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História I Love You But I Hate Me || L3ddy. - Photograph.


Escrita por: Viih_Scott

Notas do Autor


Jesus amado, nem acredito que eu consegui acabar esse capítulo! 🌟

Com a música escolhida por vocês: Photograph - do amado - Edinho Sheeran. ❤
Espero que gostem, ótima leitura! (Não esqueçam de comentar, viu? ❤)

Capítulo 39 - Photograph.




Desde que o Luba me perguntou se eu tinha falado com meus pais eu me sinto estranho. 


Já fazia um tempo que ele disse isso, eu sei, mas.. Eu me sinto tão culpado. Lucas já havia me levado para conhecer seus pais, que no caso, são incríveis, uns amores de pessoas. Mas o problema nem era a minha família, pois minha mãe já o conheceu e o meu irmão me "aceitou".. Mas meu pai.. Ele sim é o problema. 


"Loving can hurt

Loving can hurt sometimes

But it's the only thing that I know

When it gets hard

You know it can get hard sometimes

It is the only thing that makes us feel alive…" 


Minha vontade era acabar logo com isso, eu queria resolver esse problema, eu raramente não demonstro, mas isso me corroe lentamente por dentro, eu quero acabar logo com isso, quero viver de verdade com ele, quero não ter medo de demonstrar meu amor e felicidade por estar com ele. E isso me machuca sim. 


Mas enfim.. Hoje não é dia de lamentações! Hoje é dia de felicidade pelo menos, eu iria dar a noticia que Lucas iria sair hoje mesmo do hospital, pois não precisa mais dos exames e coisas do tipo. Eu tinha acabado de sair da sala do médico que o atendeu desde o começo. Luba já estava bem, maravilhosamente bem, era até de se estranhar.. 


"We keep this love in a photograph

We made these memories for ourselves

Where our eyes are never closing

Our hearts were never broken

And time's forever frozen still…"


Sorri fraco com meus pensamentos e continuei a caminhar até seu quarto, abri a porta e vi seus pais, eles estavam ao seu lado conversando sobre algum assunto familiar: sobre a tia-avó de Luba que veio o visitar, mas ele estava dormindo, então nem pôde a receber. 


Adentrei mais o quarto e fiquei os observando, uma família tão pequena, mas transbordando de tanta alegria e positividade. Eu juro, minha vontade é ficar com eles para todo o sempre. Sorri bobo quando eles me perceberam ali, cumprimentei Carminha e Otto, e fiquei ao lado de Lucas.. 


Eu: Bom, eu tenho algo para contar.. —disse, ficando um pouco sério. 


Carmen: Ai meu Deus, o que é dessa vez, Lucas? —me olhou preocupada. 


Eu: Hm.. —dei uma pequena pausa.— Lucas poderá ir embora hoje mesmo do hospital.. —anunciei sorridente, eles comemoraram, abraçando-me.


Lucas: Graças a Deus, eu não estava aguentando mais ficar aqui.. — ele sorriu, beijei sua bochecha. 


Eu: Bom.. Só precisamos arrumar as coisas, assinar alguns papeis e irmos embora! — eles assentiram. 


Carmen: Enquanto vocês dois arrumam suas coisas, eu e Otto vamos assinar as papeladas, ok? —fizemos careta, mas acabamos cedendo.— Ok, já voltamos! — e rapidamente saíram. 


Eu: Feliz? —sorri.


Lucas: Você não sabe o quanto.. — sorriu, fiquei a sua frente.— Eu fiquei bem rapidamente por causa de ti, sabia? — rimos.— Amo você.. — o beijei, segurando sua nuca.


Eu: Hm.. Precisamos ir.. — disse entre as pausas que dávamos entre o beijo, encerrando-o. 


 Luba: Nem acredito que eu vou poder ir para casa.. —dei-o um selinho. 


Eu: Mas agora vamos arrumar logo isso antes que seus pais cheguem.. — ele assente. 


Depois de um tempo, -arrumando e esperando o Luba se trocar-, pegamos todas as mochilas trazidas e ficamos esperando no quarto, quando Otto voltou para nos chamar. Seguimos para fora do local e entramos ao carro, seguindo de volta para casa da família de Lucas.. 


"So you can keep me

Inside the pocket of your ripped jeans

Holding me close until our eyes meet

You won't ever be alone

Wait for me to come home…"


Ele observava atentamente a paisagem que passava pela janela enquanto sorria alegremente, tanto tempo num quarto de hospital sem ver nada, provavelmente merecia certa atenção por ele. Eu não sabia decifrar o que eu sentia naquele exato momento, me sentia internamente feliz por ver aquele sorriso de novo, ainda não estou lidando 100% com ele "de volta".  


Alem, eu sentia uma paz interior difícil de explicar.. Peguei sua mão e entrelacei seus dedos nos meus e comecei a observar a vista da outra janela sorrindo. Enquanto eu sentia seu olhar sobre mim. Ele acariciou minha mão, e continuou a ver a paisagem..


(...) Tempos Depois.. 


Otto: Chegamos..! — sorriu, descendo do carro. 


Descemos do veículo e eu fui ajudar Otto a pegar as nossas coisas, e tivemos de esperar Carminha para abrir a porta. Deixei algumas malas no cantinho da sala e levei as de Luba ao quarto, tendo o mesmo adentrando o cômodo.  


Eu: Hm.. Acho que está tudo ai.. — sorri fraco. 


"Loving can heal

Loving can mend your soul

And it's the only thing that I know

I swear it will get easier

Remember that with every piece of ya

It's the only thing we take with us when we die…"


Lucas: Ok.. — se aproximou.— Você está bem? —acariciou minha bochecha, suspirei.


Eu: Nada.. 


Lucas: Está acontecendo algo, amor? Você está muito inquieto desde que chegamos.. — ele me fitou, neguei. 

Eu: Não aconteceu nada.. — ele me sentou na cama, sentando-se ao meu lado.  


Lucas: Tem certeza? Ou você não quer contar? —me olhou preocupado. 


Eu: Não é nada.. É só.. Sobre meu pai.. — ele assentiu, já entendendo.— Eu quero terminar logo com isso, amor.. 


Lucas: Eu também.. Mas eu posso ir contigo.. — ele segurou meu rosto.— Se você quiser, eu passo por isso contigo, não deve ser tão ruim assim.. 


Eu: Você não conhece meu pai.. — disse, triste. 


Lucas: Independente do que passarmos.. Vamos ficar juntos, não..? — beijou meus lábios rápido. 


Eu: Mas eu tenho tanto medo.. — falei baixinho. 


"We keep this love in this photograph

We made these memories for ourselves

Where our eyes are never closing

Our hearts were never broken

Time's forever frozen still…"


Lucas: Ei! Eu vou estar contigo.. — sorriu, me dando um beijo rápido.— Eu prometo. 


