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História If Jade died? - Capítulo 32


Escrita por: Gayrin

Capítulo 32 - Capítulo 32


Fanfic / Fanfiction If Jade died? - Capítulo 32

Estava na banheira fazia horas. A água que antes estava quente e relaxante, agora estava fria e me dava arrepios, mas não quero sair daqui, não agora. Liza está no quarto e deve estar dormindo, mas eu, tenho certeza que não pregarei o olho essa noite.

Tudo isso é tão inacreditável.

Ainda estou com as cicatrizes de arranhões em meus braços de uma das noites passadas. Elas não estão totalmente fechadas e ainda ardem quando se encontram com toda a espuma da banheira. Coloco meu braço na água, sentido toda aquela ardência. Por algum motivo faz eu me sentir bem. Não deveria, eu sei, mas é mais forte que eu.

Tenho ignorado todas as mensagens de Zayn e das meninas. Sei que elas se importam e precisam de meu apoio agora também, mas simplesmente não posso. Zayn me ajudou em todo esse processo e tudo o que eu queria era um abraço do meu melhor amigo, mas sei que simplesmente não estou preparada. Liza provavelmente vai ser a única que irei procurar nesse meio tempo.

A mãe de Jade me mandou várias mensagens cheias de perguntas que ainda não me sinto preparada para responder e minha mãe também. Ambas estão preocupadas, mas simplesmente não dá. Eu estou tão confusa quanto elas.

Jade ter fingido tudo isso é tão chocante e irritante. Tinham 3 tags no Twitter falando sobre isso e elas subiram em menos de segundos. Todos estavam tão felizes com isso e apenas uma minoria estava chateada. Não entendia como alguém poderia ficar feliz com a farsa da morte de alguém. Isso afetou a todos em volta. Como eles não podem entender?

Peguei meu celular e sei que me arrependeria disso algum dia, mas não hoje. Entrei em meu Twitter e simplesmente tudo em tão poucas caracteres.

“É incrível como alguém foi egoísta ao ponto de forjar a própria morte sem nem ao menos pensar nos amigos/família. Parabéns.”

Eu estou irritada e de coração partido. Espero que isso não afete a Liza, porque sei que ela está aqui por mim e seria injusto ei jogar a culpa nela.

Todos os “eu te amo” foram falsos e ela nunca acreditou em meu amor por ela.

Isso é tão injusto.

Tudo o que eu passei. É injusto.

Eu apenas queria me ver livre disso. Dessa dor. Desse sentimento de estar completamente vazia por dentro. Encostei minha cabeça de um jeito confortável. Eu estava com sono, mas não sei se devo dormir. Não quero pensar em Jade, então, simplesmente decido ficar ali, acordada. Fico assim, por horas e horas. Simplesmente não sei se estou preparada para encarar a realidade.

Olho para o relógio e vejo que são 4h. Decido ir para cama. Meus olhos já estão pesados e minha mente implorando por um minuto de descanso.

Rezo, rezo para não sonhar com Jade e espero que minhas preces sejam atendidas. Viro de lado, ficando de costas para Liza e fecho os olhos e sentindo meu corpo relaxar embaixo das cobertas.

~.~

Acordo com alguma coisa tocando, acho que é meu celular. O pego e vejo que já é 13h. Puta merda.

Eu tive uma noite sem sonho nenhum e isso foi realmente relaxante, tanto que perdi meu horário.

Acordei as 15h da tarde. Minha cabeça estava doendo, parecia que alguém tinha batido nela com alguma coisa.

Decido ficar deitada na cama até a dor passar. Ali estava tão aconchegante e seguro e eu não queria perder essa sensação.

Fiquei deitada na cama o maior tempo que consegui, então, escutei o som da campainha soar pela casa. Droga. Tudo que eu menos queria era conversar com alguém. Eu estava devastada e com dor, não queria ninguém me incomodando, mas parece que deus nunca escuta minhas preces.

Desci as escadas devagar por conta da minha dor de cabeça. A cada passo parecia que ela latejava mais.

Destranquei a porta e a visão da última pessoa quem eu queria ver no mundo estava na minha porta.

- O que você quer? – perguntei, curta e grossa.

- Pedir desculpas quem sabe? – Jade tinha o rosto sério, com olheiras embaixo. Provavelmente era para ela estar acabada nessa situação, mas Jade nunca conseguia ficar feia.

- Nós já dissemos tudo o que tínhamos para dizer uma a outra, agora, por favor, me deixa em paz.

Pude ver lágrimas se formarem no rosto de Jade. A mesma virou o rosto. Sabia que ela estava limpando as lágrimas. Ela não gostava que eu a visse chorar.

- Perrie, por favor.

- Entra antes que eu me arrependa. – abri mais a porta para que ela pudesse passar.

Não sei o que me deu na cabeça em deixar ela entrar dentro da minha casa depois de tudo.

