depois da nossa. Nossa classe não estava nenhum pouco animada, parecia que os poucos alunos que ali estavam entraram em um leito de morte, assim que seus semblantes eram desanimados.

– Isso só vai durar até o professor chegar. – comentou minha amiga, jogando sua mochila sobre a mesa e já abrindo-a para retirar os matérias. Repeti seu gesto. 

– Sim, nossa primeira aula é com o professor Kim SeokJin, né? 

– Exato. 

Kim Choin é o nosso professor do "meio", beirando a classe dos 27, ele não deixa a idade afetar seu humor que parece de um adolescente de 17 anos. Ele domina a matéria história, então, suas aulas são sempre engraçadas e dinâmicas, pois ele adora interpretar o livro como se fosse um roteiro, fazendo várias palhaçadas. Posso dizer que ele é o professor que mais salva os alunos das chatices. 

– Ei, você quer tomar um sorvete depois? Eu, você, WonHo e Hyungwon? – tomei coragem depois de certo tempo engolindo as palavras. 

– WonHo e Hyungwon, por quê? – franziu o cenho desconfiado e, antes que eu pudesse responder, um enorme sorriso surpreso brotou em seu rosto e ela agarrou minhas mãos. – Você está gostando do Hyungwon?! 

Me senti derrotada por ela nem considerar a hipótese de ser o WonHo, mas também me senti aliviada, pois seria ainda mais duro mentir sobre ele. 

– Talvez. – menti com um sorriso sem graça que era puro fingimento. 

– Meu deus, que demais! Por isso vocês estavam juntinhos no corredor. – parecia incrivelmente feliz com a mentira, o que me machucou, mas eu engoli o sentimento como ando engolindo tudo esses dias. Temo ma hora que eu transbordar. 

– C-calma, eu disse "talvez", não afirmei nada. – tentei diminuir, porém, era inútil, a merda já estava feita.

– Isso é o de menos! Logo você vai ter certeza! – deu tapinha em minhas costas. 

Suspirei pesado, praguejando por ser tão fraca, bastava eu dizer que só queria ser amiga dos dois e pronto. Simples. Todavia, eu preciso complicar minha vida para dizer que é a minha mesmo.

– Enfim, você vai querer ir? – disse parcialmente desenimada.

– Lógico!

~♣~ 

Agradeço a Deus por ter colocado esse homem na minha vida! Sim, ele mesmo, Hyungwon, que garoto legal! Eu achei que ficaria amaldiçoando o casal à minha frente o passeio inteiro, porém, Chae se mostrou mais social que eu e passou a conversar comigo, o que tirou minha atenção de Hirai e WonHo. 

Conversamos sobre assuntos diversificados e eu percebi que temos mais coisas em comum do que eu esperava, como a mesma banda favorita, o mesmo sabor de sorvete favorito e até o mesmo livro favorito. Seria o destino me dando uma trégua pela enrascada que me meti? 

– Eles são demais! – enalteceu novamente nossa banda favorita, MONSTA X. 

– Sim! – concordei empolgada. – A música Hero deles... Nossa, eu me tremo todinha! 

– Sério?! Eu sei dançar ela completa! – arregalei meus olhos, surpresa. 

– Verdade?! – ele assentiu agitado. – Meu deus, você precisa me ensinar! 

– Claro, vamos marcar e eu te ensino passo a passo. 

– Certo! – sorri amplo.

– Você está com sorvete na bochecha, literalmente. – viro meu rosfo na direção dos dois e vejo o exato momento em que WonHo passou o polegar pela bochecha de Hirai e limpou o vestígio de sorvete de chocolate em seu rosto, deixando a mesma vermelha de vergonha. – Você fica fofa corada. 

– Não fale essas coisas. – ela pediu constrangida, encolhendo-se na cadeira. 

– Só estou falando a verdade. 

Aquela cena fez mais um pedaço do meu coração ir ao chão, porém, eu segurei minha vontade de sair correndo chorar em algum canto e voltei minha atenção para Hyungwon, que por sinal olhava-me atento. 

– O que foi? – indaguei, estranhando o jeito como me encarava. 

– Nada. – deu de ombros, voltando sua atenção para o sorvete de prestígio – que fazia par com o meu – a sua frente. 

Por um momento passou-me pela cabeça que ele tinha notado meu amor platônico por WonHo, mas isso é impossível, não sou tão transparente assim. Ou sou? Não, não, impossível, eu fiquei anos da minha vida atuando para que nem Hirai percebesse minha paixão por ele, tenho certeza que ele só estava olhando para mim daquele jeito porquê estava nas nuvens. 

Algumas horas depois, os meninos pagaram a conta — o que era desnecessário porque aquilo não era um encontro de casais — e todos fomos seguindo para suas casas. Infelizmente — ou felizmente —, a casa de WonHo ficava na mesma direção que a minha e a de Hyungwon na mesma direção que a de Hirai, então nenhum de nós iríamos dialogando com a solidão até em casa. 

Eu brincava com a barra da blusa do uniforme da escola, afinal, estava desconfortável. Ficar sozinha com WonHo sempre me deixava nervosa, afinal, é por ele que o meu coração bate mais forte. 

