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História I'm afraid - Ice Cream


Escrita por: Supreme_Girl

Notas do Autor


Ahn... Oi? Esse campo é seguro pra uma pessoa que demora uma porrada de tempo pra atualizar, e quando volta é com um capítulo curto de transição? ~hehe~
Não vou dar desculpas nem nada porque eu avisei que faço o caralho a quatro fora daqui, e iria demorar pra postar. Então é isso.
Amo comentários — como eu sempre digo. Quiserem falar comigo vou deixar meu Twitter nas finais <3 Amo vocês.
Boa leitura.

Capítulo 15 - Ice Cream


 Eu preciso parar de agir sem pensar.

Sério.

Um Hoseok quietinho dentro de um carro depois de ir a um parque aquático é a prova disso.

Depois da minha ceninha ridícula de ciúmes naquele parque — denominado de ‘inferno’ por minha pessoa —, o pessoal que estava lá continuou olhando feio para nós, e Hobi me pediu todo manhosinho para irmos embora ‘porque não estava se sentindo confortável com os olhares maldosos sobre si’.

Eu queria ter ficado lá e pisado na cara daqueles babacas, mas nunca contrariaria meu Hoseok; ainda mais se ele não estivesse se sentindo bem.

Isso ficou tão gay.

— Saí da minha frente, ‘ô caralho! — gritei e logo buzinei para a tartaruga enlatada na minha frente. — Aquilo na placa é um cem, não um dez! — pus a cabeça para fora do vidro e o motorista da frente me mandou tomar naquele lugar. — Vai você, idiota!

— Yoongi, pelo amor de Deus — murmurou baixinho o Jung todo encolhidinho no banco do passageiro.

Dei-me por vencido e suspirei. — Desculpa.

Hobi sorriu fraco e virou o rostinho para a janela, vendo o movimento dos carros que passavam por nos.

— Ei, Hobi — chamei baixinho e o garoto me encarou com o semblante curioso. — Desculpa.

— Tudo bem, ele já saiu da pista de qualquer jeito-

— Não isso. — Inspirei e o olhei pelo canto dos olhos. — Desculpa por hoje mais cedo, eu-

— Tudo bem, Yoon.

— Eu não sei por que fiz aquilo, eu só... Senti ciúmes...? — soou mais como uma afirmação do que como uma pergunta, fazendo Hoseok me encarar com uma expressão de paisagem. — Não me olhe assim- — Não pude terminar minha frase, pois nesse momento o Jung já estava me estrangulando, no carro mesmo, de tão apertado que era seu abraço. — Seu doido varrido! Eu ‘tô dirigindo! — exclamei saindo da contramão e desviando do carro que vinha na pista por pouco.

— Foi mal! — estalou um beijo na minha bochecha, me fazendo sorrir, e voltou a sentar como anteriormente. — Você falando consegue ser mais fofo que fisicamente! Mas só às vezes, né- — Dei um tapa em sua perna e o garoto começou a rir. Folgado. — Suga. — Murmurei um ‘Hm’ e ele continuou: — Vamos tomar sorvete? — perguntou com uma carinha de cachorrinho abandonado.

— Eu já estava indo para lá.

— Baunilha, Yoongi! — gritou-me da mesa o Jung que eu havia levado para passear comigo.

— So. Cor. Ro. — murmurei pausadamente e me dirigi à mulher da máquina. — Engole isso, desgraça! — exclamei brincalhão, entregando o sorvete de baunilha ao meu amigo escandaloso.

— Que amor esse hyung — disse enquanto atacava o pobre do sorvetinho.

Conversamos sobre muitas coisas no tempo em que estivemos naquela sorveteria aconchegante e pouco movimentada. Dentre elas, o fato de eu acabar de descobrir que Hoseok tinha um namorado, que quebrou seu coração, chamado Minhyun — o mesmo garoto que fez Hobi chorar antes de eu falar com ele e acabarmos ‘brigando’ por Naruto. Fiquei um pouquinho chocado por ele não ter me contado, mas supero isso.

— Ela me disse que se eu não fosse amanhã, seria um veado morto. Não sei se levo o ‘veado’ ao pé da letra. Talvez se não levar, não soe tão ofensivo... — Hoseok continuava a tagarelar sobre um assunto que eu parei de prestar atenção assim que meus olhos se prenderam a sua bochecha suja de sorvete.

Isso além de me tirar à atenção, fez-me lembrar da vez em que Taehyung quis ser um bom garoto e limpou a bochechinha do Hobi.

Com a língua dele.

