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História I'm in love with a... Luffy! - Experiências (ZoSanLawSan)


Escrita por: JohnnyZeppeli

Notas do Autor


"Todo dia uma nota diferente de Juliana dizendo que se atrasou" pois é :V UHEUHAEHU quem é viva sempre aparece UHUL
tive um bloqueio de criatividade enorme esse último mês (não aconteceu nada, não se preocupem! <3) porque na verdade eu tenho ganho bastante livro de presente e sou daquela que quer ler tudo de uma vez, ai acabei me isolando com eles e não pensava em mais nada aaa peço desculpas!
Como a votação do ultimo capítulo foi beeem acirrada, eu preferi postar o capítulo do Sanji antes por ser mais 'leve' (desde já digo que isso não vai acrescentar taaanto na história por enquanto! Então preferi trazê-lo antes pra dai ja dar continuidade direta no capítulo do parque, ja que vai ser um capítulo bem importante pra fic, hue).
Como eu disse, esse capítulo ficou mais leve porque foi apenas pra explicar a situação já citada entre Law e Sanji (inclusive o deus de LawLu e Zosan que me perdoe, mas eu me cocei pra não shipar os dois depois de ver a fanart que escolhi como capa do capítulo, porque gente OLHEM QUE FANART LINDA MEU DEUS O LAW É UM HOMÃO MUITO DA PORRA mas tudo bem sabemos que LawLu e ZoSan é superior HUEUHAHUE)
Aliás, nem pude agradecer antes, mas a fic já chegou em mais de 100 favoritos! Eu to muito feliz, muito obrigada, mesmo! <3
Como sempre, qualquer erro por favor, me avisem! Espero que gostem <3

Capítulo 7 - Experiências (ZoSanLawSan)


Fanfic / Fanfiction I'm in love with a... Luffy! - Experiências (ZoSanLawSan)

POV Sanji

Dois anos atrás

            Fechei o livro, suspirando enquanto guardava minhas coisas. Tínhamos um trabalho de Estudos Sociais para fazermos em dupla e entregar em três dias, porém, nós devíamos procurar uma dupla em outra turma pois, de acordo com a professora Nojiko, “nada melhor do que estudar a sociedade conversando com alguém que vocês não conhecem”. No trabalho, deveríamos escolher uma cultura diferente e compará-la com a nossa. Não era nada difícil, porém, dependendo da cultura, era algo com bastante informações. Pelo menos, hoje era sexta e poderíamos fazer no fim de semana.

            Fui até a porta da sala A – eles também estavam cientes do trabalho, e eu não conhecia ninguém da turma B – e observei os alunos saindo. Usopp e Franky pararam ao meu lado, fazendo o mesmo que eu.

            - Pretende chamar quem, Sanji? – Perguntou-me o narigudo.

            - Não faço ideia. Tem a irmã da professora Nojiko que, por sinal, eu acho uma gracinha, mas ela não parece ser uma pessoa tranquila pra fazer um trabalho.

            - Aw, é, ela parece meio explosiva... Por que não a convida, Usopp?

            - E-Eu?

            - É! Você é tranquilo, vai ser legal trabalhar com alguém que é o oposto de você.

            - Uh... Tá, é, eu acho... – Conhecendo Franky, sei que ele falou aquilo pra debochar do Usopp, mas não é que o cara foi mesmo? A garota – Nami, se não me engano – arrumava seu material ao lado de dois rapazes altos, um de cabelos escuros e outro de cabelos avermelhados. Depois de poucos segundos, vi a cabeça de Nami assentir positivamente e Usopp voltou logo em seguida. – Olha só, ela aceitou.

            - Ora, boa sorte. – Dei um tapa em seu ombro. Eu ainda olhava para dentro da sala, até que minha atenção foi tomada por um rapaz de cabelos verdes que vinha pelo corredor, se aproximando. “Merda”, pensei. A presença de Zoro me deixava nervoso, e muitas vezes ele se aproximava de mim apenas para me provocar. Eu não queria ouvir nenhum comentário seu, então, em um impulso, eu agarrei o braço da pessoa que saía da sala da turma A, sendo prontamente encarado por um par de olhos amarelados. Por sinal, eram olhos muito lindos, não vou negar.

