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História I'm in love with a... Luffy! - Confissões e supermercado


Escrita por: JohnnyZeppeli

Notas do Autor


OLHA O MILAGRE: EU CUMPRI UM PRAZO GENTE, TO FELIZ UEHUHEHUEHU
Como estão as férias de vocês? <3
Hoje eu vou escrever bem pouco aqui porque quero deixar uns avisos/observações depois do final da história pra não dar spoiler HEHEHE
então, espero que gostem <3

Capítulo 3 - Confissões e supermercado


Fanfic / Fanfiction I'm in love with a... Luffy! - Confissões e supermercado

 

            POV Luffy

O sinal tocou, anunciando o final da aula e, consequentemente, o final de semana. Assim terminou minha primeira semana como uma menina em uma escola de pessoas super ricas. Pra ser sincero, eu até que me acostumei bem. Tenho treinado muitos diálogos em casa, então por enquanto não cometi nenhum erro ao conversar com alguém.

Me estiquei em minha carteira, juntando meu material e vendo Nami se aproximar.

            - Luffy, você vem?

            - Ahn? Vou aonde?

            - Pra minha casa, querida! É que todo ano eu, Law e Kid temos a tradição de nos encontramos um na casa do outro nos fins de semana, antes que as provas se aproximem. Agora que nosso grupo aumentou, vai ser um prazer receber vocês duas. – Respondeu, olhando para a Bonney, que já tinha sua presença confirmada.

            - Ah, eu não lembrava, shishishi. Posso só mandar uma mensagem para o meu pai?

            - Claro que sim. Você é a filha protegida, acertei?

            - Por ai... Eu sou filha única e não tenho mãe, então ele acaba sendo protetor demais. – Enquanto eu digitava a mensagem, notei que Nami se espantou com o que ouviu.

            - V-Você não tem mãe? E-Eu sinto muito.

            - Oi? Não, que isso! Ela não morreu nem nada, mas é que ela teve uma gravidez acidental, porém meu pai sempre sonhou em ter um bebê e, quando eu nasci, eles entraram em um acordo e ele tomou minha guarda.

            - Credo, não me dá esse susto, menina. – Ela suspirou, aliviada. Eu apenas ri da situação.

            - Desculpe, às vezes falo muitas coisas sem pensar. – Sorri, obtendo a resposta do meu pai, que falou que eu poderia ir sem horário para voltar, porém pediu para eu não voltar sozinho.

            - Certo, se não me engano Kid e Law moram para o mesmo lado que você. Caso não morem, eles vão te levar.

            - O que tem nós, Nami? – Os dois se aproximaram.

            - Oizinho, meninos. Estava convidando Luffy para ir lá em casa, porém o pai dela não quer que ela volte sozinha. Vocês não iam deixar essa menina voltar para casa sem ninguém, não é? – Ela segurou meu rosto, forçando uma cara fofinha. – Principalmente você, querido Trafalgar Law. Não seria tão malvado, não é?

            - De forma alguma, Luffy-chan. – Kid piscou. – Pode contar com a gente.

            - Você fala como se eu fosse um monstro, Nami-ya.

            - É quase um.

            - O nome do Torao é muito difícil, não é? Acho que chamar ele de Torao fica bem melhor. – Afirmei, encarando-o.

            - Não... É Trafalgar.

            - Torao. – Dei ombros.

            - Torao? – Kid deu risada.

            - É. É bem mais facil do que esse nomezão que você tem, e combina com você. Torao! – Repeti.

            - Ih, o Law ta corando! – Nami apontou para ele, que realmente tinha seu rosto avermelhado.

            - É nisso que dá tirar sarro de gente tímida, não é? – Bonney se aproximou – Mas concordo com você, Luffy, Torao é um bom apelido.

            - Podem, por favor, me chamar pelo nome?

            - Não. – Novamente, dei ombros. – Torao faz parte do seu nome, ué.

            - Tá, que seja. – Ele bufou – Mas não quero que esse apelido se espalhe. Então só você me chama assim, certo? – Me encarou com uma expressão séria.

            - Ué, ta bom.

