História If Jade died? - Capítulo 15

- Você parece tão bem Perrie. - Jesy falou para mim com um sorriso no rosto, mas senti o tom de acusação em sua voz.

- Você está seguindo em frente mais rápido que a gente. - Leigh-Anne também tinha um tom de acusação em sua voz. Elas mal sabiam que isso era um plano. Só mais 6 dias. - Tem que nos ensinar como fez isso.

- Eu só parei de pensar nisso. - Mentira. - Mas eu ainda não esqueci ela, ainda a amo.

- Nós sabemos. - Jesy deu um gole em sua bebida. Ela estava vulnerável, mas não tanto quanto eu - Nós temos que decidir se vamos continuar com o Little Mix...

- Claro que vamos. - Correção mental: vocês vão.

- Tem certeza Perrie? - Leigh-Anne olhou no fundo dos meus olhos.

- Sim. Agora vão, está tarde.

- Tchau, se cuida. - Jesy falou e me abraçou. Então ela sussurrou em meu ouvido. - Eu te amo. Não faça nenhuma besteira.

Então me soltou. E Leigh-Anne me abraçou também, mas não disse nada além de um "Se cuida".

Será que Jesy viu alguma coisa? Merda, mais cuidado Perrie.

Tranquei a casa e fui até meu quarto. Acendi as luzes e olhei diretamente para o diário de Jade.

Olá meu melhor amigo. Fui em sua direção e me sentei na cama para o ler.

"Querido Diário.
Decidi ir a casa de Lauren hoje, ela me disse que eu precisava entender Perrie. Mas como entender que a mulher que você ama vai se casar com outro..."

Eu te amava também Jade, mas não tinha escolha... Quer saber, cansei. Eu tinha escola sim. Eu poderia muito bem dizer que não queria mais nada com Zayn e me casar com Jade. Mas eu tinha medo e mesmo que eu negasse. Vergonha.

Não necessariamente de Jade. Óbvio que não. Ela era a mulher mais linda do mundo. Tinha vergonha de ser vista como uma aberração por todos, mas hoje, apenas tenho vergonha de não te-la assumido ao mundo.

"Sim diário, ela vai se casar. Discutimos e como sempre ela disse que não tinha escolha. Já estou cansada.
Mas eu a amo tanto, não posso deixa-la."

E ela não deixou. Ficou comigo todo esse tempo.

Todo dia que passava eu tinha que aguentar para não tomar aqueles remédio o mais rápido o possível.

A vida era cruel e era uma merda. Principalmente a minha.

Eu tinha uma aparência horrível nesses últimos dias. Tinha entupido minha cara de maquiagem para as meninas não notarem isso, mas assim que a tirasse, olhos inchados e olheiras iriam aparecer.

Eu me odiava tanto e minha vida simplesmente não fazia mais sentido.

Não sentia só dor interna, mas sentia dores no corpo. Talvez nos pulsos pelos corte que eu fazia toda a noite na esperança de aliviar o mínimo que fosse essa dor. Dor de cabeça talvez por pensar demais. Mas eu sei qual é a única coisa que pode acabar com isso.

Suicídio.