            - Algum problema? – O dono dos olhos amarelos me perguntou. Sua voz também era linda... Merda, no que eu estou pensando?

            - É... Quer fazer o trabalho comigo? Eu me chamo Sanji. – O rapaz me encarou, mudando seu olhar para seus amigos, ambos ruivos, e me encarando novamente.

 – Hm, por mim pode ser. Me chamo Law.

            - Sanji, você salvou a vida do Law, porque nem fodendo que ele ia chamar alguém. – O cara ruivo ria, debochando de Law.

            - Cale a merda dessa boca, Kid.

            - Ah, se acostume com isso, viu? Law é bem esquentadinho. – Kid olhou para Franky, admirando-o. Não era pra menos, Franky era absurdamente alto para um rapaz de quatorze anos, além do seu cabelo absurdamente chamativo. – Wow, gostei de você, cara. Quer fazer o trabalho comigo?

            - Aw, recebi um super convite! Eu aceito sim!

            - Certo, então – peguei um papel, anotando meu numero e entregando-o para Law – aqui está meu numero. – Eu alternava meu olhar entre Zoro e Law. O marimo, por sinal, estava parado no corredor conversando com Robin, a aluna mais inteligente da nossa sala e, se duvidar, do colégio inteiro.

            - Ok. Você está livre sempre? – Perguntou-me, mandando uma mensagem para que eu pudesse salvar seu contato.

            - Estou, sim. Por sinal, meu pai trabalha o dia inteiro e minha mãe trabalha com ele, então, minha casa fica livre.

            - Meu pai também. Ele é médico, então, vez ou outra até esquece que tem filho – Ele sorriu de forma discreta.

            - Heh, sei como é, meus pais são donos de restaurante. Mas então, vamos combinar logo uma data, certo? – O garoto de cabelos negros assentiu. Nos despedimos, cada um indo para um lado juntamente de seus amigos.

            - Você não perde tempo, não é, Sanji? – Robin apareceu atrás de mim, sorrindo.

            - O-O que quer dizer?

            - Ora... Law é um rapaz muito bonito, se é que me entende.

            - Ah! – Senti meu rosto esquentar – Franky, Usopp, podem ir na frente. Lembrei que preciso tirar uma dúvida com Robin-chan. – Eles assentiram, e eu aguardei eles se afastarem o suficiente. – Primeiramente, Robin-chan, com que o Zoro está?

            - Comigo. – Encarei-a, surpreso. – Eu sei o que está pensando, mas Nojiko me pediu para ser dupla dele, devido ao seu baixo rendimento na matéria. Ah, e ele não gostou muito de te ver com o Law.

            - Pf, como se ele se importasse. Na verdade, eu não chamei o Law por causa da beleza dele. Eu vi o marimo se aproximar, fiquei nervoso, agarrei a primeira pessoa que passou por mim e, por ironia do destino, foi ele.

            - Entendo... Bem, já temos um ataque de ciúmes por aqui.

            - Zoro não tem direito de sentir nada. Não somos um casal e nem nada disso. Sem contar que não é como se fôssemos ter algo. Nem eu mesmo sei o que eu sinto.

            - Então, por que não experimenta? Digo... Você não vai ter certeza até que prove algo.

            - Está dizendo para eu beijar um homem? – Ela assentiu – Uh... É, bem, quem sabe... A-Ah, é melhor eu ir pra casa. Sabe que eu confio em você, não é, Robin-chan? Muito obrigado por sempre me ouvir. – Sorri para ela, sendo prontamente correspondido enquanto me retirava.