            - Hm, um apelido exclusivo? Que fofo, Law. – Kid novamente tirou sarro dele. Achava engraçado como ele e Nami não perdiam a oportunidade de importunar o Torao e, por mais que ele xingasse, dava pra notar que eles não viviam uns sem os outros. E eu estava muito feliz por entrar nesse grupo. Acabei rindo de toda a cena, ouvindo o Torao xingá-los de todos os palavrões possíveis enquanto saíamos da sala de aula.

            O motorista de Nami já estava na porta quando saímos da escola. Era um carro enorme e longo, e cabiam milhares de pessoas. Parecia um carro de filme! E, pra melhorar, estava cheio de comida ali dentro. Sentei-me no lugar do meio, ao lado do Torao, enquanto Bonney sentou-se na minha frente, ao lado de Kid e Nami.

           - Caralho, Nami, quanta comida! Assim eu não aguento. – Bonney afirmou, enchendo a mão de salgadinhos.

            - É um mimo da minha mãe, ela sempre faz isso quando digo que estou levando amigos lá em casa.

             - Oh, então eu posso aproveitar? – Perguntei, pegando a mesma quantidade de comida que a Bonney.

            - Claro, é tudo de vocês! – Nami sorriu.

            Olhei para Bonney, que tinha sua boca lotada de comida. Finalmente eu achei alguém que comia como eu! Coloquei os salgados na boca, ficando com a mesma quantidade que ela. Sem perceber, parecíamos estar fazendo uma competição de quem aguentava comer mais. Nami parecia não ligar muito, porém Kid e Torao nos olhavam  espantados.

            - Porra, pra onde vai toda essa comida? – Kid perguntou, pegando os salgados do prato ao lado.

            - Bé bebéfigo, bus bais bão afim. – Bonney respondeu.

            - Ah, sim, entendi tudo.

            - Já perguntei isso à ela, Kid. Ela disse que é genético, seus pais também são assim, apesar de que ela come muito mais que eles. Não vou questionar, né? – Nami respondeu.

            Ao chegarmos na casa da Nami, foi declado empate. Sorri para Bonney, que retribuiu e me abraçou.

            - Eu to tão feliz, preciso te apresentar pra minha mãe! Ela sempre disse que eu tinha um apetite anormal e que me achariam estranha por isso, mas olha só onde estamos.

            - Oh, meu pai e meu primo também dizem isso! Eles precisam te conhecer. – Nos abraçamos.

            - Que amor, não é? Amigas do buraco negro no lugar do intestino. – Kid ironizou.

            - Olha só, o ruivinho com ciume. Quer um abraço, também?

            - Quero sim. – Ele abriu os braços, recebendo Bonney neles.

            - To vendo que vai sair casal daqui, não é? – Nami olhou para mim e para o Torao. Eu sorri, assentindo, enquanto Torao deu ombros.

            - Bom, eu não escondo meu interesse. Só falta a Bonney parar de ser difícil.

            - Quem sabe um dia, não é? – Ela piscou para ele. – Bem, vamos entrar. Tem almoço, Nami?

            - Tem sim.

            - Você acabou de comer noventa bruschettas e me fala de almoço?

            - Bruschettas não são almoço. Certo, Luffy?

            - Sim, eu também to com fome. – Novamente, Bonney me abraçou, sorrindo.

            O almoço estava uma delícia. Nami tinha vários cozinheiros que a serviam, trazendo milhões de comidas diferentes, algumas que eu nunca nem tinha ouvido falar. Gente rica é um tanto estranha, não é? Dão uns nomes complicados pra um prato que só tem carne e mostarda por cima. Mas ok, não ligo. O importante é que estava tudo ótimo! Quando estávamos satisfeitos – Bonney e eu fomos os últimos a encerrar – Nami nos chamou para seu quarto que, por sinal, era maior que minha casa inteira.

            - Bem, Law, Kid, vocês já conhecem a casa. Luffy, Bonney, quero que vocês fiquem à vontade, podem pedir qualquer coisa aos empregados. Inclusive, eu estava precisando ir ao mercado, mas como farei isso sem alguns homens ao meu lado para me ajudarem com as sacolas? – Sua voz estava bem dramática.