Eu: É por isso mesmo que eu tenho medo.. —ele tirou as mãos do meu rosto.


Lucas: Lu, não vai acontecer nada, ok? Eu não vou me chatear, vamos ficar juntos.. Igual no dia que você veio conhecer meus pais.. — sorriu.


Eu: Eu queria que tudo fosse mais fácil, amor.


Lucas: Mas não é, Urso. —tirou minha franja da testa.— Precisamos passar por uma aprovação dessas, nada na vida é um mar de rosas.. 


Eu: Sim, eu sei.. — olhei para minhas mãos.


Lucas: Já tem um dia específico?


Eu: Na segunda.. Eu queria ir na segunda-feira.


Lucas: Ok, vamos tratar disso rapidamente, tá? —dei beijos em minha bochecha. 


Eu: Tá.. — soltei um sorriso. 


Lucas: Mas vamos falar de coisas boas? — segurou minhas mãos. 


Eu: Tipo..? — o olhei, sorrindo pequeno. 


Lucas: Não sei, só queria te ver sorrindo.. —sorri tímido.— Ownn.. — beijou a ponta do meu nariz.— eu amo seu sorriso.. — acariciou meu rosto. 


"So you can keep me

Inside the pocket of your ripped jeans

Holding me close until our eyes meet

You won't ever be alone…" 


Eu: Você sabe que eu sou tímido, droga.— ele riu. 


Lucas: Bobo.. —sorriu.— Vem.. Deita comigo! —me puxou para si, abraçando-me. 


Eu: Eu te amo.. — falei baixo.


Lucas: Eu também te amo.. — acariciou meus cabelos. 


Eu não estava com sono, mas aquele carinho estava tão relaxante e gostoso e que eu acabei cedendo e dormindo ao seu peito. 


"And if you hurt me

That's okay, baby

Only words bleed

Inside these pages you just hold me

And I won't ever let you go

Wait for me to come home…"


[...] acordei (provavelmente) horas depois, Lucas já não estava mais no quarto, suspirei e me espreguicei, sentindo uma leve dor nas costas, me levantei e segui à cozinha. 


Carmen: Boa noite, T3ddy. — sorriu, fiz o mesmo, beijando sua bochecha.— Você estava realmente muito cansado, querido. — assenti. 


Eu: Um pouco.. — sorri sem mostrar os dentes.— Onde está Lucas? 


Carmen: Ah, ele deu uma saída.. Mas volta logo, está com fome? 


Eu: Não, não.. Obrigado.. — sorri. 


Carmen: Lucas.. Eu queria agradecer tudo que você fez pelo meu filho.. 


Eu: Carminha, tudo bem.. — sorri, ela negou.


Carmen: Não, T3ddy.. Você fez muito por nós.. Acho que nenhum dos relacionamentos dele foram tão forte assim, esses dias ele me disse que está tão feliz, que está tão alegre nesse namoro de vocês.. E eu agradeço por isso, faz muito tempo que eu não via um sorriso verdadeiro no rosto do Luba.. —ela suspirou, logo soltando um sorrindo pequeno.— Você foi um anjo, um anjo incrível.. — ela me abraçou forte, retribui sorrindo.— Lucas te ama muito, e nada atrapalhará o amor de vocês, se precisar de algo, pode contar conosco, ok? Tudo o que você fez não tem preço algum.. — ela me soltou, secando algumas lagrimas que caiam.— Droga.. Eu sou muito fraca para esses tipos de coisa.. —ri tímido.


Eu: Eu não fiz nada do que ele não tenha merecido, Carminha.. — sorri grandemente. 


Carmen: Você é um grande garoto, T3ddy.. —sorriu.— Bom.. Eu tenho que sair, já volto. — assenti, voltando ao quarto. 


Peguei uma toalha azul celeste e uma peça de roupa (calça moletom e uma regata) e segui ao banheiro. Tomei um banho longo, tentando fazer meu corpo se relaxar ao máximo. Tempos depois sai e me sequei, vestindo-me. Rapidamente eu voltei ao quarto, vendo Luba.. 


Eu: Chegou..? — disse, secando meus cabelos. 


Lucas: Acho que não.. — brincou, revirei os olhos, rindo. 


Eu: Idiota.. — mostrei a língua. 


Lucas: Está melhor? — ele se sentou, eu assenti. 


Eu: Uhum.. — me aproximei.— Onde você foi? 


Lucas: Fui ver o Victor e o Federico, fazia muito tempo que eu não os via.. — me sentei ao seu colo, o abraçando. 


Eu: O Victor? — aprofundei meu rosto em seu pescoço.


Lucas: Sim.. — riu baixo. 


Eu: Aquele seu amigo de escola?  


Lucas: Sim, amor.. 


Eu: Hm.. — ele beijou meu ombro. 


Lucas: Tão fofo quando fica com ciúmes. — ele riu. 


Eu: Não estou com ciúmes, só fiz uma pergunta. 


Lucas: Eu te conheço, T3ddy. — rimos. 


Eu: Não é ciúmes, além disso, eu sou bem mais bonito que esse tal Victor. — dei de ombros. 


Lucas: Haha, convencido! — riu. 


Eu: Realidade, não convencimento. — pisquei pra ele. 


Lucas: — rimos.— Precisamos voltar para São Paulo, né? 


Eu: Sim, precisamos sim.. E também resolver o seu emprego também.. — acariciei suas bochechas. 


Lucas:Uhum, acho que eu já fui demitido sem mesmo exercer o cargo.. — olhou para o chão. 


Eu: Não! Carminha já ligou para uma tal de Sandra, e disse tudo o que aconteceu contigo, amor. —levantei seu rosto pelo queixo.— Está tudo bem. —sorri. 


Lucas: Jura? — assenti. 


Eu: Uhum, você tem um mês de repouso, sem preocupações. 


Lucas:Você precisa ver seus amigos também, Urso.


Eu: Não importa agora.. — mordi seu lábio. 


Lucas: Importa sim.. — me deu um selinho. 


Eu: Não.. — o selei, acariciando sua nuca.


O empurrei contra a cama, aprofundando o beijo, senti sua mão seguir à minha nuca, puxando-a. 


Lucas: Lu.. Não.. — sussurrou, com a voz ofegante.— Nem fechamos a porta..


Eu: Amor.. — murmurei, manhoso.— Seus pais saíram.. —umideci meus lábios, beijando seu pescoço. 


Lucas: Mas eles vão voltar daqui a pouco.. — me empurrou, fazendo-me cair na cama, revirei os olhos. 


Eu: Realmente.. Você é muito chato.. — cruzei minhas mãos à minha cabeça, ele mostrou a língua. 


Lucas: E você é um babaca. —deitou em cima de mim. 


Eu: Você é pesado! — disse, sentindo-o morder minha bochecha.— Porra, Lucas! 