            Robin era a única pessoa com quem eu tinha desabafado sobre minhas dúvidas. Já fazia um tempo que eu me sentia diferente em relação às “paixões” e, principalmente, quando envolvia Zoro e, como um garoto de quatorze anos, era normal eu ficar cada vez mais curioso. Mas, como Zoro era um bosta, eu nunca tive coragem pra falar nada disso pra ele, e confesso que a ideia de Robin sobre tirar minha dúvida com outro cara era muito boa.

            Bem, não era o momento certo pra pensar nisso. Eu tinha um trabalho bem bosta pra entregar dentro de três dias. Enquanto caminhava até minha casa, comecei a escrever uma mensagem para Law.

            - Ei, o que acha de já fazermos isso amanhã? Quero me livrar o quanto antes.

            - Concordo, – Wow, ele responde rápido – qual o horário?

            - Hm, pode ser antes do almoço? Você vem aqui, fazemos um pouco e podemos almoçar no restaurante do meu pai.

            - O Baratie, certo? Seu pai é um excelente chef. – Sorri.

            - Heh, se você falar isso pra ele, é capaz dele te amar pelo resto da vida. O velho se paga de insensível mas não resiste a um elogio. Bem, então, pode ser?

            - Sim, com certeza.

            Cheguei em casa e enviei minha localização à ele. Por sorte, eu era um cara organizado, então eu não tinha muito o que arrumar para recebê-lo. Optei por tomar um banho e logo em seguida meus pais chegaram em casa.

            - Boa noite, meu amor. – Minha mãe beijou minha testa.       

            - Oi mãe, oi pai! Só queria avisar que amanhã um amigo meu vem aqui pra fazermos um trabalho, ok?

            - É o de cabelo verde, o de cabelo azul ou o narigudo?

            - Nenhum, pai, é um cara de outra turma. Temos um trabalho de Estudos Sociais e nossa dupla deveria ser de uma turma diferente.

            - Oh, que bom que você está fazendo novos amigos, meu amor. Traga-o para almoçar no Baratie.

            - Pode deixar, eu pensei nisso.

            - É bom assim, dessa forma o coitado não precisa provar a sua comida. – Meu pai debochou. Era bem óbvio que eu não cozinhava como ele, mas eu estava no caminho, e digamos que essas provocações eram uma forma de me ver ficar cada vez mais dedicado.

            - Você fala isso mas morre de medo de me ver assumindo o Baratie um dia, não é? – Sorri para ele, sendo retribuído.

            - É o mínimo que você podia fazer, né? Logo mais eu quero me aposentar, e então, boa sorte pra você.

            - Eu sei, estou ansioso por isso.

            Conversamos mais um pouco enquanto jantávamos. Meu pai sempre me perguntava sobre meus amigos, visto que nos conhecíamos desde que éramos pequenos. Em seguida eu me levantei, ajudando nossa cozinheira a lavar a louça e indo para meu quarto logo em seguida.

            Quando peguei meu celular, notei que Usopp havia criado um grupo comigo, Franky, Robin, Zoro, Law e com outros dois números desconhecidos, provavelmente era Kid e Nami.

            - Sei que parece estranho, mas preferi criar um grupo com todos para podermos nos ajudar no trabalho, já que o objetivo é conversar com pessoas que não conhecemos. – Por um lado, ele tem razão.

            - Oh, interessante, Usopp! Prazer, Law e Nami, eu sou o SUPER Franky!

            - É... Prazer?

            - Não fale assim com ele, Nami, o cara só quer amizades novas. Oi, caras! Eu sou o Kid.

            - Minha SUUUPER dupla!

            As mensagens continuavam vindo, mas não tive muita paciência. Kid e Nami-san eram boas pessoas, o problema era aguentar a quantidade de coisas em capslock que Franky e Usopp mandavam. Bloqueei o celular por um tempo, até que recebi uma mensagem no particular. Era de Zoro.

            - Você fez dupla com aquele cara bizarro da turma A?

            - Sim, fiz. Por quê?

            - Uh, sei lá... Ele tem fama de ser estranho, só isso.

            - Não o achei estranho e, de qualquer forma, não ligo pra isso, e acho que você também não deveria ligar. – Ele leu, porém, não obtive resposta.

