Escutei alguém batendo na minha porta e chamando meu nome. Não consegui reconhecer a voz por conta do meu sono.
Olhei no relógio. 23:30 quem caralhos era a essa hora? Pelo menos me tirou daqueles pesadelos horríveis.
Desci as escadas em direção a porta. Coloquei um roupão por cima da minha camisola, meu cabelo está bagunçado, mas não ligo. Minha cabeça está doendo demais para eu querer ficar bonita.
Cheguei a porta de frente e olhei pelo olho mágico para ver quem era. Não ia atender a porta para qualquer um.
Foi aí que meu coração deu um pulo. Não podia ser. Como ele tinha coragem?!
Abri a porta só porque queria falar poucas e boas para aquele inútil.
- Perrie por favor me escuta. - Ele disse quando abri a porta sem deixar eu colocar minha fúria toda para fora.
- O que você quer?! Já não disse tudo necessário quando terminou comigo na pior fase da minha vida? - Porra, ele tava achando que é quem?
- Eu sei, eu fui um babaca, mas eu quero te pedir desculpas e tenho consegui uma coisa que pode te interessar.
- O que? - Gritei, lutando contra as lágrimas que queriam sair - Você me abandonou Zayn. Me deixou sozinha em um abismo sem fim. Eu precisava de você e você me deixou. - Eu estava gritando tão alto que a vizinhança inteira deveria estar ouvindo, as lágrimas deciam sem controle nenhum.
Zayn me abraçou. Era o que ele sempre fazia quando eu ficava irritada ou triste. Não o afastei, na verdade, eu retribui. Eu precisava disso.
- Desculpa Perrie. - Ele estava chorando também, foi aí que eu vi. Ele também não estava bem.
- Tudo bem. - Falei entre as lágrimas e afundei meu rosto em seu ombro chorando tudo aquilo que eu queria chorar no colo de alguém não conseguia.
Zayn acariciava meu cabelo e aquilo me fez bem. Quando parei de chorar ele me pediu para sentar no sofá pois ele tinha notícias.
- Eu não sei se deveria te falar agora...
- Para de enrolação, odeio quando você faz isso.
- É, eu sei. - Ele riu e bagunçou meu cabelo. Ok, não necessariamente bagunçou porque ele já estava bagunçado, mas mexeu nele. - Pezz, eu me senti culpado quando te disse aquelas coisas e decidi fazer algo para te ajudar. Achei toda essa história do assassinato de Jade muito estranha e contratei um detetive particular, ele tirou essas fotos. - Ele pegou um pen-drive em seu bolso e colocou em meu notebook que sempre ficava na mesinha de centro na sala.
Nas fotos tinha uma menina muito parecida com Jade, porém loira e com bonés ou capuz.
- Ela é muito parecida com Jade, mas também pode não ser ela. - Zayn disse tentando fazer com que eu não ficasse muito irritada.
- Você sabe o que isso significa?
- Não.
- Que se essa é Jade ela está viva e a maior egoísta do mundo. Por isso sei que não é ela.
- Bom, Pezz de qualquer forma, fica com o Pen-drive. Melhoras. Quando der eu veio te ver.
- Zayn. - Chamei quando ele estava quase saindo da minha casa. Ele se virou e me olhou. - Obrigada.
- Foi só minha obrigação Pezz.
Ele voltou e me dei um beijo na testa então saiu.
Agora eu lembrei porque dei uma chance a ele. Ele me fazia sentir bem, não tanto quanto Jade, mas ajudava.
Essas fotos me deixaram abalada demais. Não consigo pensar direito.
Voltei para o meu quarto e guardei o Pen-drive em uma gaveta que tinha próxima a minha cama.
Jade não podia estar viva, não é? Ela não era tão egoísta para chegar a esse ponto.
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