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História I Hate You, I Love You — Imagine WonHo - Preto e Branco


Escrita por: Dii_Kook

Notas do Autor


GENTE, DÁ UMA ATENÇÃO AQUI?
Obrigado 🌹💙

Primeiramente, eu deixar claro que eu NÃO ABANDONEI NENHUMA FIC, agora que eu estou em uma escola nova — e no período da tarde —, está difícil escrever todos os dias. Porém, eu vou atualizar elas sim! Já estou até com algumas ideias novas.

"Segundamente", EU FIZ A MINHA PRIMEIRA PARCERIA!
Como eu disse, eu estava precisando de ajuda para fazer esse capítulo, mas a menina arrasou tanto, que decidi transformar ela em coautora. A bisha merece.
Nós já tivemos um desentendimento passado, mas nos resolvemos e agora somos uma equipe! Então eu peço que dêem muito amor a ela, porque ela é uma escritora maravilhosa!
(dêem uma olhada no perfil, as fanfic's dela são maras) @Kimmies

E eu agradeço a todas as pessoas que me ajudaram, me mandaram tantas idéias, que eu me animei em um nível muito hard. Então eu agradeço à todos vocês, leitores maravilhosos, por sempre estarem do meu lado me apoiando e me ajudando nos momentos difíceis. Vou estar com vocês até o fim, seja como uma autora, ou amiga.

Capítulo 4 - Preto e Branco


Fanfic / Fanfiction I Hate You, I Love You — Imagine WonHo - Preto e Branco

Abril 2019 – 09:40 AM

Minha escola

É preciso de uma grande tempestade para vir um brilhante arco-iris, certo? Certo. Porém, não sei quanto tempo mais vou aguentar essa tempestade até vir meu tão esperado arco-iris. Eu me sinto cansada, desgastada.

Hoje é o show de talentos na escola, eu me alistei sem pensar, apenas vi a folha e assinei meu nome automaticamente, como se estivesse assinando uma lista de chamada. Depois de perceber a burrada que fiz, concluí que seria melhor ter pensado antes, afinal, eu não queria me expor na frente da escola inteira nessa situação tão deplorável. Todavia, se você se alistar a esse show e não participar, perde pontos na média que serão difíceis de recuperar, e o que eu definitivamente não quero agora são mais preocupações.

Fiquei um dia inteiro pensando no que fazer, concluí que cantar seria legal, então, decidi cantar e tocar piano. Passei mais um dia para escolher a música até decidir que seria a que compus havia pouco tempo, aquela que expressei todos os sentimentos que venho sentindo ultimamente. O nome dela ainda não foi definido, mas acho que vou deixar com "I Hate You, I Love You"... O refrão da música, que coisa mais clichê. A única coisa que me preocupa é deixar as emoções vencerem e acabar chorando na frente da escola toda, isso, definitivamente, é algo que não quero que aconteça. Todavia, Hyungwon prometeu que ficaria ao meu lado independente de tudo, portanto, vai ser mais fácil me controlar com ele ali. Qualquer coisa ele corre e me abraça, como fez todos esses dias. Ele até que poderia se apresentar comigo, mas eu resolvi aquilo de última hora e precisaríamos de pelo menos um mês para ensaiar.

Eu estava bonita, bom... Pelo menos foi isso que meu amigo havia dito e eu precisava acreditar nele, pois nenhuma outra pessoa me diria isso. Me peguei pensando em Hirai, ela com certeza diria e talvez mexeria em algumas mechas do meu cabelo para deixar o meu rosto mais harmonioso.

De certa forma eu sentia falta da nossa amizade, do jeito que eu podia confiar nela ou da forma que estávamos sempre juntas. Meu coração apertou-se em meu peito e eu julguei ser saudade, mas rapidamente neguei esse sentimento e peguei o papel com a partitura em minha mochila, precisava repassar para não esquecer nada por estar nervosa.

Corri os olhos por cada nota musical, por cada linha que eu precisaria seguir e cantei bem baixinho para que ninguém pudesse escutar. Estudar a música em cima da hora era difícil por conta do nervosismo, mas se eu não fizesse aquilo provavelmente ficaria ainda mais nervosa.

Alguns alunos já estavam se apresentando e Hyungwon, que estava ao meu lado, parecia muito animado com as apresentações, comentava as vezes perto do meu ouvido que todos estavam mandando muito bem e me encorajava a ser como eles e arrasar. Eu iria, só tinha medo de não aguentar, havia muito sentimento naquela música, sentimentos esses que assolavam o meu coração e me faziam pensar se eu realmente queria expor todos eles diante de todos os outros alunos.