Lucas: Affe, para de ser um velho rabugento, T3ddy! —revirou os olhos.


Eu: Você que é chato. — fiz bico. 


Lucas: Não sou. 


Eu: É sim.. — fiquei emburrado. 


Lucas: Owwn, tão fofo. — virou meu rosto, beijando a ponta do meu nariz. 


Eu: Affe. — cruzei meus braços na altura do meu peito.


Lucas: Ah, para, Lu! — riu, beijou meu maxilar, mordendo meu lóbulo. 


Eu: Você tem fetiche com mordidas, só pode! — rimos. 

Lucas: Idiota. — se levantou. 


Eu: Vai para onde? 


Lucas: Cozinha..


Eu: Gordo! — me virei na cama, ficando de bruços. 


Lucas: Falou o magrinho. 


Eu: Esfomeado!


Lucas: Babaca! 


Eu: Idiota!


Lucas: Trouxa! 


Eu: Imbecil!


Lucas: Ridículo! 


Eu: Agora você pegou pesado. — ele riu. 


Lucas: Ah, tadinho dele. 


Eu: Viado do caralho!


Lucas: Ah, você quer discutir sobre "viadagem" agora, Sr. Olioti? — disse irônico. 


Eu: Não fode.. — ri. 


Lucas: Eu vou ir comer, é mais sustentável do que eu ficar aqui falando merdas contigo. — ri alto e ele saiu


 Eu peguei o controle da TV e comecei a assisti-la, vendo passar um filme qualquer na mesma, 30 minutos depois Lucas voltou, desligando a luz..


Lucas: Estou de volta para sua infelicidade.. —beijou minha testa. 


Eu: Que bom que você sabe.. — sorri fraco. 


Lucas: Haha, engraçadinho. — se deitou ao meu lado, o puxei para deitar-se mais perto. 


Enquanto assistíamos o filme, e Lucas traçava linhas imaginárias em meu abdômen por cima da minha camisa, estava começando a chover. Mas não uma chuva fraca, era uma chuvarada de verdade. Com trovões, raios e tudo mais.. Foi quando Lucas recebeu uma ligação.. 


Lucas: Alô, Mami? Ah, oi! Eu estou em casa, com T3ddy.. —disse, me olhando.— Aconteceu algo? Vocês estão bem? —deu uma pausa.— Ah, ok.. Ficarei mais tranquilo.. Tá ok.. Talvez hoje de madrugada ou amanhã cedo..? Tá, ta.. Te amo, tchau.. — desligou-o, o olhei interrogativo.— Meus pais não vão poder chegar em casa agora, está chovendo bastante e minha mãe morre de medo de dirigir em tempos assim.. 


Eu: Mas, seu pai não saiu primeiro..? — perguntei confuso. 


Lucas: Sim, sim.. Ele ligou para minha mãe para ir o buscar.. — assenti.— Eu odeio chuva. — disse manhoso, me puxando para si.


Eu: É, eu sei.. — ri, ele se assustou com um trovão. 


Lucas: Eu estou com medo.. A energia com certeza vai cair, Urso. 


Eu: Calma.. —o abracei, acariciando suas costas. 


Lucas: Vamos buscar umas velas? Se cair, já estamos com elas aqui.. — assenti. 


Eu: Ok, vamos. 


Ele se levantou e pegou minha mão, medroso. Sorri e continuamos andando até um quartinho que ali tinha. Ele abriu a porta e procurou as tais velas, porém, ele não estava alcançando, ri fraco. 


Lucas: Você poderia parar de rir e me ajudar, não? —me olhou pelo ombro, eu continuei a rir. 


Eu: Poderia, mas eu gosto de te ver pulando igual um bobo. — ele me olhou, arqueando as sobrancelhas, eu ri ainda mais.


Lucas: Lucas! Para de ser babaca e me ajuda logo, porra! — revirou os olhos. 


Eu: Bruto! — segurei a sua cintura, inclinando-me para frente. Pegando as velas. — Prontinho.. —sussurrei ao seu ouvido, vendo-o se arrepiar, eu ri, entregando-as. 


Lucas: Babaca.. — riu, indo à cozinha. 


Eu: Acho que não era bem essa palavra que eu queria ouvir.. —ele riu alto.


Lucas: Vem, Lu! Vamos logo! — me puxou até a cozinha. 


Já na cozinha, ele pegou um esqueiro. Desligamos todas as luzes da casa e voltamos ao quarto, deixando as coisas ali no criado mudo, caso precisassemos. 


Eu: Hm.. Que dia é hoje mesmo? — perguntei, o olhando. 


Lucas: Sexta-feira, amor.. — se sentou na cama, assenti, virando seu rosto para mim.— O que hou..—o selei calmo, acariciando seu rosto.— Por que.. Isso agora..? —disse contra o beijo. 


Eu: Só quis.. Te beijar.. — pedi passagem, e ele cedeu, logo percebi que a luz em si, tinha acabado, seguido por um trovão.— Droga.. — puxei seu queixo, mordendo seu lábio. Sua respiração estava ofegante, eu o encarei mesmo estando num breu total.— Você não está pensando em velas agora, está..? —perguntei sorrindo. 


Lucas: Eu odeio quando você faz isso.. — me puxou para si, voltando a me beijar, sorri contra seus lábios e me sentei ao seu colo, entrelaçando meus braços seu pescoço. 


Eu: Eu sei que você ama isso.. — sussurrei aos seus lábios, fazendo carinho em seu pescoço. 


Lucas: Amor.. — falou baixinho, segurando minha cintura. 


Eu: Ei.. — tirei suas mãos dali.— Você está muito tenso.. Calma.. — falei provocativo, saindo de seu colo, ouvindo-o bufar. Tirei sua camisa, massageando seus ombros, sentindo os mesmos descansarem.— Isso.. —beijei seu pescoço. 


Lucas: Por que.. Está me torturar desse jeito..? —mordeu os lábios, ofegante. 


Eu: Torturar? — parei em sua orelha, sussurrando provocante.— Não, amor.. —mordi seu lóbulo.— Eu só quero te fazer.. Relaxar um pouquinho.. — continuei a massagear seus ombros. 


Lucas: Você não está me ajudando a relaxar tanto assim..— fiz trilhas de beijos em suas costas nuas.— Você só está me deixando mais tenso.. — sorri, deixando uma mordidinha em seu ombro, quase perto do seu pescoço, o ouvir gemer baixo. 


Eu: Você está um pouco vulnerável demais, Luba.. —me sentei ao seu colo novamente, passando as minhas unhas em seu abdômen, trilhando até a barra do seu short. De baixo para cima, segui os beijos de seu maxilar até sua boca.— Tão vulnerável à mim.. —o puxei para um beijo carinhoso, mas logo o distanciando, ele mordeu meu lábio.— mas agora é minha vez de me aproveitar de você.. — levei meus beijos novamente ao seu pescoço. 