            - Chame seus empregados. – Kid e Torao falaram, juntos. Não demorou para que Nami desse um soco na cabeça de cada um, gerando reclamações.

            - Cada empregado tem sua função e eles estão trabalhando no momento. Ou seja, levantem dai e venham comigo. Sem contar que preciso fazer umas coisas para a minha mãe aqui em casa, então não quero perder tempo.

            - Mas, Nami, não é melhor dar uma lista à eles e deixar que vão a sós? Além de você ter coisas para fazer, eu queria ter uma conversa só entre as mulheres. – Bonney sorriu de forma maliciosa para Nami.

            - Ah, entendi... Mas é que não é muito seguro deixar os dois sozinhos.

            - Você quer que eu vá com eles, Nami? – perguntei.

            - Mas, Luffy, Bonney acabou de dizer que...

            - Eu sei, mas vocês podem me contar depois. É que meu pai sempre me ensinou a ajudar as pessoas que gostamos, então, já que você não pode ir, nada me impede de ir em seu lugar. – Dessa vez, quem me abraçou foi a Nami.

            - Bonney, você tem razão, essa menina é fofa demais! – Ela bagunçava meus cabelos – Muito obrigada, mesmo. Por isso sempre digo que mulheres são melhores que homens!

            - Bom, nisso eu concordo. – Kid sorriu, olhando para o Torao.

            - Hm, certo. Cade a lista, Nami? – Torao perguntou, ignorando Kid.

            - Aqui. – Ela me entregou um papel e o seu cartão – Law e Kid sabem a senha. Luffy, se quiser comprar algo pra você, fique à vontade. Kid, Law, se eu souber que compraram algo no meu cartão, eu esfrego a cara de vocês no estrume, ok?

            - Que?

            - É isso ai. Qualquer coisa, me liguem! – Ela acenou enquanto deixávamos seu quarto.

           Observei a lista, andando atrás dos dois caras. A maioria era composta por coisas de laranja: bolo de laranja, suco de laranja, bala de laranja, laranja...

            - Ei, Nami tem algum problema com laranjas? – Perguntei.

            - Oh, primeiramente, não fique tão isolada. – Kid me puxou, me deixando entre ele e Torao. Me senti um anão, já que Torao tinha quase dois metros, e tenho certeza de que Kid ultrapassava essa medida.  – E bem, Nami é viciada em laranjas desde que me conheço por gente. Nunca questionamos, só aceitamos, o que é muito bom, na verdade, já que deixa a compra de presentes pra ela muito mais facil.

            - Hm, não tinha parado pra pensar nisso. – Sorri.

            - Aliás, Luffy, sei que ainda não temos muita intimidade, mas queria te pedir um conselho, já que vi que você e Bonney são um tanto parecidas. Como você gostaria que um cara chegasse em você?

            - Ah... Eu acharia legal se ele passasse o dia comigo e depois me levasse pra jantar. Bonney gosta muito de pizza, então nada melhor do que uma pizzaria. Não acho que ela gostaria de cinema, porque isso impede vocês de conversarem. Então, ahn, acho que da pra você sair com ela de tarde, vocês caminham por algum parque, conversam, depois leva ela para jantar e, no final, a deixasse em casa. – Terminei de falar e confesso que eu mesmo fiquei admirado. Acho que tudo isso foi influência dos mangás que eu lia da Vivi, minha amiga de infância.

            - Wow, até que é um programa legal. Também não sou fã de cinema e acho ridículo comprar um ingresso pra ficar se pegando. Mas de fato eu quero sair com ela e conhecê-la melhor, então é... Muito obrigado pelo conselho! – Ele deu um beijo no meu rosto. – De um beijo nela também, Law.

            - Por quê? O conselho foi para você.

            - Ah, mas ela merece, não é? Diga se ela não é fofa. – Kid apertou minha bochecha e virou meu rosto, de forma que eu e Torao nos encarássemos. Ele deu um sorriso discreto, virando o rosto em seguida – Olha só, alguém tá sem jeito. Vai, Law, não custa.

            Torao suspirou, virando seu rosto para mim e depositando um beijo em minha bochecha. Diferente do Kid, senti meu rosto esquentar um pouco após isso, porém pude disfarçar. Depois do que  contei para o Kid, sei que ele vai me ajudar, mas não imaginava que seria tão... Direto.