             Dei ombros, pouco me importando com as reações bizarras e repentinas daquele marimo. Nessse momento, era bem mais importante eu simplesmente me deitar e descansar pra amanhã.

~~

            Acordei cedo no dia seguinte, como de costume, pois eu sempre me levantava para tomar café da manhã com meus pais. Assim que eles saíram dei um geral no meu quarto, logo em seguida tomando um banho e aguardando a chegada de Law. Ele chegou exatamente no horário combinado, o que me surpreendeu, visto que eu estava acostumado a trabalhar com Franky e Usopp e, bem, pontualidade é uma palavra que eles não conheciam.

            - Olá, entre! – Cumprimentei-o, abrindo a porta e dando espaço para ele entrar.

            - Com licença. – Entrou, retirando os sapatos. – Olha, você tem uma bela casa.

            - Heh, muito obrigado. Se quiser comer ou beber algo basta pedir, ok? – Ele assentiu, me seguindo até meu quarto. Ele observava o local atentamente, parando especialmente onde eu guardava meus prêmios de culinária.

            - Culinária infantil, infanto-juvenil, melhor cozinheiro com menos de dez anos... Vejo que vai seguir o caminho do seu pai, estou certo?

            - Está sim. – Me aproximei. – Cozinhar sempre foi minha paixão, e meu pai me ensina a fazer algumas coisas desde que eu tinha quatro anos. É, ali tudo o que eu sabia fazer era alguns doces e sempre com um adulto me ajudando a mexer com o fogo, mas bem... Tenho muito carinho por esses prêmios.

            - Imagino. Então, espero que um dia possa comer algo feito por você. – Ele sorriu.

            - O-Ora, claro. – De algum modo, aquele sorriso mexeu um pouco comigo. Como eu já havia dito, Law era um rapaz realmente bonito e, depois da conversa que tive com Robin-chan ontem, eu admito que estava pensando seriamente no que ela dissera. – Bom, vamos começar? – Ele assentiu. Sentamos em volta do kotatsu. Optamos por usar a cultura dos franceses, visto que eu era descendente deles por parte de pai e Law achou a ideia boa.

            - Podemos começar comparando a culinária, – sugeri – depois podemos focar no modo de vida, costumes e até na vida noturna e diurna dos dois países, que são bem diferentes. Law aceitava todas as minhas ideias e escrevia tudo com uma caligrafia incrível, era nítido que ele era do tipo “aluno exemplar”.

            - Acho interessante ver o quão diferente são certas culturas. – ele comentou -  qual das duas você prefere?

            - Bem... O Japão é muito melhor no sentido de modo de vida. As pessoas aqui são bem mais simpáticas. Eu morei na França até meus sete anos e muitos lá tem o nariz torcido, chega a dar nojo. Além disso, nas maiores cidades, como Paris, onde eu morei, eles julgam muito pela classe social. Várias vezes eu vi pessoas de classes mais baixas serem mal tratadas unicamente por não serem “ricas”. – Suspirei – Mas, uma coisa que me faz gostar mais da França é o modo como eles tratam o pessoal LGBT. Lá é tudo legalizado, podemos casar, podemos adotar, qualquer ato de discriminação é banido... É, nisso, a França deixa o Japão no chinelo.

            - “Podemos”? Oh, desculpe se parecer indelicado, mas...

            - Sim, eu... Na verdade, eu não sei exatamente. Eu nunca me interessei por garotas e sempre que me imagino com alguém, esse alguém é um homem. – Achei melhor não citar o Zoro nesse caso.

            - Hm, entendo. Mas concordo com você, o Japão ainda está muito atrás com isso. Inclusive, acho importante citarmos isso no trabalho.

            - Oh, você tem razão. – Ele começou a escrever, enquanto eu ainda fazia a parte da culinária. Não demorou para que nós terminássemos tudo. E, falando em culinária, meu celular logo começou a tocar. Era minha mãe.

            - Oi, meu amor! Você vai trazer seu amigo aqui?