Lucas: M-mais? —esbocei um sorriso contra sua pele, sentindo suas mãos percorrerem minha cintura, apertando-a com certa força. 


Eu: Hm.. — murmurei, suspirando.— Não faz assim.. —sussurrei, movendo-me em seu colo.


Novamente segui minha mão até a barra de seu short, a abri, destravando seu zíper, e logo continuei a me movimentar em cima de si, ameaçando beijar-o. 


Eu: Isso é por todas as vezes que você me torturou.. —diminui a velocidade dos movimentos.


Lucas: Awwn n-não, por favor.. — Gemeu, alto.


Eu: É.. Eu sei o que você está passando.. — ri ironicamente, diminuindo cada vez mais a movimentação. 


Lucas: Aah! L-lucas..! É-é sério.. Aawn... —gemeu frustrado, o empurrei para trás, fazendo-o cair na cama, continuando-os mais rápido, fazendo-o arquear as costas, desesperado. 


Eu: Ops.. Acho que.. A brincadeira acabou.. — o olhei, brincalhão.. 


Lucas: O-o que? — a indignação estava presente em sua voz, me levantei de seu colo.— N-não acredito que você esteja falando s-sério.— eu ri sarcástico. 


Eu: Talvez.. — ele aparentemente se levantou em seguida. 


Lucas: Você não vai fazer isso comigo pela segunda vez, Olioti.. — segui sua voz, ele se aproximou. 


Eu: Ah, não..? — eu o fitei, à luz de um trovão.


 Lucas: Não.. — me encostou contra a parede.— Não mesmo. —pegou meu queixo, me beijando. 


Ele só se distanciou para retirar minha camisa, seu short e minha calça moletom. Me surpreendi pela sua rapidez e agilidade.


Eu: Você sabe quando eu quero brincar, espertinho.. —ri, mordendo o lábio. 


Lucas: Uhum.. — me deitou na cama, já tirando minha cueca.— temos que ser rápidos, Lu.. — o ajudei a tirar a sua. 


Eu: Para que rapidez? Temos a noite toda, amor.. —o virei na cama, ficando em cima de si, sorrindo malicioso. 


Lucas: Lucas.. Eu não quero mais brincar.. Vai logo ao ponto.. — pediu meio rouco, sorri acariciando seu rosto. 


Eu: Relaxa.. — me aproximei do seu rosto. 


 O selei lentamente, sentindo nossas línguas se debaterem entre si, fazendo carinho com o dedo em sua bochecha, ele relaxou as mãos em minha cintura. Então eu, lentamente, o penetrei, sentindo suas mãos irem para minhas costas e suas unhas se cravarem ali.


Esperei por alguns segundos -longos, para mim- e logo comecei a me mover, distanciei nossas bocas pois o ar estava em falta em nossos pulmões. Ele fechou os olhos lentamente, deixando sua boca entre aberta, cruzou as pernas em minha cintura, logo levando suas mãos até meus ombros, firmando-as.  


Lucas: M-m-mais.. — pediu, manhoso, comecei a aumentar o movimento, ouvindo a chuva engrossar cada vez mais.— Mais rápido, U-U-urso.. Awwwn —arfou. 


Eu: Já disse que eu amo quando.. Você me chama assim..? — ele esboçou um pequeno sorriso, ainda de olhos fechados. 


Continuei a aumentar tal velocidade, ouvindo seu tom de voz aumentar cada vez mais ao momento que eu acertava certo ponto de seu sexo, o mesmo arranhava toda minhas costas. 


Lucas: L-lucas.. S-senta.. — pediu, com a respiração acelerada. Fiz o que me pediu, segurei sua cintura o encaixando novamente.


Eu: Aaanh.. Lu-luba.. — gemi, tombando minha cabeça para trás. 


Inclinei um pouco minha cintura, ajudando-o a se mexer ao meu colo. Voltei meu rosto a encara-lo, aquele "pequeno" ser humano de pele clara, sentado ao meu colo, à minhas ordens, sendo meu por total.. Aquilo estava sendo a coisa mais perfeita que eu já tinha visto em toda a minha vida. 


Senti suas pernas aos meus lados ficarem bambas, sua boca dizia coisas desconexas assim como a minha, e elas, as vezes, se encontravam para poder esconder as grandes manifestações que faziam em meio à palavrões e dizeres de amor. Segurei-o pelas suas costas sem fazer muito esforço, apenas acariciando sua pele macia e delicada. 


Seus movimentos eram contínuos, seguidos por gemidos falados e outro que saiam e desapareciam ali, em nossos lábios colados. Sua mão se encontrou com meu peitoral, cavalgando ainda mais ao meu membro, aparentemente iria chegar ao seu ápice primeiro. Sua boca entre aberta, seus dentes mordiam forte seu lábio inferior, o suor pingava de sua testa até sua bochecha, seus olhos que forçavam-se a se fechar fortemente por conta do seu prazer maior e repentino..


Lucas: Ah-a-amor.. — dificultou-se a me chamar.— Annwh Urso.. — gemeu à minha boca, conseguido de me roubar um beijo.— Eu já.. Annnhw! — deixou-se esvair em meu abdômen, sorri malicioso.


Senti o calor invadir meu estômago, na verdade, eu sentia meu corpo inteiro queimar, como eu estivesse em cima de uma churrasqueira enorme. O suor fazia minha franja grudar à minha testa/rosto, mas eu não estava ligando muito, apenas em sentir Luba sendo meu novamente.. 


Eu: Lu..cas… — murmurei, sentindo meu corpo, por inteiro, arrepiar.— Eu estou qua..se.. Hm.. —senti os jatos de sêmen o preencher, fechando seus olhos fortemente, sua testa grudou a minha, fazendo nossas respirações se misturarem.


Lucas: Eu não.. Acredito.. Que transamos.. Dois dias.. Seguidos.. — sua respiração estava descompensada, fechei os olhos. 


Eu: Não vejo.. Nenhum problema.. —ri fraco, de olhos fechados.— D-deveriamos fazer.. Isso mais vezes.. —abracei sua cintura.— Tirando a conclusão que.. Foi uma das melhores..


Lucas: Babaca.. —beijou meu queixo.— Agora..? Como tomaremos banho..? — perguntou baixo por conta da nossa aproximação. 


Eu: Acho que teremos que esperar.. — sorri, peguei um lençol qualquer, passando pelo nossos corpos. 


Lucas: Droga.. — bufou, eu ri fraco, dando-o um selinho.— Estou cansado, soado mas não posso tomar um banho. —fez carinho em minha nuca, fazendo bico. 


Eu: Nossa, que absurdo! —falei irônico, passando meus dedos pelas suas costas, acariciando-as.— Você, Lucas Rossi Feuerschütte, não pode tomar banho num dia chuvoso? Nossa, alguém deveria ser processado! —continuei a brincar, ele revirou os olhos. 