— Yoongi... — disse baixinho Hoseok, assim que a minha língua tocou sua bochecha, próxima a sua boca. Hobi tinha a pele tão macia quanto parecia, só para constar mesmo.

A vingança tem gosto de sorvete de baunilha, gente.

Quando me afastei dele, seu rosto estava vermelho e seus olhos não encaravam os meus pela segunda vez naquele dia quente. Hoje eu ‘tô que ‘tô.

Com os dedinhos da mão pressionados contra sua coxa, Hobi me encarou, com um olhar diferente, desejoso; e estava longe de mim reclamar, quando os mesmos dedos foram para minha nuca, puxando-a para colar minha boca com a sua.

O beijo foi afoito, cheio de segundas intenções mesmo Hoseok sendo tímido — o que me excitou ainda mais, diga-se de passagem —, e cheio de mãos bobas.

Parecia que estávamos prestes a transar ali mesmo.

O ósculo foi encerrado pela maldita falta de ar e com direito a selares muito fofos — gays. E, como era de se esperar de Hoseok pós trauma de parques aquáticos, ele olhou em volta para verificar se alguém nos encarava feio, e sorriu assim que viu que ninguém sequer olhava para nós.

Esse lance é bem triste.

Levantei-me e peguei na mão macia de Hobi, o guiando para o caixa do local. Enquanto eu fazia isso, o Jung terminava de devorar o sorvete derretido dele, sorrindo como uma criança. Minha criança.

Isso soou tão pedófilo.

— Está entregue, senhorita — avisei assim que estacionei em frente a sua casa. O garoto, que devorava uma barra de chocolate branco, ergueu o olhar e sorriu para a casa do outro lado da janela.

— Obrigado por hoje, Yoon. Eu amei. — Soltou o cinto de segurança e sorriu para mim.

— Mesmo depois de-

— Mesmo depois de tudo — não me deixou terminar a minha frase, sendo mais rápido. — Eu amei sair com você.

Dei-lhe um selar e senti que ele estava com medo de algo.

— Vou ir com calma, ok? Desculpe. — Afastei-me de seu corpo e sorri acolhedor. ‘Pra que, né? Somente para receber um Hoseok gargalhando que nem um retardado da sua cara.

— Não é isso, Yoongi — disse e logo após fez uma cara de choro dramático muito fajuto. — É que é estranho ver o crush me corresponder, sabe? É tudo muito novo para mim. — Limpou uma lágrima inexistente e encarou minha cara de tacho.

— Saí do meu carro, criatura falsa. Tenho compromisso agora — declarei brincalhão e abri a porta por dentro para ele.

— Credo. — Pegou sua mochila no banco de trás e saiu do carro, pulando como uma criança na calçada. — Você que invente de aparecer lá em casa com aquela coberta peluda ‘pra “me fazer companhia” ‘pra vê se eu não te expulso de lá, insensível.

— Mas sábado é a ‘noite dos filmes’ — disse num tom infantil quando ele fechou a porta, escorando-se na janela. — Vai assistir os de terror sozinho?

— Se foder! Você vai sem o peluche então. — Sorriu bobo e piscou, distanciando-se da janela o suficiente para que o carro pudesse andar. — Tchau, Yoon.

— Tchau, Hobi — despedi-me, e dei ré, o suficiente para chegar à minha casa e buzinar para a vizinha, saindo do veículo com algumas mochilas que eu havia levado.

Rindo que nem um retardado mental, quase tropecei no meio fio, e Hobi, que estava no gramado de sua casa, me acompanhou com sua risada escandalosa.

— Minha cama me aguarda, menino Hoseok — disse, recebendo um aceno dele, e finalmente entrei em casa (ainda rindo que nem um bocó), para ser agraciado com a companhia da minha linda cama.

Quem sabe ela me dê bons sonhos, não é mesmo?


Notas Finais


Sim! Rolou beijo Yoonseok, sim! Próximo capítulo vai ser maior e mais agitado! Nos próximos eu vou pôr narrações diferentes (pra vcs entenderem todos os lados), ok? Quaisquer dúvidas me perguntem aí. E eu pretendo voltar mais rápido (pra compensar, né?), mas não tô prometendo nada kdhurfnd.
Já leu a ‘Como (Não) Ser Hétero’ hoje? Acabei de atualizar, vai lá <3
https://spiritfanfics.com/historia/como-nao-ser-hetero-7553277
Minha nova drabblezinha sobre transexualidade:
https://spiritfanfics.com/historia/reflexo-8140109
Twitter da escrota aqui:
_Supreme_Boy
https://twitter.com/_Supreme_Boy
É isso aí.
~Chu


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