História If These Walls Could Talk - Capítulo 3 (Parte 2)

Sigo para sala de TV e ligo o som, preciso espairecer a mente, esquecer um pouco dos problemas que eu sei que vou ter até conseguir "fugir daquele homem". Sincronizo meu celular com o som, e ativo a reprodução aleatória, e começa a tocar Habits - Tove Lo.
Pego uma dose de whisky, coloco gelo e tomo em um único gole. Sinto aquilo líquido descer queimando minha garganta. Não sou de beber, mas precisava daquilo nesse momento.

- High all the time, to keep you of my mind - canto junto com  a música, e alguns lapsos de memória de meus dias com a Lauren vem em minha mente, e uma lágrima escorre pelo meu rosto.

...

Ainda era 11:30 da manhã e eu já estava querendo gritar com todo mundo. Não suporto mais ficar aqui, olhando praticamente só para as paredes.
Fui pro quarto, calcei um salto, soltei o cabelo e fui para a frente da casa.
- Chalie, vamos sair. Pega o carro por favor.. - chamo ele e ele finge que não me escuta - Charlie! - grito, e ela contínua a me ignorando. - É assim então? Tá bom! - Abro os portões, e saí andando pela rua.
- Eu vou me acalmar.. não vou me estressar.. Hoje tou paz e amor! - saio cantarolando e andando.
Ponho os fones no ouvido, conecto no celular, ligo o reprodutor automático e saio andando pela rua.

Pego um táxi no meio do caminho e peço pra que ele me leve até Downtown, centro da cidade. Avisto uma Starbucks e sigo até ela. Peço um café, pago e me sento em uma das mesas.

---------------- Lauren POV

Acabei de chegar Los Angeles, estou praticamente a 9 horas dentro de um avião, estou morta de cansada e mau sabia o que ia fazer aqui, a não ser que eu iria procurar meu amor naquela cidade.
Peguei o primeiro ônibus do aeroporto para o centro, precisava encontrar Lucy, uma amiga minha que mora aqui. Eu mau sabia o endereço dela, só que se por acaso eu me perdesse, era só procurar a Pizzaria do Don Paollo, que alguém saberia me informar onde é.

Cheguei no centro e pedi informação para um guarda de trânsito que estava à trabalhar.
- Tá vendo aquela Starbucks? - ele perguntou, e eu acenti com a cabeça - Então, é só virar a direita depois dela. - Ele termina
- Obrigada. - Agradeço e sigo até lá.
Passando pela frente da Starbucks, olho de relance para dentro, e resolvo entrar e pedir um café.
Havia um grupo de pessoas na frente de uma das mesas, meio estéticos, que atrapalhava um pouco a passagem, aparentemente era algum famoso.
Pedi meu café, paguei, e quando já ía embora, numa fração de segundos que tentei olhar quem era aquele famoso, vi pelo vidro da frente da loja, Lucy passar, e acabei desistindo de ver quem era, e saí correndo, tentando alcançar Lucy.
- Lucy - saio correndo da loja chamando o nome dela.

---------------- Camila POV

Alguns adolescentes me reconheceram enquanto eu estava na Starbucks e vieram para cima de mim pedir autógrafos. Enquanto estava atendendo alguns deles ouvi uma voz familiar, parecia a voz da.. deixa pra lá, deve ter sido coisa da minha cabeça. Mesmo assim levanto do meu lugar e tento ver quem era que estava falando, mas não consigo ver ninguém, então me sento novamente e volto a dar atenção aos meus fãs.
"Fãs", nossa é tão estranho falar assim.. uma menina que antes só sonhava, e hoje em dia, conseguiu a realizar tudo que sempre desejou.

Um carro preto para na frente da loja, um carro preto não, ô carro preto do Lorran. Parecia que eu estava sendo vigiada em todo momento. Ele meio que sabia sempre onde eu estava agora, e toda vez ele tinha que aparecer pra me levar em bora.
Lorran entrou na loja com Charlie e outro segurança, que por sinal eu nunca tinha visto.
- Camila - Ele fala e eu o ignoro. - Camila - Ele repete, com um tom um pouco mais elevado e eu continuo a ignorar.
Lorran estrala os dedos, e seus segurança empurram algumas das pessoas da minha frente e todos as outras fazem silêncio, e então ele me chama novamente.
- Camila!
- Lorran amor, eu não tinha visto que você estava aqui. - Falo, levanto e dou um selinho nele. Algumas das pessoas aproveitam o momento e começam a tirar várias fotos.
- Amor, precisamos ir para casa. - Ele fala segurando em meu pulso.
- Está bem, só vou terminar de tirar algumas fotos. - Respondo
- Não! - Ele fala um pouco mais alto - Precisamos ir agora - Ele completa já mais baixo.
- Okay então - Respondo. Me solto dele, abraço algumas das pessoas e saio com ele em direção do carro.