POV Kid

Flashback

Eu estava arrumando meu material para ir para casa. Bonney e Nami saíram mais cedo, alegando que precisavam passar em uma loja para conferir o lançamento de uma linha de sei lá que caralho elas estavam falando. Law foi direto para o hospital encontrar seu pai, então acabei ficando sozinho com Luffy que, por sinal, veio puxar assunto comigo enquanto saíamos da sala.

- Ei, posso falar com você?

- Claro que sim, Luffy. O que houve?

- Hm... – Seu rosto corou levemente. – Sabe, o Torao, ele gosta de alguém?

- Torao...? Você quer dizer o Law?

- Sim, ele.

- Ora essa, Luffy... Ele não está gostando de ninguém, mas você sabe que ele é gay, não é?

- Eu sei. E eu também sei que é meio cedo pra eu me interessar por ele, mas não sei explicar. Me interessei pelo Torao logo no primeiro dia de aula e, como eu nunca namorei ninguém, não sei se é estranho gostar dele tão rápido assim.

- Relaxa, não é estranho. Eu tiro sarro, mas estou realmente interessado na Bonney, se quer saber. Mas como te falei, o problema do Law é que ele gosta de homens.

- Então, se eu fosse um homem, ele ia gostar de mim?

- Ah, ai com certeza. Você é exatamente o tipo de pessoa que ele gosta, só que é uma mulher.

- E se eu não fosse? - Perguntou, de forma firme.

- ... Como assim? Onde quer chegar? - Luffy pegou sua bolsa, tirando de lá sua carteira e me mostrando seu documento. Nele, constava que seu gênero era masculino. Virei meu rosto, espantado. – Caralho, eu to muito assustado! Você é homem? Mas, como, por que?

- Calma, eu sei que é estranho. Basicamente, meu pai é amigo do diretor e, como você deve saber, ele tem um complexo por ter a mesma quantidade de alunas mulheres e alunos homens. Acabou que, pra eu concorrer à bolsa, eu precisava ser uma menina. Ideia do meu pai, óbvio. Ele pediu pra eu não contar pra ninguém, mas aos poucos eu queria ir revelando aos meus amigos. Eu só não esperava acontecer como aconteceu... – Seu rosto corava. Por impulso, acabei abrançando-o. Apesar de sermos amigos há pouco tempo, eu já sabia que Luffy era uma pessoa de vida muito humilde e simples, porém seu coração era mais rico do que qualquer aluno da Moby Dick. Isso faz com que tenhamos um carinho muito grande por... ele.

- Eu te entendo, calma. Se você quer ajuda com o Law, eu vou te ajudar, e se quer que eu mantenha isso em sigilo, eu vou manter, você pode confiar em mim. Inclusive, por enquanto eu acho melhor você não falar isso para eles, e sim esperar seu tempo. Se quiser, posso falar com a Nami sobre.

- Não, acho melhor não. Quero que todos saibam por mim, mas quero o momento certo com cada um, principalmente com o Torao.

- E você está certo. Mas sabe, muito obrigado por me contar isso, fico feliz que confie em mim. E devo dizer que você disfarça muito bem, viu? – Sorri, observando Luffy sorrir também.

- Shishishi, obrigado! É ruim referir a mim mesmo como uma menina, mas até que eu me acostumei. Quando meu pai conversou com Edward, ele disse que não seria responsabilidade dele se descobrissem meu segredo, porém desde que eu tivesse boas notas, ele não ligaria de “quebrar” esse padrão perfeccionista dele. Por isso não quero tanto esconder isso, mas também não quero que saibam já.

- Sim, entendi. Mas bem, por enquanto fique assim mesmo, logo surgirá a oportunidade de você falar disso pra Nami e Bonney. Ah, mas já te alerto que Nami é muito inteligente, viu? Pode ser que ela perceba sozinha. E quanto ao Law... Posso afirmar, com certeza, de que você é o cara perfeito pra ele. O momento de vocês vai chegar, viu? – Sorri, fazendo um cafuné em Luffy, que retribuiu o sorriso.

