Acordo com um barulho alto, quase ensurdecedor, tento me levantar mas meu corpo todo dói, minha cabeça gira, sinto o gosto metálico do sangue escorrendo nos meus lábios. tento me levantar novamente, escuto um baque na porta, alguém entra.
-AÍ MEU DEUS, VOCÊ TA BEM?
Sinto suas mão me segurarem para não cair, mas apago novamente.
Acordo com umas vozes de fundo e com uma luz muito forte no meu rosto, meus olhos ardem ao abrir, escuto as vozes se calarem, me apoio em alguma coisa pra conseguir levantar, quando consigo me sentar, abro os olhos, vejo que estou na enfermaria, tem uma garota conversando com a enfermeira, quando elas veem que eu estou acordada a enfermeira vai pegar um remedio qualquer lá e a outra garota vem falar comigo. E que garota, seus olhos eram um azul bem claro, quase que conseguia ver sua alma através deles, seus cabelos escuros como carvão, logos e ondulados, corpo de dar inveja, pele branca como neve, ela era linda.
-Oi, você tá bem?
-Só um pouco de dor de cabeça, quem é você.
-Eu sou a garota que achou você, haha.
-Ah, obrigada mesmo...
Quando eu ia perguntar o nome da garota a enfermeira aparece falando que ela deveria voltar para a aula e que ia ligar para meus responsáveis.
A garota afirmou com a cabeça, virou me deu uma piscada e saiu pela porta, quase apaguei de novo depois de tal cena.
-Então, qual seu nome garota?
-Acabou de descobrir- digo e ela me olha com um rosto de confusão.
-Qual o numero de seus responsáveis então?
-Não tenho responsáveis.- Ela para e me olha, o diretor logo entra na sala e diz:
-Deixa que dessa aí eu cuido.- Fala com um sorriso amarelo no rosto.
Ele me ajuda a levantar e me guia até a sala dele.
Deixa eu explicar, perdi meus pais quando nasci, eles foram envenenados, eu não tinha nenhum parente próximo, todos foram mortos, pelo mesmo assassino, o mesmo que eu tenho procurado à 5 anos desde os meus 10 anos. Eles não haviam escolhido meu nome ainda, o orfanato pro qual fui mandada era muito pobre, lá os homens abusavam e violentavam as crianças, até quem um dia eu fui adotada por esse tal diretor, ele sabendo dos meus problemas como ansiedade, transtorno bipolar, depressão, indice de esquizofrenia e etc me prepos uma ideia, ele me deixava morar na casa ao lado da dele sozinha pra eu conseguir amadurecer da maneira que eu gostaria se eu prometesse me tratar, e é assim que tem sido, eu vou aos tratamentos, quais tem me ajudado muito, e ele tem me deixado morar sozinha. Ele me deixou escolher meu nome, eu havia me acostumado com os outros me chamando de garota, então escolhi esse mesmo.
-Ok quem foi dessa vez?
-Eu sei me cuidar Dart.
-Sei que sabe, mas ninguém pode fazer isso com nenhum aluno da escola garota.
-Relaxa, eu estou bem, só me machuquei um pouco.
-Um pouco? Olhe suas costelas, estão lotadas de hematomas, seu rosto está todo cortado.
-EU JA DISSE QUE ESTOU BEM.
Gritei, minha ansiedade, estava me dominando, estava ficando louca.
-VOCÊ SABE QUE EU NAO SINTO MAIS, PRA MIM JA VIROU ROTINA APANHAR DESSES BABACAS, NÃO VAI AJUDAR EM NADA VOCÊ FICAR FINGINDO QUE SE IMPORTA.
-SE EU PERGUNTO É PORQUE EU ME IMPORTO GAROTA.
Ele grita e eu me assusto, sento em minha cadeira.
-Olha, se você não quer contar, eu entendo, tem essa história de se eles ficarem sabendo eles pioram a sua situação, mas eu só quero que deixe eu cuidar de você.
Ele senta do meu lado, me deita no seu ombro, eu me desabo em lágrimas, as lágrimas descem e queimam meu rosto, fico uns 10 minutos chorando.
-Você quer ir pra aula ou prefere ir pra casa descansar?
-Vou pra aula mesmo, não me importo com os outros me olhando.
Levanto, deixo um beijo na bochecha, e vou até a porta, antes de eu sair, falo:
-Eu te amo Dart.
-Eu também te amo Garota.
Dou um tchauzinho e saio de sua sala.
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