(Cinco dias depois, quinta - feira.)
Realmente, foi uma péssima ideia "deixa-lo ir".
Mas eu tenho orgulho, cara! Ele não pode simplesmente me beijar, transar comigo, eu gostar dele e ele me dispensar como eu fosse um qualquer. Eu tenho sentimentos, e eu sou muito emocional, não quero ficar chorando pelos cantos por causa de um babaca qualquer.
Eu já tive muitos relacionamentos conturbados, muitos que só me usaram e me deixaram de lado quando eu mais precisei, eu fui muito humilhado pelas pessoas que eu amava, e elas simplesmente foram embora. E eu? Eu fiquei muito mal, simplesmente queria não viver.
E nisso, eu simplesmente mudei, eu mudei para o bem de todos e meu também, eu não quero ser um qualquer, eu quero amar e ser realmente amado.
Enfim, eu já falei com James sobre minha viagem de 1 semana para SC, ele levou numa boa, até porque desde que eu trabalho lá, não falto, mesmo tendo algum problema pessoal.
E eu viajo amanhã mesmo, sinto tanta falta da mamãe e do papai, da Mina.. Por mim eu iria hoje mesmo, só para matar logo essas saudades. Mas o jeito é esperar mesmo, fazer o que, né!? Minhas malas já estão prontas, Mint vai junto, não posso viajar sem meu gato. Já me despedi de Gabbie e Karen já que fui visita-las ontem.
Mas meus pensamentos não param de pensar naquele cara, caralho, ele me deixou tão confuso, eu gostei tanto só que.. Só que era errado para mim. Ele é só mais um mimado que acha que tudo e todos giram em torno de si, mas eu não sou desse tipo, não sou do tipo de correr atrás de quem não presta.
Mudando novamente de assunto, eu ainda não contei pro meus pais que vou para Tubarão, eu estou a fim de fazer uma surpresa para eles já que faz alguns anos que eu não vou lá visita-los, eles fazem muita falta mesmo para mim, nesse momento eu estou deitado refletindo tudo o que eu fiz e o que eu poderia ter feito. Me levantei lentamente e peguei a câmera que ele me deu de presente. Sorri fraco, ligando-a.
Olhei para Mint e ele brincava com uma camisa minha de Pikachu, posicionei a câmera para o gato e, sem flash, tirei uma foto daquele momento fofo de Mint e minha camisa. Olhei para a foto sorridente, minha primeira foto de muitas.
Meu celular vibrou anunciando uma ligação, fui ver quem era, mas logo desisti de atender, era Lucas. Deixei a música de toque ecoar pelo meu quarto, sem me importar se era importante, o que ele teria de importante para falar comigo?
O celular parou na 6° ligação, e acho que ele desistiu e mandou mensagens, suspirei e fui le-las:
“Lucas? Você está bem?” -Lucas
“Por que não me atende? :c” -Lucas
“Você ainda vai na viagem, né?” -Lucas
“Me responde! ” -Lucas
“Se for,espero que tenha uma boa viagem, e espero que esfrie a cabeça. :c ” -Lucas
“Você está visualizando, Lucas. Me responde logo! O/” -Lucas
Desliguei a tela do celular e voltei a me deitar, deixei a câmera ao meu lado e adormeci.
[...] Tive de acordar umas 06h00 da manhã para me arrumar, o vôo saia 07h00. Tomei um banho longo e quando sai, me troquei com a roupa que tinha escolhido na noite passada, coloquei meu perfume e logo em seguida o guardei. Coloquei Mint na caixa de viagem e coloquei alguns petiscos na mesma, peguei minhas malas e chamei um taxi.
[…] Rapidamente cheguei ao aeroporto, eram 06h55, me sentei em um banco do mesmo. Quando meu vôo foi anunciado, caminhei até a sala de embarque. Coloquei Mint no lugar correto e embarquei, sentando-se em minha cadeira, ao lado da janela. Coloquei meus fones de ouvido e fiquei escutando músicas até chegar ao meu destino.
[…] Desembarquei bem, e fui atrás do Mint. Peguei-o e fui chamar um taxi, até a casa dos meus pais, chegando rapidamente. Apertei a campainha e esperei, ansioso.
A porta abriu-se lentamente, mostrando minha mãe me olhando, surpresa..
Eu: Tudo bem, Mami? — sorri, colocando Mint no chão.
Carmen: L-lucas..? — disse, colocando as mãos na boca.
Eu: Eu estava morrendo de saudades. — ela me abraçou fortemente, aprofundei meu rosto em seu pescoço, sentindo seu cheiro.
Carmen: Eu também, meu filho. — me olhou, acariciando meu rosto. — Ai como você está lindo, meu amor. — distribuiu beijos pelo meu rosto.
Eu: Mamãe.. — ri fraco.— Mamãe, calma.. — ela riu.
Carmen: Vem, entra, seu pai está na cozinha. — peguei minha mala, deixando-as na sala.
Eu: Está tudo bem aqui? — a perguntei, soltando Mint da caixinha.
Carmen: Sim, estamos. — sorriu, olhando para o gato.— Mint está enorme.
Eu: Gordo, a senhora quer dizer. — rimos.— Onde está o Otto? — perguntei, indo até a cozinha.
Carmen: Aqui! — mostrou-o.
Otto: Lucas! — sorriu, eu o abracei.
Eu: Senti sua falta, papai. — sorri, beijando sua bochecha.
Otto: Eu também, filho. — me soltou.
Carmen: Está com fome? — assenti. — Ok, vá arrumar suas coisas, eu vou preparar o almoço. — beijou minha bochecha, segui para a sala pegar minhas malas.
Levei-as para o meu quarto antigo que, por incrível que pareça, estava intacto. Sorri ao ve-lo, arrumando minhas coisas, vi Mina se aproximar e enroscando-se en minhas pernas.
Eu: Oi, pequena. — a peguei.— Nossa, você cresceu bastante! — a abracei fraco.— Vai lá. — deixei-a no chão.
[…] Terminei de arrumar minhas roupas e fui tomar um banho, e logo saindo para descansar um pouco, estava muito cansado depois da viagem.
...
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