- Muito obrigado, Kid! – Ele me abraçou. Confesso que ainda estava meio abismado com a informação, mas eu ia adorar ajudá-lo com tudo isso.

~~

            Observei o pequeno beijo com um sorriso no rosto. Desde que Law perdera sua irmã, ele se tornou muito fechado com as mulheres – mais do que ele sempre foi – e, por isso, acho legal vê-lo se abrir com o Luffy. Espero que isso facilite as coisas quando ele descobrir seu segredo... Mas bom, prometi ao Luffy que sempre estarei aqui para apoia-lo e é o que eu farei.

            Chegamos ao mercado e eu olhei a lista novamente. Além das laranjas, Nami pediu para comprarmos absorvente, desodorante, shampoo... Enfim, todo tipo de coisa que eu não fazia ideia do que comprar.

            - Bem... Quanto às coisas de higiene, Luffy pode ver isso, não? – Law perguntou. Notei que Luffy me olhou com certo desespero, do tipo “eu não faço a minina ideia de como se compra um absorvente e nem nada que seja voltado para mulheres”. Suspirei, afinal eu estava na mesma.

            - Hm, vamos fazer assim... Eu vou atrás das laranjas, e você vai ver os produtos de higiene com a Luffy. Luffy me disse que toma pílula para não menstruar, então acho difícil que ela saiba ao certo qual absorvente escolher para a Nami, não é? – Encarei Luffy, que concordava com tudo o que eu dizia. Caralho, até que eu minto bem! – Você sabe o shampoo e o desodorante que a Nami usa, é aquele de... Laranja, porque ela é muito criativa. Quanto ao absorvente, vão na sorte e vejam qual pacote é mais atraente, certo?

            - É... Ok, então. Eu posso tentar ver o absorvente certo de acordo com que meu pai sempre me ensinou sobre isso, então pode ser que dê certo. Vamos, Luffy? – Novamente, Law abriu um sorriso para Luffy, que retribuiu.

             Eu estava feliz em vê-lo se abrir para Luffy. Apesar de saber seu segredo, Law continua vendo-o como uma menina, então isso é realmente bom para que ele se abra com outras.

            Só espero que isso não acabe se tornando algo inesperado.

            POV Law

            Cheguei na sessão de higiene, observando Luffy-ya caminhar até os shampoos e condicionadores. Não demorou para que ela encontrasse o de laranja, e não pude deixar de rir ao ver seu espanto diante do preço.

            - Tá louco, isso é mais caro do que as roupas que eu uso! – Comentou para si mesma, porém em um tom de voz que eu pudesse ouvir.

            - Esse é o mercado mais conhecido do bairro, e bem, você pode ver que não é um bairro muito humilde. Eles sabem o padrão de vida dos moradores daqui e, por isso, acabam cobrando esse preço.

            - Eu, hein. Nunca que eu viria aqui, inclusive meu pai é grande amigo do dono do mercado que tem lá perto de casa, então sempre tem algum desconto ou alguma coisa de graça pra mim. Não é muito melhor? – Ela me encarava com seus olhos grandes. Novamente, acabei rindo da situação.

            - É, porém não posso negar que esse shampoo é muito bom. Inclusive... – Peguei um vidro de shampoo e um de condicionador, colocando-os no carrinho – Leve esses para você. N-Não estou dizendo que seu cabelo é feio, por favor, não me entenda mal! Mas tenho certeza de que você vai gostar dele.

            - Shishi, relaxe, não levei à mal. Mas eu não me sinto bem gastando o cartão da Nami desse jeito.

            - Primeiramente, devo admitir que isso não é nada pra Nami-ya. Mas, se você se sente mal, então faço questão de que isso seja um presente meu.

            - O-O que? Torao, não precisa! – Seu rosto corou.

            - Shh, precisa sim, ok? Eu quero que  você aceite. – Sorri, acariciando seus cabelos e a encarando de forma demorada. Logo senti meu rosto esquentar, porém, não era por conta de timidez, ou algo do tipo. Tentei virar para o outro lado, porém Luffy me segurou.

            - Torao, você está chorando? – Ela me perguntou, colocando sua mão em meu rosto.