Tolice a minha, talvez. Mas eu tenho certeza que não há pior constrangimento do que abrir-se, mostrar os seus sentimentos mais profundos para pessoas que não sabem nem o seu nome.

Eles não saberiam o motivo da letra, então eu esperava que eles não suspeitassem que fosse inspirado em uma pessoal real, um garoto que partiu meu coração por eu não ter coragem de contar o que sentia e muito menos de engolir o namoro dele com a minha melhor amiga. Bom, ex melhor amiga.

A minha história estava realmente parecendo a de um filme americano.

– Na lista – Hyungwon disse, analisando um papel que estava em sua mão, com o seu cenho franzido e a postura ereta, lhe dando um ar de seriedade – você é a próxima.

Fiquei olhando para o palco, o piano que ali estava, o medo cresceu dentro de mim e por um centésimo de segundo eu pensei seriamente em desistir, em ir para a casa e esquecer aquilo.

"Você não pode perder pontos!"

Eu me auto motivei. Precisava mesmo fazer aquilo e passei a levar aquela apresentação como um desabafo público de que meu coração estava em pedaços.

– Tudo bem, eu preciso respirar e me concentrar... – as palavras saíram de minha boca, enquanto a minha respiração tomava o peso do ambiente para si, transformando tudo em completo desespero da minha parte.

– Ei, você vai conseguir! – Hyungwon segurou os meus ombros com suas mãos pesadas e ásperas, ele olhava em meu olhos com uma certa apreensão que tomara conta de mim – Você age como se não fosse boa...

– Não é isso, eu estou agindo como uma pessoa que talvez esteja apavorada. – constatei e ele soltou uma risada amigável, bagunçando os meus cabelos em seguida.

– Aigoo! Levei tanto tempo para arrumá-lo, não faça isso! – resmunguei e ele deu de ombros, me dando pequenos empurrões para que eu pudesse subir ao palco assim que meu nome foi chamado.

Respira. Foco.

Aish, impossível me concentrar quando o motivo daquela letra estava sentado bem na primeira fileira com a sua namorada, um casal bonito até, mas que eu não conseguia admirar por estar indo contra sentimentos que nem eu mesma saberia explicar.

Wonho me olhava de forma serena, à princípio, mas algo me dizia que suas emoções no momento não eram nada serenas e que ali, em algum lugar dentro do seu peito, os seus batimentos ficavam cada vez mais rápidos. Ele passou a mão por sua nuca e desviou o olhar para Hirai que falava alguma coisa com ele, estava sorridente e – como sempre – extremamente bonita, mas ele não estava ali, sua mente estava em outro local e eu descobrira isso por seu olhar vago, ele sempre tinha aquele olhar quando pensava demais, acabava se perdendo em meio aos seus próprios pensamentos.

– Pode ir querida, quando quiser! – uma professora sussurrou atrás de mim, o que me fez sentar no pequeno banco acolchoado que ficava em frente ao piano preto.

Acariciei lentamente as teclas sem pressioná-las, analisando cada detalhe daquele branco e preto que adornavam o instrumento, lembrando-me uma peça de dominó que era branca com pequenos detalhes em preto e ajeitei também o microfone em seu pedestal, para que ficasse na altura de minha boca e então, com um olhar tenso direcionado à plateia, toquei a primeira nota que dava início a introdução.

Minha voz saiu de minha garganta, enquanto eu usava o diafragma para respirar de maneira correta, soltando o ar levemente por minhas narinas, enquanto meus olhos piscavam diversas vezes e meu peito mantinha-se calmo.

A letra realmente me fazia desenterrar imagens e lembranças que eu não gostaria que passasse por minha cabeça naquela hora, que a dor fosse tão latente em mim, que eu precisasse me controlar para não soltar um soluço escandaloso antes de cair em lágrimas diante de todo um público.

Droga. Eu estava tão entregue aos meus sentimentos que não consegui evitar a primeira lágrima.

O refrão ia se aproximando, dando-me mais e mais vontade de contrair a garganta para não deixar que um desastre acontecesse, mesmo assim, o sorriso de Wonho continuava voltando em minha mente, continuava ali me assombrando. O dia em que eu achei realmente que fosse o meu momento, mas na verdade foi a minha ruína... Estava tudo ali, afligindo-me de forma tão dolorosa.

As pessoas que estavam ali passaram a não importar mais, pois meu rosto já estava molhado o suficiente para não conseguir mais vê-las, os meus dedos estavam em um certo frenesi para acabar logo com a música, então eu a diminuí em um tom no exato momento em que vi que minha voz não aguentaria mais nada por estar embargada e enfim finalizei a música, mas não as minhas lágrimas, pois elas eu não conseguia controlar, eram demais para mim...

