Reviro os olhos e olho para o lado, dando de cara com Pedro. Ele estava com o rosto vermelho e uma expressão de raiva. Ele veio caminhando em nossa direção e parou perto da gente com os braços cruzados
-O que é, Pedro? Não tem mais o que fazer não?-Disse me soltando de Theo, que me deixou sair assim que viu meu irmão
-E você? Não tem mais o que fazer também e fica se esfregando em homem?-O filho da puta falou
-EI! Você não pode falar...-Theo ia dizer algo, mas eu o interrompi
-Tudo bem, eu resolvo isso-Eu disse e ele me olhou duvidoso-Eu juro. Pode me esperar no refeitório?
-Tá bem. Qualquer coisa me chama.-Ele falou e saiu, dando um olhar mortal para o meu irmão, que olhou feio de volta.
-Em primeiro lugar, eu não estava me esfregando em homem. Segundo, se eu estivesse, o problema seria meu, já disse você não tem que se meter na minha vida. E terceiro: vai ver se eu estou no poste da esquina. Ah, é mesmo! Quem fica em poste de esquina são putas, igual sua namorada.
-Cala a boca!-Ele gritou, colocando o dedo da minha cara
-O que foi? Ficou irritadinho por que eu xinguei a namoradinha que você ama tan...-Ele tampou minha boca e agarrou minha cintura, me puxando para dentro de uma sala escura. Eu tentei morder a mão dele, mas não adiantou. Ele trancou a porta e virou para mim.
-Escuta só. Você não pode me provocar assim. Você não tem esse direito.
-Te provocar? Direito? Meu filho, ninguém, além dos meus pais manda em mim. E quem é você para falar de provocações? Todo mundo sabe que você não gosta nem um pouco daquela vadia que você chama de namorada e que só transa com ela pra se destrair.
-Isso é mentira...-Ele falou desviando o olhar. Ele estava tão perto, eu podia sentir a respiração dele se misturando com a minha. Já que ele disse que eu estava provocando, eu vou provocar direito.
-Ah, é mesmo?-Eu disse levantando o queixo dele, fazendo ele olhar em meus olhos-Então você realmente gosta dela?-Passei a mão delicadamente eu seu rosto
-É... é claro-Ele falou com a voz fraca
-Hm, claro... Então gosta dela? Gosta mais dela do que de mim?-Falei o puxando devagar com a mão e sentei na mesa.-Interessante... gosta quando ela te beija?-Eu segurei o rosto dele com as duas mãos, deixando os lábios dele bem perto dos meus
-Go-gosto...-Disse inseguro, olhando para a minha boca.
-Hm... e gosta dos toques dela?-Fui descendo a mão até a barriga definida dele, e arranhei bem levemente com a unha. Apertei sua bunda e ouvi ele suspirar.
-Gosto.-Ele tentou parecer firme, mas eu conheço meu irmão
-Gosta de transar com ela?-Aquilo já estava passando dos limites, mas eu queria provocar mesmo. Entrelacei minhas pernas em volta da cintura dele e o puxei para frente com as mesmas, fazendo nossos corpos ficarem perigosamente perto. Ele gemeu e sussurrou um "sim"
Eu sabia que ele não estava falando na namorada dele. Nem dos beijos, toques e sexo dela. Ri baixinho e mordi sua orelha e ele se arrepiou.
-Que pena...-Encarei seus olhos e aproximei meus lábios dos seus, como se fosse beija-lo.-Eu poderia fazer tudo isso mil vezes melhor. Mas acho que você gosta mesmo dela, maninho...
Depois que disse isso, me soltei dele, corri até a porta e sai da sala. Corri até o refeitório e respirei fundo. Vi Theo sentado, mexendo no celular e assim que me viu, ele guardou o aparelho do bolso e veio até mim.
-Tá tudo bem? Quem era aquele cara?-Ele disse preocupado
-Era meu irmão. Era coisa de família, tá tudo bem. Agora vamos, temos que ir!-Tentei mudar de assunto.
-Ah, claro-Ele sorriu fofo e nós fomos andando juntos.
Passamos o dia juntos e eu já posso dizer que gosto desse menino
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