– Você gostou do passeio? – puxou assunto. 

– Sim, foi divertido. – sorri forçado. 

– Que bom, percebi que você e o Hyungwon se deram muito bem. – falava sem olhar-me. 

– Pois é, ele é muito legal! – empolguei-me com o envolvimento do garoto. – Temos muitas coisas em comum e ele é bem simpático. 

– Hum. – sorriu de canto. – Eu sei. 

E o silêncio reinou de novo, estava começando a ficar sufocada quando ele proferiu: 

– Ainda são seis da tarde, você quer fazer algo? Amanhã não temos aula então...

Eu deveria ter negado? Claro que deveria, aquela tarde foi a mais torturante de minha vida até agora, o que salvou foi o garoto de bochechas redondinhas e olhos inocentes. Todavia, quando WonHo olhava-me daquela maneira, como se realmente quisesse minha companhia, eu me tornava uma boba apaixonada que não sabia dizer "não". 

– Eu quero. – sorri diante de minha fraqueza, que burrice. – O que?

– Venha, quero te mostrar um lugar.

E então ele pegou na minha mão e, por deus, eu não consigo decifrar o que senti naquele momento. Foi um misto de sentimentos que me fizeram tremer por dentro e sorrir como uma boba. Eu, definitivamente, estava me tornando cada vez mais dependente de Shin Hoseok.

WonHo

Janeiro 2019 – 07:22 p.m

A floresta

– Você tem certeza que não está me sequestrando? – brincou _______ pela centésima vez, sei que estava assustada por causa da escuridão do local, as árvores grandes e brutas não deixavam as estrelas iluminarem a noite. 

– Estamos quase chegando. – avisei, segurando firme sua mão para não correr o risco de perdê-la. 

Alguns minutos depois, chegamos ao local desejado, uma colina. No topo dessa colina podia-se ver a maior parte da cidade, assim, deixando a vista das luzes coloridas dos prédios de Seoul ainda mais extravagante. Olhei de canto para ________ e vi que a mesma estava sem reação, seus olhos brilhantes estavam presos na vista, olhando cada canto com atenção e subindo até o céu iluminado pelas esferas quentes denominadas estrelas. 

– Venho aqui desde se criança, é um ótimo lugar para acampar com os amigos. – sentei-me na grama, batendo no espaço ao meu lado para que ela o fizesse. 

A garota olhou-me com um sorriso apaixonante, de fato, seu sorriso é uma das coisas mais lindas que já vi. Ela se sentou e voltou a observar a paisagem oferecida pela natureza e pelos humanos. 

– É tão lindo. – murmurou mais para si do que para mim. 

Ri fraco com seu encanto e busquei minha mochila, achando a bolsa ao meu lado e pegando-a para enfim abri-la. Tirei de lá as coisas que compramos no meio do caminho: doces, salgadinhos, refrigerantes e pipoca-caramelizada, porque isto não pode faltar em um passeio como este. 

– Quer? – estendi-lhe o saco da pipoca, vendo a mesma olhar para mim e sorrir. 

Assim que ________ pegou a quantidade que queria, eu coloquei o saco entre nós, apoiando minhas mãos atrás de mim e curvando meu pescoço para trás. A brisa era fresca, deixava a noite na temperatura exata para roupas leves e confortáveis, meu cabelo se bagunçava conforme o vento batia de leve, mas eu não me importava. Sinto seus olhos pregados em mim então viro meu rosto em sua direção, vislumbrando uma brasileira olhando-me de uma maneira indecifrável. 

– O que foi? – franzi o cenho, tentando entender teu olhar. 

– A-ah, nada. – abanou uma das mãos em frente ao rosto, desconversando. – Eu estava pensando, apenas isso. 

– Hum, entendi. 

Desta vez, eu optei por me curvar um pouco para frente, cruzando minhas pernas na grama e colocando as mãos fechadas no espaço vazio entre elas. Olho para o lado e encontro _________ abraçando os joelhos, uma postura meio deprimente, mas seu rosto não mostrava um sentimento concreto, ele apenas parecia... Distante. Seus cabelos também voavam com o vento e ela vez ou outra contraía os lábios. 

Ela é tão... Bonita. 

Talvez seja porque eu estou acostumado com as mulheres daqui, mas ________ parece uma obra prima, como se fosse a escultura mais prestigiada do museu. Seus olhos refletem as estrelas e luz da lua ilumina sua pele, acredito que nem ela mesma sabe de toda a beleza que possui. 

Todavia, Hirai ainda é aquela garota que, por deus, mexe com meus sentidos a ponto de me fazer desmaiar só com um sorriso. Eu nem sei como conseguir conversar com ela hoje, achei que iria ter um infarto. 

– Ei, _______. – chamei-a e a mesma apoiou a bochecha no joelho. Tão fofa, deus, alguém me segura. Pensei realmente em agradecer por me ajudar com Hirai, entretando, decidi falar outra coisa, algo ainda mais especial para nós dois: – Obrigado por ter se tornado minha melhor amiga. 

E ela sorriu... Já falei que o sorriso dela é o mais perfeito que já vi?