–_______? – a voz do meu amigo soou ao meu lado assim que me levantei do banco. Eu não conseguia o ver nitidamente, mas vi sua silhueta pegando a partitura que eu havia esquecido ali por cima – Vamos sair daqui, certo? Isso... Está lhe abalando demais, não está lhe fazendo bem algum.

– Eles... – soltei um soluço sôfrego – ...devem estar rindo de mim, imaginando mil e uma coisas ou para quem seria essa música... Tudo o que mais eu tinha m-medo.

Seus braços apertaram-me contra o seu corpo, trazendo para o meu uma certa quentura, calor entre os dois, onde o mais quente transmitia uma temperatura de certa forma mais elevada para o mais frio, gélido. Um beijo casto foi depositado em minha testa e antes que eu pudesse pensar em dizer mais alguma coisa, Hyungwon sussurrou em meu ouvido que eu estava errada.

– Eles não estão rindo, estão encantados com o fato de você ter se emocionado com sua própria letra... – disse, trazendo-me de volta a órbita.

Olhei em volta e pude, finalmente, ouvir os sons dos aplausos. Todos realmente gostaram e eu gostaria muito de retribuir aquele calor humano, mas eu realmente não estava no clima, não conseguiria passar segurança nem se quisesse...

Mas ali, novamente, bem ali no meio, Wonho me observava de forma diferente, estranha. Parecia que de alguma forma eu prendia o seu olhar, pois ele mordia o lábio inferior de forma pensativa e me encarava sem nenhuma vergonha, deixando-me cada vez mais constrangida.

Hirai deu um leve tapinha no ombro de seu namorado para que o mesmo prestasse a atenção no que ela dizia, parecia até que o mesmo sentira uma pitada de ciúmes ao me ver nos braços de Hyungwon e eu não me culpei por gostar de vê-lo daquela maneira.

– Vamos, eu te levo em casa... – meu amigo disse, puxando-me por minha mão.

(...)

Abril 2019 – 10:33 AM

Rua Principal do Bairro

Hyungwon jurava com tudo que havia nele que Wonho havia me olhado de uma forma diferente e eu também havia visto aquele momento, mesmo assim não quis levar para a frente um assunto que não me faria bem, mas ele insistia, queria me dizer o que achava, colocar em exposição a sua opinião como um amigo preocupado.

Seu corpo estava relaxado, sua expressão calma, seu cabelo caindo levemente sobre os seus olhos, até que um suspiro longo deu início à uma conversa nada agradável para a minha cabeça que não admitia ainda pensar em Shin.

– Eu acho que, talvez, Hirai não fosse sua amiga, pois ela nem se abalou tanto assim... – comentou e eu dei de ombros, fazia tempo que não conseguia mais ler as expressões de minha antiga melhor amiga. Uso o termo "antiga", porque talvez eu já não seja mais a melhor amiga dela, todavia, eu sei que ela ainda é a minha.

– Não que isso seja importante, mas por qual motivo está falando tanto daqueles dois? – perguntei, depositando minha tensão em minhas palavras, tentando controlá-las para que não saíssem de forma grosseira.

Andamos por mais alguns metros e ele ainda não havia me respondido, estava quieto e eu apenas pensava no que havia acontecido na escola, pensando se alguém falava de mim, pois eu esperava que todos esquecessem da minha existência e fizessem de mim como um memorial de "O que não fazer quando estiver apaixonado por alguém que gosta do seu(a) melhor(a) amigo(a)".

– Eu quero te ajudar com isso que está lhe machucando, quero que eles não sejam algo que lhe afete mais, eu estou buscando o seu bem-estar em saber que talvez ele também sinta a sua falta, que talvez ele também goste de você. – disse e eu o olhei de soslaio, enquanto chutava uma pedrinha que estava em meu caminho.

– Eu só quero esquecer, fingir que isso nunca aconteceu e eu sei que não vai ser fácil, mas eu preciso tentar... – expliquei, deixando mais uma lágrima cair, então torci para que não viesse a chorar mais uma vez, estava exausta de sentir a dor da perda.

– Você precisa bater de frente, você precisa enfrentar essa situação. – disse e eu suspirei, parecia até mesmo que ele sabia de alguma coisa, algo que eu não sabia.

– O que você está querendo dizer? – perguntei, o vendo colocar as mãos dentro dos bolsos de sua calça.

– Talvez, só talvez... – ele soltou o ar gradativamente – O Hoseok goste de você também. 


Notas Finais




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