- Eu preciso me explicar e...

- Cala a boca. – a interrompi antes que ela continuasse com aquele falatório chato e sem sentido que ela tinha inventado – eu tenho algumas perguntas, Jade, perguntas que me machucam bastante, porém, necessárias.

- Eu prometo responder todas.

- Ótimo. – respirei fundo, vamos Perrie, você consegue – Numero um, quem você pensa que é para tentar destruir minha fé assim? Eu acreditava que nós iriamos ter uma vida maravilhosa depois do meu namoro com o Zayn acabar.

- Eu sinto muito, Perrie, mas eu também estava arrasada. Cada vez que eu via você com o Zayn, como acha que eu me sentia? – ela segurava as lágrimas e lutava para não piscar muito para nenhuma sair sem querer. Seu rosto estava vermelho, mesmo sem o choro. Uma ideia de abraça-la apareceu em minha cabeça, mas eu sei que não posso.

- Número dois, por que você tenta me fazer de boba?

- Como assim, do que você está falando?!

- Essa história de ameaça, Jade! Eu não tenho mais cinco anos, Deus! – eu estava quase gritando, eu sei que se continuar assim eu vou me alterar e cair no choro na frente de Jade, e eu não quero isso.

Se concentra.

- Perrie, você realmente acha que eu inventaria uma história assim?! – ela estava visivelmente indignada, mas isso não me importava, ela pediu por isso. – Caramba, Perrie! Até parece que você não me conhece.

- Eu não conheço! Eu nunca deveria ter confiado em você! – nessa hora eu não aguentei e deixei algumas lágrimas escaparem. Droga, por que é tão difícil? – POR QUE VOCÊ NÃO É QUEM JUROU SER?!

- Porque você me deixou de lado no momento em que Zayn apareceu. – ela também chorava e pela primeira vez, sem se importar se eu estava vendo seu rosto todo vermelho. – Que tipo de amor era aquele, Perrie? Você me traía, todo o dia. E o pior, na minha cara!

- Você sabia que era uma farsa!

- MAS NÃO PARECIA! – ela berrou. Em seus olhos deu para ver a dor e o arrependimento. – Não parecia. – repetiu mais uma vez, só que agora, sussurrando.- Foi um erro.

- O que foi um erro? – perguntei com medo da resposta.

- Nós. Nós duas fomos um erro.

Aquelas palavras me atingiram como um tiro. Doeu, muito. Eu só queria agendar meu rosto em algum travesseiro e chorar até a morte, mas não queria mostrar isso a Jade.

- Você tem razão. – falei o mais convincente que consegui. – Agora, se não se importar, vá embora e nunca mais apareça.

- Eu vou voltar para o Little Mix. – ela falou rápido com medo da minha reação.

- Não, não vai. – meu tom de voz saiu mais irritado do que eu esperava. – Você não vai estragar minha única fonte de felicidade, Jade, eu não vou deixar.

- Ainda não decidi se quero ou não. Eu posso voltar a ser ameaçada a qualquer momento agora que aquela pessoa sabe que estou viva. – revirei os olhos. Como podia ser tão cretina?

- Por mim você poderia morrer que eu não estaria ligando. – as palavras saíram da minha boca antes que eu pudesse impedi-las. Pela expressão no rosto de Jade, eu me arrependi profundamente do que eu tinha dito.

- É, eu sei. – uma lágrima escorreu pelo seu rosto e ela limpou rapidamente.

- Pezz, cheguei... – Liza entrou na sala e deu de cara com Jade em pé ao lado do sofá.

Liza e Jade olhavam confusas para mim esperando uma explicação. Em minha mente, eu ficava procurando as palavras certas para explicar aquela cena deplorável. Não sei quando tempo se passou em que ficamos naquele silêncio desconfortável, mas Jade resolveu quebra-lo.

- O que a traficante da vizinhança está fazendo na nossa casa?

- O que você disse?! – os olhos de Liza se arregalaram. Deu para ver uma veia em sua testa, a qual aparecia quando a latina ficava muito irritada.

- Jade, essa casa não é nossa faz tempo. – caminhei para perto de Jade, deixando pouco espaço entre nós. Minha vontade de beija-la foi enorme, mas não podia seguir meus instintos nesse momento. – Liza é minha namorada e se você não pode respeita-la, já esta mais do que na hora de você ir embora.

Segurei o braço de Jade com força, com tanta força que provavelmente as marcas de meus dedos ficariam ali. Eu quase consegui escutar seus pensamentos de “Você esta me machucando.” Mas ignorei, não porque não me importava, mas sim porque ela não podia saber que eu me importava. A joguei para fora de minha casa e pude ver a morena colocar a mão onde antes estava a minha. A região tinha ficado vermelha e provavelmente doía.

- Bom dia, Perrie. – ela disse antes de dar as costas e entrar no carro de Lauren que estava do outro lado da rua.



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