            - Desculpe, não era pra acontecer isso. – Sequei as lágrimas com a manga, antes que elas descessem. Logo senti um par de braços finos me abraçarem, enquanto um corpo se encostava no meu.

            - Eu não sei se isso ajuda, mas sempre achei abraços muito importantes.

            - E são, Luffy-ya... – Retribui o ato, um pouco mais tranquilo. – Desculpe por isso. É que você lembra muito a minha irmã, que morreu há quase dez anos. Ela era como você, sempre animada, curiosa, e falava tudo o que vinha na cabeça. Então, é... Novamente, desculpe por isso.

            - Não peça desculpas. Fico muito feliz por você dizer isso, inclusive. Tenho certeza de que sua irmã era uma pessoa incrível, então isso me faz incrível também! – Ela sorriu, animada.

            - E você é incrível sim, ok? – Beijei seus cabelos, da mesma forma que sempre fiz com Lami. Eu já podia dizer que Luffy-ya era uma pessoa muito especial para mim, eu tinha vontade de tê-la sempre ao meu lado, como sempre tive Lami.

            - Muito obrigada, Torao. Você também é muito incrível. E por favor, sempre que quiser chorar pra mim, chore, ok? Você não é mais fraco que ninguém por isso.

            - Certo, certo, garota conselheira. – Sorri. – Vamos voltar às compras, então? – Ela assentiu, sorrindo.

            Acabamos pegando um absorvente de algodão e com abas. E sim, pedimos ajuda a uma atendente, pois era uma tarefa um tanto complicada para nós dois. Encontramos Kid-ya no caixa com pelo menos quatro quilos de laranja. Pagamos, conversando sobre coisas aleatórias até a casa da Nami-ya.

            A noite chegou rápido e, como não tínhamos levado nada de roupas para a casa da Nami-ya, ninguém dormiu lá. Porém, segundo ela, “Semana que vem quero todos com uma mala aqui, e não aceito não como resposta”. Então, é, já sei o que farei semana que vem.

            Como prometido, Kid-ya e eu acompanhávamos Luffy-ya em casa. Ela contava várias histórias sobre sua infância – a maioria com seu primo, que é nosso veterano – e eu podia ver que ela teve uma infância realmente agitada. Sabendo disso, não era estranho ver o porquê dela sempre estar de bom humor, o que deixava o ambiente mais calmo e alegre, de forma que até eu dava risadas ao lado dela.

            Tenho certeza de que ela é uma pessoa com quem eu vou me dar muito bem.

 


Notas Finais


GENTEE, DESDE JÁ VOU DAR SPOILER pra não dar esperanças e chatear vocês depois ;u;
Como vocês já perceberam, eu AMO Ouran e sempre faço referências à obra, né? E bem, dessa vez não vai ser diferente EHUAUHEHU (até porque essa fic ta beeem inspirada em Ouran. amém, Ouran).
Pra quem não sabe, em Ouran, o Tamaki (personagem principal) cria um sentimento paterno pela Haruhi, então ele acha que o amor que ele sente por ela é amor de pai que quer proteger a filha indefesa etc, maaas depois descobre que é amor de "vamos casar, pls".
Então, adivinhem? :v sim, é isso o que vai rolar com o Law. Primeiro, ele vai ter a nossa Luffy como uma irmã e, com o tempo, ele vai ver que o sentimento é outro, e ai é que vai entrar o clima 'HELP ESTOU APAIXONADO POR UMA MENINA', e só depois disso ele vai descobrir que Luffy é um garoto. Então, é, ainda tem um bom tempo pra isso hehe
Sobre o Kid: eu já quis que alguém soubesse sobre o segredo do Luffy porque quero carregar isso por um bom tempo, até pra não ficar tipo 'Kid descobriu, ai no próximo capítulo a Nami descobre'. Vai ter um bom intervalo até as mulheres descobrirem, e até ai teremos o Kid cupido EHUAUEHUAE

Acredito que o ´próximo capítulo será de outro casal, viu? Só não sei qual dos meus dois queridinhos que vocês já sabem quem são HEHEHE mas também não vai demorar pra sair <3 Espero que tenham gostado!


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