            - Ah! Eu tinha esquecido, desculpa. Acabamos de terminar o trabalho, na verdade. – Ri, olhando para a cara de confuso do Law. – Estamos indo agora, ok?

            - Sim senhor! Tem uma mesa especial pra vocês. Beijo, te amo.

            - Também te amo. – Desliguei – Cara, esqueci completamente que íamos almoçar no meu pai.

            - Ora, - ele também sorri – ou estava tentando esconder a comida do Baratie de mim? – Me encarou, lançando um olhar brincalhão.

            - Hm? E se eu estivesse? Ia me bater?

            - Talvez. – Ele segurou meu rosto, apertando minha bochecha e soltando-a logo em seguida, sem tirar os olhos de mim. Senti meu rosto esquentar levemente, mas ele pareceu não ligar. – Vamos?

            - S-Sim, vamos. – Que diabos foi isso?

~~

            - Olha, então esse é o Law! – Minha mãe veio nos receber, abraçando-nos. – Bem-vindo ao Baratie, querido.

            - Obrigado, senhora Sora. – Ele se curvou.

            - Ora, sem formalidade por favor. É só Sora pra você, viu?

            - Heh, tudo bem.

            - Ah, esse é o novo amigo? Como fez pra aguentar o Sanji? – Revirei os olhos, já esperando comentários desse tipo.

            - Olá, Zeff. Foi tranquilo, Sanji é um bom menino.

            - Toma essa! – Apontei para ele.

            - Pobre Law, já foi influenciado. Bem, vamos fazer assim, você almoça aqui e, se gostar da comida, admite que o Sanji é um bunda mole, certo?

            - Certo.

            - Ow, porra! – Ambos deram risada. Como sempre, meu pai dava um jeito de deixar meus amigos contra mim.

            Como sempre, meu pai não decepcionava na comida. Até então, Law tinha afirmado ser o tipo de pessoa que “come pouco”, porém, quando os pratos começaram a chegar, eu podia jurar que estava vendo o Franky na minha frente – porém, com mais classe -.

            Law insistiu em pagar pela refeição, porém foi xingado pelo meu pai, dizendo que se ele ousasse dar uma moeda ele nunca mais entraria no Baratie. Obviamente, Law guardou a carteira, porém rindo com meu pai. Depois, rolou aquele clássico “volte sempre” que os pais sempre falam e, por fim, deixamos o restaurante.

            - Aonde você mora? – Perguntei.

            - Eu vou para a esquerda.

            - Oh, é ao contrário do meu caminho, mas posso te acompanhar? Não tenho nada pra fazer até o fim do dia.

            - Claro, estou na mesma situação.

            Caminhei ao seu lado enquanto puxávamos diversos assuntos. Ele perguntou muito sobre minha vida na França, como foi pra eu me adaptar quando cheguei no Japão, mas percebi que ele tentava ao máxima não falar de sua vida. Eu respeitei, mas não podia negar que a curiosidade batia.

            E, como se fosse coisa do destino, acabei entrando em um assunto que descobri ser bem delicado para ele.

            - Argh, merda. – Exclamei, olhando meu celular.

            - Algum problema? 

            - Esqueci que eu tinha de passar na faculdade entregar uma coisa pra minha irmã, e agora ela tá me metralhando com mensagens. Sério, não sei se você tem irmãos, mas eu bem que gostaria de levar minha irmã pra um spa por uma semana pra ela refrescar um pouco essa cabeça quente.

            - Ah... – Ele baixou o olhar, de forma bem emburrada.

            - Algum problema?

            - N-Não.

            - Eu disse alguma coisa?

            - Não. – Ele parou.

            - Law, - parei ao seu lado – a gente se conheceu agora, eu sei, mas se eu falei algo errado, por favor, fala. Eu não quero te magoar. – Ele levantou o olhar, me encarando. Ele era consideravelmente mais alto que eu, então posso dizer que o local ficou... Tenso?

