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História SwanQueen: My Way Back to You - Remember Me


Escrita por: maziaz

Notas do Autor


Queria deixar avisado que nesse universo na fic, toda a história em Camelot nunca aconteceu, ou seja, a Emma nunca conheceu a Nimue antes disso tudo. Vou tentar explicar o que está acontecendo cada vez mais durante os capítulos. Enfim, comentem o que acharam, espero que gostem, feliz natal e feliz ano novo pra vcs! <3

Capítulo 8 - Remember Me


Fanfic / Fanfiction SwanQueen: My Way Back to You - Remember Me

Emma Swan

A floresta cantava enquanto eu sujava minhas botas, procurando andar para o mais longe possível daquela cidade. Pressionava minha mão, a fechando com força, tentando me distrair com a dor, porém sabia bem que não seria fácil tirar tudo o que acabara de acontecer da minha cabeça. Nunca era.

As árvores se mexiam com suas folhas suavemente acompanhando o vento, como se tudo estivesse em perfeita harmonia. Continuei caminhando por 10 minutos até chegar onde finalmente queria. A ponte onde meus pais se encontraram múltiplas vezes. Esperava que algo ali pudesse fazer sentido, me dar algum sinal ou resposta do que eu precisava fazer, mas ela apenas permaneceu ali, imóvel, sem nada acontecer. Eu tinha consciência de quão covarde foi deixar Regina sozinha após tudo o que foi dito nas docas, mas o medo era maior do que tudo dentro de mim, principalmente o medo de machuca-la. 

Encostei minha mão na beira da ponte, deslizando meus dedos sobre ela, me lembrando de todos os momentos que passei com meus pais. Porém, é como se todas essas memórias fossem falsas, pertencentes a outra pessoa, outra Emma, que na época acreditava que as coisas seriam melhores. Agora, com todas essas trevas, tudo o que resta são as memórias de abandono, uma negatividade me dizendo que nunca tive, de fato, uma família. Toda essa felicidade tinha sido uma ilusão, mesmo não querendo acreditar nisso.

Me virei, sentando no chão frio e úmido, confusa demais para permanecer em pé, ainda lembrando de sua respiração perto da minha, e o quão próximas estávamos. Foi quando percebi que os pássaros tinham parado de cantar, e as árvores pararam de se mexer, um silencio suspeito se propagava no ar, e uma sensação de alerta tomou conta de mim fazendo me levantar rapidamente, com o olhar atento para qualquer coisa que parecesse fora do normal. Tudo estava escurecendo e um vento forte mexia com toda a floresta, se intensificando a cada momento. Folhas voavam e eu tentava enxergar através de toda aquela ventania, que sussurrava no meu ouvido parecendo gritar.

Emma...

Arregalei os olhos quando escutei meu nome novamente, aquela mesma voz que atormentava todas as minhas noites de sono.

-Você está aí?! -gritei desesperada.

O temporal agora se transformara em um furacão, tão forte que me arrastava do lugar. Me deitei e segurei o mais forte ao chão que conseguia, sem força nenhuma para simplesmente me evaporar dali, ou talvez apenas estivesse com muito medo. Queria confronta-la, olhar em seu rosto e descobrir o que ela queria de mim.

-O que você quer?! Apareça! -gritava com todas as forças, me segurando no chão, com os cabelos voando em toda direção sem conseguir enxergar absolutamente nada.

Eu quero suas trevas...-disse a voz, uma última vez, sussurrando medonhamente em meu ouvido, me fazendo arrepiar.

Depois disso, todo o vento sumiu, a própria gravidade me segurava ao chão e finalmente conseguia respirar novamente. O que raios foi isso? O que ela quis dizer com querer minhas trevas? Minhas mãos tremiam, temendo sobre o que seria do meu futuro. Independente do que fosse, precisava proteger minha família. Engoli em seco, me levantei e refiz meu coque que se encontrava completamente desmanchado. Nesse momento, só queria um apoio familiar, mas não podia preocupar ninguém com tudo isso e obviamente, me afastar de tudo não havia funcionado.

Me envolvi em minha fumaça de magia, querendo sair daquele lugar o mais rápido possível, procurando respostas. Apareci sem aviso na loja de Rumplestiltskin, que não mexeu um músculo quando se deu conta de que estava lá, focado apenas em algum objeto que segurava.

-Sabia que apareceria aqui o mais cedo possível. -ele disse, ainda sem levantar a cabeça.

-Bom, -pigarreei -então sabe o quão importante esse assunto é.

Ele me olhou, finalmente.

-Alguma coisa aconteceu, Srta. Swan?

-Não algo. Alguém. -fala apreensiva, concentrada em casa reação dele -A maldita voz voltou, com uma ventania dizendo coisas sobre meus poderes e...

-Isso significa que ela está próxima -me interrompeu -e que a senhorita deveria se preparar para a batalha.

-Ela...? Nimue? Mas o que ela quer? -fazia mil perguntas, sem entender o que estava acontecendo, confusa demais para raciocinar.

-Pois não é óbvio? -ele me encarou -Ela quer mata-la.

Respirei fundo. Que notícia incrível.

-Deve estar se perguntando o porquê, creio eu. -disse em um tom de deboche, pegando um pano e voltando a limpar o objeto que antes segurava.

Não respondi, mas minha cara já dizia que sim.

-Nimue, há muito tempo atrás, mexeu com poderes maiores do que ela mesma entendia, e se tornou a primeira DarkOne. -falava calmamente, como quem conta histórias para criança. -Após milhares de anos, a lenda dizia que um dia ela voltaria para pegar todo o seu poder de volta, quando uma verdadeira Salvadora se perdesse as trevas. Essa é você. Nunca acreditei que algo desse tipo fosse possível, e nem mesmo entendo como ela tem o poder de voltar, já que foi morta para que outra pessoa tornasse o dono da Adaga. Provavelmente porque foi ela que herdou esse poder, em primeiro lugar.

Eu escutava tudo atentamente, tentando juntar o máximo de peças possíveis.

-E o que eu posso fazer? Como a derroto? -perguntei enfim.

-Você apenas terá que torcer para ser mais rápida do que ela.

Um arrepio deslizou por minhas costas, e com a cabeça desnorteada, saí batendo as portas da loja de Rumplestiltskin, o qual podia jurar estar sorrindo por trás de minhas costas.

Era isso, apenas isso que eu precisava para procurar conforto em minha família, a certeza afirmação de minha morte.

Caminhei chutando pedras, enquanto chuviscos deslizavam pelo meu rosto, sem nenhuma alma á vista por aquelas ruas. Cheguei perto da casa de meus pais, com uma dor apertada que só me lembrava o quanto eu sentia falta deles. Bati na porta, pronta para toda a confusão. Segundos e segundos se passarem e ninguém abriu, com um interior totalmente silencioso. Virei a maçaneta e me permiti entrar, encontrando nada além de uma casa vazia. Provavelmente tinham saído, comendo no Granny's ou salvando alguém que precisasse. Essa deveria ser minha vida também, não como uma pessoa assim, solitária, que afastava todos com medo dos próprios sentimentos. Alguém que, por acaso do destino, se tornara a vilã nas histórias de quadrinhos das crianças.

Corri a mão pelas paredes, pela cama e balcão, me recordando de todos os anos que já se passaram, de todos os reinos que visitamos em circunstancias perigosas, mas o mais importante, o fato de que finalmente tinha uma família. Limpei uma única lágrima que deslizou pelo meu rosto, agarrei um porta-retrato de todos juntos e fui embora, com lembranças que cortavam fundo o meu coração.


Notas Finais


;)


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