Lucas: Não brinca, idiota. — riu.


Eu: Tomar banho gelado..? — negou, rindo.— É, então.. Teremos que esperar.. 


Me encostei na cabeceira da cama e ele encostou o rosto ao meu pescoço, acabou por dormir. Sorri e peguei uma coberta pois seu corpo estava ficando gelado. Passei a coberta em si e continuei a acariciar seus cabelos e suas costas, o deixando num sono tranquilo. 


(…) Meia hora depois a energia da casa foi voltar, suspirei aliviado. Meus olhos ficaram irritados por conta de ficar muito tempo na escuridão, os cocei tirando-os do incômodo. 


Eu: Lucas.. Amor.. — sussurrei.— Ei, a energia já voltou.. Vamos tomar um banho.. 


Lucas: Hm.. — ele me fitou, emburrado.— O que é? 


Eu: Você não queria tomar um banho, amor? —ele assentiu, ainda emburrado.— Melhora essa cara, você não sabe ficar nervoso, você está a coisa mais fofinha que eu já vi. — sorri, beijando seu queixo. 


Lucas: Me deixa. — me abraçou, voltando a deitar. 


Eu: Ah, não, Vida! —ri fraco.— Vamos tomar banho, vai. —mordi fraco seu ombro. 


Lucas: Tá! — pegou o lençol e se levantou, laçando o mesmo em sua cintura. 


Eu: Tira essa carinha de emburrado, vai.. — coloquei minha cueca, fazendo-o dar um sorrisinho.— Ah! Obrigado. — rimos, peguei uma toalha e seguimos ao banheiro. Fechei a porta e coloquei a toalha pendurada, e ele foi direto ao chuveiro.. 


Lucas: Vem logo.. — me olhou, assenti, retirei novamente a cueca e entrei junto dele, que me abraçou.— Eu estou com sono.. 


Eu: Eu sei, meu amor.. Mas você estava enchendo o saco para tomar um banho, não lembra? —sorri, o abraçando pelo pescoço, trazendo-o para mim.


Lucas: Sim, mas.. Deixa pra lá.. — riu.— Eu te amo.


Eu: Eu também te amo.. — beijei sua testa. 


(…) Terminamos de tomar banho, ele colocou seu pijama e eu vesti só um short, como sempre. Ele se deitou, me deitei junto a ele, me virando para o lado contrário. 


Lucas: Não consigo dormir sozinho.. Vem ca.. —me puxou, ri. 


Eu: Affe, Lucas.. — eu o abracei, ele colocou uma perna acima de mim.— Folgado.. —ele sorriu.— Boa noite, amor.. 


Lucas: Boa noite, Urso.. — fechou os olhos lentamente.


(…) alguns (muitos) dias depois.. 


Lucas: Amor.. Ei.. Urso, acorda! 


Eu: O que é Lucas..? Me deixa dormir.. —tapei meu rosto com o travesseiro. 


Lucas: Vem, Urso! Por favor! 


Eu: — suspirei, retirando o travesseiro do meu rosto.— O que houve? 


Lucas: Seus amigos! Eles estão lá em baixo! —eu o olhei confuso.— É! Vai lá! 


Eu: Preciso usar o banheiro primeiro, diz à eles que eu já estou indo.. —virei meu rosto, tentando voltar a dormir. 


Lucas: Lucas Olioti, levante-se agora! —ordenou-me, bufei. 


Eu: Tá! — me levantei, pegando a toalha e a escola de dentes. 


Lucas: Não vai me dar um beijo sequer? 


Eu: Não, você não me deixou dormir. — fiz bico, seguindo ao banheiro.


Lucas: Lu, para de ser bobo.. —me virou.— Só um beijinho, vai.. —sorriu, o dei um selinho. 


Eu: Posso tomar banho agora..? — ele me olhou tedioso. 


Lucas: Você chama isso de um beijo? —cruzou os braços. 


Eu: Eu não escovei os dentes. 


Lucas: Você não tem uma desculpa melhor que isso não? — falou irônico.


Eu: — ri fraco.— Isso tudo por um beijo, Luba? 

Lucas: Affe, eu só me dá um beijo logo, T3ddy!


Eu:— quem vê pensa que está a anos sem fazer sexo.. —ri, segurando sua cintura. 


Lucas: Não sei por que eu insisto, babaca. —falou rindo, sorri, me aproximando do seu rosto, o beijei. Alguns segundos depois, me distanciei.


Eu: Preciso de um banho.. —o dei um selinho.


Lucas: Depois desce, ok? — assenti. 


Fui ao banheiro e tomei um banho rápido, fiz minha higienes e logo sai, indo ao quarto de Lucas. Coloquei uma calça e uma blusa de manga fina, e desci, ouvindo algumas vozes e risos na sala. 


Cellbit: T3ddy! Cara, quanto tempo! —sorri, o dando um breve abraço. 


Eu: Pois é. — o soltei, cumprimentando os outros. 


Lucas: Pelo jeito, meu pai amou os garotos. —chegou da cozinha, sentando-se ao lado de Alex, rimos. 


Otto: Gostei bastante deles mesmo. —sorriu.


Carminha: Claro, só falam de futebol, como você não iria gostar? 


Lucas: Se eles falassem sobre outras coisas, a senhora os expulsaria. —gargalhamos. 


Alex: Mas, e ai, T3ddy? Não vai voltar para São Paulo..? Gostou de ficar com o crush, né? —o mesmo abraçou Luba pelos ombros, que riu. Revirei os olhos. 


Lucas: Vou, vou sim.. Só preciso resolver algumas coisas também.. — ele assentiu.


Carminha: Bom, meninos.. Eu e Otto precisamos dar uma saída, visitar uma irmã minha, voltamos logo. Se comportem! — assentimos, e eles saíram. 


Lira: Christian estava reclamando que o Luba te roubou dele. — disse, rindo. 


Chris: Nada disso, eu só disse que ele estava passando mais tempo com o namorado do que com a gente. Só isso. 


Mauro: Ciúmes, que fofo. —o mesmo revirou os olhos. 


Eu: Owwwn, fica tranquilo, vou voltar logo.. —ri, me jogando em seu colo. 


Chris: Porra, Lucas! —disse rindo.— Já pode parar. 


Eu: Ah, Chris! Eu sei que você me ama, cara! 


Cellbit: Se eu fosse o Luba desconfiaria dessa amizade ai. — rimos. 


Lucas: T3ddy sempre foi meio aviadado, nunca neguei. —sorriu, os outros riram. 


Eu: Ah, é assim? Ok, prefiro ficar com o Christian mesmo. — o dei língua. 


Lira: Nem tenta, ele já está com aquela amiga do Luba.. —Luba o olhou surpreso. 