            - Eu entendo que irmãos às vezes nos tiram do sério, mas por favor, valorize a sua irmã. Você nunca sabe quando ela pode partir. – Seu olhar estava completamente sem brilho.

            - V-Você... – Ele assentiu – Ah meu deus, Law, eu sinto muito! Caralho, eu nunca pensei que...

            - Relaxa. – Ele posou seu dedo em minha boca. – Você não xingou a sua e nem nada, é só que... Eu sinto falta dela. Argh, merda. – Ele cobriu seus olhos.

            - Cara, - retirei suas mãos de seus olhos. Caralho, aqueles olhos eram lindos demais! – se você quiser chorar pra mim... Chore. É, eu não sei o que dizer, mas sei lá... Meu ombro é seu. – Eu me sentia estranho, pois nenhum dos meus amigos tinham mostrado um lado sentimental pra mim, enquanto Law fez isso em apenas um dia. Ele secou suas lágrimas, forçando um sorriso.

            - Não precisa... Mas eu agradeço. – Eu sabia que ele estava mentindo, mas preferi não insistir. De fato, para alguns é estranho desabafar com um recém conhecido.

            Um silêncio constrangedor tomou conta do ambiente. Percebi que ainda estávamos longe de sua casa – e mais longe ainda da faculdade de Reiju, e prefiro nem falar da distância da minha casa – porém, nenhum de nós tinha um assunto. Law mantinha suas mãos no bolso, claramente desconfortável, enquanto eu olhava meu celular fingindo responder algumas mensagens. Como se fosse um sinal divino, Reiju me ligou, finalmente quebrando aquele silêncio.

            - Traz a merda do meu caderno!

            - Eu não to em casa! Tive um trabalho pra fazer, fui almoçar no pai e agora to na rua, e como você esquece algo que você usa todo dia?

            - Acontece, meu irmãozinho, um dia você vai ser universitário e vai ver como fica a sua cabeça. – Percebi que Law abrira um sorriso. Só então notei que a ligação estava alta, e ele podia ouvir tudo. Sorri de volta para ele.

            - Mas você tem cabeça pra falar do Katakuri, né?

           - Ah sim, porque você não fica falando do Zoro o dia inteiro, né? – Senti meu coração gelar – “Irmã, acho que ele é hétero, eu só me fodo! O que faço agora?”  - ela riu.

            - Foda-se ele. Eu levo o caderno logo mais, ok? Beijos. – Nem esperei ela responder. Eu não queria pensar no Zoro, e eu estava indo tão bem... Porra, Reiju!

            - Zoro é o cara de cabelos verdes? – Merda.

            - É ele, sim.

            - Você gosta dele? – Senti meu rosto esquentar.

            - Eu não sei... Quero dizer, como eu te disse, eu tenho dúvidas sobre minha sexualidade. Tenho interesse no Zoro, sim, mas tudo leva a crer que ele é hétero e, ainda por cima, daqueles bem otários que tem nojo de homossexuais, entende?

            - Credo, não acho que ele seja assim, mesmo que eu não o conheça. Às vezes, você precisa confiar mais nos seus amigos. Kid, por exemplo, nunca me desrespeitou.

            - Hein?

            - Eu sou assumido desde que criei maturidade pra entender isso, coisa que aconteceu bem cedo, e posso dizer que meu pai sempre soube. Além disso, sei que ele comenta com o Kid e, como falei, Kid nunca me desrespeitou. Se o Zoro mudar com você, é porque ele não merece sua amizade, pense assim.

            - Eu tenho medo. Medo de muita coisa, na verdade, e principalmente de ser julgado.

            - Sabe... – Ouvi ele se aproximar – Se você quiser, eu posso te ajudar. Sei lá, converso com seus amigos, o que você quiser. Posso até te beijar pra você tirar sua dúvida, já que você disse que não tinha certeza. – Ele riu. Percebi que ele não falava sério...

            ... Mas, por que não tentar? Eu não era comprometido. Eu não devia satisfação pra ninguém. Ergui o rosto para ele, que teve suas expressão tornando-se mais séria aos poucos. Ele retirou suas mãos do bolso, colocando-as em minha cintura de forma tranquila. Me aproximei dele, de forma que as mãos passassem a me abraçar, e joguei meus braços ao redor de seu pescoço, ficando na ponta dos pés.    

Provavelmente eu me arrependeria depois. Provavelmente eu pensaria no Zoro, provavelmente eu ficaria sem coragem de olhar para o Law, mas eu não estava me importando, não agora. Eu queria tirar essa dúvida logo, pois isso me fazia mal. Senti seu nariz encostar no meu e, assim que fechei os olhos, senti seus lábios.

Como eu não tinha experiência nenhuma, deixei Law me guiar. Ele começou a abrir os lábios lentamente, e eu permiti que o beijo se aprofundasse. Era realmente estranho ter sua língua tocando a minha, mas eu não podia dizer que não era bom. Eu não sabia se esse era o primeiro beijo de Law, porém, ele parecia ser bem experiente. Senti seu corpo empurrar o meu até que eu me encostasse em um muro, podendo abaixar os pés enquanto ele se curvava sobre mim. Um de suas mãos foi até minha nuca, fazendo que eu arrepiasse cada canto do meu corpo. Aquilo era bom demais!

Afastei-me, sentindo meus lábios sendo mordiscados e minhas pernas tremerem, logo quebrando a distância entre nós novamente. Dessa vez, me senti um pouco mais seguro, já sendo capaz de acompanhar seus movimentos e também de mordiscá-lo. Law separou nossos lábios, beijando minha bochecha e seguindo para o queixo e depois para o pescoço, onde distribuiu vários beijos, porém, sem deixar marcas. Eu mantive meus lábios entreabertos e podia sentir minha respiração pesada, assim como a dele. Logo ele subiu seus lábios, colando-os nos meus novamente. Isso era viciante. Deslizei minhas mãos para seu peitoral e, apesar de ser jovem, ele já apresentava um corpo bem definido... Caralho, que merda eu to pensando? A única vez que tive pensamentos assim com alguém foi com...

... Zoro.

Zoro.

Eu estava pensando nele nesse exato momento.

Eu não posso fazer isso com Law. Por mais que esteja tão bom...

Apertei sua roupa e afastei-o aos poucos, recebendo um olhar confuso. Desviei-me daqueles olhos rapidamente.

- M-Me desculpa... – Sussurrei. Forcei um sorriso, me retirando dali o mais rápido que eu pude.

Eu errei. Errei comigo, errei com Law. Eu nem ao menos sabia como eu conseguiria encará-lo depois disso, ou até mesmo como eu conseguiria encarar Zoro. Eu guardaria isso só pra mim, é melhor assim. Eu sabia, eu gostava de homens, mas não é por isso que eu deveria ter me aproveitado e Law... Que merda!

Agora, me restava torcer pra isso nunca chegar no ouvido de Zoro, a menos que fosse por mim.

Até porque eu nem ao menos sei se algum dia eu teria algo com ele.


Notas Finais


gentee, dia 6 foi aniversário do galã do meu coração, Trafalgar Law <3 e, como sempre, farei uma fic especial pra ele maas demorarei um pouco! Postarei o capítulo do parque em breve (já to escrevendo ele, por sinal hehe), depois postarei Hafu (NÃO ESQUECI VIU AHUEUHAHE) acredito que ainda essa semana, também! ja que temos feriado, grazadeus vou ficar longe da faculdade e dai vou ficar em dia com as fics! Então, até semana que vem, teremos um especial de aniversário do Law <3
E PARA AS AMANTES DE VOLTRON: A QUARTA TEMPORADA TA LOGO AI E MEU KLANCE TA VIVOOOO inclusive, esse mês também tem aniversário do Keith, ou seja.... HUE <3 como minhas aulas já estão no fim e eu GRAZADEUS AMÉM SENHOR ja passei em quase tudo, esse mês vai ser bem mais tranquilo com as fics, espero que de tudo certo!
Beijoos e até breve <3


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