Lucas: Gabbie? — Lira assentiu, seguimos nossos olhos para Christian. 


Eu: Se defende, mano. 


Chris: Vão se foder. —me empurrou, acabei por cair no chão. 


Eu: Ah, se defendeu o bastante, valeu. —fiz careta, me sentando ao seu lado. 


Chris: E não, é mentira. 


Lira: Tá, conta outra. — riu. 


Chris: Nós estamos nos conhecendo, é algo diferente. 


Lucas: Ah, coisas bem diferentes. — ele assentiu, ironicamente. 


Chris: Trocando de assunto.. Sua mãe me perguntou de você esses dias.. 


Eu: O que você disse?


Chris: Nada, falei que não sabia de você. 


Eu: Ok.. Eu precisava conversar com ela.. — suspirei. 


Mauro: E seu.. Seu pai..? — me fitou, engoli em seco. 


Eu: Segunda eu vou em Ribeirão.. — disse sério. 


Alex: Se quiser ajuda, mano, nós estamos aí. —assenti. 


Eu: Vai ser foda, meu pai é um puta cara certinho demais, minha mãe até que soube lidar e respeitar, mas ele.. 


Cellbit: Mas.. E se ele não.. Você sabe.. 


Eu: Me aceitar..? — ele assentiu.— Vou aprender a lidar com isso, não vou deixar de lutar por quem eu amo por uma pessoa que me julga, Rafa. — olhei para Luba, sorrindo. 


Lira: Mas não esqueça que ele é seu pai, mano.. Não querendo estragar, mas.. — os outros assentiram. 


Eu: Sim, Lucas. Eu sei. Mas, se ele não me "aceitar", paciência. Ele é meu pai, eu o amo, mas se ele não quer ver minha felicidade com uma pessoa que eu amo, ele pode fazer o que ele quiser, mas eu vou continuar com o Luba. — dei de ombros. 


Mauro: Aconteça o que acontecer, vamos estar aqui para poder te zoar até o fim.. —rimos. 


[…]


Tempos depois eles se foram, eu e Luba ficamos sem fazer nada em sua sala, apenas esperando seus pais chegarem.. 


Mas o lance do meu pai ainda estava em minha mente, eu sentia como se eu estivesse tramando a maior mentira do mundo, meu medo estava me tomando mesmo eu parecendo estar forte, eu estou com bastante ansiedade. 


Meu pai nunca foi uma pessoa ruim, sempre me tratou com bastante orgulho e grandeza, sempre foi um pai exemplar.. Porém, era um homem bastante violento. 


Ele nunca nos bateu, na verdade.. Teve apenas uma vez que ele tentou fazer isso contra mim, pois eu estava brincando com um colega e eu o empurrei no chão, ok, foi errado, mas bater numa criança de 12 anos para deixar roxos só por causa de uma mal criação? É.. 


Talvez essa não foi a única, mas eu não me recordo direito, meu medo é ele querer fazer algo contra Luba, meu pai, querendo ou não, machuca verbalmente as pessoas, não sei quantas vezes já vi minha mãe chorando por conta de algo que ele tenha falado.. As vezes ele me dá realmente medo.. 


Mas eu tenho que vencer esse "medo", o mais rápido possível, pelo menos, eu não fico com essa agonia dentro de mim, sim.. Ele não precisa nem me aceitar do jeito que eu sou, mas pelo menos respeitar minhas escolhas.. 


E bem, se for ao contrario, se tudo que eu estiver planejando estiver errado, eu não ligo.. Ele pode tirar tudo de mim, o dinheiro, o apartamento, meus cartões, tudo.. Eu tenho meus planos, eu só quero ser feliz com o Lucas.. 


Lucas: Ei.. Urso.. — beijou meu maxilar.— Você está branco, aconteceu algo? Parece que viu um fantasma.. 


Eu: Eu preciso comprar as passagens para Ribeirão.. 


Lucas: Mas.. Agora? — assenti, rápido.— Mas, amor.. Não está um pouco cedo demais..? 


Eu: Eu quero ir o mais rápido possível, Lucas. Se você não quiser ir, eu vou entender, só que.. Eu preci..—ele me selou, me tirando completamente do meu transe.— Eu preciso ir, Vida.. —sussurrei, assim que ele me distanciou. 


Lucas: Eu vou com você, eu vou.. —me fitou, sorri.— Vou buscar o notebook. 


[…] Depois de (muito) tempo.. 


Passagens compras para 17h20, nossas malas já estavam arrumadas e estávamos esperando seus pais chegarem. Demos um tempo na sala, quando deu 17h00 eles apareceram.. 


Otto: O que aconteceu? Que caras são essas? 


Lucas: Precisamos viajar para Ribeirão Preto daqui a pouco, só faltam 20 minutos.. 


Carminha: Como assim? Do nada? 


Eu: Ocorreu um problema com minha família, preciso resolver.. —eles terminaram entendendo.— Carminha, Otto, foi um prazer ficar todos esses meses com vocês.. — eu os abracei.


Carmen: Te cuida, menino! Já te considero um filho, tá? Vem mais vezes! — assenti. 


Eu: Venho sim.. — sorri, Lucas se despediu.— Vamos..? 


Lucas: Tchau, mamãe.. Tchau, papai.. Até mais — eles acenaram. 


[…] Otto nos levou até o aeroporto, nos despedimos dele novamente e nos sentamos ali, esperando o avião pousar.. 


Lucas: Qual você fica pensativo assim, me assusta um pouco.. —me olhou, com o queixo em meu ombro. 


Eu: Desculpa.. — suspirei. 


Lucas: Não fica assim, Lu.. Poxa.. 


Eu: Eu não consigo, amor.. — abaixei o olhar.— Eu amo ele, obviamente, ele é meu pai, mas.. 


Lucas: Ok, tudo bem.. — me deu um selinho.— Vamos ficar bem.. 


[…] Minutos depois, embarcamos no avião. Entramos e nos sentamos em nossos devidos lugares, e logo guardei nossas malas. Luba me abraçou e acabou dormindo, mas eu acabei ficando acordado até a viagem acabar.. 


[…] 40 Minutos depois, nós pousamos, descemos do avião e pegamos nossas coisas, eu teria que ligas para minha mãe, mas tinha esquecido, peguei meu celular, discando seu número. 


Eu: Amor, preciso ligar para minha mãe.. —ele assentiu.


Lucas: Ok.. — liguei à ela, que atendeu no 4° toque. 


Eu: Mãe? 


Vera: Oi, meu amor? 


Eu: Eu.. Mãe eu estou indo aí em casa.. —apertei a mão de Lucas. 


Vera: Amor.. Tem certeza..? 


Eu: Sim, mamãe.. —suspirei.— Preciso dizer logo, melhor passar agora, do que depois.. 


Vera: Tudo bem, Lucas está vindo também.. 


Eu: S-sim.. — o abracei pelos ombros.


Vera: Tá, amor.. Eu te amo, se cuida.. 


Eu: Eu também te amo, mãe.. — desliguei.— Vamos.. 


Pegamos um táxi e eu dei o endereço e fomos, chegando minutos depois... Quando o carro parou, eu desci e peguei nossas malas e esperei Lucas. Ele me olhou e caminhamos até a porta, apertando a campainha.. 


Vera: Filho? — ela sorriu.— Querido! — ela me abraçou, logo me soltando.— Lucas, tudo bom, querido? — o abraçou. 


Lucas: Estou sim, obrigado. — ele retribuiu. 


Vera: Você está tão tenso.. — ela tocou meu rosto.— Fica calmo.. 


Eu: Eu não consigo.. — olhei para Luba, mas voltei a olhar para minha mãe. — E se ele tentar algo, mamãe? 


Vera: Não vai, eu não irei deixar, seu irmão vai vir também.. — deixei um sorriso escapar. 


Eu: Math vai vir? — ela assentiu. 


Vera: Vem, entra.. — ela nos deu espaço, nos entramos.


Eu: Vou levar as malas ao meu quarto.. — ela assentiu, indo à cozinha.— Amor.. Vem comigo.. —peguei sua mão. 


Lucas: A casa dos seus pais é linda.. — sorriu. 


Eu: Valeu.. —disse subindo as escadas.— Minha mãe ela adora decoração, a culpa é toda dela dessa casa ser assim. — ri fraco. 


Entramos ao meu quarto e eu coloquei as malas no canto da cama, Luba fez o mesmo e eu me sentei na cama.. 


Lucas: Quer deitar um pouco..? Você me parece muito cansado, Urso.. 

 

Eu: Não estou com sono, estou bem.. — me dentei, ele acariciou meus cabelos.

 

Lucas: Amor.. Só quero que você fique bem.. —beijou minha testa. 


Ele ficou fazendo carinho em meus cabelos e em meu rosto, enquanto se deitava ao meu lado. Fiquei o fitando e sorrindo. Mas logo eu ouvi um barulho lá em baixo, de alguma porta batendo, aparentemente meu pai tinham chegado..


Eu: Eu.. Eu acho que ele chegou.. — senti um frio na barriga.— Eu vou descer.. — me levantei. 


Lucas: Calma, eu vou contigo.. —levantou-se, eu neguei.— O que? Lucas, mas..


Eu: Amor, por favor, confia em mim.. Me espera um pouco aqui em cima? É rápido, se tudo ficar bem, eu te chamo.. — o olhei, suplicante.


Lucas: E se não ficar? E se der algo de errado? Lucas, eu me preocupo contigo.. 


Eu: Eu sei, eu sei, mas se der, meu irmão vai estar lá em baixo, não quero que você se machuque, Vida.. —segurei seu rosto. 


Lucas: Mas.. — o cortei. 


Eu: Amor.. — o dei um beijinho.— Você não confia em mim? 


Lucas: — suspirou.— Tá, amor.. Eu confio em você.. 


Eu: Tá, eu estou indo, eu já volto.. — o soltei.— e.. Eu te amo. — ele riu. 


Destranquei a porta, e sai. Desci as escadas lentamente, suspirando, sentindo-me inseguro. Caminhei até a sala, não os vendo ali. 


Eu: Mãe? — a chamei. 


Vera: Oi amor?


Eu: Papai chegou? 


Vera: Hm.. Sim.. Estamos aqui na cozinha. 


Respirei fundo e me aproximei, os vi sentados à mesa, mamãe, papai e Math, o meu irmão sorriu pequeno, tentando me encorajar.. 


(ninguém liga para o nome real do pai do Lucas shaus)


Marcos: Sua mãe disse que você queria falar algo para mim.. — entrelaçou seus dedos, uns nos outros,.


Eu: Sim, pai.. — me encostei na bancada.


Marcos: Sobre o que..? 


Eu: Bom.. Primeiramente antes, eu tenho algumas coisas à dizer.. 


Marcos: Estou esperando. — me fitou.


Eu: Bom, independente do que eu dizer aqui, eu vou respeitar sua opinião, mas quero te pedir respeito acima de tudo. Sei que eu nunca fui um filho certo ou perfeito, mas eu mereço isso como meu direito, e se você não fizer isso, me perdoe pai, mas..—ele me interrompeu.  


Marcos: Lucas, você está me deixando preocupado! —falou sério. 


Eu: Eu espero que você me entenda, mas eu me apaixonei, pai.. 


Marcos: Mas por que isso seria ruim, Olioti!? Anda, fala garoto! 


Eu: Pai, eu.. — Respirei fundo, arrumando coragem.— Pai, eu sou gay. — ele me fitou, e riu fraco.— O que? Por que está rindo? 


Marcos: Ok, Lucas.. Bela brincadeira. —continuou a rir, eu o olhei incrédulo.— Chega de brincadeira, né? Eu cheguei cansado e..— eu o cortei. 


Eu: Eu não estou brincando, pai! Eu até estou namorando, tenta entender! — o olhei óbvio. 


Marcos: Para de brincadeira de mal gosto, Olioti!

—disse, já nervoso.


Eu: PORRA, PAI! EU. SOU. GAY! PARA DE TENTAR SE ENGANAR! — gritei, ele se transferiu para um semblante sério novamente. 


Vera: Oli, calma.. Não faz assim.. — falou se aproximando, eu a olhei. 


Marcos: ESSE GAROTO É ALGUM TIPO DE IDIOTA? 

—gritou, voltei a fita-lo.— PARA DE BRINCAR COM COISA SÉRIA! 


Vera: Marcos, ele não está brincando, ele nunca brincaria com isso.. — ela se virou para ele, à minha frente. 


Eu: Mamãe, eu estou bem, não quero que você se machuque.. 


Vera: Não quero que ele.. — ele a interrompeu. 


Marcos: CALA A BOCA, VERA! ESSE MENINO VAI TER O QUE MERECE! —tentou bater em meu rosto, eu segurei sua mão. 


Eu: Você não é nem LOUCO de bater na minha cara, NÃO MAIS! — soltei brutalmente sua mão.


Marcos: Você perdeu o medo, né, Lucas? — apontou o dedo ao meu rosto.— Você não vergonha nessa tua cara? Você não tem vergonha de vir NA MINHA CASA falar essa pouca vergonha? 


Eu: Eu tenho vergonha dessa tua ação.. — falei, o olhando. 


Marcos: Você? Com vergonha de mim? — ele riu irônico. — EU QUE TENHO VERGONHA DE VOCÊ! IMAGINA? MEU FILHO SENDO GAY!? 


Eu: Eu tenho sim vergonha de você, vergonha de ver que seu amor por um filho é menor só por que eu sou gay, eu te pedi respeito, lembra? Respeito! Não pedi para você me aceitar! — eu ri irônico.— eu sempre soube que você iria agir assim.. Não sei nem por que eu vim, você tem razão, foi inútil vir aqui. Na verdade eu nem precisava, já sou maior de idade, já sei o que devo ou não fazer, mas uma coisa eu tenho certeza, pai.. — eu me aproximei de si.— VOCÊ NÃO VAI TOCAR UM DEDO EM MIM! MUITO MENOS NO MEU NAMORADO! 


Marcos: SEU O QUE? SEU NAMORADO? ESSA POUCA VERGONHA DENTRO DA MINHA CASA? AH, NÃO! —ele foi até a sala, eu o impedi. 


Math: Pai! Para! — ele ficou na frente do meu pai. 


Marcos: VOCÊ NÃO DEFENDA ELE! ISSO É ERRADO, MATHEUS! 


Matheus: O ERRADO ESTÁ SENDO VOCÊ! ESTÁ ATITUDE ESTÁ SENDO BABACA! — gritou, meu pai ficou mais nervoso do já estava. 


Marcos: ATÉ VOCÊ? — ele o empurrou, eu aproveitei e fui até o quarto.— VOCÊ VOLTA AQUI, EU VOU PEGAR ESSE TEU NAMORADINHO, OLIOTI! VOCÊ SABERÁ O QUE É CERTO PARA VOCÊ! 


Eu: NÃO ME FODE! — eu gritei, abri a porta do quarto, ofegante, Lucas me olhou, com dó.— Me.. Me 

d-desculpe.. — sussurrei. 


Lucas: Está tudo bem.. — ele me abraçou, eu tranquei a porta.


Eu: Me perdoa, me perdoa, me perdoa.. —repeti, já chorando. 


Lucas: Não é culpa sua, não é.. —meu pai continuou a gritar, ele me distanciou da porta.— Não quero que continuei a escutar isso, vem.. 


Eu: Eu s-sabia que ia s-ser assim.. — solucei.— Eu sabia.. 


Lucas: Shii.. — me abraçou forte. 


Marcos: LUCAS! ABRE ESSA PORTA AGORA! — ele batia violentamente na porta, apertei Luba entre o abraço.— LUCAS!!! 


[…] Logo depois eu ouvi a voz da minha mãe e do Math, dizendo/gritando coisas ao meu pai que eu não consegui entender muito bem, eu só continuei abraçado à Lucas, até tudo aquilo passar.


Lucas: Não esqueça que eu te amo, ok? — me olhou, acariciando meu rosto. 


Eu: Eu te fiz passar por isso.. Eu não queria, me desculpa.. —olhei para o chão, com o rosto ainda molhado. 


Lucas: Eu te amo, e não importa o que acontecer, eu vou sempre estar aqui, eu te amo! — me deu um beijo.


Eu: Eu também te amo.. — o abracei novamente. 


Math: Oli? — me chamou, baixo, através da porta.— Maninho, está tudo bem, papai saiu.. 


Dei uma última olhada em Lucas, ele beijou minha testa e então eu o soltei, caminhando até a porta, eu destrancando-a, recebendo um abraço inesperado. carinhoso e quente do meu irmão, eu retribui.. 


Math: Vai ficar tudo bem..— sussurrou.— Mamãe e eu estamos com você para sempre.. — assenti, ele se desfez do abraço.— E ele.. Ele é o seu namorado..? —eu o olhei, sorrindo, e assenti.


Lucas: Olá.. — sorriu tímido. 


Math: Olá.. Desculpa pelo que aconteceu.. — se referiu ao seu nome. 


Lucas: Sou Lucas, ou Luba, se preferir..— ele assentiu.


Math: Ok, Luba.. Nos perdoe pelos.. Alvoroço do nosso pai.. — fez careta.


Lucas: Tudo bem.. Sem problemas.. — disse assentindo. 


Math: Vocês querem descer..? Bom.. Mamãe está lá em baixo.. 


Eu: Vamos embora ainda hoje.. — suspirei.— Eu não quero ficar aqui, Math. 


Math: Fique mais um pouco, eu levo vocês até o aeroporto depois, sem problemas.. — assenti, cedendo. 


Peguei a mão de Lucas e descemos as escadas, até a sala, mamãe me viu e veio até mim, abraçando-me. 


 Vera: Não importa o que seu pai tenha dito, não ligue, eu só quero te ver feliz, e eu vou fazer o máximo para você continuar sendo feliz, ok? Eu te amo, meu filho, me desculpe pelo seu pai, ele é um idiota. — eu sorri, a soltando aos poucos.— Vocês são tudo pra mim, não quero te ver mal por uma coisa boba.. — assenti, ela beijou minha testa.— Lucas, meu querido, desculpe por isso também.. — ela abraçou carinhosamente o Luba.— Você não imagina o quão eu estou com vergonha disso.. 


Lucas: Dona Vera, está tudo bem, não precisa pedir desculpas.. — ele a fitou, sorrindo fraco. 


Vera: Obrigada por fazer meu filho feliz, querido. —beijou sua bochecha.— Você é um amor. 


Lucas: Obrigado. — sorriu. 


Lucas: Mamãe, não quero atrapalhar mais, eu vou indo, ok? 


Vera: Como assim, Lucas? Você acabou de chegar.. 


Lucas: Não quero estar aqui quando meu pai chegar, além disso, ele pediu para eu ir embora


Vera: Psiu, ele ficar num hotel, sem problema.. 


Eu: Mãe.. — ela me cortou. 


Vera: Sem essa história de "Mãe", Lucas. Vocês dois vão dormir aqui e ponto. — ela sorriu, Lucas deu um riso baixo.


Lucas: Por mim tudo bem.. — sorriu, me olhando. 


Eu: Ok.. Eu fico.. — sorri pequeno. 

 

Math: Bom, já que a Missy foi dormir na casa da mãe, vou dormir aqui também, e amanhã eu vou para casa. —abraçou de lado minha mãe. 


Vera: Ok. — sorriu.— Vamos comer alguma coisa.. 


Eu: Já estamos indo, podem ir à frente.. — ele assentiram.— Obrigado por querer ficar.. 


Lucas: Obrigado você, por ter passado isso por mim.. —sorriu, me fitando, e pegando minhas duas mãos.— eu sempre vou estar com você. 


Eu: Eu te amo.. — me aproximei do seu rosto. 


Lucas: Eu também te amo.. — me selou, carinhosamente. 



"When I'm away

I will remember how you kissed me

Under the lamppost back on 6th street

Hearing you whisper through the phone

Wait for me to come home.." 


(…) 



Notas Finais


Mais de 7 mil palavras! Meu Deus! Espero que tenha recompensado os dias em que eu fiquei fora! Espero realmente que tenham gostado! Amo vocês sempre! Um beijo🌟❤


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